Países do Oriente Médio se dividem sobre crise política no Egito
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Países do Oriente Médio se dividem sobre crise política no Egito
Países do Oriente Médio se dividem sobre crise política no Egito
Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos ficam ao lado do Exército; Turquia, Irã e Qatar defendem os islâmicos
Agência Efe
Em meio à crise que se instaurou no Egito desde a deposição do presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho, e ao clima de violência que se acentuou nos últimos dias com a morte de mais de 600 pessoas, os países do Oriente Médio têm opiniões diversas quanto a quem apoiar no conflito egípcio. Enquanto Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos tomam o lado do Exército, Turquia, Irã e Qatar defendem a Irmandade Muçulmana, ligada a Mursi.
Leia mais:
Massacre no Egito é nova derrota para a democracia
No mês passado, dias após a saída de Mursi do poder, os Emirados Árabes Unidos deram um claro sinal de apoio às novas autoridades egípcias, oferecendo U$S 3 bilhões em apoio à economia do país.
Leia mais:
Após dia de violência, Irmandade Muçulmana convoca novos protestos no Egito
Nesta quarta-feira (14/08), o governo emiratense se pronunciou através de um comunicado liberado pela agência de notícias estatal WAM, dizendo que “reafirma sua compreensão das medidas soberanas tomadas pelo governo egípcio depois de ter exercido ao máximo o autocontrole”. Segundo a declaração, o fato “lamentável” é o de que “grupos políticos extremistas têm insistido na retórica de violência, incitamento e perturbação dos interesses públicos”.
Leia mais:
Após mais de 200 mortes confirmadas, premiê egípcio diz que polícia agiu com "moderação"
Já o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, declarou apoio aos egípcios “contra o terrorismo” e considerou o que acontece atualmente uma "tentativa fracassada de golpear a união do Egito", sem, no entanto, fornecer maiores detalhes. Por meio de comunicado, o monarca afirmou que “o Egito é capaz de superar a crise” e manifestou “tristeza” pela violência em sua “segunda pátria”.
Leia mais:
Governo interino declara estado de emergência por um mês no Egito
Ele também se opôs a qualquer intervenção estrangeira no país por “atiçar o fogo da discórdia” e destacou que "os que intervêm [nesses assuntos] devem voltar à razão". Segundo ele, a estabilidade do Egito e do mundo muçulmano e árabe se contrapõe "aos que incitam o ódio".
Na direção diametralmente oposta está o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que cobrou maior intervenção dos países do Ocidente no Egito e, ontem, pediu a realização de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para tratar do massacre no país.
Leia mais
"Aqueles que permanecem em silêncio frente a este massacre são tão culpados como aqueles que realizaram. O Conselho de Segurança tem que se reunir rapidamente", reivindicou em entrevista coletiva. O Conselho se reuniu às pressas na cidade de Nova York ontem e pediu o fim da violência no Egito, manifestando “preocupação” com a situação e o grande número de mortos.
Erdogan também acusou o Ocidente de “hipocrisia” por não defender a democracia igualmente em todos os lugares. “Na verdade, se os países ocidentais não começarem realmente a agir sobre esse assunto... Eu acredito que a democracia começará a ser questionada em todo o mundo”, disse, segundo o jornal turco Hurriyet Daily News.
Agência Efe
Seguidores de Mursi usam máscaras de gás para resistir às bombas lançadas pelo Exército egípcio hoje no Cairo
Segundo outro periódico turco, o Today’s Zaman, o primeiro-ministro comparou a situação dos egípcios à dos palestinos. “Estou dizendo aos países ocidentais: vocês ficaram quietos sobre a Palestina, sobre Gaza e estão fazendo o mesmo com o Egito. Depois disso, como vão continuar falando de democracia e direitos humanos? Como vão continuar falando de valor humanístico com pessoas sendo mortas na sua frente?”, teria questionado.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, também apoiou os manifestantes e pediu ao Exército egípcio que não suprima as massas. “O grande povo do Egito é um povo à procura de liberdade. Não o suprimam. O caminho das pessoas é o caminho da democracia e do islã. Todo o mundo deveria respeitar a vontade dos egípcios”, declarou.
O Irã, que historicamente teve poucas relações com Cairo, tinha um bom relacionamento com o governo de Mursi e considerava a Irmandade Muçulmana uma parte do “despertar islâmico” na região.
Por sua vez, o Qatar, grande apoiador da Irmandade Muçulmana, também condenou a violência e instou os egípcios a retomarem o diálogo para lidar com a crise. “O Qatar acredita que o meio mais seguro e garantido para resolver a crise é o caminho pacífico por meio do diálogo entre as partes que têm que viver juntas em um sistema político e social pluralista”, afirmou uma autoridade por meio de comunicado divulgado pela agência QNA.
Na Jordânia, centenas de pessoas se manifestaram hoje (16) após a oração muçulmana do meio-dia no centro da capital Amã para protestar contra o assassinato de seguidores de Mursi. O protesto foi liderado pelo secretário-geral do braço jordaniano da Irmandade Muçulmana do Egito, a FAI (Frente de Ação Islâmica), Hamza Mansur, e outros dirigentes opositores.
O governo jordaniano, entretanto, declarou hoje apoio às autoridades egípcias em sua busca pela restauração da estabilidade e esforços para reforçar a supremacia da lei. O ministro Nasser Judeh, em declarações à agência estatal Petra News, também destacou o apoio da Jordânia à vontade do povo egípcio de renunciar ao terrorismo e a todas as tentativas de interferência externa no país.
Em represália ao massacre de ontem, a Irmandade Muçulmana convocou uma “sexta-feira de raiva” no Egito. Segundo a Al Jazeera, nos confrontos de hoje entre os manifestantes islâmicos e o Exército, a quem o governo permitiu usar armas letais, já morreram pelo menos 90 pessoas.
Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos ficam ao lado do Exército; Turquia, Irã e Qatar defendem os islâmicos
Agência Efe
Em meio à crise que se instaurou no Egito desde a deposição do presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho, e ao clima de violência que se acentuou nos últimos dias com a morte de mais de 600 pessoas, os países do Oriente Médio têm opiniões diversas quanto a quem apoiar no conflito egípcio. Enquanto Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos tomam o lado do Exército, Turquia, Irã e Qatar defendem a Irmandade Muçulmana, ligada a Mursi.
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Massacre no Egito é nova derrota para a democracia
No mês passado, dias após a saída de Mursi do poder, os Emirados Árabes Unidos deram um claro sinal de apoio às novas autoridades egípcias, oferecendo U$S 3 bilhões em apoio à economia do país.
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Após dia de violência, Irmandade Muçulmana convoca novos protestos no Egito
Nesta quarta-feira (14/08), o governo emiratense se pronunciou através de um comunicado liberado pela agência de notícias estatal WAM, dizendo que “reafirma sua compreensão das medidas soberanas tomadas pelo governo egípcio depois de ter exercido ao máximo o autocontrole”. Segundo a declaração, o fato “lamentável” é o de que “grupos políticos extremistas têm insistido na retórica de violência, incitamento e perturbação dos interesses públicos”.
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Após mais de 200 mortes confirmadas, premiê egípcio diz que polícia agiu com "moderação"
Já o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, declarou apoio aos egípcios “contra o terrorismo” e considerou o que acontece atualmente uma "tentativa fracassada de golpear a união do Egito", sem, no entanto, fornecer maiores detalhes. Por meio de comunicado, o monarca afirmou que “o Egito é capaz de superar a crise” e manifestou “tristeza” pela violência em sua “segunda pátria”.
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Governo interino declara estado de emergência por um mês no Egito
Ele também se opôs a qualquer intervenção estrangeira no país por “atiçar o fogo da discórdia” e destacou que "os que intervêm [nesses assuntos] devem voltar à razão". Segundo ele, a estabilidade do Egito e do mundo muçulmano e árabe se contrapõe "aos que incitam o ódio".
Na direção diametralmente oposta está o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que cobrou maior intervenção dos países do Ocidente no Egito e, ontem, pediu a realização de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para tratar do massacre no país.
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"Aqueles que permanecem em silêncio frente a este massacre são tão culpados como aqueles que realizaram. O Conselho de Segurança tem que se reunir rapidamente", reivindicou em entrevista coletiva. O Conselho se reuniu às pressas na cidade de Nova York ontem e pediu o fim da violência no Egito, manifestando “preocupação” com a situação e o grande número de mortos.
Erdogan também acusou o Ocidente de “hipocrisia” por não defender a democracia igualmente em todos os lugares. “Na verdade, se os países ocidentais não começarem realmente a agir sobre esse assunto... Eu acredito que a democracia começará a ser questionada em todo o mundo”, disse, segundo o jornal turco Hurriyet Daily News.
Agência Efe
Seguidores de Mursi usam máscaras de gás para resistir às bombas lançadas pelo Exército egípcio hoje no Cairo
Segundo outro periódico turco, o Today’s Zaman, o primeiro-ministro comparou a situação dos egípcios à dos palestinos. “Estou dizendo aos países ocidentais: vocês ficaram quietos sobre a Palestina, sobre Gaza e estão fazendo o mesmo com o Egito. Depois disso, como vão continuar falando de democracia e direitos humanos? Como vão continuar falando de valor humanístico com pessoas sendo mortas na sua frente?”, teria questionado.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, também apoiou os manifestantes e pediu ao Exército egípcio que não suprima as massas. “O grande povo do Egito é um povo à procura de liberdade. Não o suprimam. O caminho das pessoas é o caminho da democracia e do islã. Todo o mundo deveria respeitar a vontade dos egípcios”, declarou.
O Irã, que historicamente teve poucas relações com Cairo, tinha um bom relacionamento com o governo de Mursi e considerava a Irmandade Muçulmana uma parte do “despertar islâmico” na região.
Por sua vez, o Qatar, grande apoiador da Irmandade Muçulmana, também condenou a violência e instou os egípcios a retomarem o diálogo para lidar com a crise. “O Qatar acredita que o meio mais seguro e garantido para resolver a crise é o caminho pacífico por meio do diálogo entre as partes que têm que viver juntas em um sistema político e social pluralista”, afirmou uma autoridade por meio de comunicado divulgado pela agência QNA.
Na Jordânia, centenas de pessoas se manifestaram hoje (16) após a oração muçulmana do meio-dia no centro da capital Amã para protestar contra o assassinato de seguidores de Mursi. O protesto foi liderado pelo secretário-geral do braço jordaniano da Irmandade Muçulmana do Egito, a FAI (Frente de Ação Islâmica), Hamza Mansur, e outros dirigentes opositores.
O governo jordaniano, entretanto, declarou hoje apoio às autoridades egípcias em sua busca pela restauração da estabilidade e esforços para reforçar a supremacia da lei. O ministro Nasser Judeh, em declarações à agência estatal Petra News, também destacou o apoio da Jordânia à vontade do povo egípcio de renunciar ao terrorismo e a todas as tentativas de interferência externa no país.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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