Depois de apoiarem McCain, imigrantes hispânicos apoiam ....
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Depois de apoiarem McCain, imigrantes hispânicos apoiam ....
Depois de apoiarem McCain, imigrantes hispânicos agora pendem para Obama
Publicada em 28/10/2008 às 10h25m
O Globo
Muro na fronteira: do lado direito, Nogales, Arizona (EUA); do esquerdo, Nogales, Sonora (México) - José Meirelles Passos / O Globo
RIO - Em 2004 o presidente George W. Bush se reelegeu obtendo os votos de 44% do eleitorado hispânico. Desta vez, no entanto, essa comunidade está apoiando maciçamente o Partido Democrata: só 26% dela preferem John McCain, segundo o Instituto Gallup. O quadro começou a se inverter há três meses, revela o enviado especial do Globo ao Arizona, José Meirelles Passos, em reportagem publicada na edição desta terça-feira. Até então John McCain estava bem cotado. Mas, segundo analistas, ele cometeu dois erros básicos.
Está nos EUA? Envie o seu depoimento sobre a eleição americana
Primeiro, acreditou que os hispânicos que apoiavam Hillary Clinton optariam pelo Partido Republicano, pelo fato de Barack Obama, que a derrotara nas primárias, ser negro. Tal raciocínio era baseado na constante tensão entre ambas as comunidades, gerada pela competição no mercado de trabalho. O segundo equívoco foi o de, ao falar à platéia hispânica, acentuar a agenda conservadora - destacando aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo - imaginando que atrairia a comunidade devido às suas fortes raízes religiosas.
Os tiros saíram pela culatra. As rixas com os negros foram deixadas de lado, pois os hispânicos viram em Obama alguém capaz de entender melhor a sua condição, por ele também pertencer a uma minoria étnica. E no enfoque político McCain foi descartado porque, no momento, o tema que mais preocupa os hispânicos é a crise financeira. Em segundo aparecem, nas pesquisas, saúde e educação, temas que Obama explora melhor nas propagandas em espanhol.
Curiosamente a questão da imigração tem sido a menos mencionada por ambos. McCain não teve outra saída a não ser deixá-la de lado após ter mudado de opinião, na tentativa de cativar a ala mais conservadora do partido. Ele, que no ano passado propusera uma lei que abriria caminho para a legalização dos imigrantes clandestinos, acabou dizendo no início de 2008 que não mais votaria a favor. A maioria da comunidade hispânica encarou isso como uma traição.
Obama tampouco tem tocado no assunto. Na segunda-feira, em Canton, Ohio, acenou para o grupo com uma mensagem promissora. Ao falar que temores da população devem ser enfrentados com a esperança, afirmou que "foi a esperança que levou imigrantes de terras distantes a vir para a nossa terra enfrentando grandes dificuldades para criar uma nova vida para as suas famílias".
McCain está resignado de que perderá para Obama na Califórnia, onde vive a maioria dos hispânicos. E Obama sabe que McCain será vitorioso no Texas, onde está a segunda maior parte da comunidade. Os dois brigam com intensidade em quatro estados ainda indefinidos - e que têm uma boa fatia de eleitores hispânicos.
No Colorado e em Nevada eles são 12% dos eleitores. No Novo México, 3 de cada 8 são hispânicos. E na Flórida a volumosa entrada, nos últimos anos, de porto-riquenhos (que tradicionalmente apóiam o Partido Democrata), tornou menos influente a conservadora comunidade cubana. Os hispânicos poderão ser decisivos. Nesses quatro estados estão em jogo 46 votos do Colégio Eleitoral.
Publicada em 28/10/2008 às 10h25m
O Globo
Muro na fronteira: do lado direito, Nogales, Arizona (EUA); do esquerdo, Nogales, Sonora (México) - José Meirelles Passos / O Globo
RIO - Em 2004 o presidente George W. Bush se reelegeu obtendo os votos de 44% do eleitorado hispânico. Desta vez, no entanto, essa comunidade está apoiando maciçamente o Partido Democrata: só 26% dela preferem John McCain, segundo o Instituto Gallup. O quadro começou a se inverter há três meses, revela o enviado especial do Globo ao Arizona, José Meirelles Passos, em reportagem publicada na edição desta terça-feira. Até então John McCain estava bem cotado. Mas, segundo analistas, ele cometeu dois erros básicos.
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Primeiro, acreditou que os hispânicos que apoiavam Hillary Clinton optariam pelo Partido Republicano, pelo fato de Barack Obama, que a derrotara nas primárias, ser negro. Tal raciocínio era baseado na constante tensão entre ambas as comunidades, gerada pela competição no mercado de trabalho. O segundo equívoco foi o de, ao falar à platéia hispânica, acentuar a agenda conservadora - destacando aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo - imaginando que atrairia a comunidade devido às suas fortes raízes religiosas.
Os tiros saíram pela culatra. As rixas com os negros foram deixadas de lado, pois os hispânicos viram em Obama alguém capaz de entender melhor a sua condição, por ele também pertencer a uma minoria étnica. E no enfoque político McCain foi descartado porque, no momento, o tema que mais preocupa os hispânicos é a crise financeira. Em segundo aparecem, nas pesquisas, saúde e educação, temas que Obama explora melhor nas propagandas em espanhol.
Curiosamente a questão da imigração tem sido a menos mencionada por ambos. McCain não teve outra saída a não ser deixá-la de lado após ter mudado de opinião, na tentativa de cativar a ala mais conservadora do partido. Ele, que no ano passado propusera uma lei que abriria caminho para a legalização dos imigrantes clandestinos, acabou dizendo no início de 2008 que não mais votaria a favor. A maioria da comunidade hispânica encarou isso como uma traição.
Obama tampouco tem tocado no assunto. Na segunda-feira, em Canton, Ohio, acenou para o grupo com uma mensagem promissora. Ao falar que temores da população devem ser enfrentados com a esperança, afirmou que "foi a esperança que levou imigrantes de terras distantes a vir para a nossa terra enfrentando grandes dificuldades para criar uma nova vida para as suas famílias".
McCain está resignado de que perderá para Obama na Califórnia, onde vive a maioria dos hispânicos. E Obama sabe que McCain será vitorioso no Texas, onde está a segunda maior parte da comunidade. Os dois brigam com intensidade em quatro estados ainda indefinidos - e que têm uma boa fatia de eleitores hispânicos.
No Colorado e em Nevada eles são 12% dos eleitores. No Novo México, 3 de cada 8 são hispânicos. E na Flórida a volumosa entrada, nos últimos anos, de porto-riquenhos (que tradicionalmente apóiam o Partido Democrata), tornou menos influente a conservadora comunidade cubana. Os hispânicos poderão ser decisivos. Nesses quatro estados estão em jogo 46 votos do Colégio Eleitoral.
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Depois de apoiarem McCain, imigrantes hispânicos apoiam ....
Os tiros saíram pela culatra. As rixas com os negros foram deixadas de lado, pois os hispânicos viram em Obama alguém capaz de entender melhor a sua condição, por ele também pertencer a uma minoria étnica. E no enfoque político McCain foi descartado porque, no momento, o tema que mais preocupa os hispânicos é a crise financeira. Em segundo aparecem, nas pesquisas, saúde e educação, temas que Obama explora melhor nas propagandas em espanhol.
Vitor mango- Pontos : 118178
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