Empresas dos EUA faturam bilhões com repasses financeiros de Washington ao Exército do Egito
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Empresas dos EUA faturam bilhões com repasses financeiros de Washington ao Exército do Egito
Empresas dos EUA faturam bilhões com repasses financeiros de Washington ao Exército do Egito
Mesmo com mortes e deposição de Mursi pelas Forças Armadas, EUA não interromperam sistema que favorece indústria das armas
A grande maioria dos tanques de guerra e do aparato militar utilizado durante a deposição do presidente Mohamed Mursi no Egito e também nos confrontos sangrentos com a Irmandade Muçulmana foi comprado com verbas repassadas pelos EUA às Forças Armadas egípcias. Mais do que isso, o dinheiro de Washington enviado para o Cairo serviu para pagar bilhões de dólares para empresas norte-americanas, fornecedoras de artefatos de guerra.
Leia mais:
Hacker diz ter documentos que sugerem que EUA forjaram ataque químico na Síria
Agência Efe
Exército do Egito é financiado com repasses financeiros dos EUA
O governo norte-americano repassa anualmente $1,3 bilhões de dólares ao Exército egípcio - considerado um dos mais poderosos da região entre Oriente Médio e Norte da África. Esse valor representa 80% do valor gasto pelo Egito na aquisição de aparato militar. Segundo dados oficiais, desde 1948, Washington já repassou mais de $40 bilhões de dólares aos cofres militares do país africano.
Leia mais:
Wikileaks: EUA têm planos para derrubar Assad desde 2006
A lógica da indústria das armas é a seguinte: dos bilhões enviados ao Egito por Washington, grande parte "volta" aos EUA, uma vez que os principais fornecedores de armas e instrumentos de guerra são norte-americanos.
A empresa Lockheed Martin, que fornece jatos de guerra, por exemplo, faturou $2,5 bilhões de dólares em 2010 em transações com o governo egípcio. Eles entregaram 14 aviões até o momento e vão entregar mais quatro até 2014. Outro exemplo, é a The Apache que vendeu 2000 helicópteros militares. O valor da transação, no entanto, não foi divulgado. Já a General Dynamiccs ganhou cerca de $4 bilhões de dólares com a venda de tanques de guerras.
Leia mais:
Sem tempo para sonhar: EUA têm mais negros na prisão hoje do que escravos no século XIX
"Isso é claramente um programa de subsídios para essas empresas", afirma Shana Marshall, especialista em estudos do Oriente Médio da Universidade da Georgia. Isso (o financimento ao Exército do Egito) mantém a linha de produção deles trabalhando e uma corrente fonte de lucros", reitera em entrevista ao portal Allgov.
Leia mais
Barack Obama enfrentou críticas após a deposição de Mursi e a morte de mais de mil pessoas nos confrontos entre o Exército e Irmandade Muçulmana, pois, mesmo o conflito civil, não cancelou os repasses financeiros às Forças Armadas. Na ocasião, a única medida do presidente norte-americano foi cancelar uma atividade militar conjunta com Cairo.
"Todas as vezes que alguém menciona a suspensão da ajuda financeira ou tenta repensar essa ideia, uma equipe de lobistas da indústria das armas vão para Washington bater na porta e garantir que não haverá qualquer suspensão aos repasses de billhões", critica Shana Marshall.
Veja os relatórios (em inglês) do Congresso dos EUA sobre os repasses financeiros
Mesmo com mortes e deposição de Mursi pelas Forças Armadas, EUA não interromperam sistema que favorece indústria das armas
A grande maioria dos tanques de guerra e do aparato militar utilizado durante a deposição do presidente Mohamed Mursi no Egito e também nos confrontos sangrentos com a Irmandade Muçulmana foi comprado com verbas repassadas pelos EUA às Forças Armadas egípcias. Mais do que isso, o dinheiro de Washington enviado para o Cairo serviu para pagar bilhões de dólares para empresas norte-americanas, fornecedoras de artefatos de guerra.
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Exército do Egito é financiado com repasses financeiros dos EUA
O governo norte-americano repassa anualmente $1,3 bilhões de dólares ao Exército egípcio - considerado um dos mais poderosos da região entre Oriente Médio e Norte da África. Esse valor representa 80% do valor gasto pelo Egito na aquisição de aparato militar. Segundo dados oficiais, desde 1948, Washington já repassou mais de $40 bilhões de dólares aos cofres militares do país africano.
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A empresa Lockheed Martin, que fornece jatos de guerra, por exemplo, faturou $2,5 bilhões de dólares em 2010 em transações com o governo egípcio. Eles entregaram 14 aviões até o momento e vão entregar mais quatro até 2014. Outro exemplo, é a The Apache que vendeu 2000 helicópteros militares. O valor da transação, no entanto, não foi divulgado. Já a General Dynamiccs ganhou cerca de $4 bilhões de dólares com a venda de tanques de guerras.
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"Isso é claramente um programa de subsídios para essas empresas", afirma Shana Marshall, especialista em estudos do Oriente Médio da Universidade da Georgia. Isso (o financimento ao Exército do Egito) mantém a linha de produção deles trabalhando e uma corrente fonte de lucros", reitera em entrevista ao portal Allgov.
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Barack Obama enfrentou críticas após a deposição de Mursi e a morte de mais de mil pessoas nos confrontos entre o Exército e Irmandade Muçulmana, pois, mesmo o conflito civil, não cancelou os repasses financeiros às Forças Armadas. Na ocasião, a única medida do presidente norte-americano foi cancelar uma atividade militar conjunta com Cairo.
"Todas as vezes que alguém menciona a suspensão da ajuda financeira ou tenta repensar essa ideia, uma equipe de lobistas da indústria das armas vão para Washington bater na porta e garantir que não haverá qualquer suspensão aos repasses de billhões", critica Shana Marshall.
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