Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
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Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
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Na semana seguinte, comecei a leccionar latim a alguns jovens da cidade. Durante as primeiras aulas, falava com eles da mesma maneira que Colombo deve ter falado com os indígenas do Novo Mundo: vocábulos monossilábicos, gestos, repetições, equívocos. Mas depois da primeira semana, os meus novos pupilos já percebiam ordens simples em latim.
Com toda a celeridade, espalhou-se o rumor pela cidade de que se davam aulas de latim gratuitas no palácio episcopal e logo vieram outros interessados: crianças que ainda mal tinham completado cinco :usos e velhos de mais de cinquenta, padres, escravos, gente próspera, aleijados, analfabetos. Depois de algum tempo vinham famílias inteiras, de avô a neto, até à minha sala. Não lhes dizia uma única palavra em português: a língua franca era o latim, que eles falavam a gaguejar e i itubear como principiantes ou cheio de erros se pertencessem ao grupo dos mais avançados. Aos mais pequenos eu exigia apenas que ficassem sentados, quietos e que escutassem. A escola para eles era um autêni ico ludus, no sentido primordial da palavra latina, um «jogo». Regras gramaticais? Nenhuma. Construções frásicas? Nenhuma. Declinações e conjugações? Nenhuma. Eu proibia os meus pupilos de escreverem urna palavra que fosse. Tudo tinha de acontecer no âmbito do ensino lúdico. Aquilo que não percebiam da primeira vez, eu repetia dezenas de vezes e demonstrava-o também. Num determinado momento iá d nu
PERRO CRISTÃO ENTRE MUÇULMANOS
latim com os pés e as mãos: assoar o nariz, pentear o cabelo, calçar e descalçar os sapatos e representava teatralmente tudo isto enquanto proferia, em voz alta, a respectiva palavra em latim.
— Salvete, díscípulí!
— Salvete, magístri!
Tinha mais de duzentos discípulos na sala. Eles utilizavam o plural para me cumprimentar pelo facto de eu empregar também o Carbo, o Nigrinus e o Dento como mestres deles, apesar de não constarem de qualquer lista de graduados de universidade alguma.
— Hodie díscemus modum ímperatívum!
Provavelmente eles não percebiam isto, mas essa era a menor das minhas preocupações.
— Imperativus habet duas termínationes: síngularís et pluralís. Iterum!
— Singularis et pluralis! — gritavam entusiasmados, pois já conheciam essas palavras da lição anterior.
Fiz depois um sinal ao Dento:
— Dento, salta!
O Dento chegou-se à frente e saltou, obediente.
— Videtisne omnes? Salta, singularis! Iterum!
— Salta, síngutaris! — ressoou, por toda a sala.
Em seguida, fiz um aceno ao Carbo e ordenei:
— Carbo et Dento: saltate!
O Carbo aproximou-se do Dento e saltaram ambos em simultâneo. — Saltate, pluralís! Iterum!
E a classe, muito disciplinadamente, repetiu:
— Saltate, pluralís!
Estiquei então a minha mão com a palma virada para cima.
— Salta, síngularís! — gritaram eles, dado que já conheciam aquele gesto.
Virei a palma da minha mão para baixo:
— Saltate, pluralís!
Fiz depois o mesmo com víde-vídete e com audí-audite. Dei, em seguida, um saltinho ao querer ouvir salta-saltate, coloquei o dedo por debaixo do meu olho e puxei-o, abrindo-o, querendo escutar víde-vídete, e agarrei com força na minha orelha quando eles tinham de dizer audi-audíte. Porfim, já era uma brincadeira. Saltinho, palma da mão para cima: salta-te. Olho, palma da mão para baixo: videte. Ouvido, palma da mão para cima: audíte. E assim comandava eu, sem dificuldades, o meu exército português.
Quando já dominavam bem esta parte, passei para as excepções. — Nígríne, repe per pavímentum!
Imediatamente, o Nigrinus começou a gatinhar no chão.
— Vídete! — comandava eu, em voz alta, e puxava o meu olho, abrindo-o bem. Todos se esticavam para poderem olhar para õ Nigrinus, que executava a sua tarefa com dedicação. Em seguida, fiz um aceno a Carbo e a Dento:
— Repite per pavímentum!
Como um javali, o Carbo farejava em volta, enquanto o flexível Dento fazia uma boa imitação de uma cobra serpenteante. O espectáculo provocou de tal forma as gargalhadas que eu próprio não me consegui conter. Uma catástrofe para a disciplina. Todos começaram a rir-se e a aplaudir. O Dento, estimulado pelo sucesso da sua representação, movimentava-se por entre as primeiras filas com os dentes à mostra, ao que os pequenotes se escondiam, gritando, detrás das costas dos respectivos pais.
— Repe, repíte! — gritava eu num tom de voz que se elevava acima do tumulto e toda a sala bradava depois de mim:
— Repe, repíte!
Mais eis que também o Carbo e o Nigrinus quiseram a sua quota-parte dos aplausos. A sala transformou-se num pandemónio. Eu já não podia fazer nada. Se se'queriam divertir, então eu far-lhes-ia a vontade.
— Repíte omnes per pavímentum! — vociferei, e não foi preciso dizê-lo duas vezes. Todos se puseram de mãos e joelhos no chão e começaram a limpar o chão da sala, sob uma sonora gritaria, enquanto os meus três assistentes lhes pregavam valentes sustos.
— Saltate! — ordenei, e todos -na sala se colocaram em posição de repetir as cabriolas do Carbo. Levantou-se uma nuvem de pó. Permiti que saltassem, gatinhassem e gritassem até estarem todos exaustos.
— Sedete!
Sentaram-se, ofegantes, nos seus lugares, já sem forças para repetirem a ordem. Arrastei os meus três demónios do público e sentei-os
JORIS TULKENS
Pavoneou-se solenemente, com a barriga bem empinada para a frente, apesar de lhe ser difícil evocar a imagem de um cardeal bem nutrido, dada a sua magreza de pele e osso. Ajoelhei-me defronte dele e beijei-lhe os dedos sujos. Ele fez um ar tão presunçoso como se fosse um papa francês.
— Vídete omnes: Dento est cardinalis!
Depois de o terem zurrado, mimeticamente, algumas vezes, resumi: — Ego sum, tu es, Dento est!
E todos confirmaram:
— Ego sum, tu es, Dento est.
Depois voltei a colocar a mitra na minha cabeça, pendurei a estola no pescoço do Dento e entreguei-lhe o bastão.
— Nos sumus cardinales! — anunciei, e virei a palma da minha mão para baixo para indicar que agora já estávamos a falar no plural. Fiz uma vénia ao Dento e demos o ósculo da paz, um ao outro. Logo de seguida, o meu palhaço negro, todo convencido, começou a abençoar o público. Foi uma galhofa generalizada.
Chamei então o Carbo para junto de mim, dei-lhe os meus acessórios e coloquei-o ao pé do Dento.
— Vos estís cardinales! — participei-lhes.
Cheios de sacralidade, confirmaram:
— Nos sumus cardínales.
E, virando-me para a sala:
— Carbo et Dento sunt cardinales!
Risos e um aplauso retumbante.
Dessa maneira, num cantinho remoto da Europa, estabeleci os princípios básicos do novo método do ensino do latim, o método Clenardo. 'l'emo que os professores de Lovaina tenham as suas objecções a esta abordagem, mas já sabeis, entretanto, que eu não me deixo abalar pelas primeiras teimosias.
Principalmente as crianças adoravam as minhas lições. Muitíssimas vezes, uma hora antes de a aula começar já estavam sentadas no chão ìi espera. Outras praticavam os diálogos à noite. Algumas vinham à escola mesmo com febres altas. Também não podia zangar-me com elas, quando vinham para a minha beira no final da aula para tocarem na minha mão e para mexerem nas minhas bolsas. Um dos meus pupilos riais espertos era um tal de Gonçalves, um rapazito órfão que até p011-tu tempo antes tinha tornado inseguras as ruas de Braga, mas que eu .colhi em minha casa, depois de algumas semanas, como recompensa pelos seus progressos.
Quando estávamos perto da Páscoa, tentei ainda um outro astuto 11 uque com os meus pupilos. Disse-lhes, com toda a seriedade, que o I: t i 1 n era uma língua bíblica e que as línguas bíblicas são muito mais I.i(cis de aprender com uma alma pura do que com uma consciência ln e;Iminosa. Por essa razão, todos teriam de confessar os seus pecados 11111s da Páscoa. Determinei uni dia em que não haveria lição e em que
~~; comissões deveriam aconlecer.
U
JORIS TULKENS
Nunca as igrejas de Braga se encheram tanto como no dia em que não dei aula. Foram buscar padres à rua, os cónegos tiveram de interromper o pequeno-almoço, mobilizaram-se priores, todos tinham de apascentaras súbitas necessidades das almas do meu rebanho. Na parte da tarde, não me podia apresentar em sítio algum sem que logo aparecesse de uma rua transversal um bando de mariolas na minha direcção:
— Respeitável mestre, nós já nos fomos confessar!
E pareciam tão felizes que até me vieram as lágrimas aos olhos. Mas eu tenho um coração mole, claro.
Na semana seguinte, comecei a leccionar latim a alguns jovens da cidade. Durante as primeiras aulas, falava com eles da mesma maneira que Colombo deve ter falado com os indígenas do Novo Mundo: vocábulos monossilábicos, gestos, repetições, equívocos. Mas depois da primeira semana, os meus novos pupilos já percebiam ordens simples em latim.
Com toda a celeridade, espalhou-se o rumor pela cidade de que se davam aulas de latim gratuitas no palácio episcopal e logo vieram outros interessados: crianças que ainda mal tinham completado cinco :usos e velhos de mais de cinquenta, padres, escravos, gente próspera, aleijados, analfabetos. Depois de algum tempo vinham famílias inteiras, de avô a neto, até à minha sala. Não lhes dizia uma única palavra em português: a língua franca era o latim, que eles falavam a gaguejar e i itubear como principiantes ou cheio de erros se pertencessem ao grupo dos mais avançados. Aos mais pequenos eu exigia apenas que ficassem sentados, quietos e que escutassem. A escola para eles era um autêni ico ludus, no sentido primordial da palavra latina, um «jogo». Regras gramaticais? Nenhuma. Construções frásicas? Nenhuma. Declinações e conjugações? Nenhuma. Eu proibia os meus pupilos de escreverem urna palavra que fosse. Tudo tinha de acontecer no âmbito do ensino lúdico. Aquilo que não percebiam da primeira vez, eu repetia dezenas de vezes e demonstrava-o também. Num determinado momento iá d nu
PERRO CRISTÃO ENTRE MUÇULMANOS
latim com os pés e as mãos: assoar o nariz, pentear o cabelo, calçar e descalçar os sapatos e representava teatralmente tudo isto enquanto proferia, em voz alta, a respectiva palavra em latim.
— Salvete, díscípulí!
— Salvete, magístri!
Tinha mais de duzentos discípulos na sala. Eles utilizavam o plural para me cumprimentar pelo facto de eu empregar também o Carbo, o Nigrinus e o Dento como mestres deles, apesar de não constarem de qualquer lista de graduados de universidade alguma.
— Hodie díscemus modum ímperatívum!
Provavelmente eles não percebiam isto, mas essa era a menor das minhas preocupações.
— Imperativus habet duas termínationes: síngularís et pluralís. Iterum!
— Singularis et pluralis! — gritavam entusiasmados, pois já conheciam essas palavras da lição anterior.
Fiz depois um sinal ao Dento:
— Dento, salta!
O Dento chegou-se à frente e saltou, obediente.
— Videtisne omnes? Salta, singularis! Iterum!
— Salta, síngutaris! — ressoou, por toda a sala.
Em seguida, fiz um aceno ao Carbo e ordenei:
— Carbo et Dento: saltate!
O Carbo aproximou-se do Dento e saltaram ambos em simultâneo. — Saltate, pluralís! Iterum!
E a classe, muito disciplinadamente, repetiu:
— Saltate, pluralís!
Estiquei então a minha mão com a palma virada para cima.
— Salta, síngularís! — gritaram eles, dado que já conheciam aquele gesto.
Virei a palma da minha mão para baixo:
— Saltate, pluralís!
Fiz depois o mesmo com víde-vídete e com audí-audite. Dei, em seguida, um saltinho ao querer ouvir salta-saltate, coloquei o dedo por debaixo do meu olho e puxei-o, abrindo-o, querendo escutar víde-vídete, e agarrei com força na minha orelha quando eles tinham de dizer audi-audíte. Porfim, já era uma brincadeira. Saltinho, palma da mão para cima: salta-te. Olho, palma da mão para baixo: videte. Ouvido, palma da mão para cima: audíte. E assim comandava eu, sem dificuldades, o meu exército português.
Quando já dominavam bem esta parte, passei para as excepções. — Nígríne, repe per pavímentum!
Imediatamente, o Nigrinus começou a gatinhar no chão.
— Vídete! — comandava eu, em voz alta, e puxava o meu olho, abrindo-o bem. Todos se esticavam para poderem olhar para õ Nigrinus, que executava a sua tarefa com dedicação. Em seguida, fiz um aceno a Carbo e a Dento:
— Repite per pavímentum!
Como um javali, o Carbo farejava em volta, enquanto o flexível Dento fazia uma boa imitação de uma cobra serpenteante. O espectáculo provocou de tal forma as gargalhadas que eu próprio não me consegui conter. Uma catástrofe para a disciplina. Todos começaram a rir-se e a aplaudir. O Dento, estimulado pelo sucesso da sua representação, movimentava-se por entre as primeiras filas com os dentes à mostra, ao que os pequenotes se escondiam, gritando, detrás das costas dos respectivos pais.
— Repe, repíte! — gritava eu num tom de voz que se elevava acima do tumulto e toda a sala bradava depois de mim:
— Repe, repíte!
Mais eis que também o Carbo e o Nigrinus quiseram a sua quota-parte dos aplausos. A sala transformou-se num pandemónio. Eu já não podia fazer nada. Se se'queriam divertir, então eu far-lhes-ia a vontade.
— Repíte omnes per pavímentum! — vociferei, e não foi preciso dizê-lo duas vezes. Todos se puseram de mãos e joelhos no chão e começaram a limpar o chão da sala, sob uma sonora gritaria, enquanto os meus três assistentes lhes pregavam valentes sustos.
— Saltate! — ordenei, e todos -na sala se colocaram em posição de repetir as cabriolas do Carbo. Levantou-se uma nuvem de pó. Permiti que saltassem, gatinhassem e gritassem até estarem todos exaustos.
— Sedete!
Sentaram-se, ofegantes, nos seus lugares, já sem forças para repetirem a ordem. Arrastei os meus três demónios do público e sentei-os
JORIS TULKENS
Pavoneou-se solenemente, com a barriga bem empinada para a frente, apesar de lhe ser difícil evocar a imagem de um cardeal bem nutrido, dada a sua magreza de pele e osso. Ajoelhei-me defronte dele e beijei-lhe os dedos sujos. Ele fez um ar tão presunçoso como se fosse um papa francês.
— Vídete omnes: Dento est cardinalis!
Depois de o terem zurrado, mimeticamente, algumas vezes, resumi: — Ego sum, tu es, Dento est!
E todos confirmaram:
— Ego sum, tu es, Dento est.
Depois voltei a colocar a mitra na minha cabeça, pendurei a estola no pescoço do Dento e entreguei-lhe o bastão.
— Nos sumus cardinales! — anunciei, e virei a palma da minha mão para baixo para indicar que agora já estávamos a falar no plural. Fiz uma vénia ao Dento e demos o ósculo da paz, um ao outro. Logo de seguida, o meu palhaço negro, todo convencido, começou a abençoar o público. Foi uma galhofa generalizada.
Chamei então o Carbo para junto de mim, dei-lhe os meus acessórios e coloquei-o ao pé do Dento.
— Vos estís cardinales! — participei-lhes.
Cheios de sacralidade, confirmaram:
— Nos sumus cardínales.
E, virando-me para a sala:
— Carbo et Dento sunt cardinales!
Risos e um aplauso retumbante.
Dessa maneira, num cantinho remoto da Europa, estabeleci os princípios básicos do novo método do ensino do latim, o método Clenardo. 'l'emo que os professores de Lovaina tenham as suas objecções a esta abordagem, mas já sabeis, entretanto, que eu não me deixo abalar pelas primeiras teimosias.
Principalmente as crianças adoravam as minhas lições. Muitíssimas vezes, uma hora antes de a aula começar já estavam sentadas no chão ìi espera. Outras praticavam os diálogos à noite. Algumas vinham à escola mesmo com febres altas. Também não podia zangar-me com elas, quando vinham para a minha beira no final da aula para tocarem na minha mão e para mexerem nas minhas bolsas. Um dos meus pupilos riais espertos era um tal de Gonçalves, um rapazito órfão que até p011-tu tempo antes tinha tornado inseguras as ruas de Braga, mas que eu .colhi em minha casa, depois de algumas semanas, como recompensa pelos seus progressos.
Quando estávamos perto da Páscoa, tentei ainda um outro astuto 11 uque com os meus pupilos. Disse-lhes, com toda a seriedade, que o I: t i 1 n era uma língua bíblica e que as línguas bíblicas são muito mais I.i(cis de aprender com uma alma pura do que com uma consciência ln e;Iminosa. Por essa razão, todos teriam de confessar os seus pecados 11111s da Páscoa. Determinei uni dia em que não haveria lição e em que
~~; comissões deveriam aconlecer.
U
JORIS TULKENS
Nunca as igrejas de Braga se encheram tanto como no dia em que não dei aula. Foram buscar padres à rua, os cónegos tiveram de interromper o pequeno-almoço, mobilizaram-se priores, todos tinham de apascentaras súbitas necessidades das almas do meu rebanho. Na parte da tarde, não me podia apresentar em sítio algum sem que logo aparecesse de uma rua transversal um bando de mariolas na minha direcção:
— Respeitável mestre, nós já nos fomos confessar!
E pareciam tão felizes que até me vieram as lágrimas aos olhos. Mas eu tenho um coração mole, claro.
Última edição por Vitor mango em Seg Out 28, 2013 4:39 am, editado 1 vez(es)
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Re: Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
a copia do livro é feita com o OCR pelo que algumas gralhas são visíveis
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Re: Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
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Re: Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
História
Palácio Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, construído em 1842 no estilo neoclássico.
Palácio das Escolas, sede da Universidade de Coimbra criada em 1288, sendo a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas do mundo.
Dentro da definição moderna, as primeiras universidades surgiram na Europa medieval, durante o renascimento do Século XII, a primeira delas foi a de Bolonha, no norte da Itália. Isso acontece no século XI, em 1088, quando o ensino da cidade se tornou livre e independente das escolas religiosas. A Universidade de Bolonha é assim considerada a mais antiga do Mundo e a primeira da História.
Numa definição mais abrangente, a Academia, fundada em 387 a.C. pelo filósofo grego Platão no bosque de Academos próximo a Atenas, pode ser entendida como a primeira universidade. Nela os estudantes aprendiam filosofia, matemática e ginástica. Não constituía, entretanto, realmente uma universidade, porquanto cada pensador fundava uma escola para repassar seus conhecimentos, não para debatê-los. Contudo só na Idade Média foi que as universidades ganharam corpo e foram estabelecidas pela Igreja Católica onde seus alunos aprendiam disciplinas relacionadas com a fé, como teologia, filosofia e idiomas.
As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direito, medicina e teologia. Antes disso, instituições semelhantes existiam no mundo islâmico, sendo a mais famosa a do Cairo. Na Ásia, a instituição de ensino superior mais importante era a de Nalanda, em Bihar, Índia, onde viveu no século II o filósofo budista Nagarjuna.
Na Europa rapazes encaminhavam-se à universidade após completar o estudo do trivium: as artes preparatórias da gramática, retórica e lógica ou dialética; e do quadrivium: aritmética, geometria, música e astronomia.3 4 5 6
A Universidade portuguesa mais antiga é a Universidade de Coimbra, fundada inicialmente em Lisboa em 1290, sendo uma das 10 mais antigas da Europa em funcionamento contínuo.
No Brasil, a mais antiga instituição com o status de universidade é a Universidade de Manaus, criada em 1909, hoje Universidade Federal do Amazonas. Há outras instituições de ensino superior brasileiras mais antigas, porém não gozavam do status de universidade antes de 1909.
Durante o Brasil Colônia não houve a implantação de nenhuma universidade no território. Algumas tratativas para implantação de cursos superiores, como aquela demandada pela Inconfidência Mineira, não foram aprovadas por Portugal.7
Somente com a vinda da Casa Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, que algns cursos foram criados no Rio de Janeiro e Salvador para formar profissionais destinados a atender, sobretudo, aos membros do Estado nacional. No entanto não havia ainda uma estrutura que se poderia chamar de universidade. 8
Universidades são normalmente instituídas por um estatuto ou carta. No Reino Unido, uma universidade é definida por uma carta real e apenas instituições com tal documento podem oferecer diplomas de quaisquer tipos.
Nas últimas décadas do século XX, um certo número de universidades com mais de 100 000 estudantes foi criado, ensinando através de técnicas de aprendizado a distância.
Palácio Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, construído em 1842 no estilo neoclássico.
Palácio das Escolas, sede da Universidade de Coimbra criada em 1288, sendo a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas do mundo.
Dentro da definição moderna, as primeiras universidades surgiram na Europa medieval, durante o renascimento do Século XII, a primeira delas foi a de Bolonha, no norte da Itália. Isso acontece no século XI, em 1088, quando o ensino da cidade se tornou livre e independente das escolas religiosas. A Universidade de Bolonha é assim considerada a mais antiga do Mundo e a primeira da História.
Numa definição mais abrangente, a Academia, fundada em 387 a.C. pelo filósofo grego Platão no bosque de Academos próximo a Atenas, pode ser entendida como a primeira universidade. Nela os estudantes aprendiam filosofia, matemática e ginástica. Não constituía, entretanto, realmente uma universidade, porquanto cada pensador fundava uma escola para repassar seus conhecimentos, não para debatê-los. Contudo só na Idade Média foi que as universidades ganharam corpo e foram estabelecidas pela Igreja Católica onde seus alunos aprendiam disciplinas relacionadas com a fé, como teologia, filosofia e idiomas.
As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direito, medicina e teologia. Antes disso, instituições semelhantes existiam no mundo islâmico, sendo a mais famosa a do Cairo. Na Ásia, a instituição de ensino superior mais importante era a de Nalanda, em Bihar, Índia, onde viveu no século II o filósofo budista Nagarjuna.
Na Europa rapazes encaminhavam-se à universidade após completar o estudo do trivium: as artes preparatórias da gramática, retórica e lógica ou dialética; e do quadrivium: aritmética, geometria, música e astronomia.3 4 5 6
A Universidade portuguesa mais antiga é a Universidade de Coimbra, fundada inicialmente em Lisboa em 1290, sendo uma das 10 mais antigas da Europa em funcionamento contínuo.
No Brasil, a mais antiga instituição com o status de universidade é a Universidade de Manaus, criada em 1909, hoje Universidade Federal do Amazonas. Há outras instituições de ensino superior brasileiras mais antigas, porém não gozavam do status de universidade antes de 1909.
Durante o Brasil Colônia não houve a implantação de nenhuma universidade no território. Algumas tratativas para implantação de cursos superiores, como aquela demandada pela Inconfidência Mineira, não foram aprovadas por Portugal.7
Somente com a vinda da Casa Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, que algns cursos foram criados no Rio de Janeiro e Salvador para formar profissionais destinados a atender, sobretudo, aos membros do Estado nacional. No entanto não havia ainda uma estrutura que se poderia chamar de universidade. 8
Universidades são normalmente instituídas por um estatuto ou carta. No Reino Unido, uma universidade é definida por uma carta real e apenas instituições com tal documento podem oferecer diplomas de quaisquer tipos.
Nas últimas décadas do século XX, um certo número de universidades com mais de 100 000 estudantes foi criado, ensinando através de técnicas de aprendizado a distância.
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Re: Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
Perro Cristão Entre Muçulmanos
de Joris Tulkens
Edição/reimpressão: 2008
Editor: Editora Guerra & Paz
ISBN: 9789898014825
16,81€
Disponibilidade: Sujeito a confirmação de stock no fornecedor
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Sinopse
No século XVI, Nicolau Clenardo era uma figura de destaque em toda a Europa. Teólogo, humanista, professor e conhecedor de latim, grego, hebraico e árabe, este homem tinha as condições para atingir a imortalidade. Enquanto ser humano, era extremamente corajoso, e a obstinação com que defendia o diálogo com aqueles que não partilhavam da mesma religião era extremamente rara naquela época. Apesar disso, Clenardo foi quase esquecido pela história. Particularmente, talvez, devido à sua excessiva crença na humanidade. Após ter leccionado em Lovaina, Paris, Salamanca e na corte portuguesa, decidiu mudar o rumo da sua vida. Assim, partiu para a cidade marroquina de Fez com o objectivo de iniciar um diálogo de paz entre o Cristianismo e o Islão, tendo sido criticado por fiéis de ambos os lados, já que o espírito da época propiciava o acentuar do abismo entre os dois mundos. Expulso de Fez e perseguido pela Inquisição espanhola, morreu só e sem posses em Granada.
Este romance, baseado em factos históricos e parcialmente desenrolado em Portugal, debruça-se sobre este monge cristão que, há cerca de 500 anos, lutava para perceber as crenças islâmicas. Foi um autêntico precursor do diálogo ecuménico, sendo as suas afirmações sobre a paz e a tolerância mais actuais hoje do que nunca.
Perro Cristão Entre Muçulmanos de Joris Tulkens
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Re: Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
Este romance, baseado em factos históricos e parcialmente desenrolado em Portugal, debruça-se sobre este monge cristão que, há cerca de 500 anos, lutava para perceber as crenças islâmicas. Foi um autêntico precursor do diálogo ecuménico, sendo as suas afirmações sobre a paz e a tolerância mais actuais hoje do que nunca.
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Re: Uma das primeiras aulas na Universidade de Coimbra Fundada no ano ~( D Joao III )
amen
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