Multidões de Obama e persistência de McCain fecham campanha de 2008
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Multidões de Obama e persistência de McCain fecham campanha de 2008
Multidões de Obama e persistência de McCain fecham campanha de 2008
Imagem dos candidatos democrata e republicano à Casa Branca, Barack Obama e John McCain
Mark Lyons e CJ Gunther, EPA Obama insiste em ligar McCain a Bush; McCain aponta inexperiência e "esquerdismo" de Obama
Na véspera da eleição presidencial dos Estados Unidos, as candidaturas democrata e republicana partilham o mesmo objectivo – assegurar cada milímetro de terreno conquistado ao longo da campanha. Ohio, Florida, Virgínia, Indiana, Novo México, Nevada, Carolina do Norte e Pennsylvania são os derradeiros campos de batalha na guerra pela Casa Branca.
Às multidões congregadas pelo democrata Barack Obama no decisivo Estado do Ohio, o republicano John McCain responde com a prece de que se tornará o protagonista da maior surpresa das últimas seis décadas na história política dos Estados Unidos.
Apoiado na ideia de que as sondagens não decidem eleições, o veterano senador do Arizona inaugurou o derradeiro dia de campanha com nova profissão de fé num conservadorismo latente entre o eleitorado norte-americano.
“Meus amigos, é oficial: Falta apenas um dia para conduzirmos a América numa nova direcção”, declarou John McCain durante um comício em Miami, às primeiras horas de segunda-feira.
Os estrategas e os conselheiros do senador republicano contam com pelo menos um argumento a favor da tese de uma recuperação de última hora: a história recente.
Há exactamente um ano, a campanha do veterano de guerra para as primárias do Partido Republicano era descrita como pouco mais do que um cadáver político. O certo é que a vitória de um McCain financeiramente depauperado no Estado de New Hampshire frustrou todos os diagnósticos e catapultou o senador para a nomeação presidencial.
Colégio Eleitoral
A expensas do esforço de optimismo do candidato republicano, as contas do ticket McCain-Palin revelam-se pouco encorajadoras.
Uma sondagem do instituto Gallup para a edição de segunda-feira do jornal USA Today coloca Obama na dianteira com uma vantagem de 11 pontos para McCain (53 por cento contra 42 por cento).
Na contabilidade estadual, o candidato republicano está obrigado a conquistar o maior número possível de Estados averbados por George W. Bush na eleição de 2004 e ainda dispor todos os seus recursos em campo para garantir a Pennsylvania. Uma derrota neste Estado, no Ohio, na Virgínia ou na Florida deixará o ticket republicano em apuros na corrida aos 270 votos do Colégio Eleitoral que permitem franquear as portas da Casa Branca.
O director da campanha de McCain, Rick Davis, já veio reconhecer que a Pennsylvania será mesmo “o Estado mais importante a observar” na eleição de terça-feira.
O mapa do Colégio Eleitoral traçado pela generalidade das sondagens favorece o ticket Obama-Biden.
O senador afro-americano é dado como favorito em todos os Estados conquistados pelo democrata John Kerry em 2004, um desempenho que lhe vale, à partida, 251 dos 538 votos do Colégio Eleitoral. Mas Obama surge também na liderança, ou empatado com McCain, em muitos Estados conquistados pela candidatura Bush-Cheney na última eleição. Neste plano, são várias as fórmulas à disposição do candidato democrata para garantir a fasquia de 270 votos no Colégio Eleitoral: vencer um Estado capital como a Florida e o Ohio, ou assegurar a vitória num conjunto de Estados menos expressivos.
Foi a pensar na matemática do Colégio Eleitoral que a campanha democrata apostou tudo, nos últimos dias, numa campanha agressiva em Estados de cores respublicanas, casos do Nevada, do Colorado e da Virgínia.
“Não queremos acordar na manhã de 4 de Novembro e ficar à espera de um Estado. Queríamos ter diferentes formas de ganhar esta eleição”, explicava ontem à estação televisiva Fox o director da campanha de Obama, David Plouffe.
Factores de incerteza
A par da vantagem virtual de Barack Obama persistem inúmeros ingredientes de incerteza quanto ao desfecho do duelo presidencial de 2008.
O primeiro é o factor raça: ninguém sabe quantos eleitores fiéis ao Partido Democrático poderão dizer não à histórica ascensão de um afro-americano à Presidência dos Estados Unidos.
Desconhece-se, também, se Obama conseguiu realmente mobilizar o eleitorado jovem e o eleitorado afro-americano, agentes de abstenção em processos eleitorais anteriores.
Por outro lado, o senador democrata pode ir buscar alento aos dados sobre a participação eleitoral nos Estados que foram a votos mais cedo. Perto de 27 milhões de norte-americanos já expressaram as suas escolhas em 30 Estados. E foram mais os democratas do que os republicanos a afluir aos locais de voto.
Obama reuniu 140 mil pessoas no Ohio
A capacidade de mobilização da candidatura democrata voltou a ficar patente, este fim-de-semana, em dois comícios de Barack Obama no Ohio.
Diante de 80 mil apoiantes reunidos em Cleveland, Obama apresentou o semblante da confiança.
“Nos últimos dias senti-me bem. As multidões parecem crescer e todos têm um sorriso no rosto. Começamos a pensar que podemos ser capazes de vencer a eleição a 4 de Novembro”, lançou o senador do Illinois.
Horas antes, em Columbus, 60 mil pessoas ouviram uma mensagem semelhante.
Esta segunda-feira a máquina de Obama ruma a Estados de Bush. Florida, Virgínia e Carolina do Norte são as derradeiras apostas da campanha democrata.
Florida, Virgínia, Novo México, Nevada e Indiana formam a cartografia de McCain para as últimas horas da corrida.
Carlos Santos Neves, RTP
2008-11-03 13:09:34
Imagem dos candidatos democrata e republicano à Casa Branca, Barack Obama e John McCain
Mark Lyons e CJ Gunther, EPA Obama insiste em ligar McCain a Bush; McCain aponta inexperiência e "esquerdismo" de Obama
Na véspera da eleição presidencial dos Estados Unidos, as candidaturas democrata e republicana partilham o mesmo objectivo – assegurar cada milímetro de terreno conquistado ao longo da campanha. Ohio, Florida, Virgínia, Indiana, Novo México, Nevada, Carolina do Norte e Pennsylvania são os derradeiros campos de batalha na guerra pela Casa Branca.
Às multidões congregadas pelo democrata Barack Obama no decisivo Estado do Ohio, o republicano John McCain responde com a prece de que se tornará o protagonista da maior surpresa das últimas seis décadas na história política dos Estados Unidos.
Apoiado na ideia de que as sondagens não decidem eleições, o veterano senador do Arizona inaugurou o derradeiro dia de campanha com nova profissão de fé num conservadorismo latente entre o eleitorado norte-americano.
“Meus amigos, é oficial: Falta apenas um dia para conduzirmos a América numa nova direcção”, declarou John McCain durante um comício em Miami, às primeiras horas de segunda-feira.
Os estrategas e os conselheiros do senador republicano contam com pelo menos um argumento a favor da tese de uma recuperação de última hora: a história recente.
Há exactamente um ano, a campanha do veterano de guerra para as primárias do Partido Republicano era descrita como pouco mais do que um cadáver político. O certo é que a vitória de um McCain financeiramente depauperado no Estado de New Hampshire frustrou todos os diagnósticos e catapultou o senador para a nomeação presidencial.
Colégio Eleitoral
A expensas do esforço de optimismo do candidato republicano, as contas do ticket McCain-Palin revelam-se pouco encorajadoras.
Uma sondagem do instituto Gallup para a edição de segunda-feira do jornal USA Today coloca Obama na dianteira com uma vantagem de 11 pontos para McCain (53 por cento contra 42 por cento).
Na contabilidade estadual, o candidato republicano está obrigado a conquistar o maior número possível de Estados averbados por George W. Bush na eleição de 2004 e ainda dispor todos os seus recursos em campo para garantir a Pennsylvania. Uma derrota neste Estado, no Ohio, na Virgínia ou na Florida deixará o ticket republicano em apuros na corrida aos 270 votos do Colégio Eleitoral que permitem franquear as portas da Casa Branca.
O director da campanha de McCain, Rick Davis, já veio reconhecer que a Pennsylvania será mesmo “o Estado mais importante a observar” na eleição de terça-feira.
O mapa do Colégio Eleitoral traçado pela generalidade das sondagens favorece o ticket Obama-Biden.
O senador afro-americano é dado como favorito em todos os Estados conquistados pelo democrata John Kerry em 2004, um desempenho que lhe vale, à partida, 251 dos 538 votos do Colégio Eleitoral. Mas Obama surge também na liderança, ou empatado com McCain, em muitos Estados conquistados pela candidatura Bush-Cheney na última eleição. Neste plano, são várias as fórmulas à disposição do candidato democrata para garantir a fasquia de 270 votos no Colégio Eleitoral: vencer um Estado capital como a Florida e o Ohio, ou assegurar a vitória num conjunto de Estados menos expressivos.
Foi a pensar na matemática do Colégio Eleitoral que a campanha democrata apostou tudo, nos últimos dias, numa campanha agressiva em Estados de cores respublicanas, casos do Nevada, do Colorado e da Virgínia.
“Não queremos acordar na manhã de 4 de Novembro e ficar à espera de um Estado. Queríamos ter diferentes formas de ganhar esta eleição”, explicava ontem à estação televisiva Fox o director da campanha de Obama, David Plouffe.
Factores de incerteza
A par da vantagem virtual de Barack Obama persistem inúmeros ingredientes de incerteza quanto ao desfecho do duelo presidencial de 2008.
O primeiro é o factor raça: ninguém sabe quantos eleitores fiéis ao Partido Democrático poderão dizer não à histórica ascensão de um afro-americano à Presidência dos Estados Unidos.
Desconhece-se, também, se Obama conseguiu realmente mobilizar o eleitorado jovem e o eleitorado afro-americano, agentes de abstenção em processos eleitorais anteriores.
Por outro lado, o senador democrata pode ir buscar alento aos dados sobre a participação eleitoral nos Estados que foram a votos mais cedo. Perto de 27 milhões de norte-americanos já expressaram as suas escolhas em 30 Estados. E foram mais os democratas do que os republicanos a afluir aos locais de voto.
Obama reuniu 140 mil pessoas no Ohio
A capacidade de mobilização da candidatura democrata voltou a ficar patente, este fim-de-semana, em dois comícios de Barack Obama no Ohio.
Diante de 80 mil apoiantes reunidos em Cleveland, Obama apresentou o semblante da confiança.
“Nos últimos dias senti-me bem. As multidões parecem crescer e todos têm um sorriso no rosto. Começamos a pensar que podemos ser capazes de vencer a eleição a 4 de Novembro”, lançou o senador do Illinois.
Horas antes, em Columbus, 60 mil pessoas ouviram uma mensagem semelhante.
Esta segunda-feira a máquina de Obama ruma a Estados de Bush. Florida, Virgínia e Carolina do Norte são as derradeiras apostas da campanha democrata.
Florida, Virgínia, Novo México, Nevada e Indiana formam a cartografia de McCain para as últimas horas da corrida.
Carlos Santos Neves, RTP
2008-11-03 13:09:34
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