Gregos e turcos querem acordo o mais rápido possível sobre reunificação de Chipre
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Gregos e turcos querem acordo o mais rápido possível sobre reunificação de Chipre
Gregos e turcos querem acordo o mais rápido possível sobre reunificação de Chipre
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11 de Fevereiro, 2014
Os dirigentes cipriotas grego e turco afirmaram hoje o seu compromisso em garantir "o mais depressa possível" um acordo para a reunificação da ilha, no reinício de negociações cruciais favorecidas pela perspectiva da exploração de gás.
O Presidente da República de Chipre, o cipriota grego Nicos Anastasiades, e o dirigente da autoproclamada República Turca de Chipre do Norte (RTCN), Dervis Eroglu, reuniram-se esta manhã durante hora e meia nas instalações da ONU situadas no desactivado aeroporto internacional de Nicósia, na presença de Lisa Buttenheim, responsável das Nações Unidas em Chipre.
"Os dirigentes têm por objectivo chegar a uma solução o mais rapidamente possível e organizar de seguida referendos distintos", refere o comunicado final do encontro, divulgado por Buttenheim. Os dois líderes cipriotas deverão pronunciar-se mais tarde sobre o que já é considerada a última oportunidade para garantir a reunificação da ilha e pôr termo a um conflito de quatro décadas.
A responsável da ONU precisou que o próximo encontro da equipa de negociadores está previsto para "esta semana".
O comunicado comum resume o âmbito das negociações sobre a reunificação, que ganhou nova actualidade pela perspectiva de exploração das importantes reservas gasíferas da ilha e uma profunda recessão na República de Chipre, a parte grega da ilha reconhecida internacionalmente e Estado-membro da União Europeia (UE) desde Maio de 2004.
À semelhança do que tinha ficado acordado no malogrado plano das Nações Unidas em 2004 (plano Annan), a resolução da questão de Chipre, caso seja legitimada por um referendo, será assente "numa federação bicomunal e bizonal" num país "com entidade legal unificada no plano internacional, com uma soberania única".
A Constituição deverá assegurar que "a federação unificada de Chipre seja composta por dois Estados-membros de igual estatuto" e proibir "uma união parcial ou total com qualquer outro país".
Na sequência da divisão da ilha, na sequência da invasão militar turca de Julho e agosto de 1974 justificada por uma tentativa de golpe de Estado organizado pela junta militar no poder em Atenas e que pretendia a união com a Grécia, as tropas de Ancara continuam a manter presença na RTCN (cerca de 38% do território), apenas reconhecida pela Turquia.
O país entrou dividido na UE, após o fracasso do primeiro acordo de reunificação em Abril de 2004, aprovado pelos cipriotas turcos mas rejeitado pelos cipriotas gregos.
As discussões foram apenas retomadas em 2008, mas de novo suspensas em 2012. Por fim, na sexta-feira, os dois líderes chegaram a acordo sobre uma declaração comum, redigida pela ONU, e destinada a fixar o quadro das negociações.
Confrontado com uma forte oposição de diversos sectores cipriotas gregos, que rejeitam o reinício do diálogo, Anastasiades sublinhou na sexta-feira que o acordo sobre o roteiro negocial "é apenas um início".
Em comunicado, a UE considerou hoje que a declaração comum "estabelece uma base sólida para o recomeço das negociações sobre um acordo global justo e duradouro", e exorta as duas partes a "abordarem o mais depressa possível as questões de substância para garantir resultados rapidamente".
"É a maior oportunidade para a paz desde 2004", disse em declarações à agência noticiosa AFP Hubert Faustmann, professor de história e ciências políticas na universidade de Nicósia.
"Washington colocou muito peso neste último esforço de paz porque o gás e o petróleo alteram o jogo (...) É uma situação ganhadora para todos", considerou.
Israel, que equaciona exportar o seu gás num gasoduto que atravessa águas cipriotas e a Turquia, ou investir numa fábrica de liquefacção de gás na ilha mediterrânica, "evitará disponibilizar o seu gás em direcção a Chipre caso não exista uma solução", assinalou ainda.
Lusa/SOL
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11 de Fevereiro, 2014
Os dirigentes cipriotas grego e turco afirmaram hoje o seu compromisso em garantir "o mais depressa possível" um acordo para a reunificação da ilha, no reinício de negociações cruciais favorecidas pela perspectiva da exploração de gás.
O Presidente da República de Chipre, o cipriota grego Nicos Anastasiades, e o dirigente da autoproclamada República Turca de Chipre do Norte (RTCN), Dervis Eroglu, reuniram-se esta manhã durante hora e meia nas instalações da ONU situadas no desactivado aeroporto internacional de Nicósia, na presença de Lisa Buttenheim, responsável das Nações Unidas em Chipre.
"Os dirigentes têm por objectivo chegar a uma solução o mais rapidamente possível e organizar de seguida referendos distintos", refere o comunicado final do encontro, divulgado por Buttenheim. Os dois líderes cipriotas deverão pronunciar-se mais tarde sobre o que já é considerada a última oportunidade para garantir a reunificação da ilha e pôr termo a um conflito de quatro décadas.
A responsável da ONU precisou que o próximo encontro da equipa de negociadores está previsto para "esta semana".
O comunicado comum resume o âmbito das negociações sobre a reunificação, que ganhou nova actualidade pela perspectiva de exploração das importantes reservas gasíferas da ilha e uma profunda recessão na República de Chipre, a parte grega da ilha reconhecida internacionalmente e Estado-membro da União Europeia (UE) desde Maio de 2004.
À semelhança do que tinha ficado acordado no malogrado plano das Nações Unidas em 2004 (plano Annan), a resolução da questão de Chipre, caso seja legitimada por um referendo, será assente "numa federação bicomunal e bizonal" num país "com entidade legal unificada no plano internacional, com uma soberania única".
A Constituição deverá assegurar que "a federação unificada de Chipre seja composta por dois Estados-membros de igual estatuto" e proibir "uma união parcial ou total com qualquer outro país".
Na sequência da divisão da ilha, na sequência da invasão militar turca de Julho e agosto de 1974 justificada por uma tentativa de golpe de Estado organizado pela junta militar no poder em Atenas e que pretendia a união com a Grécia, as tropas de Ancara continuam a manter presença na RTCN (cerca de 38% do território), apenas reconhecida pela Turquia.
O país entrou dividido na UE, após o fracasso do primeiro acordo de reunificação em Abril de 2004, aprovado pelos cipriotas turcos mas rejeitado pelos cipriotas gregos.
As discussões foram apenas retomadas em 2008, mas de novo suspensas em 2012. Por fim, na sexta-feira, os dois líderes chegaram a acordo sobre uma declaração comum, redigida pela ONU, e destinada a fixar o quadro das negociações.
Confrontado com uma forte oposição de diversos sectores cipriotas gregos, que rejeitam o reinício do diálogo, Anastasiades sublinhou na sexta-feira que o acordo sobre o roteiro negocial "é apenas um início".
Em comunicado, a UE considerou hoje que a declaração comum "estabelece uma base sólida para o recomeço das negociações sobre um acordo global justo e duradouro", e exorta as duas partes a "abordarem o mais depressa possível as questões de substância para garantir resultados rapidamente".
"É a maior oportunidade para a paz desde 2004", disse em declarações à agência noticiosa AFP Hubert Faustmann, professor de história e ciências políticas na universidade de Nicósia.
"Washington colocou muito peso neste último esforço de paz porque o gás e o petróleo alteram o jogo (...) É uma situação ganhadora para todos", considerou.
Israel, que equaciona exportar o seu gás num gasoduto que atravessa águas cipriotas e a Turquia, ou investir numa fábrica de liquefacção de gás na ilha mediterrânica, "evitará disponibilizar o seu gás em direcção a Chipre caso não exista uma solução", assinalou ainda.
Lusa/SOL
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