Rússia veta resolução na ONU para declarar inválido referendo na Crimeia
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Rússia veta resolução na ONU para declarar inválido referendo na Crimeia
Rússia veta resolução na ONU para declarar inválido referendo na Crimeia
Decisão irritou EUA e União Europeia, que ameaçam tirar russos do G8; manifestantes protestaram em Moscou contra Putin
A Rússia vetou neste sábado (15/03), no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução que declarava inválido o referendo que deve se realizar neste domingo (16/03) na Crimeia sobre a incorporação da região ao território russo. A proposta, dos Estados Unidos, teve 13 dos 15 votos possíveis a favor. A China, que também tem poder de veto, se absteve.
O embaixador russo, Vitaly Churkin, defendeu que a resolução ia contra a igualdade de direitos da população da Crimeia e de seu direito à autodeterminação. Churkin afirmou que a Rússia defende o "princípio da integridade territorial dos Estados", mas ressaltou que o caso conta com características extraordinárias, citando o "golpe de estado inconstitucional realizado por radicais em Kiev" e a ameaça que isso representa para a população crimeana. Ele também lembrou que a Crimeia foi território da Rússia até 1954.
Agência Efe
Na foto, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin; Conselho de Segurança vetou resolução contra referendo na Crimeia
O veto provocou fortes reações dos Estados Unidos e de países europeus. A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, afirmou que o veto é “cúmplice” de uma “incursão militar ilegal”. “A Federação Russa tem o poder de vetar uma resolução do Conselho de Segurança, mas não tem o poder de vetar a verdade”, disse.
Já o presidente francês, François Hollande, alertou que a União Europeia não irá considerar válido o referendo e o chamou de “pseudoconsulta”. Em discurso à imprensa junto ao primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, Hollande pediu à Rússia que seja encontrada uma solução política que respeite a integridade territorial da Ucrânia, e disse que, se não houver um recuo, os europeus decidirão na segunda-feira (17/03) a imposição de sanções.
Expulsão
De acordo com uma reportagem da revista alemã Der Spiegel, o G8 estuda expulsar a Rússia do grupo por conta da intervenção do país na Ucrânia. Os outros sete membros – EUA, Alemanha, Japão, França, Canadá, Reino Unido e Itália – já teriam concordado com a ideia.
Leia mais
Se entrar em vigor, a proposta, feita pelo governo britânico, irá trocar o local da próxima cúpula do grupo de Sochi (Rússia) para Londres, sem convidar representantes de Moscou. Um encontro bilateral entre alemães e russos, marcado para abril na cidade de Leipzig (Alemanha), também seria cancelado.
Agência Efe
Ucranianos assitem às notícias sobre a crise no país em telão instalado na praça da Independência, em Kiev
Dissolução
O veto da Rússia veio no mesmo dia em que o Parlamento da Ucrânia decidiu dissolver o Parlamento da Crimeia. A resolução do Conselho Superior afirma que a suspensão do Legislativo é adotado em cumprimento à sentença do Tribunal Constitucional da Ucrânia, que na sexta-feira (14/03) declarou o referendo inconstitucional.
A decisão, no entanto, deve ter pouco efeito prático, já que a região praticamente se encontra sob domínio russo (mesmo com o referendo ainda a ser realizado).
Além disso, Kiev denunciou que os russos fizeram novas incursões militares na região de Kherson (a 540 km ao sul da capital, na fronteira com a Crimeia). De acordo com a imprensa ucraniana, por volta das 13h30 de hoje (hora local, 8h30 de Brasília), helicópteros desembarcaram pelo menos 40 soldados da Marinha das Forças Armadas da Rússia.
Os porta-vozes das forças russas anunciaram aos guardas ucranianos que o objetivo era defender uma instalação de distribuição de gás de possíveis atos terroristas.
Agência Efe
Protesto em Moscou reuniu 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores (3.000, segundo a polícia), contra intervenção na Ucrânia
Protestos
Pelo menos 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores (3.000, segundo a polícia), marcharam neste sábado em Moscou contra o que chamam de “agressão do Kremlin” na Ucrânia.
Os manifestantes gritavam "Fora, Putin!" e "Não à guerra!" enquanto caminhavam com cartazes que diziam "Pela Rússia e Ucrânia sem Putin", "Putin na prisão" e "Nosso inimigo está no Kremlin". O protesto contou com a participação de duas integrantes do grupo Pussy Riot, que foram recentemente libertadas da prisão após encenarem na maior catedral do país uma “prece” contra Putin.
Outra passeata, também em Moscou – essa, a favor da intervenção na Crimeia e “contra o fascismo” – reuniu 15 mil pessoas, de acordo com a polícia.
Em Donetsk (a 700 km de Kiev), cidade de população predominantemente de língua russa, houve também manifestações a favor de Putin.
(*) Com Efe
Decisão irritou EUA e União Europeia, que ameaçam tirar russos do G8; manifestantes protestaram em Moscou contra Putin
A Rússia vetou neste sábado (15/03), no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução que declarava inválido o referendo que deve se realizar neste domingo (16/03) na Crimeia sobre a incorporação da região ao território russo. A proposta, dos Estados Unidos, teve 13 dos 15 votos possíveis a favor. A China, que também tem poder de veto, se absteve.
O embaixador russo, Vitaly Churkin, defendeu que a resolução ia contra a igualdade de direitos da população da Crimeia e de seu direito à autodeterminação. Churkin afirmou que a Rússia defende o "princípio da integridade territorial dos Estados", mas ressaltou que o caso conta com características extraordinárias, citando o "golpe de estado inconstitucional realizado por radicais em Kiev" e a ameaça que isso representa para a população crimeana. Ele também lembrou que a Crimeia foi território da Rússia até 1954.
Agência Efe
Na foto, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin; Conselho de Segurança vetou resolução contra referendo na Crimeia
O veto provocou fortes reações dos Estados Unidos e de países europeus. A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, afirmou que o veto é “cúmplice” de uma “incursão militar ilegal”. “A Federação Russa tem o poder de vetar uma resolução do Conselho de Segurança, mas não tem o poder de vetar a verdade”, disse.
Já o presidente francês, François Hollande, alertou que a União Europeia não irá considerar válido o referendo e o chamou de “pseudoconsulta”. Em discurso à imprensa junto ao primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, Hollande pediu à Rússia que seja encontrada uma solução política que respeite a integridade territorial da Ucrânia, e disse que, se não houver um recuo, os europeus decidirão na segunda-feira (17/03) a imposição de sanções.
Expulsão
De acordo com uma reportagem da revista alemã Der Spiegel, o G8 estuda expulsar a Rússia do grupo por conta da intervenção do país na Ucrânia. Os outros sete membros – EUA, Alemanha, Japão, França, Canadá, Reino Unido e Itália – já teriam concordado com a ideia.
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Agência Efe
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A decisão, no entanto, deve ter pouco efeito prático, já que a região praticamente se encontra sob domínio russo (mesmo com o referendo ainda a ser realizado).
Além disso, Kiev denunciou que os russos fizeram novas incursões militares na região de Kherson (a 540 km ao sul da capital, na fronteira com a Crimeia). De acordo com a imprensa ucraniana, por volta das 13h30 de hoje (hora local, 8h30 de Brasília), helicópteros desembarcaram pelo menos 40 soldados da Marinha das Forças Armadas da Rússia.
Os porta-vozes das forças russas anunciaram aos guardas ucranianos que o objetivo era defender uma instalação de distribuição de gás de possíveis atos terroristas.
Agência Efe
Protesto em Moscou reuniu 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores (3.000, segundo a polícia), contra intervenção na Ucrânia
Protestos
Pelo menos 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores (3.000, segundo a polícia), marcharam neste sábado em Moscou contra o que chamam de “agressão do Kremlin” na Ucrânia.
Os manifestantes gritavam "Fora, Putin!" e "Não à guerra!" enquanto caminhavam com cartazes que diziam "Pela Rússia e Ucrânia sem Putin", "Putin na prisão" e "Nosso inimigo está no Kremlin". O protesto contou com a participação de duas integrantes do grupo Pussy Riot, que foram recentemente libertadas da prisão após encenarem na maior catedral do país uma “prece” contra Putin.
Outra passeata, também em Moscou – essa, a favor da intervenção na Crimeia e “contra o fascismo” – reuniu 15 mil pessoas, de acordo com a polícia.
Em Donetsk (a 700 km de Kiev), cidade de população predominantemente de língua russa, houve também manifestações a favor de Putin.
(*) Com Efe
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