Aumenta a tensão no Médio Oriente
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Aumenta a tensão no Médio Oriente
Aumenta a tensão no Médio Oriente
1 de Outubro, 2015
Fotografia: Reuters
A tensão entre o Irão e a Arábia Saudita aumentou ontem, após a interceptação de um barco iraniano com armas para os rebeldes do Iémen e uma nova polémica sobre o tumulto que provocou a morte de centenas de pessoas perto de Meca.
O drama da peregrinação a Meca, que fez desta edição dos rituais “hajj” a mais mortífera dos últimos 25 anos, envenena ainda mais as relações já muito deterioradas entre a República Islâmica xiita do Irão e o reino sunita da Arábia Saudita.
Quase uma semana após o trágico tumulto, no qual 769 peregrinos morreram, o guia supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou reagir duramente se a Arábia Saudita não cumprir com o seu dever de repatriar rapidamente os corpos dos 239 iranianos mortos na tragédia.
“O governo saudita não cumpre com o seu dever no que diz respeito ao repatriamento dos corpos” e se não o fizer o Irão vai reagir duramente, afirmou ontem Ali Khamenei. Antes desta declaração, a coligação árabe dirigida pela Arábia Saudita anunciou que havia interceptado no sábado passado, à frente dacosta da cidade de Salalah, em Omã, um barco carregado de armas destinadas aos rebeldes xiitas huthis do Iémen. Segundo a coligação, no barco de pesca iraniano interceptado foram encontrados 18 morteiros anti-blindados, 54 morteiros anti-tanque “BGM17” e sistemas de orientação de disparos. Além do capitão, 14 iranianos estavam a bordo do barco, registrada como barco de pesca no Irão, acrescentou o comunicado. A coligação, integrada principalmente pelos países do Golfo, impõe um bloqueio marítimo no Iémen desde o início da sua intervenção, em Março, para apoiar o Presidente Abd Rabbo Mansour Hadi contra os rebeldes xiitas huthis aliados ao Irão.
Troca de acusações
O governo iemenita e a coligação acusam regularmente o Irão de apoiar activamente os huthis, que se apoderaram de vastos territórios iemenitas há um ano e controlam Sanaa, a capital.
Para justificar a intervenção, as monarquias sunitas do Golfo, lideradas pela Arábia Saudita, afirmam que querem impedir que o Irão reedite no Iémen a experiência do movimento libanês Hezbollah. O Conselho de Segurança da ONU adoptou em Abril uma resolução que impõe um embargo à venda de armas ao Iémen. Na semana passada a Arábia Saudita e o Irão já tinham subido o tom de críticas em relação ao mortífero tumulto que ocorreu durante a peregrinação a Meca.
O Irão acusou as autoridades sauditas de negligência na organização das manifestações religiosas. A Arábia Saudita respondeu acusando o Irão de querer politizar a catástrofe que abalou a peregrinação. Ontem, o Irão manifestou a sua impaciência pelo atraso no repatriamento dos corpos dos peregrinos iranianos, apesar de a “República Islâmica do Irão ter demonstrado moderação, cortesia islamita e fraternidade”.
O ministério iraniano das Relações Exteriores convocou ontem, pela quarta vez desde a tragédia, o encarregado de negócios saudita em Teerão. O ministério lembrou que nenhum familiar das vítimas “quer que sejam enterrados na Arábia Saudita”. Os familiares pedem “o repatriamento rápido e respeitoso dos corpos” para o Irão, indicou o ministério, segundo a agência de notícias oficial iraniana IRNA.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, encurtou a sua estadia em Nova Iorque, onde participou na 70.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, para poder acompanhar a chegada dos corpos das vítimas, que estava prevista num primeiro momento para terça-feira. Mas as dificuldades para identificar as vítimas e entregar as autorizações de aterragem dos aviões atrasou o processo, segundo as autoridades iranianas. Irão e a Arábia Saudita também discordam sobre a guerra civil na Síria.
1 de Outubro, 2015
Fotografia: Reuters
A tensão entre o Irão e a Arábia Saudita aumentou ontem, após a interceptação de um barco iraniano com armas para os rebeldes do Iémen e uma nova polémica sobre o tumulto que provocou a morte de centenas de pessoas perto de Meca.
O drama da peregrinação a Meca, que fez desta edição dos rituais “hajj” a mais mortífera dos últimos 25 anos, envenena ainda mais as relações já muito deterioradas entre a República Islâmica xiita do Irão e o reino sunita da Arábia Saudita.
Quase uma semana após o trágico tumulto, no qual 769 peregrinos morreram, o guia supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou reagir duramente se a Arábia Saudita não cumprir com o seu dever de repatriar rapidamente os corpos dos 239 iranianos mortos na tragédia.
“O governo saudita não cumpre com o seu dever no que diz respeito ao repatriamento dos corpos” e se não o fizer o Irão vai reagir duramente, afirmou ontem Ali Khamenei. Antes desta declaração, a coligação árabe dirigida pela Arábia Saudita anunciou que havia interceptado no sábado passado, à frente dacosta da cidade de Salalah, em Omã, um barco carregado de armas destinadas aos rebeldes xiitas huthis do Iémen. Segundo a coligação, no barco de pesca iraniano interceptado foram encontrados 18 morteiros anti-blindados, 54 morteiros anti-tanque “BGM17” e sistemas de orientação de disparos. Além do capitão, 14 iranianos estavam a bordo do barco, registrada como barco de pesca no Irão, acrescentou o comunicado. A coligação, integrada principalmente pelos países do Golfo, impõe um bloqueio marítimo no Iémen desde o início da sua intervenção, em Março, para apoiar o Presidente Abd Rabbo Mansour Hadi contra os rebeldes xiitas huthis aliados ao Irão.
Troca de acusações
O governo iemenita e a coligação acusam regularmente o Irão de apoiar activamente os huthis, que se apoderaram de vastos territórios iemenitas há um ano e controlam Sanaa, a capital.
Para justificar a intervenção, as monarquias sunitas do Golfo, lideradas pela Arábia Saudita, afirmam que querem impedir que o Irão reedite no Iémen a experiência do movimento libanês Hezbollah. O Conselho de Segurança da ONU adoptou em Abril uma resolução que impõe um embargo à venda de armas ao Iémen. Na semana passada a Arábia Saudita e o Irão já tinham subido o tom de críticas em relação ao mortífero tumulto que ocorreu durante a peregrinação a Meca.
O Irão acusou as autoridades sauditas de negligência na organização das manifestações religiosas. A Arábia Saudita respondeu acusando o Irão de querer politizar a catástrofe que abalou a peregrinação. Ontem, o Irão manifestou a sua impaciência pelo atraso no repatriamento dos corpos dos peregrinos iranianos, apesar de a “República Islâmica do Irão ter demonstrado moderação, cortesia islamita e fraternidade”.
O ministério iraniano das Relações Exteriores convocou ontem, pela quarta vez desde a tragédia, o encarregado de negócios saudita em Teerão. O ministério lembrou que nenhum familiar das vítimas “quer que sejam enterrados na Arábia Saudita”. Os familiares pedem “o repatriamento rápido e respeitoso dos corpos” para o Irão, indicou o ministério, segundo a agência de notícias oficial iraniana IRNA.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, encurtou a sua estadia em Nova Iorque, onde participou na 70.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, para poder acompanhar a chegada dos corpos das vítimas, que estava prevista num primeiro momento para terça-feira. Mas as dificuldades para identificar as vítimas e entregar as autorizações de aterragem dos aviões atrasou o processo, segundo as autoridades iranianas. Irão e a Arábia Saudita também discordam sobre a guerra civil na Síria.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
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