Votar em quem....Sara Mendonca

Sara Mendonca
1 h ·

Votar em quem.
Ontem sucedeu-me uma coisa que embaraçou quem assistiu: numa superfície comercial, com grande afluxo à hora do almoço, estavam sentados dois jovens angolanos.
Conversa muito barulhenta, postas de pescada a rodos, "esta cadeira é bué fácil", "o doutor das aulas práticas é muito exigente" e demais assuntos relacionados com a vida académica.
Dois jovens, com excelente aspecto, conversavam em altos berros numa mesa sem um prato à frente.
Chegavam pessoas para almoçar. Os convivas que se tinham sentado para despachar as suas refeições apressavam-se para não incomodar os que precisassem de almoçar. Todos, sem excepção. Com excepção dos dois jovens angolanos.
Chegaram novos e velhos, mulheres e homens, e os dois jovens olhavam com ar de desafio para quem chegava e era obrigado a comer um prato quente de pé.
Via-se notoriamente que não estavam habituados à cultura europeia. E eu gosto da cultura europeia: respeito, civismo e educação. Prezo-a muito!
Abrir a porta a refugiados é um risco. Sem pôr em causa que se trata de um desastre humanitário, prefiro não ver véus e turbantes no nosso país. Estou bem como estou, tal como a maioria de vós.
Sim, sou de direita. A esquerda cansa-me. O politicamente correcto satura-me. Não sou lésbica, drogada, prostituta, presa ou portador de deficiência. Que alguém se preocupe com a imensa maioria!
Sabemos o resultado de um eventual governo de extrema-esquerda (PCP, BE, LIVRE, PCTP/MRPP, etc). Sabemos o resultado felizmente sem nunca o termos sentido na pele, com excepção do período do PREC.
Nacionalizações selvagens e erráticas, desnorte, perda de valores, destruição e desvalorização do trabalho, deitarmo-nos à noite sem saber que país teremos na manhã seguinte.
O PS está uma trapalhada, sem rei nem roque. Os jogos de poder, tentadores, puseram Costa fora da corrida. O Carlos do Carmo e a rábula tremenda que se seguiu não deixam margem para dúvidas: entregar o país a este PS é uma ficha num casino. Guerras intestinas destruíram um partido essencialmente social democrata.
PSD/CDS: não sou filiada, mas neste momento parece-me a opção mais sensata para os próximos 4 anos. Não se vislumbra no horizonte uma alternativa mais aproximada dos nossos interesses.
Temos Europa (e tanto precisamos dela!), temos retoma e temos programa de regresso à competitividade. Relvas e companhia fazem parte do passado e a equipa, apesar de tudo, é essencialmente competente.
Terão o meu voto. Espero ter razões para sorrir amanhã. E vocês também.
Que amanhã, independentemente dos resultados, sejamos todos portugueses com olhos no futuro