Há um ditado de origem anglo-saxónica que diz que se nada como um pato, se grasna como um pato e se parece um pato, então provavelmente é um pato
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Há um ditado de origem anglo-saxónica que diz que se nada como um pato, se grasna como um pato e se parece um pato, então provavelmente é um pato
Há um ditado de origem anglo-saxónica que diz que se nada como um pato, se grasna como um pato e se parece um pato, então provavelmente é um pato. Ora seguindo esta lógica, o que pensará o leitor se uma pessoa ligada a uma editora desaparece, uma segunda pessoa ligada à mesma editora desaparece, uma terceira pessoa ligada à referida editora desaparece, uma quarta pessoa também ligada à tal editora desaparece e uma quinta pessoa igualmente ligada à editora desaparece? Ora, pensa seguramente que deve haver algum problema com a editora.
Bom, e se souber que a tal editora se situa em Hong-Kong e é conhecida por vender obras proibidas na China talvez desconfie que por detrás dos desaparecimentos pode estar a mesma mão. E se souber ainda que a citada editora estaria a preparar um livro sobre a vida amorosa do presidente Xi Jinping e sobre uma sua antiga amante começa a desconfiar seriamente que talvez essa possa ser uma das explicações para os desaparecimentos. É que, como a História demonstra, as palavras continuam a ser muito perigosas nos regimes totalitários.
Até agora, as cinco pessoas que desapareceram ligadas à Mighty Current são o ex-proprietário da livraria, Lam Wing Kei, dois dos seus sócios, Lu Bo e Zhang Zhiping, o editor Gui Minhai, que tem passaporte sueco e deixou de ser localizado a 17 de outubro, quando estava na sua casa em Pattaya, na Tailândia e, desde há uma semana, do livreiro Lee Bo, 65 anos, que segundo a sua mulher saiu de casa na noite de 30 de dezembro, depois de alguém lhe ter encomendado pelo telefone uma série de volumes de um determinado livro e nunca mais foi visto, apesar de ter telefonado a dizer que estava na cidade de Shenzen a colaborar numa investigação sobre outros desaparecimentos (mas a mulher estranhou que tenha falado em mandarim e não em cantonês).
Voltamos ao princípio. Se nada como um pato, se grasna como um pato e se parece um pato, então provavelmente é um pato. Perante isto, o grande, o enorme editor que foi Luiz Pacheco, se ainda fosse vivo, em vez de escrever «O caso das criancinhas desaparecidas», escreveria seguramente«O caso dos cinco livreiros desaparecidos». Não estando já entre nós Pacheco e o seu génio, isso seguramente não impede o leitor de tirar as óbvias conclusões. É um pato. Ponto final.
Bom, e se souber que a tal editora se situa em Hong-Kong e é conhecida por vender obras proibidas na China talvez desconfie que por detrás dos desaparecimentos pode estar a mesma mão. E se souber ainda que a citada editora estaria a preparar um livro sobre a vida amorosa do presidente Xi Jinping e sobre uma sua antiga amante começa a desconfiar seriamente que talvez essa possa ser uma das explicações para os desaparecimentos. É que, como a História demonstra, as palavras continuam a ser muito perigosas nos regimes totalitários.
Até agora, as cinco pessoas que desapareceram ligadas à Mighty Current são o ex-proprietário da livraria, Lam Wing Kei, dois dos seus sócios, Lu Bo e Zhang Zhiping, o editor Gui Minhai, que tem passaporte sueco e deixou de ser localizado a 17 de outubro, quando estava na sua casa em Pattaya, na Tailândia e, desde há uma semana, do livreiro Lee Bo, 65 anos, que segundo a sua mulher saiu de casa na noite de 30 de dezembro, depois de alguém lhe ter encomendado pelo telefone uma série de volumes de um determinado livro e nunca mais foi visto, apesar de ter telefonado a dizer que estava na cidade de Shenzen a colaborar numa investigação sobre outros desaparecimentos (mas a mulher estranhou que tenha falado em mandarim e não em cantonês).
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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