“Devia estar calado”, diz Ferreira Leite sobre as declarações de Costa sobre Banco de Portugal
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“Devia estar calado”, diz Ferreira Leite sobre as declarações de Costa sobre Banco de Portugal
“Devia estar calado”, diz Ferreira Leite sobre as declarações de Costa sobre Banco de Portugal
19/2/2016, 0:111.662 partilhas
Manuela Ferreira Leite considera que as declarações de António Costa sobre o governador do Banco de Portugal causam mais danos à credibilidade do país do que "se falhar umas décimas no Orçamento".
Thomas Meyer / Global Imagens
Autor
“De uma coisa tenho a certeza: nenhum primeiro-ministro pode dizer aquilo que o nosso primeiro-ministro disse [sobre o governador do Banco de Portugal]”, afirmou esta noite Manuela Ferreira Leite no seu habitual espaço de comentário na TVI24. A comentadora começou a sua intervenção por afirmar que “todos os governos lidam muito mal com as entidades independentes”, como é o caso do Banco de Portugal.
“Admito que o primeiro-ministro esteja cheio de razão, que o Banco de Portugal já devia ter resolvido o assunto [dos lesados do BES] e não resolve porque não quer ou não resolve porque anda a empatar”, disse a ex-ministra das Finanças, mas logo de seguida censurou as afirmações do primeiro-ministro, cuja obrigação é conhecer o estatuto do Banco de Portugal.
António Costa “podia ter dito o que quisesse ao governador do Banco de Portugal, dentro de quatro paredes”. A ex líder social-democrata considerou que esta era a única forma de mostrar que “respeitava uma instituição que ele tem obrigação de respeitar”.
Manuela Ferreira Leite considera que o Governo se debate neste momento com a questão da sua credibilidade externa, porque a “sua orientação política é absolutamente contrária àquela é que é a orientação política das instituições europeias”. O país só vai alcançar a confiança e credibilidade “quando houver resultados positivos”.
Mas, na opinião da antiga ministra das Finanças, o que mais abala a credibilidade de Portugal face às instituições externas, em especial as europeias, não são os resultados que venham a ser obtidos, porque “muito mais importante que as décimas do Orçamento que precisam de ser alcançadas é exatamente esta questão do Banco de Portugal”, disse.
“Devia estar calado”, afirmou Ferreira Leite, quando questionada sobre como deveria António Costa reagir sobre um eventual bloqueio do Banco de Portugal à resolução dos problemas dos lesados do BES. “Podia falar à vontade, mas dentro de quatro paredes. Se queria dizer coisas em público arranjava alguém, um porta-voz, mais ou menos irresponsável que fosse dizer o que quisesse para a televisão ou para os órgãos de comunicação social”, reforçou.
Sobre a atuação do Banco de Portugal em relação aos lesados do BES, a ex-governante entende que a instituição “devia dar algum esclarecimento público”.
A ex-líder do PSD considerou ainda que “as evidências falam por si” e que há uma guerra política contra Carlos Costa, governador do Banco de Portugal. Uma instituição independente e contra a qual uma guerra política “é muito preocupante do ponto de vista democrático”.
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Manuela Ferreira Leite considera que as declarações de António Costa sobre o governador do Banco de Portugal causam mais danos à credibilidade do país do que "se falhar umas décimas no Orçamento".
Thomas Meyer / Global Imagens
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“De uma coisa tenho a certeza: nenhum primeiro-ministro pode dizer aquilo que o nosso primeiro-ministro disse [sobre o governador do Banco de Portugal]”, afirmou esta noite Manuela Ferreira Leite no seu habitual espaço de comentário na TVI24. A comentadora começou a sua intervenção por afirmar que “todos os governos lidam muito mal com as entidades independentes”, como é o caso do Banco de Portugal.
“Admito que o primeiro-ministro esteja cheio de razão, que o Banco de Portugal já devia ter resolvido o assunto [dos lesados do BES] e não resolve porque não quer ou não resolve porque anda a empatar”, disse a ex-ministra das Finanças, mas logo de seguida censurou as afirmações do primeiro-ministro, cuja obrigação é conhecer o estatuto do Banco de Portugal.
António Costa “podia ter dito o que quisesse ao governador do Banco de Portugal, dentro de quatro paredes”. A ex líder social-democrata considerou que esta era a única forma de mostrar que “respeitava uma instituição que ele tem obrigação de respeitar”.
Manuela Ferreira Leite considera que o Governo se debate neste momento com a questão da sua credibilidade externa, porque a “sua orientação política é absolutamente contrária àquela é que é a orientação política das instituições europeias”. O país só vai alcançar a confiança e credibilidade “quando houver resultados positivos”.
Mas, na opinião da antiga ministra das Finanças, o que mais abala a credibilidade de Portugal face às instituições externas, em especial as europeias, não são os resultados que venham a ser obtidos, porque “muito mais importante que as décimas do Orçamento que precisam de ser alcançadas é exatamente esta questão do Banco de Portugal”, disse.
“Devia estar calado”, afirmou Ferreira Leite, quando questionada sobre como deveria António Costa reagir sobre um eventual bloqueio do Banco de Portugal à resolução dos problemas dos lesados do BES. “Podia falar à vontade, mas dentro de quatro paredes. Se queria dizer coisas em público arranjava alguém, um porta-voz, mais ou menos irresponsável que fosse dizer o que quisesse para a televisão ou para os órgãos de comunicação social”, reforçou.
Sobre a atuação do Banco de Portugal em relação aos lesados do BES, a ex-governante entende que a instituição “devia dar algum esclarecimento público”.
A ex-líder do PSD considerou ainda que “as evidências falam por si” e que há uma guerra política contra Carlos Costa, governador do Banco de Portugal. Uma instituição independente e contra a qual uma guerra política “é muito preocupante do ponto de vista democrático”.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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