Uma mulher vice-presidente para resolver o problema de Trump e Hillary?
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Uma mulher vice-presidente para resolver o problema de Trump e Hillary?
Uma mulher vice-presidente para resolver o problema de Trump e Hillary?
Muito apreciada pelas elites progressistas do Partido Democrata, a senadora Elizabeth Warren, do Massachusetts, surge como possível vice de Hillary e de Bernie Sanders. Em cima, numa marcha LGBT
| Facebook de Elizabeth Warren
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A governadora Mary Fallin do lado republicano ou a senadora Elizabeth Warren do lado democrata são as mais faladas para o ticket
Donald Trump e Hillary Clinton têm um problema comum: as mulheres não gostam deles. E se o primeiro já tem a nomeação republicana para as presidenciais de 8 de novembro nos EUA praticamente garantida, após ter ficado sem adversários nas primárias, a segunda ainda disputa com Bernie Sanders a nomeação democrata, mesmo se a vantagem em termos de delegados faz dela a mais-que-provável candidata. Uma coisa é certa: ambos já começaram a pensar em nomes para vice-presidente e nas listas de ambos não faltam mulheres.
Se olharmos para trás, vamos perceber que a escolha do vice não é uma ciência exata. É verdade que geralmente o candidato à presidência escolhe alguém que equilibre o ticket . Basta olhar para George W. Bush a escolher um Dick Cheney cheio de experiência em política externa ou John McCain a apostar numa outsider como Sarah Palin. Mas também já vimos Bill Clinton escolher Al Gore, também jovem, pouco experiente e senador do Tennessee, vizinho do seu Arkansas.
Nesta campanha, Trump é quem mais já tem falado sobre o possível vice, mas sem avançar nomes. Na quinta-feira, o milionário garantia haver "40% de hipóteses" de escolher para o ticket um antigo rival na corrida republicana. E os candidatos são vários, desde o governador de New Jersey, Chris Christie, que apesar das credenciais como liberal foi dos primeiros a declarar o apoio a Trump, até ao neurocirurgião Ben Carson, também fiel do magnata.
Plano C republicano: lançar um candidato contra Trump
Mas não será também de descartar que Trump vá buscar um Marco Rubio, o jovem senador da Florida, cuja origem cubana pode ser um apelo ao voto hispânico, ou John Kasich, o último dos seus adversários a desistir da corrida, na quarta-feira. O governador do Ohio é visto como um moderado, com apelo junto dos eleitores mais do centro, essenciais se Trump quiser derrotar Hillary em novembro.
E há até quem fale em Ted Cruz juntar-se a Trump no ticket republicano. Uma hipótese que pode parecer impensável, tendo em conta os insultos que os dois candidatos trocaram, com Trump a chamar "Ted mentiroso" ao senador do Texas e este a acusar o milionário de ser "um mentiroso patológico". Mas na quarta-feira, já com Cruz fora da corrida, Trump mostrou-se bem mais conciliatório, afirmando na Fox News: "Respeito Ted." E acrescentando: "Foi um concorrente muito forte." Mais, admitiu que ter o senador do Texas como vice-presidente é "algo em que podemos pensar".
Uma governadora?
Com a sua equipa a preparar um comité só para escolher o vice, Trump não poderá deixar de pôr algumas mulheres na lista para o ticket. Até porque quando se pergunta às americanas o que acham do milionário, 70% dizem ter opinião negativa, segundo uma sondagem Gallup. Um dos nomes de que se falou para se juntar a Trump no ticket republicano foi o de Nikki Haley. A governadora da Carolina do Sul, primeira mulher a liderar o seu estado e segunda governadora de origem indiana nos EUA (depois de Bobby Jindal na Louisiana), já anunciou o apoio ao milionário para as presidenciais. Mas Haley, de 44 anos, garantiu que apesar de se sentir "muito honrada" por estar a ser considerada para vice-presidente de Trump, explicou que o seu trabalho na Carolina do Sul lhe ocupa todo o tempo e disse não estar "interessada em servir como vice-presidente". Perante estas declarações, Mary Fallin parece ser o nome mais forte para uma eventual opção feminina no ticket republicano. A governadora do Oklahoma apoia Trump "a 100%" e o magnata já admitiu que tê-la como vice seria "uma grande ideia". Eleita governadora em 2010 e reeleita quatro anos depois, Fallin foi apelidada pelos media de "pior governadora dos EUA", depois de o estado ter protagonizado várias execuções falhadas e de ter sofrido sismos ligados ao fracking (a extração de petróleo e gás do subsolo).
O próprio Ted Cruz, antes de desistir da corrida, escolhera uma mulher para vice: a ex-rival e ex-CEO da Hewlett-Packard, Carly Fiorina.
Ticket 100% feminino?
Se Hillary Clinton chegar à presidência dos EUA será um momento histórico: pela primeira vez haverá uma mulher na Casa Branca. Mas uma candidata presidencial escolher outra mulher para o ticket, isso sim seria "o sonho das feministas" como escrevia há dias o Politico. Mas com o voto das mulheres a continuar a escapar-lhe - 82% das mulheres com menos de 30 anos preferem Bernie Sanders a Hillary -, não podemos afastar que a ex-primeira-dama convide uma mulher. E a favorita dos analistas é Elizabeth Warren, a senadora do Massachusetts conhecida por ser uma crítica feroz de Wall Street e defensora da comunidade LGBT. Enérgica, com grande capacidade na recolha de fundos, Warren tem apelo junto da ala esquerda e da elite mais progressista. Mas pode ser um problema no momento de atrair a classe média.
Talvez por isso - ou por não querer arriscar ter uma vice que a possa eclipsar nos comícios - seja mais provável que Hillary opte por juntar um homem ao seu ticket. E nesse caso a sua escolha poderá recair sobre um hispânico como Julian Castro. Aos 41 anos, o secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano de Barack Obama é uma estrela em ascensão no Partido Democrata.
E se for Bernie Sanders o nomeado democrata? A vice poderá ser na mesma Elizabeth Warren.
Muito apreciada pelas elites progressistas do Partido Democrata, a senadora Elizabeth Warren, do Massachusetts, surge como possível vice de Hillary e de Bernie Sanders. Em cima, numa marcha LGBT
| Facebook de Elizabeth Warren
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A governadora Mary Fallin do lado republicano ou a senadora Elizabeth Warren do lado democrata são as mais faladas para o ticket
Donald Trump e Hillary Clinton têm um problema comum: as mulheres não gostam deles. E se o primeiro já tem a nomeação republicana para as presidenciais de 8 de novembro nos EUA praticamente garantida, após ter ficado sem adversários nas primárias, a segunda ainda disputa com Bernie Sanders a nomeação democrata, mesmo se a vantagem em termos de delegados faz dela a mais-que-provável candidata. Uma coisa é certa: ambos já começaram a pensar em nomes para vice-presidente e nas listas de ambos não faltam mulheres.
Se olharmos para trás, vamos perceber que a escolha do vice não é uma ciência exata. É verdade que geralmente o candidato à presidência escolhe alguém que equilibre o ticket . Basta olhar para George W. Bush a escolher um Dick Cheney cheio de experiência em política externa ou John McCain a apostar numa outsider como Sarah Palin. Mas também já vimos Bill Clinton escolher Al Gore, também jovem, pouco experiente e senador do Tennessee, vizinho do seu Arkansas.
Nesta campanha, Trump é quem mais já tem falado sobre o possível vice, mas sem avançar nomes. Na quinta-feira, o milionário garantia haver "40% de hipóteses" de escolher para o ticket um antigo rival na corrida republicana. E os candidatos são vários, desde o governador de New Jersey, Chris Christie, que apesar das credenciais como liberal foi dos primeiros a declarar o apoio a Trump, até ao neurocirurgião Ben Carson, também fiel do magnata.
Plano C republicano: lançar um candidato contra Trump
Mas não será também de descartar que Trump vá buscar um Marco Rubio, o jovem senador da Florida, cuja origem cubana pode ser um apelo ao voto hispânico, ou John Kasich, o último dos seus adversários a desistir da corrida, na quarta-feira. O governador do Ohio é visto como um moderado, com apelo junto dos eleitores mais do centro, essenciais se Trump quiser derrotar Hillary em novembro.
E há até quem fale em Ted Cruz juntar-se a Trump no ticket republicano. Uma hipótese que pode parecer impensável, tendo em conta os insultos que os dois candidatos trocaram, com Trump a chamar "Ted mentiroso" ao senador do Texas e este a acusar o milionário de ser "um mentiroso patológico". Mas na quarta-feira, já com Cruz fora da corrida, Trump mostrou-se bem mais conciliatório, afirmando na Fox News: "Respeito Ted." E acrescentando: "Foi um concorrente muito forte." Mais, admitiu que ter o senador do Texas como vice-presidente é "algo em que podemos pensar".
Uma governadora?
Com a sua equipa a preparar um comité só para escolher o vice, Trump não poderá deixar de pôr algumas mulheres na lista para o ticket. Até porque quando se pergunta às americanas o que acham do milionário, 70% dizem ter opinião negativa, segundo uma sondagem Gallup. Um dos nomes de que se falou para se juntar a Trump no ticket republicano foi o de Nikki Haley. A governadora da Carolina do Sul, primeira mulher a liderar o seu estado e segunda governadora de origem indiana nos EUA (depois de Bobby Jindal na Louisiana), já anunciou o apoio ao milionário para as presidenciais. Mas Haley, de 44 anos, garantiu que apesar de se sentir "muito honrada" por estar a ser considerada para vice-presidente de Trump, explicou que o seu trabalho na Carolina do Sul lhe ocupa todo o tempo e disse não estar "interessada em servir como vice-presidente". Perante estas declarações, Mary Fallin parece ser o nome mais forte para uma eventual opção feminina no ticket republicano. A governadora do Oklahoma apoia Trump "a 100%" e o magnata já admitiu que tê-la como vice seria "uma grande ideia". Eleita governadora em 2010 e reeleita quatro anos depois, Fallin foi apelidada pelos media de "pior governadora dos EUA", depois de o estado ter protagonizado várias execuções falhadas e de ter sofrido sismos ligados ao fracking (a extração de petróleo e gás do subsolo).
O próprio Ted Cruz, antes de desistir da corrida, escolhera uma mulher para vice: a ex-rival e ex-CEO da Hewlett-Packard, Carly Fiorina.
Ticket 100% feminino?
Se Hillary Clinton chegar à presidência dos EUA será um momento histórico: pela primeira vez haverá uma mulher na Casa Branca. Mas uma candidata presidencial escolher outra mulher para o ticket, isso sim seria "o sonho das feministas" como escrevia há dias o Politico. Mas com o voto das mulheres a continuar a escapar-lhe - 82% das mulheres com menos de 30 anos preferem Bernie Sanders a Hillary -, não podemos afastar que a ex-primeira-dama convide uma mulher. E a favorita dos analistas é Elizabeth Warren, a senadora do Massachusetts conhecida por ser uma crítica feroz de Wall Street e defensora da comunidade LGBT. Enérgica, com grande capacidade na recolha de fundos, Warren tem apelo junto da ala esquerda e da elite mais progressista. Mas pode ser um problema no momento de atrair a classe média.
Talvez por isso - ou por não querer arriscar ter uma vice que a possa eclipsar nos comícios - seja mais provável que Hillary opte por juntar um homem ao seu ticket. E nesse caso a sua escolha poderá recair sobre um hispânico como Julian Castro. Aos 41 anos, o secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano de Barack Obama é uma estrela em ascensão no Partido Democrata.
E se for Bernie Sanders o nomeado democrata? A vice poderá ser na mesma Elizabeth Warren.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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