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EU e o Papa paramos numa avenida argentina - saibam porque

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Mensagem por Vitor mango Ter Out 18, 2022 10:51 am




Necessitava de compraram blusão de cabedal, para ir para o sul da Argentina e Chile .. Mas a visita do Papa, complicou Indo.


Logo que entrei no táxi, o motorista mirou-me e começou a despejar tudo o que sabia acerca de casacos de cabedal. Preços de arromba, fábrica de familiares com pre­ços especiais, um achado.
Para quem não conhece Buenos Aires, informo que aí se vendem casacos de cabe­dal por todo o sítio.
As montras de Buenos Aires fariam as delícias de qualquer dona de casa com a carteira recheada de escudos (nem são pre­cisos dólares).
Raramente embarco neste tipo e negó­cios.
O meu objctivo era outro.




A etapa seguinte seria o sul do Chile, e lá estava frio de cortar à faca. Para o cortar nada melhor que um casaco de cabedal.
Fomos a uma fábrica, e os preços eram de facto convidativos. 5/7 coníos por um blusão que em Portugal custaria de 30 a 40 contos.
Porque gosto de Buenos Aires e da sua gente, fiz o negócio.
Por causa de algumas emendas, o blu­são estava pronto no dia seguinte - era só preciso ir buscá-lo.
O motorista levou-me a seguir ao Hotel da Força Aérea, num dos extremos da ci­dade.
Os serviços florestais argentinos ti--nhara requisitado este hotel para albergar as delegações estrangeiras - participantes num Congresso Florestal.
Deste facto só o soube mais tarde, e por ter estranhado o painel com o nome dos pilotos mortos durante a guerra das Malvi­nas.
No dia seguinte arranjei outro táxi e fui até ao centro de Buenos Aires.
Impossível andar a partir de determina­da altura.



Milhares de polícias, controlo aperta­do, ruas cortadas, sirenes por todo o lado.
O Papa visitava Buenos Aires nesse mesmo dia.
Contei o meu caso ao taxista.




Impecável no modo como tentou solu­cionar o meu problema. Atravessou ruas largas, estreitas, pequenas, subiu, desceu a seguir.
Nada feito. Usted...




Atravesse esta avenida, corte à esquer­da, suba e ande 500 metros. Tudo fácil, a fábrica é logo ali.
Só que ao virar da esquina deparei com carros de combate, aviões no ar, milhares de polícias de metro em metro, motoriza­dos, milhares e milhares de populares não arredavam pé.
Impossível atravessar. Ao mínimo ges­to seria preso.
Aguentei.




O Papa apareceu pouco depois. Ao pé de mim. A menos de dois metros.
Muito alto, muito branco saudando os milhares de fiéis. O carro até fez uma pau­sa.
Momentos depois consguí chegar à fá­brica dos casacos.
Fechada, e no dia seguinte era feriado.




Selei o dia com um palavrão.




Contei o sucedido a um colega argenti­no. Entreguei-lhe o talão, e disse adeus ao blusão.
Um mês depois o blusão estava em Coimbra.
Este foi o meu primeiro encontro com o Papa.
Moral da hislória: não quis ver o Papa quando veio à Solum (a dois passos de minha casa) e fui encontrá-lo no outro lado do mundo.

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
EU e o Papa paramos numa avenida argentina - saibam porque  Batmoon_e0
Vitor mango
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