Boas hipóteses de ratificação

Boas hipóteses de ratificação
2008-12-04 17:27:34

Bruxelas – A solução para a crise institucional em que se encontra a União Europeia vai ser discutida na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo em Bruxelas aumentando as hipóteses de vir a ser ratificado o Tratado de Lisboa.
Apesar de ter sido recusado por referendo na Irlanda e não ter sido ratificado ainda na República Checa, o Tratado de Lisboa tem «boas hipóteses» de sair do impasse em que se encontra. Além da Alemanha, que aguarda a decisão do Tribunal Constitucional para assinar o documento, da Irlanda e da República Checa, que assumirá a presidência da UE no primeiro semestre de 2009, já todos os Estados-membro ratificaram o documento.

Ainda no sentido de alcançar uma solução para a entrada em vigor do Tratado, o primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, iniciou uma digressão europeia esta quarta-feira que irá passar pelo Luxemburgo, Alemanha, Inglaterra e termina em Paris onde se reunirá com o presidente em exercício da União Europeia, Nicolas Sarkozy. A chanceler alemã, Angela Merkel, está confiante de que os 27 conseguirão fazer entrar em vigor o Tratado de Lisboa, sendo este assunto o tema principal da cimeira de chefes de Estado e de Governo que terá lugar em Bruxelas nos dias 11 e 12 de Dezembro.
(c) PNN Portuguese News Network

A UE não pode parar por causa de um país, seja ele grande ou pequeno.
A opção tomada de ter que haver unanimidade entre os países para que seja aprovado o tratado de Lisboa, parece-me que deveria ser alterada.
Uma União deve ser unicamente constituída pelos países que quizerem participar das coisas boas e das coisas más que uma União impõe.
A Irlanda guidou-se a uma posição cimeira na economia à custa das comparticipações europeias. Agora que está no poleiro, não tem o direito de impedir que os outros países se unam debaixo de um tratado/constituíção que abranja toda a União. Se não quer fazer parte da União, saia de vez e deixe que os outros avancem, mas não queira usufruir das regalias a que têm direito os países que assinarem o tratado.
Se este problema não for resolvido, não vale a pena pensar numa integração política e económica e a Europa será cada vez mais irrelevante no tabuleiro internacional.