Polémica dos deputados é «fait-divers» para «vender jornais
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Polémica dos deputados é «fait-divers» para «vender jornais
Polémica dos deputados é «fait-divers» para «vender jornais»
O ex-Presidente da República Mário Soares classificou hoje como um «fait-divers» a polémica com as faltas dos deputados, mas reconheceu que é «grave» se os parlamentares faltarem sistematicamente
«Essa é uma coisa daquelas que surgem, que é um 'fait-divers' que surge para arranjar um problema para vender mais jornal. Nessa linha eu nunca participo», afirmou Mário Soares, quando questionado sobre a polémica com as faltas dos deputados.
O antigo chefe de Estado, que falava na Assembleia da República à saída da cerimónia de entrega do Prémio Direitos Humanos, sublinhou a propósito que em todos os Parlamento se registam faltas de deputados.
«Não vale a pena fazer disso um caso importante, porque não é», referiu. Contudo, acrescentou, caso as faltas dos parlamentares sejam sistemáticas, então, já poderá ser grave.
«Faltarem por sistema é grave, acho que sim. Mas, se num dia houve mais deputados ou menos, acho que isso é uma coisa para se fazer disso um problema anti-Parlamento», sublinhou.
Mário Soares defendeu ainda a necessidade de fazer «trabalho pedagógico» no sentido de dar a perceber aos portugueses a importância que tem a Assembleia da República em democracia.
«Sem Parlamento não há democracia, sem um Parlamento sério, actuante, não há democracia», disse.
Por isso, continuou, ser deputado é «altamente honroso», pois trata-se de um serviço público que é feito em favor da democracia.
Questionado sobre os direitos e deveres dos parlamentares, o antigo Presidente da República, que durante vários anos foi também deputado, sublinhou o facto de se tratarem de pessoas eleitas.
«Ser deputado é um direito porque é preciso ser eleito. Não se pode entrara nesta casa sem ter sido eleito pelo povo. O povo é soberano, o povo é que confere esse direito», sublinhou.
Além disso, continuou, é também um dever, porque os deputados têm de cumprir a Constituição.
Nas votações de sexta-feira poderia ter sido aprovado um projecto de resolução do CDS-PP que recomendava ao Governo a suspensão da avaliação dos professores, não fossem as ausências de deputados da oposição.
Uma contagem de votos durante a votação de um projecto do CDS-PP revelou a ausência no hemiciclo de 48 deputados, 13 do PS e 35 da oposição, dos quais 30 do PSD, três do CDS-PP, um do PCP e um dos Verdes.
Contudo, a página do Parlamento na Internet indicava terça-feira apenas 35 ausências, das quais 12 do PS, 20 do PSD, duas do CDS-PP e uma do PCP.
Lusa / SOL
O ex-Presidente da República Mário Soares classificou hoje como um «fait-divers» a polémica com as faltas dos deputados, mas reconheceu que é «grave» se os parlamentares faltarem sistematicamente
«Essa é uma coisa daquelas que surgem, que é um 'fait-divers' que surge para arranjar um problema para vender mais jornal. Nessa linha eu nunca participo», afirmou Mário Soares, quando questionado sobre a polémica com as faltas dos deputados.
O antigo chefe de Estado, que falava na Assembleia da República à saída da cerimónia de entrega do Prémio Direitos Humanos, sublinhou a propósito que em todos os Parlamento se registam faltas de deputados.
«Não vale a pena fazer disso um caso importante, porque não é», referiu. Contudo, acrescentou, caso as faltas dos parlamentares sejam sistemáticas, então, já poderá ser grave.
«Faltarem por sistema é grave, acho que sim. Mas, se num dia houve mais deputados ou menos, acho que isso é uma coisa para se fazer disso um problema anti-Parlamento», sublinhou.
Mário Soares defendeu ainda a necessidade de fazer «trabalho pedagógico» no sentido de dar a perceber aos portugueses a importância que tem a Assembleia da República em democracia.
«Sem Parlamento não há democracia, sem um Parlamento sério, actuante, não há democracia», disse.
Por isso, continuou, ser deputado é «altamente honroso», pois trata-se de um serviço público que é feito em favor da democracia.
Questionado sobre os direitos e deveres dos parlamentares, o antigo Presidente da República, que durante vários anos foi também deputado, sublinhou o facto de se tratarem de pessoas eleitas.
«Ser deputado é um direito porque é preciso ser eleito. Não se pode entrara nesta casa sem ter sido eleito pelo povo. O povo é soberano, o povo é que confere esse direito», sublinhou.
Além disso, continuou, é também um dever, porque os deputados têm de cumprir a Constituição.
Nas votações de sexta-feira poderia ter sido aprovado um projecto de resolução do CDS-PP que recomendava ao Governo a suspensão da avaliação dos professores, não fossem as ausências de deputados da oposição.
Uma contagem de votos durante a votação de um projecto do CDS-PP revelou a ausência no hemiciclo de 48 deputados, 13 do PS e 35 da oposição, dos quais 30 do PSD, três do CDS-PP, um do PCP e um dos Verdes.
Contudo, a página do Parlamento na Internet indicava terça-feira apenas 35 ausências, das quais 12 do PS, 20 do PSD, duas do CDS-PP e uma do PCP.
Lusa / SOL
Viracopos- Pontos : 580
Re: Polémica dos deputados é «fait-divers» para «vender jornais
PARA QUE TANTOS DEPUTADOS? Nao seria melhor reduzir-los para 1/3!!! E esse dinheiro POUPADO ser dado aos POBRES?
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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