2009 COMEÇA MAL,,,,,,Mário Soares
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2009 COMEÇA MAL,,,,,,Mário Soares
2009 COMEÇA MAL
Mário Soares
1 . Feito o balanço do ano terrível de 2008, é o momento de reflectirmos sobre o que aí vem - ou nos parece que vem, porque as previsões são falíveis - em 2009. 2008 foi terrível por efeito do colapso do neoliberalismo (de consequências tão sérias como o colapso do comunismo), que conduziu à grande crise global do capitalismo financeiro-especulativo e ao descrédito ético, político e económico do sistema em que temos vivido, no Ocidente, na última década ou talvez um pouco mais...
Mas foi também um ano de mudança, porque temos de procurar um novo paradigma, visto que, manifestamente, o que tínhamos não serve. Trouxe corrupção, numa escala nunca vista, falências, desconfiança, desemprego, desigualdades, mais pobreza, e quem sabe se trará ainda revoltas, fruto do descontentamento...
Na América, foi eleito um novo Presidente da República, que despertou uma luz de esperança. Mas que, quando se candidatou, parecia impossível vir a ser ganhador: Barack Obama. Por ser afro-americano, jovem, quase desconhecido, sem grande experiência. Mas foi eleito exactamente por isso. Por ser diferente, não pertencer ao establishment e querer convictamente a mudança, ou seja, uma ruptura com o passado. Inspirado por uma visão realista e lúcida da crise moral e económica que o seu país atravessava e pelo exemplo de dois antigos presidentes: Lincoln, que teve a coragem de ilegalizar a escravatura e libertar os negros; e por Franklin Delano Roosevelt, que tirou a América da grande crise de 1929-31, inspirado nos conselhos e ensinamentos intervencionistas do economista britânico, agora de novo em moda, John Maynard Keynes.
A vitória de Barack Obama criou - não só na América - enormes expectativas de mudança, quase ao mesmo tempo que se revelou, em plena luz, a grande crise já anunciada bastante antes. Simplesmente, entre 4 de Novembro de 2008, o dia histórico da vitória e a tomada de posse do Presidente eleito, e 20 de Janeiro de 2009, decorrem dois meses - uma eternidade - em que o Presidente não pode - nem deve - intervir, visto que o Presidente cessante continua em exercício, como a Constituição determina. E numa democracia, embora deteriorada pelos dois mandatos de Bush - ou precisamente por isso -, as leis são para cumprir.
A pergunta que surge, não só na América como em todo o mundo, é, pois: terá o Presidente eleito capacidade para corresponder às expectativas que ele próprio gerou, dado o enorme mal-estar, o pessimismo e a complexidade da situação provocados pela crise? Barack Obama e os seus partidários continuam a repetir: "Yes, we can." Mas, concordemos, as expectativas são extremamente elevadas. Tudo resta por fazer. A mudança que prometeu, que não é ideológica mas antes muito pragmática, será profunda. Assim, a complexidade da situação, desde então criada, tornou-se extremamente difícil de deslindar, tanto no plano interno como externo. Contudo, como escreveu Jean Daniel: a América "é hoje uma nação unida, rejuvenescida e politizada que retoma em mãos o seu destino. Ora a dinâmica social e política desencadeada pela campanha - e a vontade de mudança - não vai parar, por mais difícil que seja o estado da Nação, sendo certo que o combate vai ser necessariamente longo e os resultados não vão surgir imediatamente. Há que saber esperar e ter alguma paciência, sem descrer da necessidade absoluta de um novo paradigma ético, político, social e económico.
2. No entanto, a União Europeia encontra-se numa situação, face à crise, pior do que a América. Porquê? Porque não foi ainda capaz de definir uma estratégia coordenada e coerente para a vencer.
Com efeito, passou Dezembro e ninguém se lembrou de assinalar que o Tratado de Lisboa devia ter sido ratificado até ao fim do ano. Ora, não foi! O que revela a paralisia e a falta de solidariedade entre os Estados membros em que a União Europeia continua. Parece que ninguém se terá importado muito com isso...
Passou a presidência francesa da União, em 31 de Dezembro. O Presidente Nicolas Sarkozy agitou-se imenso, mostrou-se incansável, mas, tudo visto e ponderado, parece que os resultados não são exaltantes. A continuar assim, a União vai deixar de contar no mundo. Deixará de ser um farol de referência, como tantos pensavam (eu incluído) que viesse a tornar-se.
Sarkozy foi substituído pelo primeiro- -ministro checo, Mirek Topolanek, eurocéptico, internamente muito fragilizado, porque chefia um Governo de coligação de dificílimo equilíbrio, com um Presidente da República, Vaclav Klaus, que não faz segredo do seu antieuropeísmo, dado que preconizou a saída da República Checa da União Europeia e a comparou à antiga URSS, dominadora como ela das soberanias nacionais... Que se pode esperar deste quadro e do que fará a República Checa durante os seis meses da sua presidência rotativa? Nada de bom, seguramente. O menos mau talvez seja ainda a inércia!
De resto - repare-se - o ano de 2009 é, para a Europa, um ano de eleições. A começar pelas europeias, que serão em Junho, e pelas legislativas, em diversos países, como a Alemanha, Portugal e creio que em outros países membros, além da renovação ou da confirmação da Comissão Europeia. Uma conjuntura, como se compreende, que não será particularmente favorável a uma mudança inovadora que ponha fim à paralisia europeia e inicie um reajustamento, tão necessário, a um novo relacionamento (que a conjuntura impõe) entre a União e a América, com vista a reafirmar a presença do Ocidente no mundo, justamente quando alguns países emergentes, como a Rússia e a China, entram num novo ciclo de dificuldades económicas muito sérias e inesperadas. Contudo há coisas boas que importa realçar. O euro tem-se aguentado muito bem em relação ao dólar e à própria libra. É um bom sinal, que deve fazer pensar os eurocépticos da importância que teria, para todos os europeus, uma Europa política em progresso.
Mas a política internacional é como é e não como gostaríamos que fosse. O que não impedirá, creio eu, que Barack Obama venha a conseguir "salvar o mundo" - como vária imprensa internacional sublinha, com as mudanças que não deixará de introduzir no seu país...
3. Para complicar a situação, Israel lança-se "numa guerra inútil", que lembra a barbárie do Holocausto - como têm gritado milhares de manifestantes nas diversas capitais europeias, e não só - repetindo, aliás, o erro colossal que foi a invasão do Líbano, há cerca de três anos.
A reacção aos mísseis atirados da Faixa de Gaza sobre Israel, cujo objectivo difi- cilmente se compreende, forneceu o pretexto a Israel, absolutamente desproporcional, como o Papa sublinhou, para um verdadeiro massacre feito pelo ar sobre Gaza e, depois, à brutal invasão, feita por terra e por mar, sobre o pequeno território de Gaza, que contém um milhão e tal de palestinianos, cercados, que maioritariamente votaram no Hamas. Com que fim? Fazer ajoelhar os palestinianos, a que chamam "terroristas"? Eliminar fisicamente os dirigentes de um partido - o Hamas - que conquistou o poder por eleições, que ninguém contestou?
Seja como for, Israel, em véspera de eleições legislativas, marcadas para 10 de Fevereiro próximo, com dirigentes políticos, tanto do lado trabalhista como do Likud, de baixa qualidade, reincide na força bruta, como fez com o Líbano, que não só não resolve coisa nenhuma como agrava tudo. Para além de fomentar o ódio do mundo árabe e arrastar Israel para um perigoso isolamento. Ainda por cima num período de vazio de poder real, na América, seu eterno protector e financeiro.
Barack Obama manteve-se silencioso - e bem -, visto que há um Presidente em exercício, sem autoridade, a poucos dias de cessar funções, para encabeçar qualquer política coerente para a região, toda ela afectada, de uma forma ou outra, pelo espectáculo vergonhoso, cruel e terrivelmente insensato da invasão de Gaza. Até porque ao tentar destruir o Hamas, do mesmo passo desa-creditou, irremediavelmente, o moderado Mahmoud Abbas, como as grandes manifestações de revolta dos palestinianos da Cisjordânia demonstraram.
Acresce que num momento de crise financeira e económica global, que também afecta gravemente Israel, uma guerra terrivelmente dispendiosa, como aquela que está em curso, suscita uma interrogação de difícil resposta: quem a vai pagar? A nova América de Obama? A Europa, em busca de uma nova estratégia económico-financeira? A riquíssima comunidade israelita na América, num momento tão difícil como o actual?
Perguntas todas de resposta muito difícil. Sobretudo quando os oito anos de Bush demonstraram que as guerras só complicam e agravam os conflitos e que a violência só gera mais violência, para além do ódio dos que a sofrem e dos seus descendentes...
Mário Soares
1 . Feito o balanço do ano terrível de 2008, é o momento de reflectirmos sobre o que aí vem - ou nos parece que vem, porque as previsões são falíveis - em 2009. 2008 foi terrível por efeito do colapso do neoliberalismo (de consequências tão sérias como o colapso do comunismo), que conduziu à grande crise global do capitalismo financeiro-especulativo e ao descrédito ético, político e económico do sistema em que temos vivido, no Ocidente, na última década ou talvez um pouco mais...
Mas foi também um ano de mudança, porque temos de procurar um novo paradigma, visto que, manifestamente, o que tínhamos não serve. Trouxe corrupção, numa escala nunca vista, falências, desconfiança, desemprego, desigualdades, mais pobreza, e quem sabe se trará ainda revoltas, fruto do descontentamento...
Na América, foi eleito um novo Presidente da República, que despertou uma luz de esperança. Mas que, quando se candidatou, parecia impossível vir a ser ganhador: Barack Obama. Por ser afro-americano, jovem, quase desconhecido, sem grande experiência. Mas foi eleito exactamente por isso. Por ser diferente, não pertencer ao establishment e querer convictamente a mudança, ou seja, uma ruptura com o passado. Inspirado por uma visão realista e lúcida da crise moral e económica que o seu país atravessava e pelo exemplo de dois antigos presidentes: Lincoln, que teve a coragem de ilegalizar a escravatura e libertar os negros; e por Franklin Delano Roosevelt, que tirou a América da grande crise de 1929-31, inspirado nos conselhos e ensinamentos intervencionistas do economista britânico, agora de novo em moda, John Maynard Keynes.
A vitória de Barack Obama criou - não só na América - enormes expectativas de mudança, quase ao mesmo tempo que se revelou, em plena luz, a grande crise já anunciada bastante antes. Simplesmente, entre 4 de Novembro de 2008, o dia histórico da vitória e a tomada de posse do Presidente eleito, e 20 de Janeiro de 2009, decorrem dois meses - uma eternidade - em que o Presidente não pode - nem deve - intervir, visto que o Presidente cessante continua em exercício, como a Constituição determina. E numa democracia, embora deteriorada pelos dois mandatos de Bush - ou precisamente por isso -, as leis são para cumprir.
A pergunta que surge, não só na América como em todo o mundo, é, pois: terá o Presidente eleito capacidade para corresponder às expectativas que ele próprio gerou, dado o enorme mal-estar, o pessimismo e a complexidade da situação provocados pela crise? Barack Obama e os seus partidários continuam a repetir: "Yes, we can." Mas, concordemos, as expectativas são extremamente elevadas. Tudo resta por fazer. A mudança que prometeu, que não é ideológica mas antes muito pragmática, será profunda. Assim, a complexidade da situação, desde então criada, tornou-se extremamente difícil de deslindar, tanto no plano interno como externo. Contudo, como escreveu Jean Daniel: a América "é hoje uma nação unida, rejuvenescida e politizada que retoma em mãos o seu destino. Ora a dinâmica social e política desencadeada pela campanha - e a vontade de mudança - não vai parar, por mais difícil que seja o estado da Nação, sendo certo que o combate vai ser necessariamente longo e os resultados não vão surgir imediatamente. Há que saber esperar e ter alguma paciência, sem descrer da necessidade absoluta de um novo paradigma ético, político, social e económico.
2. No entanto, a União Europeia encontra-se numa situação, face à crise, pior do que a América. Porquê? Porque não foi ainda capaz de definir uma estratégia coordenada e coerente para a vencer.
Com efeito, passou Dezembro e ninguém se lembrou de assinalar que o Tratado de Lisboa devia ter sido ratificado até ao fim do ano. Ora, não foi! O que revela a paralisia e a falta de solidariedade entre os Estados membros em que a União Europeia continua. Parece que ninguém se terá importado muito com isso...
Passou a presidência francesa da União, em 31 de Dezembro. O Presidente Nicolas Sarkozy agitou-se imenso, mostrou-se incansável, mas, tudo visto e ponderado, parece que os resultados não são exaltantes. A continuar assim, a União vai deixar de contar no mundo. Deixará de ser um farol de referência, como tantos pensavam (eu incluído) que viesse a tornar-se.
Sarkozy foi substituído pelo primeiro- -ministro checo, Mirek Topolanek, eurocéptico, internamente muito fragilizado, porque chefia um Governo de coligação de dificílimo equilíbrio, com um Presidente da República, Vaclav Klaus, que não faz segredo do seu antieuropeísmo, dado que preconizou a saída da República Checa da União Europeia e a comparou à antiga URSS, dominadora como ela das soberanias nacionais... Que se pode esperar deste quadro e do que fará a República Checa durante os seis meses da sua presidência rotativa? Nada de bom, seguramente. O menos mau talvez seja ainda a inércia!
De resto - repare-se - o ano de 2009 é, para a Europa, um ano de eleições. A começar pelas europeias, que serão em Junho, e pelas legislativas, em diversos países, como a Alemanha, Portugal e creio que em outros países membros, além da renovação ou da confirmação da Comissão Europeia. Uma conjuntura, como se compreende, que não será particularmente favorável a uma mudança inovadora que ponha fim à paralisia europeia e inicie um reajustamento, tão necessário, a um novo relacionamento (que a conjuntura impõe) entre a União e a América, com vista a reafirmar a presença do Ocidente no mundo, justamente quando alguns países emergentes, como a Rússia e a China, entram num novo ciclo de dificuldades económicas muito sérias e inesperadas. Contudo há coisas boas que importa realçar. O euro tem-se aguentado muito bem em relação ao dólar e à própria libra. É um bom sinal, que deve fazer pensar os eurocépticos da importância que teria, para todos os europeus, uma Europa política em progresso.
Mas a política internacional é como é e não como gostaríamos que fosse. O que não impedirá, creio eu, que Barack Obama venha a conseguir "salvar o mundo" - como vária imprensa internacional sublinha, com as mudanças que não deixará de introduzir no seu país...
3. Para complicar a situação, Israel lança-se "numa guerra inútil", que lembra a barbárie do Holocausto - como têm gritado milhares de manifestantes nas diversas capitais europeias, e não só - repetindo, aliás, o erro colossal que foi a invasão do Líbano, há cerca de três anos.
A reacção aos mísseis atirados da Faixa de Gaza sobre Israel, cujo objectivo difi- cilmente se compreende, forneceu o pretexto a Israel, absolutamente desproporcional, como o Papa sublinhou, para um verdadeiro massacre feito pelo ar sobre Gaza e, depois, à brutal invasão, feita por terra e por mar, sobre o pequeno território de Gaza, que contém um milhão e tal de palestinianos, cercados, que maioritariamente votaram no Hamas. Com que fim? Fazer ajoelhar os palestinianos, a que chamam "terroristas"? Eliminar fisicamente os dirigentes de um partido - o Hamas - que conquistou o poder por eleições, que ninguém contestou?
Seja como for, Israel, em véspera de eleições legislativas, marcadas para 10 de Fevereiro próximo, com dirigentes políticos, tanto do lado trabalhista como do Likud, de baixa qualidade, reincide na força bruta, como fez com o Líbano, que não só não resolve coisa nenhuma como agrava tudo. Para além de fomentar o ódio do mundo árabe e arrastar Israel para um perigoso isolamento. Ainda por cima num período de vazio de poder real, na América, seu eterno protector e financeiro.
Barack Obama manteve-se silencioso - e bem -, visto que há um Presidente em exercício, sem autoridade, a poucos dias de cessar funções, para encabeçar qualquer política coerente para a região, toda ela afectada, de uma forma ou outra, pelo espectáculo vergonhoso, cruel e terrivelmente insensato da invasão de Gaza. Até porque ao tentar destruir o Hamas, do mesmo passo desa-creditou, irremediavelmente, o moderado Mahmoud Abbas, como as grandes manifestações de revolta dos palestinianos da Cisjordânia demonstraram.
Acresce que num momento de crise financeira e económica global, que também afecta gravemente Israel, uma guerra terrivelmente dispendiosa, como aquela que está em curso, suscita uma interrogação de difícil resposta: quem a vai pagar? A nova América de Obama? A Europa, em busca de uma nova estratégia económico-financeira? A riquíssima comunidade israelita na América, num momento tão difícil como o actual?
Perguntas todas de resposta muito difícil. Sobretudo quando os oito anos de Bush demonstraram que as guerras só complicam e agravam os conflitos e que a violência só gera mais violência, para além do ódio dos que a sofrem e dos seus descendentes...
Viracopos- Pontos : 580
Re: 2009 COMEÇA MAL,,,,,,Mário Soares
3. Para complicar a situação, Israel lança-se "numa guerra inútil", que lembra a barbárie do Holocausto - como têm gritado milhares de manifestantes nas diversas capitais europeias, e não só - repetindo, aliás, o erro colossal que foi a invasão do Líbano, há cerca de três anos.
A reacção aos mísseis atirados da Faixa de Gaza sobre Israel, cujo objectivo difi- cilmente se compreende, forneceu o pretexto a Israel, absolutamente desproporcional, como o Papa sublinhou, para um verdadeiro massacre feito pelo ar sobre Gaza e, depois, à brutal invasão, feita por terra e por mar, sobre o pequeno território de Gaza, que contém um milhão e tal de palestinianos, cercados, que maioritariamente votaram no Hamas. Com que fim? Fazer ajoelhar os palestinianos, a que chamam "terroristas"? Eliminar fisicamente os dirigentes de um partido - o Hamas - que conquistou o poder por eleições, que ninguém contestou?
Seja como for, Israel, em véspera de eleições legislativas, marcadas para 10 de Fevereiro próximo, com dirigentes políticos, tanto do lado trabalhista como do Likud, de baixa qualidade, reincide na força bruta, como fez com o Líbano, que não só não resolve coisa nenhuma como agrava tudo. Para além de fomentar o ódio do mundo árabe e arrastar Israel para um perigoso isolamento. Ainda por cima num período de vazio de poder real, na América, seu eterno protector e financeiro.
Barack Obama manteve-se silencioso - e bem -, visto que há um Presidente em exercício, sem autoridade, a poucos dias de cessar funções, para encabeçar qualquer política coerente para a região, toda ela afectada, de uma forma ou outra, pelo espectáculo vergonhoso, cruel e terrivelmente insensato da invasão de Gaza. Até porque ao tentar destruir o Hamas, do mesmo passo desa-creditou, irremediavelmente, o moderado Mahmoud Abbas, como as grandes manifestações de revolta dos palestinianos da Cisjordânia demonstraram.
Acresce que num momento de crise financeira e económica global, que também afecta gravemente Israel, uma guerra terrivelmente dispendiosa, como aquela que está em curso, suscita uma interrogação de difícil resposta: quem a vai pagar? A nova América de Obama? A Europa, em busca de uma nova estratégia económico-financeira? A riquíssima comunidade israelita na América, num momento tão difícil como o actual?
Perguntas todas de resposta muito difícil. Sobretudo quando os oito anos de Bush demonstraram que as guerras só complicam e agravam os conflitos e que a violência só gera mais violência, para além do ódio dos que a sofrem e dos seus descendentes...
Viracopos- Pontos : 580
Re: 2009 COMEÇA MAL,,,,,,Mário Soares
Até porque ao tentar destruir o Hamas, do mesmo passo desa-creditou, irremediavelmente, o moderado Mahmoud Abbas, como as grandes manifestações de revolta dos palestinianos da Cisjordânia demonstraram.
Marocas marocas andas as ler as ideias do Viracopos
Isso ja eu meti aqui a rodos
Viracopos- Pontos : 580
Re: 2009 COMEÇA MAL,,,,,,Mário Soares
Fazer ajoelhar os palestinianos, a que chamam "terroristas"? Eliminar fisicamente os dirigentes de um partido - o Hamas - que conquistou o poder por eleições, que ninguém contestou?
ninguem CHAMA O povo palestini DE terroirsitas, MAS SIM AO hamas QUE E UMA organizacao terrorista ASSIM CLASSIFICADA PELA U.E.!!! E se o sr. MARIO nao estivesse GAGA saberia disso!!!
ninguem CHAMA O povo palestini DE terroirsitas, MAS SIM AO hamas QUE E UMA organizacao terrorista ASSIM CLASSIFICADA PELA U.E.!!! E se o sr. MARIO nao estivesse GAGA saberia disso!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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