A bomba iraniana vem aí Barack Obama já começa a mudar as relações com o mundo muçulmano. A crise econômica internacional não muda suas diretrizes

A bomba iraniana vem aí

Barack Obama já começa a mudar as relações com o mundo muçulmano. A crise econômica internacional não muda suas diretrizes. O recém-empossado presidente dos EUA escolheu a Turquia para sua primeira visita ao Oriente Médio. Será em abril, simbolizando a decisão de promover um amplo diálogo com o mundo muçulmano.

A Turquia integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e é a ponte perfeita entre o Ocidente e o Oriente – e para as relações com Israel. Aparentemente, caberá aos turcos a posição de grande intermediário. No futuro, o país poderá ser aceito como membro da União Europeia e tem papel importante na solução do sessentão conflito entre Israel e Síria. Com esta última nação, aliás, os americanos já adotam medidas de normalização das relações.

Ao mesmo tempo, forças americanas vão sendo transferidas do Iraque. O objetivo é reforçar o contingente no Afeganistão. Este país da Ásia Central derrotou as tropas da União Soviética – e nunca em sua história foi totalmente dominado.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, convidou o Irã para participar de um encontro internacional sobre a questão do Afeganistão. Sinalizou ainda a disposição de conversações diretas sobre a questão nuclear iraniana. Uma informação de ontem dos serviços de inteligência israelenses diz que o Irã superou o último obstáculo tecnológico para a produção de bombas nucleares – o que Israel qualifica de ameaça a sua própria existência. Abarcando o mundo com as mãos, Obama talvez possa evitar uma grande tragédia.