SNS/30 anos: Futuro do sistema nacional de saúde alvo de reflexão em congresso
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SNS/30 anos: Futuro do sistema nacional de saúde alvo de reflexão em congresso
SNS/30 anos: Futuro do sistema nacional de saúde alvo de reflexão em congresso
Coimbra, 25 Mar (Lusa) -- As conquistas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a sua sustentabilidade para o futuro são o mote de um congresso, quinta e sexta-feira, em Coimbra, promovido para assinalar os 30 anos do sistema de saúde português.
"É uma reflexão para percebermos como se pode projectar no futuro a sustentabilidade do SNS", disse à agência Lusa Fernando Regateiro, responsável dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e membro da comissão organizadora do congresso.
Durante dois dias, o auditório dos HUC vai receber personalidades ligadas às áreas da saúde, política e sociedade, que vão debater o SNS em quatro sessões plenárias e 24 sessões de trabalho, estas orientadas para temas específicos.
Fernando Regateiro classificou o SNS, criado em 1979, como "uma das grandes conquistas da democracia", frisando o "mérito" dos dirigentes políticos e profissionais de saúde na sua evolução.
"A quantidade e qualidade estão de mãos dadas ao longo dos 30 anos do SNS", sustentou, aludindo a indicadores como a mortalidade infantil, taxas de vacinação, esperança de vida à nascença ou a saúde materna que colocam Portugal "entre os primeiros dez países do mundo".
Já Carlos Tomás, da Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde (APEG Saúde), outro dos promotores do congresso, frisou que a reunião pretende debater os problemas "que têm sido identificados" no SNS, nomeadamente a questão do financiamento.
Segundo o responsável da APEG Saúde, o Serviço Nacional de Saúde "tem beneficiado" da "ampla participação" da iniciativa privada, numa área onde os recursos do Estado "são manifestamente insuficientes", declarou.
Por outro lado, a reunião pretende congregar, para além dos profissionais de saúde, a visão de outros intervenientes no SNS, como os pacientes e os cidadãos.
O programa do Congresso "30 anos SNS" inclui no primeiro dia, quinta-feira, uma sessão intitulada "Democracia -- Serviço Nacional de Saúde", com a participação do ex-ministro da Saúde Paulo Mendo e do constitucionalista Vital Moreira.
De seguida, Pedro Nunes e Maria Augusta Sousa, bastonários, respectivamente, da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros, questionam a escassez ou excesso de recursos humanos na saúde.
O programa do primeiro dia inclui também uma sessão de trabalho sobre a indústria do medicamente, subordinada ao tema Inovação e Preço, e uma homenagem a diversas personalidades pelo seu contributo ao longo de 30 anos do SNS.
Entre os homenageados contam-se António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde, e os ex-Bastonários da Ordem dos Médicos Gentil Martins e Santana Maia, entre outros.
No segundo dia as temáticas em debate incluem o futuro da Saúde no contexto europeu, cuidados de saúde primários e cuidados continuados, entre outras.
O congresso encerra sexta-feira, pelas 17:30, sessão que deverá ser presidida pela Ministra da Saúde, Ana Jorge.
Para além dos HUC e da APEG Saúde, integram a comissão organizadora o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Hospital de São João e Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral.
JLS.
Lusa/
Coimbra, 25 Mar (Lusa) -- As conquistas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a sua sustentabilidade para o futuro são o mote de um congresso, quinta e sexta-feira, em Coimbra, promovido para assinalar os 30 anos do sistema de saúde português.
"É uma reflexão para percebermos como se pode projectar no futuro a sustentabilidade do SNS", disse à agência Lusa Fernando Regateiro, responsável dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e membro da comissão organizadora do congresso.
Durante dois dias, o auditório dos HUC vai receber personalidades ligadas às áreas da saúde, política e sociedade, que vão debater o SNS em quatro sessões plenárias e 24 sessões de trabalho, estas orientadas para temas específicos.
Fernando Regateiro classificou o SNS, criado em 1979, como "uma das grandes conquistas da democracia", frisando o "mérito" dos dirigentes políticos e profissionais de saúde na sua evolução.
"A quantidade e qualidade estão de mãos dadas ao longo dos 30 anos do SNS", sustentou, aludindo a indicadores como a mortalidade infantil, taxas de vacinação, esperança de vida à nascença ou a saúde materna que colocam Portugal "entre os primeiros dez países do mundo".
Já Carlos Tomás, da Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde (APEG Saúde), outro dos promotores do congresso, frisou que a reunião pretende debater os problemas "que têm sido identificados" no SNS, nomeadamente a questão do financiamento.
Segundo o responsável da APEG Saúde, o Serviço Nacional de Saúde "tem beneficiado" da "ampla participação" da iniciativa privada, numa área onde os recursos do Estado "são manifestamente insuficientes", declarou.
Por outro lado, a reunião pretende congregar, para além dos profissionais de saúde, a visão de outros intervenientes no SNS, como os pacientes e os cidadãos.
O programa do Congresso "30 anos SNS" inclui no primeiro dia, quinta-feira, uma sessão intitulada "Democracia -- Serviço Nacional de Saúde", com a participação do ex-ministro da Saúde Paulo Mendo e do constitucionalista Vital Moreira.
De seguida, Pedro Nunes e Maria Augusta Sousa, bastonários, respectivamente, da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros, questionam a escassez ou excesso de recursos humanos na saúde.
O programa do primeiro dia inclui também uma sessão de trabalho sobre a indústria do medicamente, subordinada ao tema Inovação e Preço, e uma homenagem a diversas personalidades pelo seu contributo ao longo de 30 anos do SNS.
Entre os homenageados contam-se António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde, e os ex-Bastonários da Ordem dos Médicos Gentil Martins e Santana Maia, entre outros.
No segundo dia as temáticas em debate incluem o futuro da Saúde no contexto europeu, cuidados de saúde primários e cuidados continuados, entre outras.
O congresso encerra sexta-feira, pelas 17:30, sessão que deverá ser presidida pela Ministra da Saúde, Ana Jorge.
Para além dos HUC e da APEG Saúde, integram a comissão organizadora o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Hospital de São João e Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral.
JLS.
Lusa/
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: SNS/30 anos: Futuro do sistema nacional de saúde alvo de reflexão em congresso
Uma das poucas heranças da Governação Socialista que deve ser aplaudida.
Pena que agora andem a estragar o que construiram....
Pena que agora andem a estragar o que construiram....
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: SNS/30 anos: Futuro do sistema nacional de saúde alvo de reflexão em congresso
SNS? NUNCA RESULTOU em NENHUM PAIS. INGLATERRA, CANADA,FRANCA, PORTUGAL BRASIL? Nao me facam RIR!!! MESES para ver um especialista, MESES, para marcar uma operacao....................SNS e uma especie de EUTANASIA!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: SNS/30 anos: Futuro do sistema nacional de saúde alvo de reflexão em congresso
RONALDO ALMEIDA escreveu:SNS? NUNCA RESULTOU em NENHUM PAIS. INGLATERRA, CANADA,FRANCA, PORTUGAL BRASIL? Nao me facam RIR!!! MESES para ver um especialista, MESES, para marcar uma operacao....................SNS e uma especie de EUTANASIA!!
Ó senhor ronaldo de almeida as coisas não são tão lineares conforme afirma.
Ler os seus comentários é o mesmo que ler as parangonas de alguns jornais.
Será difícil pensarmos pela nossa própria cabeça ?
Sabe o que são cuidados primários ? Sabe qual é a importância e o reflexo desses cuidados, no funcionamento da urgência hospitalar ?
então vamos lá aprender um bocadinho começando por ler este artigo de uma aluna de mestrado ...
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Por que aumentam as urgências hospitalares?
Numa época de reestruturação e adaptação do Serviço Nacional de Saúde, torna-se útil um olhar sobre os possíveis efeitos destas mudanças. Em particular, verificar se o padrão do recurso à urgência poderá ser espelho de uma fase de...
Numa época de reestruturação e adaptação do Serviço Nacional de Saúde, torna-se útil um olhar sobre os possíveis efeitos destas mudanças. Em particular, verificar se o padrão do recurso à urgência poderá ser espelho de uma fase de reorganização dos serviços primários de saúde.
No Hospital de Santa Maria (HSM) verificou-se um crescimento do número total de episódios de urgência de cerca de 8% de 2007 para 2008, o que implica um crescente desgaste a nível de recursos para o hospital. Se compararmos períodos homólogos, confirmamos ainda que o número médio de casos diários de urgência central aumenta de 460 em 2006 para 511 em 2008.
Neste contexto, surge o repto de explicar por que terá a afluência à urgência central aumentado significativamente em 2008. É este um fenómeno específico do hospital ou há factores conjunturais que para ele contribuem?
Para abordar este problema utilizaram-se dados estatísticos de recurso à urgência do HSM desde Outubro 2006 até Agosto de 2008, aliando às informações sobre as entradas na urgência, como informação sobre o género; idade; e a cor de Manchester (a triagem de Manchester tem por objectivo segmentar a afluência à sala de urgências de acordo com a seriedade do episódio: é atribuída uma cor a cada pessoa, cor essa que poderá ir do azul, verde, amarelo, cor de laranja até vermelho, por ordem crescente de gravidade); as características das freguesias de origem dos doentes; e o destino depois da observação (factores externos que podem explicar mudanças de comportamento da população).
Através desta análise identificamos três áreas na origem do aumento das urgências: as que advêm de características da população, as relacionadas com o sistema de saúde e os factores de directa influência do HSM.
Quanto às características da população, constata-se que parte do acréscimo de episódios acorre do maior recurso por parte da terceira idade (tanto em número de idas como de repetição frequente), sendo que outra parte é explicada pelo maior peso de casos menos graves. Aliado a este factor, observa-se também uma maior importância do número de altas, por oposição ao internamento: há então evidência de recurso à urgência em episódios que podiam ser tratados como consulta externa, ou mesmo num centro de saúde.
Relativamente ao sistema de saúde, é interessante verificar que a distância da freguesia de origem ao hospital não parece ser determinante na procura de urgências, assim como o desemprego das freguesias. No entanto, os dados apontam para um possível desvio de procura para o HSM nas freguesias mais distantes do hospital. Paralelamente, concluímos que alterações ao valor das taxas moderadoras provocam uma reacção de curta duração, tendo um efeito de retracção da procura apenas nos primeiros trinta dias após a mudança.
Finalmente, reconhece-se que a acção do hospital, nomeadamente as recentes mudanças como a implementação da triagem de Manchester, a abertura da Consulta de Urgência (serviço inserido nas urgências, cujo objectivo é o atendimento dos casos mais leves) e a remodelação interna contribuíram para um decréscimo muito significativo dos tempos de espera na urgência. Como consequência, o público poderá estar indirectamente (i.e., pela variável tempo de espera) a responder a uma maior capacidade de resposta do Hospital.
Podemos então concluir que, para lidar com o problema de excesso de procura desnecessária, o hospital poderá contribuir para a educação/elucidação da população ao nível das freguesias em relação ao uso correcto da urgência e das demais unidades de saúde.
Baseado no trabalho de projecto "Sleepless nights? The increase in emergency room cases at Hospital de Santa Maria", Mestrado em Economia, Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, 2009. Trabalho orientado pelo professor Pedro Pita Barros.
Inês Black
Aluna de Mestrado em Economia Faculdade de Economia da UNL
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=360258
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
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