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Pacheco, és um trengo.

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Mensagem por Viriato Qui maio 07, 2009 2:54 am

O caso Pacheco Pereira

Existe um caso Pacheco Pereira. E é mais interessante do que o caso Freeport. Este último está condenado a acabar em revelações patéticas ou sórdidas. Mesmo que a suspeita sobre Sócrates se confirmasse — o que implicaria esse feito, digno de entrar no Guiness, de Sócrates ter de ser mais estúpido do que o irrecuperavelmente imbecil Charles Smith — tal teria apenas uma consequência relevante para a política nacional: António Vitorino, António Costa e António Seguro iriam disputar o lugar vago. E este triunvirato de Antónios, por ordem decrescente de popularidade e probabilidade, agarraria o eleitorado PS e de centro sem dificuldade. Os pulhas não teriam muito, se é que alguma coisa, a ganhar com a troca.


Existe um caso Pacheco Pereira cujo interesse não está na sua pessoa privada, profissional ou política. Pacheco é um político absentista, intelectual banal, comentador social medíocre, investigador interessante e blogger de talento. Mas onde obtém os melhores desempenhos é como publicista na indústria da política-espectáculo. Aqui, aplica as técnicas publicitárias e panfletárias que estão nos canhanhos e na cultura popular, à disposição de todos. Pacheco não inventa nada, pois não tem sequer tempo para pensar. Ele tão-somente vai alimentando a voragem que lhe dá dinheiro e consolos narcísicos, gasta do que tem mais à mão. Por exemplo, foi gamar ao Adelino Maltez o conceito de situacionismo, o qual já tem anos de reflexão nesse peculiar, lírico e profundo pensador da portugalidade. Mas enquanto para Maltez o situacionismo é uma consequência do fim da História ocorrido com o 25 de Novembro, e consequente e definitiva institucionalização do regime democrático em Portugal — o qual se foi reduzindo, cada vez mais, a disfunções em todo o espectro partidário precisamente por causa da normalização da vida política —, para Pacheco o vocábulo é apenas um recurso de agitprop para desgaste do Governo, acertos de contas com jornalistas e renovo do seu marketing de polemista-circense. Curto e chocho.

Existe um caso Pacheco Pereira, um caso moral. Porquê? Porque ainda ninguém dentro da social-democracia denunciou o falhanço e decadência do cavaquismo, esse mito nefelibata. Ninguém reflectiu sobre a baixa qualidade, intelectual e cívica, do corpo político social-democrata, dos dirigentes aos ideólogos. Ninguém explicou a Portugal porque é que o PSD fez de João Jardim, Valentim Loureiro, Dias Loureiro, Isaltino Morais, Mendes Bota, Santana Lopes, Filipe Menezes, Marques Mendes, Durão Barroso, Ferreira Leite — entre tantos outros nomes, estes escolhidos ao acaso na memória recente, que simbolizam a Nação egoísta, bronca e cúmplice do atraso colectivo — referências de topo na hierarquia do partido. Ninguém teve coragem para relacionar a cultura partidária, logo desde a JSD, com o caldo de corrupção e ganância desenfreada que são a imagem de marca do homem PSD; esse ser que não discute a racionalidade da política ou a complexidade da ideologia, muito menos os abismos da ética, porque está ocupado com o poder, metendo célere e alarve as mãos na massa. Ninguém assumiu responsabilidades pela traição de Barroso, que fugiu e entregou o poder a um inqualificável Santana. Ninguém consegue sequer explicar este fenómeno do Entroncamento: o maior partido da oposição anda há 4 anos sem conseguir oferecer aos portugueses uma única ideia de esperança, de alternativa, de mera viabilidade ou sensatez executiva. E já teve 3 presidentes pelo caminho, fora os restantes candidatos e demais candidatos a candidatos.

O caso Pacheco Pereira é triste. A sua obsessão estouvada com Sócrates é bem o sintoma de quem se sabe a falhar um destino. Ele — e só ele, pois tanto Marcelo Rebelo de Sousa, Vasco Pulido Valente ou Vasco Graça Moura, por razões diversas, não teriam essa capacidade — podia ter sido a voz da regeneração e reforma do PSD; como até chegou a sugerir a Marques Mendes que fizesse, tendo desse modo, e nessa altura, assumido a consciência do problema. E Portugal ficar-lhe-ia agradecido para sempre, pois a desgraça do PSD tem sido também factor de grave perturbação na política e ânimo nacionais. Mas não. Talvez por dar muito trabalho, talvez por ser demasiado arriscado. Pacheco preferiu antes repetir a matriz degradante dos que estão na política para encherem a pança enquanto der, quem vier a seguir que se amanhe e faça pela vidinha. Por isso Pacheco, uma das personalidades públicas que pode chegar a todo País a todo o momento, não tem qualquer proposta política para Portugal a não ser a meta do contrapoder: derrubar o adversário. Nisto, Pacheco é igual ao PCP e BE, comunga do mesmo alvo, dos mesmos métodos, do mesmo deserto de ideias. E vai para a televisão, imprensa, rádio, blogue, salivar veneno, áspide debochada que utiliza a comunicação social para continuar a fugir ao confronto consigo próprio. Ou não. Se calhar, ele é mesmo só o que mostra — e já não há heróis com sabor a laranja.

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Mensagem por Admin Qui maio 07, 2009 4:38 am


Existe um caso Pacheco Pereira cujo interesse não está na sua pessoa privada, profissional ou política. Pacheco é um político absentista, intelectual banal, comentador social medíocre, investigador interessante e blogger de talento.

confesso que nao li o post todo porque o Pacheco é chato
Tão chato que um dia ate o ChorbaXEFI vindo das estepes e deparou com o Pacheco topou que o gajo era um chato a querer chamar a musica pimba para ele
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