Líbano escolhe entre Estados Unidos e Irã
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Líbano escolhe entre Estados Unidos e Irã
Líbano escolhe entre Estados Unidos e Irã
06/06/2009 - 17:33 - Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel
No domingo, o Líbano decide se fica com o Ocidente ou com Irã. O país tem 10 mil km² e 4 milhões de habitantes dos quais 95% são árabes divididos em 17 religiões e seitas oficialmente reconhecidas, mas 59% são muçulmanos e 39% cristãos. Tais percentuais são fundamentais, pois deles resulta a institucionalização da divisão dos poderes.
* Entenda a escolha do Parlamento no Líbano
Existem sunitas, xiitas, druzos até assírios e caldeus, uns poucos que restam de grandes impérios da antiguidade. Há disso no Oriente Médio. No mundo palestino ainda sobrevivem samaritanos. A formal divisão de funções e cargos foi o meio encontrado para tornar possível a coexistência, pondo fim a uma guerra civil de 25 anos em finais de 2008.
Há libaneses por todos os cantos. Todos os milhões de brasileiros de origem libanesa têm familiares na velha terra, único país árabe com um sistema democrático, mesmo considerando-se suas originais características. O único centro de liberdade de expressão no mundo árabe que, como quase todos os demais, acolhe população de palestinos aos quais nunca se concedeu direito algum de cidadania. São qualificados de refugiados para não abrirem mão do direito de retorno no caso de uma paz com Israel.
O país é pequeno e de grande importância. Das eleições parlamentares dependerá se continuará vinculado ao Ocidente, Estados Unidos e Europa, de onde recebe substancial assistência econômica e militar, ou se desta vez o eleitorado optará pelo Irã, com efeitos e influências por todo o Oriente Médio. Numa recente visita de um dia o vice-presidente americano, Joe Biden, foi pouco sutil ao declarar: “urge que o povo não opte pelos grupos radicais”.
Todos entenderam a sugestão: que não fizessem do Hezbollah, o Partido de Deus, o maior poder político. Qualificado de terrorista e ligado ao Irã, persa da seita xiita, cuja ambição é ser poder atômico e o maior do Oriente Médio, considera-se ameaça aos países árabes de maioria da seita tradicionalista sunita, a começar pelo Egito e pela Arábia sunita, aliados de americanos e europeus. E é ameaça direta à sobrevivência de Israel. O Líbano do Hezbollah perderá toda a assistência ocidental.
A eleição equivale a escolha do “bellwether”, a ovelha com sininho no pescoço ao qual todo o rebanho segue, como o efeito da banda de música que atrai a garotada, como na saída da banda de Ipanema no carnaval. A vitória do Hezbollah, mesmo por pequena margem, tenderia a inspirar outros povos. Sinalizando o crescimento da influência do Irã, tenderá a endurecer ainda mais as posições do Movimento Islâmico de Resistência Palestina, Hamas, complicando a questão israelense-palestina.
Terá repercussões por todo o mundo, por onde espalham-se simpatizantes do Hezbollah e implicará problemas de segurança. È sinal de crescente influência do Irã, cujas eleições terão lugar em poucos dias e nas quais o que acontecer no Líbano poderá influir a favor dos candidatos mais extremistas. Hamas e Hezbollah não reconhecem o direito de Israel de existir. O avanço do Hezbollah aumentará a influência da Irmandade Muçulmana egípcia, de oposição ao governo O som do sininho vai muito longe.
06/06/2009 - 17:33 - Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel
No domingo, o Líbano decide se fica com o Ocidente ou com Irã. O país tem 10 mil km² e 4 milhões de habitantes dos quais 95% são árabes divididos em 17 religiões e seitas oficialmente reconhecidas, mas 59% são muçulmanos e 39% cristãos. Tais percentuais são fundamentais, pois deles resulta a institucionalização da divisão dos poderes.
* Entenda a escolha do Parlamento no Líbano
Existem sunitas, xiitas, druzos até assírios e caldeus, uns poucos que restam de grandes impérios da antiguidade. Há disso no Oriente Médio. No mundo palestino ainda sobrevivem samaritanos. A formal divisão de funções e cargos foi o meio encontrado para tornar possível a coexistência, pondo fim a uma guerra civil de 25 anos em finais de 2008.
Há libaneses por todos os cantos. Todos os milhões de brasileiros de origem libanesa têm familiares na velha terra, único país árabe com um sistema democrático, mesmo considerando-se suas originais características. O único centro de liberdade de expressão no mundo árabe que, como quase todos os demais, acolhe população de palestinos aos quais nunca se concedeu direito algum de cidadania. São qualificados de refugiados para não abrirem mão do direito de retorno no caso de uma paz com Israel.
O país é pequeno e de grande importância. Das eleições parlamentares dependerá se continuará vinculado ao Ocidente, Estados Unidos e Europa, de onde recebe substancial assistência econômica e militar, ou se desta vez o eleitorado optará pelo Irã, com efeitos e influências por todo o Oriente Médio. Numa recente visita de um dia o vice-presidente americano, Joe Biden, foi pouco sutil ao declarar: “urge que o povo não opte pelos grupos radicais”.
Todos entenderam a sugestão: que não fizessem do Hezbollah, o Partido de Deus, o maior poder político. Qualificado de terrorista e ligado ao Irã, persa da seita xiita, cuja ambição é ser poder atômico e o maior do Oriente Médio, considera-se ameaça aos países árabes de maioria da seita tradicionalista sunita, a começar pelo Egito e pela Arábia sunita, aliados de americanos e europeus. E é ameaça direta à sobrevivência de Israel. O Líbano do Hezbollah perderá toda a assistência ocidental.
A eleição equivale a escolha do “bellwether”, a ovelha com sininho no pescoço ao qual todo o rebanho segue, como o efeito da banda de música que atrai a garotada, como na saída da banda de Ipanema no carnaval. A vitória do Hezbollah, mesmo por pequena margem, tenderia a inspirar outros povos. Sinalizando o crescimento da influência do Irã, tenderá a endurecer ainda mais as posições do Movimento Islâmico de Resistência Palestina, Hamas, complicando a questão israelense-palestina.
Terá repercussões por todo o mundo, por onde espalham-se simpatizantes do Hezbollah e implicará problemas de segurança. È sinal de crescente influência do Irã, cujas eleições terão lugar em poucos dias e nas quais o que acontecer no Líbano poderá influir a favor dos candidatos mais extremistas. Hamas e Hezbollah não reconhecem o direito de Israel de existir. O avanço do Hezbollah aumentará a influência da Irmandade Muçulmana egípcia, de oposição ao governo O som do sininho vai muito longe.
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Líbano escolhe entre Estados Unidos e Irã
Há libaneses por todos os cantos. Todos os milhões de brasileiros de origem libanesa têm familiares na velha terra, único país árabe com um sistema democrático, mesmo considerando-se suas originais características. O único centro de liberdade de expressão no mundo árabe que, como quase todos os demais, acolhe população de palestinos aos quais nunca se concedeu direito algum de cidadania. São qualificados de refugiados para não abrirem mão do direito de retorno no caso de uma paz com Israel.
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