Não misturar as coisas
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Não misturar as coisas
ACABAR COM A ACUMULAÇÃO DE PENSÕES?
Não sou contra a acumulação de pensões, se alguém teve dois empregos e descontou nos dois empregos é natural que receba a pensão correspondente ao somatório dos dois empregos. O que não concordo é que alguém trabalhe três ou quatro anos e receba uma reforma como se tivesse trabalhado vinte anos e ainda por cima começa a recebe-la quinze ou vinte anos antes da idade com que qualquer português se pode reformar.
Não me incomoda nada, por exemplo, que Luís Cunha receba uma pensão do Banco de Portugal, só que essa pensão deve corresponder ao tempo que trabalhou no banco central e apenas devia ser paga quando Luís Cunha atingisse o limite de idade estabelecido por lei para que qualquer trabalhador português possa reformar-se. É um absurdo que depois de trabalhar meia dúzia de anos receba uma reforma quase completa aos cinquenta anos.
Limitar as reformas ou considerá-las absurdas por serem elevadas não passa de dor de corno nacional pois quem as recebe descontou, é puro populismo ir à lista da Caixa Nacional de Aposentações e exibir os montantes das pensões mais elevadas, sem fazer qualquer referência aos montantes dos descontos realizados. Muito boa gente não teria inveja se tivesse feito os mesmos descontos.
Este tipo de medidas motivadas por populismo eleitoral não introduzem qualquer justiça na sociedade, principalmente quando as regras só se aplicam a alguns, os que venham a reformar-se ou a receber pensões. É preciso acabar com esta justiça e quando se adopta uma medida esta deve ser aplicável a todos os que estão nas mesmas condições, mesmo aos que já se reformaram antes da entrada em vigor da lei. É inconstitucional? Então que se mude a Constituição pois essa inconstitucionalidade apenas serve para impedir a correcção de uma injustiça, é para isso que serve a Constituição para que haja justiça porque todos os portugueses são iguais perante a lei.
Começa a haver uma divisão idiota dos portugueses, os que nasceram ante de e os que nasceram depois de, os primeiros vivem no país da fartura que é paga pelos segundos, que vivem no país real e da austeridade.
O Jumento
Para minha defesa ao bom nome, informo não tenho pensões acumuladas nem nunca recebi um cêntimo antes de atingir a idade legal de reforma.
Não sou contra a acumulação de pensões, se alguém teve dois empregos e descontou nos dois empregos é natural que receba a pensão correspondente ao somatório dos dois empregos. O que não concordo é que alguém trabalhe três ou quatro anos e receba uma reforma como se tivesse trabalhado vinte anos e ainda por cima começa a recebe-la quinze ou vinte anos antes da idade com que qualquer português se pode reformar.
Não me incomoda nada, por exemplo, que Luís Cunha receba uma pensão do Banco de Portugal, só que essa pensão deve corresponder ao tempo que trabalhou no banco central e apenas devia ser paga quando Luís Cunha atingisse o limite de idade estabelecido por lei para que qualquer trabalhador português possa reformar-se. É um absurdo que depois de trabalhar meia dúzia de anos receba uma reforma quase completa aos cinquenta anos.
Limitar as reformas ou considerá-las absurdas por serem elevadas não passa de dor de corno nacional pois quem as recebe descontou, é puro populismo ir à lista da Caixa Nacional de Aposentações e exibir os montantes das pensões mais elevadas, sem fazer qualquer referência aos montantes dos descontos realizados. Muito boa gente não teria inveja se tivesse feito os mesmos descontos.
Este tipo de medidas motivadas por populismo eleitoral não introduzem qualquer justiça na sociedade, principalmente quando as regras só se aplicam a alguns, os que venham a reformar-se ou a receber pensões. É preciso acabar com esta justiça e quando se adopta uma medida esta deve ser aplicável a todos os que estão nas mesmas condições, mesmo aos que já se reformaram antes da entrada em vigor da lei. É inconstitucional? Então que se mude a Constituição pois essa inconstitucionalidade apenas serve para impedir a correcção de uma injustiça, é para isso que serve a Constituição para que haja justiça porque todos os portugueses são iguais perante a lei.
Começa a haver uma divisão idiota dos portugueses, os que nasceram ante de e os que nasceram depois de, os primeiros vivem no país da fartura que é paga pelos segundos, que vivem no país real e da austeridade.
O Jumento
Para minha defesa ao bom nome, informo não tenho pensões acumuladas nem nunca recebi um cêntimo antes de atingir a idade legal de reforma.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Não misturar as coisas
Começa a haver uma divisão idiota dos portugueses, os que nasceram ante de e os que nasceram depois de, os primeiros vivem no país da fartura que é paga pelos segundos, que vivem no país real e da austeridade.
Confesso que não percebo esta ideia peregrina. Em cada época as leis mudam e quem é apanhado por essa mudança, tanto pode beneficiar, como ficar prejudicado, sem que isso signifique país de fartura ou de penúria.
Onde eu entendo que não haveria de haver duas velocidades ou dois pesos e duas medidas, é na idade e no cálculo da pensão a auferir. Aí sim, é que a injustiça é gritante e que deveria acabar de vez - 65 anos para todos, sem qualquer excepção.
Quanto aos montantes, se os descontos tiverem sido na proporcionalidade estabelecida para os salários ganhos em X tempo, feitas todas as deduções inerentes (se as houver), não me escandalizam as pensões elevadas. Lei é Lei e há que cumpri-la...
E em vez do tecto para pensões, eu sugeriria antes tectos salariais, porque uma coisa é que leva à outra...
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Não misturar as coisas
João Ruiz escreveu:Começa a haver uma divisão idiota dos portugueses, os que nasceram ante de e os que nasceram depois de, os primeiros vivem no país da fartura que é paga pelos segundos, que vivem no país real e da austeridade.
Confesso que não percebo esta ideia peregrina. Em cada época as leis mudam e quem é apanhado por essa mudança, tanto pode beneficiar, como ficar prejudicado, sem que isso signifique país de fartura ou de penúria.
Onde eu entendo que não haveria de haver duas velocidades ou dois pesos e duas medidas, é na idade e no cálculo da pensão a auferir. Aí sim, é que a injustiça é gritante e que deveria acabar de vez - 65 anos para todos, sem qualquer excepção.
Quanto aos montantes, se os descontos tiverem sido na proporcionalidade estabelecida para os salários ganhos em X tempo, feitas todas as deduções inerentes (se as houver), não me escandalizam as pensões elevadas. Lei é Lei e há que cumpri-la...
E em vez do tecto para pensões, eu sugeriria antes tectos salariais, porque uma coisa é que leva à outra...
Na mouche. Tirou-me da boca....
Viriato- Pontos : 16657
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