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EUA/Eleições: Analistas alertam para "difícil" entendimento entre democratas e republicanos
por Kllüx Qua Nov 03, 2010 4:34 pm
EUA/Eleições: Analistas alertam para "difícil" entendimento entre democratas e republicanos
O entendimento entre a administração democrata e a nova maioria republicana na Câmara dos Representantes vai ser “difícil”, podendo mesmo gerar uma situação de paralisação legislativa em Washington, alertam analistas, no dia seguinte às eleições intercalares.
”Provavelmente, a política em Washington vai ficar ainda mais feia”, escreve hoje o New York Times, em editorial.
Segundo o diário nova-iorquino, a vitória republicana foi resultado de este partido ter sabido “atiçar a chama do descontentamento” dos norte-americanos em relação à economia, até porque foram “poucas as ideias próprias” apresentadas até agora.
Obama e os democratas, por ser lado, têm de ser melhores “a explicar a sua visão e as suas políticas”, constata o jornal.
“Antes de poder esperar conseguir um consenso bipartidário mínimo necessário para andar em frente, Obama vai ter de congregar mais americanos na lógica das suas políticas”, refere o Times.
Os republicanos, adianta, têm de explicar como pretendem cortar o défice, até porque uma das promessas específicas que fizeram “cava um buraco ainda maior” – estender os benefícios fiscais da era Bush.
Com a quase totalidade dos resultados apurados, os republicanos conquistaram 61 lugares na Câmara dos Representantes, naquela que já é considerada a maior conquista por um partido desde a II Guerra Mundial.
Dispõem agora de uma maioria de 240 lugares, face a 185 dos democratas, na câmara de 435 lugares.
Os democratas retêm a maioria, agora com 52 lugares, face a 46 dos republicanos, quando ainda estão por apurar os resultados de Washington e Alasca.
Quanto às 37 corridas a governos estaduais, os republicanos ganharam oito lugares (29) e os democratas perderam nove (15), um deles para um independente.
Já no Senado, os republicanos ficaram aquém do objetivo de controlo, embora ganhando seis lugares.
Arianna Huffington escreve hoje no jornal online Huffington Post que apesar de a responsabilidade pelo mau momento da economia ser atribuída pela maioria dos eleitores à administração de George W. Bush, é Obama, que terá subestimado o impacto da situação, que é responsabilizado eleitoralmente.
No Washington Post, o colunista Jonathan Capehart escrevia esta tarde que, a julgar pelas primeiras declarações dos líderes republicanos e do presidente, o próximo Congresso vai ser “um frenesim e o embate futuro com a Casa Branca será inevitável”.
No seu editorial de hoje, o Los Angeles Times critica a oposição do presidente do comité nacional republicano, Michael Steele, à elevação do teto da dívida pública, que, na prática, impediria a administração de cumprir as suas obrigações financeiras.
“A noção de usar o teto da dívida como veículo de protesto contra o tamanho do governo é absurda, vinda de um partido dedicado aos cortes de impostos, que aumentam a dívida federal”, refere.
“Ameaças e estilo bombástico contribuíram para muitas das feridas na política da nação. Trabalho duro e um compromisso genuíno para um progresso partilhado – em vez de vantagens políticas efémeras – poderiam começar a sará-las", aconselha.
O entendimento entre a administração democrata e a nova maioria republicana na Câmara dos Representantes vai ser “difícil”, podendo mesmo gerar uma situação de paralisação legislativa em Washington, alertam analistas, no dia seguinte às eleições intercalares.
”Provavelmente, a política em Washington vai ficar ainda mais feia”, escreve hoje o New York Times, em editorial.
Segundo o diário nova-iorquino, a vitória republicana foi resultado de este partido ter sabido “atiçar a chama do descontentamento” dos norte-americanos em relação à economia, até porque foram “poucas as ideias próprias” apresentadas até agora.
Obama e os democratas, por ser lado, têm de ser melhores “a explicar a sua visão e as suas políticas”, constata o jornal.
“Antes de poder esperar conseguir um consenso bipartidário mínimo necessário para andar em frente, Obama vai ter de congregar mais americanos na lógica das suas políticas”, refere o Times.
Os republicanos, adianta, têm de explicar como pretendem cortar o défice, até porque uma das promessas específicas que fizeram “cava um buraco ainda maior” – estender os benefícios fiscais da era Bush.
Com a quase totalidade dos resultados apurados, os republicanos conquistaram 61 lugares na Câmara dos Representantes, naquela que já é considerada a maior conquista por um partido desde a II Guerra Mundial.
Dispõem agora de uma maioria de 240 lugares, face a 185 dos democratas, na câmara de 435 lugares.
Os democratas retêm a maioria, agora com 52 lugares, face a 46 dos republicanos, quando ainda estão por apurar os resultados de Washington e Alasca.
Quanto às 37 corridas a governos estaduais, os republicanos ganharam oito lugares (29) e os democratas perderam nove (15), um deles para um independente.
Já no Senado, os republicanos ficaram aquém do objetivo de controlo, embora ganhando seis lugares.
Arianna Huffington escreve hoje no jornal online Huffington Post que apesar de a responsabilidade pelo mau momento da economia ser atribuída pela maioria dos eleitores à administração de George W. Bush, é Obama, que terá subestimado o impacto da situação, que é responsabilizado eleitoralmente.
No Washington Post, o colunista Jonathan Capehart escrevia esta tarde que, a julgar pelas primeiras declarações dos líderes republicanos e do presidente, o próximo Congresso vai ser “um frenesim e o embate futuro com a Casa Branca será inevitável”.
No seu editorial de hoje, o Los Angeles Times critica a oposição do presidente do comité nacional republicano, Michael Steele, à elevação do teto da dívida pública, que, na prática, impediria a administração de cumprir as suas obrigações financeiras.
“A noção de usar o teto da dívida como veículo de protesto contra o tamanho do governo é absurda, vinda de um partido dedicado aos cortes de impostos, que aumentam a dívida federal”, refere.
“Ameaças e estilo bombástico contribuíram para muitas das feridas na política da nação. Trabalho duro e um compromisso genuíno para um progresso partilhado – em vez de vantagens políticas efémeras – poderiam começar a sará-las", aconselha.
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Re: EUA/Eleições: Analistas alertam para "difícil" entendimento entre democratas e republicanos
por Vitor mango Qui Nov 04, 2010 2:17 am
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