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"Não vi o carro nem os meninos. Entrei em paranóia"

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Nov 14, 2010 10:47 am

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"Não vi o carro nem os meninos. Entrei em paranóia"

por MARINA ALMEIDA e RUTE COELHO
Hoje

"Não vi o carro nem os meninos. Entrei em paranóia" Ng1375640

Sandra foi a casa e quando regressou o carro tinha sido roubado e os filhos raptados.

Foi um trauma para Sandra e Alcídio Silva, um casal residente na freguesia de Ponte, Guimarães. Ao final da manhã de ontem Sandra precisou de ir a casa, na Rua de S. João Baptista. Parou o Mini Cooper cinzento e deixou os dois filhos, Leandro, de sete anos, e Leonor, de dois, dentro do automóvel. A chave ficou na ignição. "Demorei pouco tempo. Quando regressei não vi ninguém. Fui ter com o meu marido à loja dele. Não sabia do carro nem dos meninos. Entrei em paranóia", contou Sandra à Rádio Santiago, depois de terminado o pesadelo e de as crianças terem sido entregues aos pais pela GNR.

Mas antes de Sandra ir ao encontro do marido, Alcídio viu o Mini cinzento passar em frente ao seu estabelecimento. "Passou frente à loja a alta velocidade e não parou no Stop. Só vi o meu filho no banco de trás a chorar e a bater nos vidros, mas não percebi logo que não era a minha mulher que ia a conduzir", contou Alcídio Silva ao DN.

O ladrão terá andado a rondar a zona e percebeu que Sandra tinha entrado em casa deixando o carro aberto com as chaves lá dentro. "Mas ele só viu os meus filhos quando entrou no carro, de certeza", disse Alcídio. O delinquente não devia ter grande experiência de condução. "O meu filho contou que ele quando arrancou com o carro subiu para cima do passeio. E perguntou ao meu filho como é que se metia a marcha atrás."

A viagem, desde a freguesia de Ponte, no concelho de Guimarães, até à localidade de Joane, no concelho de Famalicão, foi de dez quilómetros. Mas até as duas crianças serem vistas e entregues passou hora e meia. "O ladrão foi o tempo todo a fumar com os vidros fechados. Para o meu filho não entrar em pânico, foi contando umas histórias de pessoas que conhecia ali na zona. Quando chegaram a Joane, deixou os meus filhos em frente à farmácia e disse ao Leandro: 'Vai que a tua tia está ali na farmácia'." Seguiu no Mini Cooper em direcção a Famalicão.

Quando as duas crianças entraram na farmácia de Joane, Braga, o farmacêutico Jorge percebeu que algo estava errado. "Estavam assustados e diziam que um senhor lhes disse para esperarem ali por uma tia, que trabalhava na igreja", conta. O farmacêutico falou calmamente com as crianças e mal acreditou quando Leandro contou que "O carro da mãe tinha sido roubado com eles lá dentro e não sabiam da dela."

Era hora de almoço - cerca das 13.00 - e estavam mais duas pessoas na farmácia. Os funcionários estavam a trocar o turno e não viram nem o carro roubado nem o assaltante. O responsável da farmácia de Joane contactou a GNR local, que por sua vez ligou para a de Taipas - onde a mãe já tinha apresentado queixa do roubo do carro e do desaparecimento dos filhos. O farmacêutico notou que as crianças não tinham sinais de ferimentos. "Claramente aquilo correu-lhe tudo mal", diz Jorge, referindo-se ao ladrão de automóveis que "inventou uma história para se ver livre dos meninos".

Os menores seguiram com os militares da GNR para o posto. "Tiveram relutância em ir com eles, acabámos por convencê-los", relata o farmacêutico cujo dia de trabalho ficou marcado por um caso "no mínimo insólito." Os militares foram buscar as duas crianças. No caminho, segundo contou depois Leandro ao pai, "pararam numa pastelaria e compraram- -lhes sumos e bolos".

"Os meus filhos vieram ter connosco no carro da GNR. O menino vinha a chorar." Leandro ainda foi ao posto ver fotografias para tentar identificar o assaltante. "O menino disse que não era nenhum daqueles. Ele saberia reconhecê-lo", contou o pai. Os dois menores "estão a ser acompanhados por um psicólogo", adiantou.

A GNR alertou a Polícia Judiciária, uma vez que o furto do carro com duas crianças no interior pode configurar o crime de rapto. A PJ do Porto está a analisar a situação. Até ao fecho desta edição, a GNR das Taipas ainda não tinha localizado o Mini Cooper cinzento de matrícula 44-21-BL.

"No carro estavam os documentos do Mini, a chave de outro automóvel que temos, a minha carta de condução e os nossos bilhetes de identidade", conta Alcídio. O casal Silva apanhou um susto e aprendeu uma lição que nunca mais vai esquecer. "Acho que isto é um abrir de olhos para toda a gente. Nunca mais vamos deixar a chave no carro e os miúdos lá dentro", desabafou o pai das crianças.

In DN

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