Até onde irá a frieza de Moscovo face à situação na Síria?
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Até onde irá a frieza de Moscovo face à situação na Síria?
uarta-feira, Maio 30, 2012
Até onde irá a frieza de Moscovo face à situação na Síria?
Todos aqueles que esperavam que a posição de Moscovo face ao regime de Bashar Assad iria sofrer alterações depois do massacre de Houla, apanharam hoje una valentes baldes de água fria. O Kremlin há muito de deixou claro que irá defender Assada até ao extremo.
A Rússia anunciou hoje que está contra a convocação de uma nova reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU sobre a Síria nos tempos mais próximos e contra a aprovação de medidas suplementares de pressão sobre Damasco.
"A declaração do presidente do CS da ONU à imprensa sobre os acontecimentos trágicos em Houla, aprovada e publicada após a reunião extraordinbária do CS da ONU sobre a Síria, foi um sinal suficientemente forte para as partes do confronto sírio e é uma reação suficiente face aos últimos acontecimentos no país", declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Guennadi Gatílov.
"Por isso consideramos que seria precipitado analisar no CS quaisquer medidas novas de ação", frisou o governante russo, ao comentar as declarações de Guido Westerwelle, ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.
Antes, reagindo à posição do Presidente francês, François Hollande, Gatilov declarou que a Rússia vai vetar qualquer iniciativa sobre uma intervenção militar estrangeira na Síria, que seja levada ao Conselho de Segurança da ONU.
Andrei Denissov, outro vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, considerou que declarações sobre a possibilidade de uma ingerência militar externa na Síria são manifestações de emoções políticas.
“Colocar a questão da ingerência externa é mais uma manifestação de emoções políticas do que cálculo, análise e abordagem ponderada. Nestes casos, deve-se perguntar sempre: o que fazer depois?”, declarou ele ao comentar as declarações de François Hollande, que não exluiu a ingerência militar externa na Síria.
“A posição russa não se forma sob a influência de emoções, o que, infelizmente, não evitaram os respeitados parceiros franceses quando da elaboração da sua posição”, frisou.
O que será necessário acontecer na Síria para que Moscovo altere a sua posição? Não sei, pois para os dirigentes russos a vida humana não tem alta cotação. Veja-se o que aconteceu e está a acontecer no Cáucaso do Norte.
O Kremlin não quer perder parceiros e aliados, mas não seria mau pensar bem ao escolhê-los.
Publicada por Jose Milhazes em 10:38
Até onde irá a frieza de Moscovo face à situação na Síria?
Todos aqueles que esperavam que a posição de Moscovo face ao regime de Bashar Assad iria sofrer alterações depois do massacre de Houla, apanharam hoje una valentes baldes de água fria. O Kremlin há muito de deixou claro que irá defender Assada até ao extremo.
A Rússia anunciou hoje que está contra a convocação de uma nova reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU sobre a Síria nos tempos mais próximos e contra a aprovação de medidas suplementares de pressão sobre Damasco.
"A declaração do presidente do CS da ONU à imprensa sobre os acontecimentos trágicos em Houla, aprovada e publicada após a reunião extraordinbária do CS da ONU sobre a Síria, foi um sinal suficientemente forte para as partes do confronto sírio e é uma reação suficiente face aos últimos acontecimentos no país", declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Guennadi Gatílov.
"Por isso consideramos que seria precipitado analisar no CS quaisquer medidas novas de ação", frisou o governante russo, ao comentar as declarações de Guido Westerwelle, ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.
Antes, reagindo à posição do Presidente francês, François Hollande, Gatilov declarou que a Rússia vai vetar qualquer iniciativa sobre uma intervenção militar estrangeira na Síria, que seja levada ao Conselho de Segurança da ONU.
Andrei Denissov, outro vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, considerou que declarações sobre a possibilidade de uma ingerência militar externa na Síria são manifestações de emoções políticas.
“Colocar a questão da ingerência externa é mais uma manifestação de emoções políticas do que cálculo, análise e abordagem ponderada. Nestes casos, deve-se perguntar sempre: o que fazer depois?”, declarou ele ao comentar as declarações de François Hollande, que não exluiu a ingerência militar externa na Síria.
“A posição russa não se forma sob a influência de emoções, o que, infelizmente, não evitaram os respeitados parceiros franceses quando da elaboração da sua posição”, frisou.
O que será necessário acontecer na Síria para que Moscovo altere a sua posição? Não sei, pois para os dirigentes russos a vida humana não tem alta cotação. Veja-se o que aconteceu e está a acontecer no Cáucaso do Norte.
O Kremlin não quer perder parceiros e aliados, mas não seria mau pensar bem ao escolhê-los.
Publicada por Jose Milhazes em 10:38
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