Gaspar pôs o lugar à disposição e Passos responsabiliza Portas por eventual "segundo resgate"

Gaspar pôs o lugar à disposição e Passos responsabiliza Portas por eventual "segundo resgate"

17 Outubro 2012 | 10:00

Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt








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O ministro das Finanças
terá posto o seu cargo à disposição antes de apresentar as medidas de
austeridade incluídas no Orçamento do Estado. Já Passos Coelho terá dito
a Paulo Portas que este último seria "o responsável por um segundo
resgate", noticia o "i".
O
jornal diz que Vítor Gaspar colocou o seu lugar à disposição de Passos
Coelho antes da conferência de imprensa onde apresentou as medidas de
austeridade que vão ser implementadas no próximo ano e que passam pelo
aumento de impostos, nomeadamente através do IRS e IRC.

O
ministro das Finanças terá tido uma conversa pessoal com o
primeiro-ministro para o informar que estava disponível para abandonar o
Executivo, segundo uma fonte próxima de Vítor Gaspar. Passos Coelho
terá recusado, garantindo que o ministro responsável pelas Finanças tem
sido mais do que o seu braço-direito nos últimos meses.

A saída
de Vítor Gaspar foi abordada na conferência de imprensa onde o ministro
apresentou as medidas de austeridade. Na altura, o responsável respondeu
que "a composição do governo está à disposição do primeiro-ministro".
Salientando que a sua “participação no Governo tem como único propósito
retribuir ao País o enorme investimento que o País colocou na minha
educação",

Entretanto Passos Coelho e Paulo Portas
terão tido uma “conversa dura” onde o primeiro-ministro terá dito: “O
senhor será o responsável por um segundo resgate”, de acordo com o “i”.
Esta conversa terá decorrido na segunda-feira, dia 15 de Outubro, antes
da reunião de Conselho de Ministros onde a proposta de Orçamento do
Estado para 2013 foi aprovada pelo Executivo.

O jornal adianta
que Passos Coelho terá mesmo dito que caso o CDS não desse apoio ao
Orçamento que seria o fim da coligação governamental e que Passos
apresentaria de imediato a demissão a Cavaco Silva.