Israel tenta assassinar comandante do Hamas em Gaza Maria João Guimarães 20/08/2014 - 12:36 Escalada surpresa na Faixa de Gaza. Bombas israelitas matam mulher e filha de comandante da ala militar do Hamas, numa provável tentativa de assassínio falhada

Israel tenta assassinar comandante do Hamas em Gaza

Maria João Guimarães
20/08/2014 - 12:36

Escalada surpresa na Faixa de Gaza. Bombas israelitas matam mulher e filha de comandante da ala militar do Hamas, numa provável tentativa de assassínio falhada.
Escombros da casa em que estavam a mulher e filha de Mohammed Deif, mortas por um ataque da aviação israelita em Gaza MOHAMMED ABED/AFP

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O Estado hebraico não confirmava nem desmentia o que parecia ter sido uma tentativa de assassínio do comandante militar do Hamas Mohamed Deif. Sabe-se que morreram no ataque a mulher e a filha de Deif, que era o “número um” na lista de alvos preferenciais do Estado judaico. O Hamas respondeu com uma chuva de rockets.
Israel já tentou várias vezes assassinar Deif, 50 anos, que sucedeu a Ahmed Jabari, morto num ataque aéreo em Gaza em 2012. 
Há ainda relatos de um ataque, esta quarta-feira, à casa de Mahmoud Al-Zahar, membro do conselho político do Hamas e que foi ministro dos Negócios Estrangeiros do movimento, mas não era claro se ele teria sido um alvo. Durante a parte da operação em que houve incursão terrestre, Israel bombardeou também a casa, vazia, do líder e antigo primeiro-ministro do Hamas Ismail Haniyeh. Nessa altura era claro que Haniyeh estaria escondido.
Especualava-se ainda que teria sido atingido o responsável pela divisão dos rockets do Hamas, Mohammed Dalu.
A confusão explica-se pelo enorme secretismo dos comandantes militares do Hamas. O jornal egípcio Al-Ahram nota que quase ninguém em Gaza conhecerá Deif – como quase ninguém conhecia o seu antecessor Jabari. Mesmo membros do Hamas.
A casa onde morreram a mulher e filha de Deif foi atingida por cinco bombas capazes de destruir um bunker, guiadas por laser, de fabrico norte-americano. Tanto o Hamas como Israel não disseram se Deif estava vivo ou morto – mas é possível que ele tenha sobrevivivo, diz Amos Harel do jornal israelita Ha’aretz.
 
O diário hebraico especula ainda que os disparos anteriores teriam sido obra de outros grupos palestinianos, e que terão surpreendido os líderes do Hamas, que aproveitando a trégua teriam saído dos seus esconderijos subterrâneos.
O que quer que tenha acontecido, a resposta do Hamas já se fez sentir.
Na manhã desta quarta-feira, os palestinianos dispararam mais de 45 rockets em duas horas – uma média de mais de um rocket a cada dois minutos.
Para o Ha’aretz, uma pergunta sem resposta é se o assassínio de comandantes do Hamas pode mudar alguma coisa, sublinhando que uma longa linhagem de responsáveis militares mortos que não fez mudar nada. Por outro lado, uma tentativa falhada poderá ter o efeito exactamente oposto – aumentar a determinação do movimento palestiniano.
Do lado de Israel, a chuva de rockets deixa o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, numa posição difícil. Criticado por muitos por ter sido demasiado brando, irá agora ser criticado por, após uma operação com tantos custos (tanto internos, com 64 soldados mortos, como na imagem internacional de Israel, depois da devastação provocada em Gaza e de mais de 2000 mortos palestinianos), não ter conseguido restaurar uma situação de relativa calma.
O Governo israelita tem marcada uma reunião de emergência e analistas esperavam que tudo pudesse piorar ainda muito antes de melhorar.

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Se escapou, é pena. Era menos um causar problemas.

  

Joao Ruiz escreveu:.
Se escapou, é pena. Era menos um causar problemas.

  

matar chefes é o acto mais estupido usado pelos americanos e judeus ...porque as ideias nao se matam á catanada

Vitor mango escreveu:

Joao Ruiz escreveu:.
Se escapou, é pena. Era menos um causar problemas.

  

matar chefes é o acto mais estupido usado pelos americanos e judeus ...porque as ideias nao se matam á catanada

Morre o cão, acaba-se a raiva, nunca ouviu dizer? É preciso, é matá-los a todos!