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“Escola de sexo” quebra tabus no Quirguistão

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Mensagem por Vitor mango Qua Jan 21, 2015 2:50 am

“Escola de sexo” quebra tabus no Quirguistão
Adriane Lochner | EurasiaNet | Bishkek (Quirguistão) - 21/04/2014 - 07h00
Incentivo à feminilidade e ao sexo de qualidade na ex-república soviética

   Peretz Partensky
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Começa como uma aula qualquer de ginástica: uma professora orienta uma classe de mulheres nos exercícios de alongamento e de respiração. Os movimentos de ioga, balé e tai chi exercitam os músculos pélvicos, o abdômen e as pernas.
Você só percebe que está em uma “aula de sexo” quando surgem as pedras em formato de ovos. Elas são usadas para exercícios vaginais, uma técnica chinesa para fortalecer os músculos e aumentar a sensibilidade da área genital. A meta quase nunca é discutida no Quirguistão: sexo de qualidade.
“Eu queria criar um lugar em que as mulheres pudessem desenvolver a feminilidade delas”, diz Rakhat Kenjebek  kyzy, 30 anos, fundadora da Jade Gift School, nome relacionado ao tipo de pedra com que os ovos são fabricados. Há três anos, quando a escola foi inaugurada, as pessoas estavam céticas. Hoje, a escola tem mais de 150 estudantes, com idades entre 18 e 66 anos.
Na União Soviética, sexo era um tabu e a feminilidade era desencorajada. “As mulheres tinham que funcionar como robôs [...] Hoje, elas precisam acordar do torpor pós-soviético”, diz Kenjebek kyzy, que viveu durante vários anos na China. “Fiquei surpresa quando as pessoas falavam abertamente sobre sexo lá. As mulheres mostravam com orgulho a sensibilidade, a elegância e a emotividade femininas”, diz ela, acrescentando que foi surpreendida pela tranquilidade com que chineses e chinesas conviviam lado a lado.
Como um foguete
No Quirguistão, falar sobre sexo ainda é desestimulado. Deste modo, muitos jovens são desinformados em relação ao sexo, o que gera todos os tipos de problemas, diz Bubusara Ryskulova, diretora do Sezim Women’s Crisis Centre. “Depois do fim da União Soviética, o sexo invadiu o Quirguistão como um foguete. As pessoas não estavam preparadas”, diz ela. “As garotas experimentavam e usavam roupas provocativas. Isso era interpretado erroneamente, e estupros aconteceram.”
Desde 1998, apoiado por um doador estrangeiro, Sezim é o único abrigo para mulheres de Bishkek. Também oferece uma “hotline” [linha para atendimentos] e aconselhamento. Cerca de três mil mulheres procuram a ajuda do abrigo por ano: em média, 60% sofrem de abuso doméstico; outras são vítimas de tráfico e casamento por sequestro.
A falta de conhecimento sobre sexo contribui para o abuso, Ryskulova diz, citando o exemplo de uma mulher abusada pelo marido durante vinte anos. Eles tiveram um casamento arranjado e o marido a estuprava rotineiramente. “Se o casal não tem conhecimento sobre sexo, isso pode causar experiências desagradáveis", afirma Ryskulova. “Sexo não precisa ser a causa principal de um relacionamento ruim, mas frequentemente é um problema sério que pode gerar grandes transtornos e levar à violência doméstica.”
Experiências repartidas
Na opinião de Ryskulova, a educação sexual é extremamente necessária no Quirguistão, e ela apoia com cautela a Jade Gift School. A escola, no entanto, oferece mais do que educação sexual, o que ajuda a explicar o seu sucesso. Além das aulas regulares de ginástica (que custam em média US$ 35 mensais e são oferecidas em vários sites de redes sociais), a escola oferece uma aula de “massagem com parceiro” e “fantasia sexual”. Kenjebek kyzy diz que os cursos ajudam as mulheres a aprender a se gostar e a se respeitar.
As clientes da escola são ávidas por contar as próprias experiências, mantendo-se anônimas. Uma mulher de 29 anos, de Bishkek, casada há um ano e meio diz que entrou na escola porque “queria dar prazer ao meu marido e, agora, estamos em um relacionamento muito feliz. Isso não é só por causa do sexo ótimo, mas também tem razões espirituais. Aprendi a me amar, e ele sente isso”.
Em uma cultura com papéis bem definidos, os homens também podem enfrentar pressão extra. “Há casos de homens que foram abusados psicologicamente pelas esposas. Também há problemas relacionados ao desemprego, alcoolismo e jogatina”, diz Ryskulova da Sezim. “Ao menos as mulheres podem conversar com seus parentes ou filhos sobre isso. Os homens geralmente não com quem conversar. Eles têm uma tendência três vezes maior que as mulheres de cometer suicídio.”
A Jade Gift começou a atender clientes do sexo masculino também. Recentemente, criou uma Aula de Força para Homens, ministrada por Alexander Novitsky, ex-fisiculturista e preparador físico. “Queremos fortalecer os músculos usados durante o sexo, como nas aulas para mulheres”, diz Novitsky, que também ensina aos seus estudantes técnicas para evitar câncer de próstata e dá conselhos de como dar prazer às mulheres.
Atualmente, ele ensina um grupo de cinco estudantes. Um deles contou com orgulho que, após dois meses de treinamento, suas duas mulheres engravidaram (Poligamia é tecnicamente ilegal no Quirguistão, embora seja uma prática comum entre homens ricos). “Fomos surpreendidos pela ‘cabeça aberta’ dos homens de Bishkek”, diz Kenjebek kyzy. “Agora estamos oferecendo somente treinos físicos, mas, futuramente, podemos ter aulas de cunilíngua.”
 
Tradução Isis Shinagawa

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