"BREVE MANIFESTO ANTI-PORTAS EM PORTUGUÊS SUAVE"
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"BREVE MANIFESTO ANTI-PORTAS EM PORTUGUÊS SUAVE"
"BREVE MANIFESTO ANTI-PORTAS EM PORTUGUÊS SUAVE"
"Real Senhor ía passando... Encostado à bananeira, diz o preto para preta: está bonita a brincadeira."
1.-
Estava eu 'posto em sossego' - aprestando o barquito da família para
umas passeatas na Ria -, quando soube que vinham albergar em Aveiro
nada menos que 2 intelectuais de Lisboa, apostados em trocar a missanga
de meia-dúzia de refervidas ideias por um açafate cheio do marfim
eleitoral deste Distrito. De pronto apostado em estragar-lhes o
negócio, ainda ponderei então a conveniência de dar um salto algarvio à
Praia dos Tomates - para um tonificante estágio 'à la minuta', junto da
elite bem-pensante e vegetariana da Capital em férias. Todavia,
depressa desisti desse passeio para o sul - confiado em que a singela
funda-de-David, que sempre me acompanha, bastaria para atingir e abater
essas aves de arribação. Não é que não goste de pássaros. Gosto. Mas
detesto os cucos políticos - que usurpam e se instalam com à-vontade
nos ninhos feitos por outros companheiros (ía a escrever 'camaradas' -
expressão regional caída em desuso, mas recuperável).
Estava eu 'posto em sossego' - aprestando o barquito da família para
umas passeatas na Ria -, quando soube que vinham albergar em Aveiro
nada menos que 2 intelectuais de Lisboa, apostados em trocar a missanga
de meia-dúzia de refervidas ideias por um açafate cheio do marfim
eleitoral deste Distrito. De pronto apostado em estragar-lhes o
negócio, ainda ponderei então a conveniência de dar um salto algarvio à
Praia dos Tomates - para um tonificante estágio 'à la minuta', junto da
elite bem-pensante e vegetariana da Capital em férias. Todavia,
depressa desisti desse passeio para o sul - confiado em que a singela
funda-de-David, que sempre me acompanha, bastaria para atingir e abater
essas aves de arribação. Não é que não goste de pássaros. Gosto. Mas
detesto os cucos políticos - que usurpam e se instalam com à-vontade
nos ninhos feitos por outros companheiros (ía a escrever 'camaradas' -
expressão regional caída em desuso, mas recuperável).
2.-
Deixando os eufemismos, a verdade é que venho lutando desde há muitos
anos (frustradamente embora) contra o latrocínio institucional de que a
região de Aveiro vem sendo vítima: designadamente, tiraram-nos o Centro
Tecnológico da Cerâmica; o Centro de Desportos Náuticos foi também para
Coimbra; o discreto porto da Figueira da Foz vem sendo privilegiado em
relação ao porto-de-mar de Aveiro; a nossa Universidade só começou a
receber dotações decentes depois de saturada a Universidade do Minho;
as questões da bacia do Vouga são tratadas na Hidráulica do Mondego; a
Direcção dos Serviços da Segurança Social de Aveiro foi transferida
para Coimbra; os nossos Serviços de Saúde foram degradados para
'sub-regionais'; a Agricultura do Distrito passou a ser dirigida pela
Lusa Atenas e por Braga (!); e a supervisão da Educação na região foi
repartida entre o Porto e a dita Coimbra.
Deixando os eufemismos, a verdade é que venho lutando desde há muitos
anos (frustradamente embora) contra o latrocínio institucional de que a
região de Aveiro vem sendo vítima: designadamente, tiraram-nos o Centro
Tecnológico da Cerâmica; o Centro de Desportos Náuticos foi também para
Coimbra; o discreto porto da Figueira da Foz vem sendo privilegiado em
relação ao porto-de-mar de Aveiro; a nossa Universidade só começou a
receber dotações decentes depois de saturada a Universidade do Minho;
as questões da bacia do Vouga são tratadas na Hidráulica do Mondego; a
Direcção dos Serviços da Segurança Social de Aveiro foi transferida
para Coimbra; os nossos Serviços de Saúde foram degradados para
'sub-regionais'; a Agricultura do Distrito passou a ser dirigida pela
Lusa Atenas e por Braga (!); e a supervisão da Educação na região foi
repartida entre o Porto e a dita Coimbra.
3.-
Só nos faltava agora mais essa: sermos doravante representados no
Parlamento por dois intelectuais da Capital! Era o cúmulo passarem os
Deputados por Aveiro a ser gente de fora - 'estrangeiros' para aqui
impontados por Lisboa, como 'comissários políticos para zona
subdesenvolvida' ou 'tutores de indígenas carecidos de enquadramento'.
Tinha que reagir - e reagi !
Só nos faltava agora mais essa: sermos doravante representados no
Parlamento por dois intelectuais da Capital! Era o cúmulo passarem os
Deputados por Aveiro a ser gente de fora - 'estrangeiros' para aqui
impontados por Lisboa, como 'comissários políticos para zona
subdesenvolvida' ou 'tutores de indígenas carecidos de enquadramento'.
Tinha que reagir - e reagi !
4.-
Na verdade, o Distrito de Aveiro sempre foi terra de franco acolhimento
para quem vem de fora - para aqui trabalhar e viver, valorizando a
região (que se torna também sua). Aliás, é esse um dos segredos do
nosso crescimento e desenvolvimento. É esta uma das características da
nossa identidade: somos gente aberta e hospitaleira, tolerante e
liberal, civilizada, moderna, culta e progressiva; todavia - até por
isso - nunca tolerámos que nos impontassem mentores!
Na verdade, o Distrito de Aveiro sempre foi terra de franco acolhimento
para quem vem de fora - para aqui trabalhar e viver, valorizando a
região (que se torna também sua). Aliás, é esse um dos segredos do
nosso crescimento e desenvolvimento. É esta uma das características da
nossa identidade: somos gente aberta e hospitaleira, tolerante e
liberal, civilizada, moderna, culta e progressiva; todavia - até por
isso - nunca tolerámos que nos impontassem mentores!
5.- Disposto a barrar a promoção (à nossa custa) a tais intrusos, procurei apurar quem realmente sejam.
6.-
Quanto ao Dr. Pacheco Pereira, foi-me fácil saber que, antes e depois
do '25 de Abril', foi comunista radical - daqueles que (aos gritos de
"nem mais um soldado para as colónias") impediram designadamente que
Portugal pudesse ter evitado a guerra civil em Timor (e a subsequente
invasão indonésia - com os dramas e horrores tão sobejamente
conhecidos). Com sólida formação marxista-leninista, o Dr. Pacheco
Pereira tem vários livros publicados sobre o movimento operário e os
conflitos sociais em Portugal no início do século. Constou-me ter agora
no prelo um longo escrito sobre as motivações íntimas que o terão
levado a renegar o comunismo - opção ideológica que (a manter-se) não
lhe teria permitido 'fazer carreira' no PSD, como é evidente...
Todavia, segundo notícias de certo semanário, o Dr. Pacheco Pereira
recusa o jogo de equipa que a social-democracia pressupõe:
ditadorzinho, não quer na campanha eleitoral em curso a companhia do
Dr. Gilberto Madail - que limita às vulgares tarefas de motorista:
guiá-lo pelo Distrito (que mal conhece). Realmente, o Dr. Pacheco
Pereira ainda carece de alguma reciclagem democrática...
Quanto ao Dr. Pacheco Pereira, foi-me fácil saber que, antes e depois
do '25 de Abril', foi comunista radical - daqueles que (aos gritos de
"nem mais um soldado para as colónias") impediram designadamente que
Portugal pudesse ter evitado a guerra civil em Timor (e a subsequente
invasão indonésia - com os dramas e horrores tão sobejamente
conhecidos). Com sólida formação marxista-leninista, o Dr. Pacheco
Pereira tem vários livros publicados sobre o movimento operário e os
conflitos sociais em Portugal no início do século. Constou-me ter agora
no prelo um longo escrito sobre as motivações íntimas que o terão
levado a renegar o comunismo - opção ideológica que (a manter-se) não
lhe teria permitido 'fazer carreira' no PSD, como é evidente...
Todavia, segundo notícias de certo semanário, o Dr. Pacheco Pereira
recusa o jogo de equipa que a social-democracia pressupõe:
ditadorzinho, não quer na campanha eleitoral em curso a companhia do
Dr. Gilberto Madail - que limita às vulgares tarefas de motorista:
guiá-lo pelo Distrito (que mal conhece). Realmente, o Dr. Pacheco
Pereira ainda carece de alguma reciclagem democrática...
7.-
Quanto ao Dr. Portas, esfalfei-me a correr bibliotecas e alfarrabistas
- à procura dos livros que tivesse dado à luz, donde pudesse inferir
qual seja afinal a corrente de pensamento que o norteia. Baldadamente.
De facto, o Dr. Paulo Portas apenas publicou um 'folheto de cordel'
(que me custou 750$00) sobre os malefícios da integração do nosso país
na Comunidade Europeia - opúsculo sem qualquer novidade em relação aos
numerosos bilhetes-postais que vem subscrevendo no seu jornal (sem
erros ortográficos, mas com pouco fôlego - valha a verdade). Digamos
que tais escritos estão para o 'ensaio' como as quadras populares para
o 'poema' - na forma e no conteúdo. Trata-se de breves crónicas fúteis
(embora não tanto como as do MEC, que aliás lhe leva a palma no sentido
de humor e imaginação). Espremidas - pingam apenas cinco ou seis
ideias, que não chegam sequer para conformar o anarco-conservadorismo
(?) que se arroga ser a sua actual matriz ideológica.
Quanto ao Dr. Portas, esfalfei-me a correr bibliotecas e alfarrabistas
- à procura dos livros que tivesse dado à luz, donde pudesse inferir
qual seja afinal a corrente de pensamento que o norteia. Baldadamente.
De facto, o Dr. Paulo Portas apenas publicou um 'folheto de cordel'
(que me custou 750$00) sobre os malefícios da integração do nosso país
na Comunidade Europeia - opúsculo sem qualquer novidade em relação aos
numerosos bilhetes-postais que vem subscrevendo no seu jornal (sem
erros ortográficos, mas com pouco fôlego - valha a verdade). Digamos
que tais escritos estão para o 'ensaio' como as quadras populares para
o 'poema' - na forma e no conteúdo. Trata-se de breves crónicas fúteis
(embora não tanto como as do MEC, que aliás lhe leva a palma no sentido
de humor e imaginação). Espremidas - pingam apenas cinco ou seis
ideias, que não chegam sequer para conformar o anarco-conservadorismo
(?) que se arroga ser a sua actual matriz ideológica.
8.-
Certo é porém ter sido com essas 'quadras soltas' que o Dr. Portas
concorreu aos jogos florais da política recente - ganhando (por 'menção
honrosa') a viagem turística ao círculo eleitoral de Aveiro, que o
Partido Popular oferecia como prémio para o melhor trabalho apresentado
por amadores sobre o tema do 'antieuropeísmo primário'. Tenho-me
esforçado por lhe estragar tal passeio - com algum êxito.
Certo é porém ter sido com essas 'quadras soltas' que o Dr. Portas
concorreu aos jogos florais da política recente - ganhando (por 'menção
honrosa') a viagem turística ao círculo eleitoral de Aveiro, que o
Partido Popular oferecia como prémio para o melhor trabalho apresentado
por amadores sobre o tema do 'antieuropeísmo primário'. Tenho-me
esforçado por lhe estragar tal passeio - com algum êxito.
9.-
Julgavam o Dr. Portas e o enfadado Pacheco Pereira (outro
excurcionista) que as respectivas candidaturas a deputado por Aveiro
eram 'favas contadas'. Não nos conhecendo, supunham que os aveirenses
('provincianos' como nos chamam) ficaríamos enlevados e até agradecidos
pela sorte (grande) de passarmos a ser representados no Parlamento por
'lisboetas de tão alto gabarito' (a expressão não é minha,
evidentemente). Terão assim ficado surpreendidos pelo 'impedimento' que
- logo após a 1ª anunciação - eu próprio (parente muito chegado da
noiva) entendi opôr firmemente ao casamento-de-conveniência que
pretendiam contraír com a minha querida região de Aveiro (num
escandaloso golpe-de-baú eleitoral - para usar linguagem de
telenovela). Como consequência imediata, eles - que tencionavam 'casar
por procuração' (que é como quem diz sem-sequer-cá-pôr-os-pés) -
tiveram que se dar ao incómodo inesperado de interromper as regaladas
férias que gozavam e vir mesmo mostrar-nos os seus dotes.
Estraguei-lhes o arranjinho!
Julgavam o Dr. Portas e o enfadado Pacheco Pereira (outro
excurcionista) que as respectivas candidaturas a deputado por Aveiro
eram 'favas contadas'. Não nos conhecendo, supunham que os aveirenses
('provincianos' como nos chamam) ficaríamos enlevados e até agradecidos
pela sorte (grande) de passarmos a ser representados no Parlamento por
'lisboetas de tão alto gabarito' (a expressão não é minha,
evidentemente). Terão assim ficado surpreendidos pelo 'impedimento' que
- logo após a 1ª anunciação - eu próprio (parente muito chegado da
noiva) entendi opôr firmemente ao casamento-de-conveniência que
pretendiam contraír com a minha querida região de Aveiro (num
escandaloso golpe-de-baú eleitoral - para usar linguagem de
telenovela). Como consequência imediata, eles - que tencionavam 'casar
por procuração' (que é como quem diz sem-sequer-cá-pôr-os-pés) -
tiveram que se dar ao incómodo inesperado de interromper as regaladas
férias que gozavam e vir mesmo mostrar-nos os seus dotes.
Estraguei-lhes o arranjinho!
10.-
O primeiro a comparecer foi o Dr. Portas. Chegou de fato novo e ideias
velhas. E instalou-se num hotel da região - escolhido pela mãezinha (no
Guia Michelin). Desde então, quase não tem feito outra coisa senão
passar a 'cassete' - que gravou contra a participação de Portugal na
Comunidade Europeia. Tão desenvolto como qualquer vendedor de
banha-da-cobra, impinge a quem se acerca as suas críticas à integração
(aliás com a mesma monotonia com que o Marco Paulo repete ter dois
amores). E confunde deliberadamente os erros crassos cometidos pelo
cavaquismo (nas negociações internacionais e no desenvolvimento interno
das políticas sectoriais da integração) com a própria integração - o
que constitui uma desonestidade intelectual inaceitável. Pior é quando
reclama que seja submetida a referendo a nossa entrada na União
Europeia - depois de já termos entrado (e... recebido os milhões e
milhões que essa opção facultou aos incompetentes governos do PSD) !
Aliás, o Portas não explica sequer que mirífica alternativa à
comparticipação na CE teríamos podido escolher.
O primeiro a comparecer foi o Dr. Portas. Chegou de fato novo e ideias
velhas. E instalou-se num hotel da região - escolhido pela mãezinha (no
Guia Michelin). Desde então, quase não tem feito outra coisa senão
passar a 'cassete' - que gravou contra a participação de Portugal na
Comunidade Europeia. Tão desenvolto como qualquer vendedor de
banha-da-cobra, impinge a quem se acerca as suas críticas à integração
(aliás com a mesma monotonia com que o Marco Paulo repete ter dois
amores). E confunde deliberadamente os erros crassos cometidos pelo
cavaquismo (nas negociações internacionais e no desenvolvimento interno
das políticas sectoriais da integração) com a própria integração - o
que constitui uma desonestidade intelectual inaceitável. Pior é quando
reclama que seja submetida a referendo a nossa entrada na União
Europeia - depois de já termos entrado (e... recebido os milhões e
milhões que essa opção facultou aos incompetentes governos do PSD) !
Aliás, o Portas não explica sequer que mirífica alternativa à
comparticipação na CE teríamos podido escolher.
11.-
Confrontado com questões políticas mais comezinhas (como a
regionalização e o tratamento dos resíduos tóxicos), não tem opinião
própria ou não sabe para que lado lhe convém cair - e refugia-se então
na evasiva: reclama um plebiscito 'adequado'.
Confrontado com questões políticas mais comezinhas (como a
regionalização e o tratamento dos resíduos tóxicos), não tem opinião
própria ou não sabe para que lado lhe convém cair - e refugia-se então
na evasiva: reclama um plebiscito 'adequado'.
12.-
Fundamentalista e vaidoso, o Dr. Portas parece estar convencido de que
não existe mais nenhum português inteligente e verdadeiramente patriota
- além dele e do Dr. Manuel Monteiro. Aliás, o Portas tem o nosso povo
em fraquíssima conta... Não obstante, messias da restauração, reclama
'missionários' (sic) para o seu ridículo sebastianismo - sem revelar de
que Alcácer Quibir pretende afinal a reconquista.
Fundamentalista e vaidoso, o Dr. Portas parece estar convencido de que
não existe mais nenhum português inteligente e verdadeiramente patriota
- além dele e do Dr. Manuel Monteiro. Aliás, o Portas tem o nosso povo
em fraquíssima conta... Não obstante, messias da restauração, reclama
'missionários' (sic) para o seu ridículo sebastianismo - sem revelar de
que Alcácer Quibir pretende afinal a reconquista.
13.-
Inseguro, o jovem Portas sublima os seus problemas existenciais numa
catarse de legitimidade duvidosa: exacerba as opiniões políticas que
defende a um grau de intolerância que excede manifestamente o
radicalismo aceitável de quem se move apenas por convicções arreigadas
- tornando-se injusto, maledicente e agressivo. Aliás, o frenesim que
reveste a sua militância é bem um indício dessa terapêutica (praticada
que foi, também, por 'chefes' cujos nomes a História registou - mal
comparando...).
Inseguro, o jovem Portas sublima os seus problemas existenciais numa
catarse de legitimidade duvidosa: exacerba as opiniões políticas que
defende a um grau de intolerância que excede manifestamente o
radicalismo aceitável de quem se move apenas por convicções arreigadas
- tornando-se injusto, maledicente e agressivo. Aliás, o frenesim que
reveste a sua militância é bem um indício dessa terapêutica (praticada
que foi, também, por 'chefes' cujos nomes a História registou - mal
comparando...).
14.-
Políticamente, o Portas é um 'bluff' - produto acabado de certos meios
intelectualóides da Capital, que funcionam em circuito fechado: por
convites mútuos, elogios recíprocos e esquemas de sobrevivência
imediata. Entre muitos outros, fazem parte de tal 'entourage' o
avinagrado Vasco Pulido Valente ('avinagrado' de vinagre - entenda-se)
e sua piedosa esposa, D. Constança Cunha e Sá - ambos comungando os
chorudos ordenados que "O Independente" (assim chamado) do Dr. Portas
lhes paga, pelas crónicas de mal-dizer que semanalmente ali
escrevinham, no cómodo formato A4. Também o inefável Miguel Esteves
Cardoso colabora no endeusamento do Portas, rebuscando a favor do
patrão os trocadilhos que lhe deram notoriedade há mais de 20 anos -
aquando era uma espécie de menino-prodígio da escrita fútil. Pena que
tenha deixado de ser prodígio e se mantenha menino; pena que desperdice
agora o seu inegável talento juvenil a produzir romances pornográficos
- ainda que muito apreciados pelas pegas e pederastas do Intendente e
pelo crítico Henrique Monteiro, que os reputa (o termo é adequado) como
peças exemplares da literatura moderna.
Políticamente, o Portas é um 'bluff' - produto acabado de certos meios
intelectualóides da Capital, que funcionam em circuito fechado: por
convites mútuos, elogios recíprocos e esquemas de sobrevivência
imediata. Entre muitos outros, fazem parte de tal 'entourage' o
avinagrado Vasco Pulido Valente ('avinagrado' de vinagre - entenda-se)
e sua piedosa esposa, D. Constança Cunha e Sá - ambos comungando os
chorudos ordenados que "O Independente" (assim chamado) do Dr. Portas
lhes paga, pelas crónicas de mal-dizer que semanalmente ali
escrevinham, no cómodo formato A4. Também o inefável Miguel Esteves
Cardoso colabora no endeusamento do Portas, rebuscando a favor do
patrão os trocadilhos que lhe deram notoriedade há mais de 20 anos -
aquando era uma espécie de menino-prodígio da escrita fútil. Pena que
tenha deixado de ser prodígio e se mantenha menino; pena que desperdice
agora o seu inegável talento juvenil a produzir romances pornográficos
- ainda que muito apreciados pelas pegas e pederastas do Intendente e
pelo crítico Henrique Monteiro, que os reputa (o termo é adequado) como
peças exemplares da literatura moderna.
15.-
O Portas é elitista. Mas simula demagogicamente interessar-se pelos
problemas daqueles a quem, no seu milieu, é uso chamar 'as classes
baixas' - como aconteceu recentemente na Bairrada, quando fingiu
participar na vindima que gente simples e autêntica da terra levava a
cabo (por castigo andando agora, há já várias noites, a pôr 'creme
nívea' na sua mãozinha mimosa, nunca antes maltratada por qualquer
alfaia agrícola).
O Portas é elitista. Mas simula demagogicamente interessar-se pelos
problemas daqueles a quem, no seu milieu, é uso chamar 'as classes
baixas' - como aconteceu recentemente na Bairrada, quando fingiu
participar na vindima que gente simples e autêntica da terra levava a
cabo (por castigo andando agora, há já várias noites, a pôr 'creme
nívea' na sua mãozinha mimosa, nunca antes maltratada por qualquer
alfaia agrícola).
TheNightTrain- Pontos : 1089
Re: "BREVE MANIFESTO ANTI-PORTAS EM PORTUGUÊS SUAVE"
16.-
O Portas é dissimulado: esconde da opinião pública parte da sua
verdadeira identidade. Concretamente, oculta que é monárquico - opção
que, sendo embora legítima, tinha obrigação de revelar àqueles a quem
pede o voto para deputado da República ! É a tal 'falta de
transparência política' que critica - nos outros, claro...
O Portas é dissimulado: esconde da opinião pública parte da sua
verdadeira identidade. Concretamente, oculta que é monárquico - opção
que, sendo embora legítima, tinha obrigação de revelar àqueles a quem
pede o voto para deputado da República ! É a tal 'falta de
transparência política' que critica - nos outros, claro...
17.-
O Portas é um democrata precário: por falta de formação ou informação,
por carência de convicções ou por incoerência, rejeita a aplicabilidade
universal da regra '"um homem-um voto" - verdadeiro axioma da
Democracia essencial. Assim sendo, não me admiraria nada que o Dr.
Portas resvalasse a curto prazo para a defesa de soluções autoritárias
para a governação dos portugueses, que (no seu entender) revelam "uma
estranha tendência para o precipício".
O Portas é um democrata precário: por falta de formação ou informação,
por carência de convicções ou por incoerência, rejeita a aplicabilidade
universal da regra '"um homem-um voto" - verdadeiro axioma da
Democracia essencial. Assim sendo, não me admiraria nada que o Dr.
Portas resvalasse a curto prazo para a defesa de soluções autoritárias
para a governação dos portugueses, que (no seu entender) revelam "uma
estranha tendência para o precipício".
18.-
Eleitoralmente, o Portas é desleal: vicia as regras do jogo. Na
verdade, tendo-se feito substituir formalmente na direcção d' "O
Independente" (assim chamado), usa agora tal semanário como
jornal-de-campanha privativo, aí publicitando escandalosamente os seus
palpites e auto-elogios e atacando e denegrindo os adversários - com a
cumplicidade na batota do respectivo 'conselho editoral' ! Porque não
sou 'queixinhas', não vou lamentar-me nem reclamar contra tão anómalo
procedimento - junto da comissão-de-ética do Sindicato dos Jornalistas,
junto da Alta Autoridade para a Comunicação Social ou mesmo junto da
Comissão Nacional de Eleições. Não vou sequer queixar-me à mãezinha do
Dr. Paulo Portas. Tão-pouco protestarei junto do Dr. Nobre Guedes -
tido por 'dono do jornal' -, até porque sei que anda absorvidíssimo por
visitas diárias a feiras e mercados e pelas demais tarefas da sua
própria 'candidatura a sanguessuga' (também pelo PP), sem que lhe reste
tempo para se preocupar com subtilezas e ninharias éticas. Aliás,
provavelmente não será especialista em 'deontologia profissional do
jornalismo'. Assim sendo, remeto a apreciação da chocante conduta do
Dr. Portas e d' "O Independente" para a opinião pública e para os
jornalistas Daniel Reis, Cáceres Monteiro, César Principe e José Carlos
de Vasconcelos - tidos por profissionais honestos, competentes e livres
(aliás como muitos outros). Concretamente, permito-me perguntar-lhes se
acham que o comportamento daquele semanário e do Dr. Portas (que usa
fazer a apologia dos valores morais sociais) seja éticamente aceitável.
Eleitoralmente, o Portas é desleal: vicia as regras do jogo. Na
verdade, tendo-se feito substituir formalmente na direcção d' "O
Independente" (assim chamado), usa agora tal semanário como
jornal-de-campanha privativo, aí publicitando escandalosamente os seus
palpites e auto-elogios e atacando e denegrindo os adversários - com a
cumplicidade na batota do respectivo 'conselho editoral' ! Porque não
sou 'queixinhas', não vou lamentar-me nem reclamar contra tão anómalo
procedimento - junto da comissão-de-ética do Sindicato dos Jornalistas,
junto da Alta Autoridade para a Comunicação Social ou mesmo junto da
Comissão Nacional de Eleições. Não vou sequer queixar-me à mãezinha do
Dr. Paulo Portas. Tão-pouco protestarei junto do Dr. Nobre Guedes -
tido por 'dono do jornal' -, até porque sei que anda absorvidíssimo por
visitas diárias a feiras e mercados e pelas demais tarefas da sua
própria 'candidatura a sanguessuga' (também pelo PP), sem que lhe reste
tempo para se preocupar com subtilezas e ninharias éticas. Aliás,
provavelmente não será especialista em 'deontologia profissional do
jornalismo'. Assim sendo, remeto a apreciação da chocante conduta do
Dr. Portas e d' "O Independente" para a opinião pública e para os
jornalistas Daniel Reis, Cáceres Monteiro, César Principe e José Carlos
de Vasconcelos - tidos por profissionais honestos, competentes e livres
(aliás como muitos outros). Concretamente, permito-me perguntar-lhes se
acham que o comportamento daquele semanário e do Dr. Portas (que usa
fazer a apologia dos valores morais sociais) seja éticamente aceitável.
19.- De facto, não é fácil ser-se coerente e sério em política !
20.-
Particularmente difícil é porém 'fazer carreira política' em Portugal -
sobretudo quando não se dispõe do apoio de qualquer dos 'lobbies' que
condicionam quase toda a nossa actual vida pública. Estou a referir-me
à 'solidariedade corporativa' na promoção individual de que beneficiam
os membros da Maçonaria, os confrades da Opus Dei, os agentes dos
grupos económicos e - mais recentemente - os parceiros da comunidade
'gay'. Trata-se de organizações ou agregados que mantêm intervenção
(directa ou indirecta) praticamente em todas as estruturas da nossa
vida colectiva - também nos partidos políticos e na comunicação social.
Agindo concertada ou avulsamente,os membros de tais 'lobbies' têm
grande influência sobre muitas tomadas de posição de quem-de-direito e
sobre a formação da opinião pública. Podem designadamente ajudar ao
aparecimento de pretensos génios artísticos, 'heróis sociais' ou
ídolos-de-pés-de-barro (como são muitos dos políticos de sucesso).
Particularmente difícil é porém 'fazer carreira política' em Portugal -
sobretudo quando não se dispõe do apoio de qualquer dos 'lobbies' que
condicionam quase toda a nossa actual vida pública. Estou a referir-me
à 'solidariedade corporativa' na promoção individual de que beneficiam
os membros da Maçonaria, os confrades da Opus Dei, os agentes dos
grupos económicos e - mais recentemente - os parceiros da comunidade
'gay'. Trata-se de organizações ou agregados que mantêm intervenção
(directa ou indirecta) praticamente em todas as estruturas da nossa
vida colectiva - também nos partidos políticos e na comunicação social.
Agindo concertada ou avulsamente,os membros de tais 'lobbies' têm
grande influência sobre muitas tomadas de posição de quem-de-direito e
sobre a formação da opinião pública. Podem designadamente ajudar ao
aparecimento de pretensos génios artísticos, 'heróis sociais' ou
ídolos-de-pés-de-barro (como são muitos dos políticos de sucesso).
21.-
Por definição, as interferências do género são discretas ou mesmo
subliminares - e passam geralmente desapercebidas aos cidadãos
influenciáveis. Na verdade, quem é que, de manhã, ao acompanhar a
torrada e o galão do dejejum com a leitura do 'Público', pondera que
esse jornal tem dono - e que o editorialista Vicente Jorge Silva é
capataz dos respectivos interesses (mesmo quando - agora instalado -
escreve considerações que fazem lembrar os tempos remotos e diferentes
em que foi considerado pelos situacionistas de então como um jovem
rasca da 'geração de 60') ? E quem perceberá que está a ser
condicionado na formação da sua opinião, quando escuta na rádio uma
análise ou critica - injustamente lisonjeira - da acção de um
diplomata, do trabalho de um artista ou da capacidade de um político
homossexual proferida por outro homossexual, se não souber que tal
apreciação reporta afinal a solidariedade de pessoas da mesma minoria ?
Por definição, as interferências do género são discretas ou mesmo
subliminares - e passam geralmente desapercebidas aos cidadãos
influenciáveis. Na verdade, quem é que, de manhã, ao acompanhar a
torrada e o galão do dejejum com a leitura do 'Público', pondera que
esse jornal tem dono - e que o editorialista Vicente Jorge Silva é
capataz dos respectivos interesses (mesmo quando - agora instalado -
escreve considerações que fazem lembrar os tempos remotos e diferentes
em que foi considerado pelos situacionistas de então como um jovem
rasca da 'geração de 60') ? E quem perceberá que está a ser
condicionado na formação da sua opinião, quando escuta na rádio uma
análise ou critica - injustamente lisonjeira - da acção de um
diplomata, do trabalho de um artista ou da capacidade de um político
homossexual proferida por outro homossexual, se não souber que tal
apreciação reporta afinal a solidariedade de pessoas da mesma minoria ?
22.-
A acção de todos ou alguns desses 'lobbies' perpassa de facto os
principais partidos - transversalmente. E, por vezes, é no
espírito-de-corpo ou jogo de conveniências dos respectivos
protagonistas que se encontra explicação para surpreendentes convívios
gastronómicos no 'Gambrinus' ou na província e para inesperados apoios
ou solidariedades espúrias ocasionalmente detectáveis nos mais variados
campos da nossa vida colectiva.
A acção de todos ou alguns desses 'lobbies' perpassa de facto os
principais partidos - transversalmente. E, por vezes, é no
espírito-de-corpo ou jogo de conveniências dos respectivos
protagonistas que se encontra explicação para surpreendentes convívios
gastronómicos no 'Gambrinus' ou na província e para inesperados apoios
ou solidariedades espúrias ocasionalmente detectáveis nos mais variados
campos da nossa vida colectiva.
23.-
Republicano convicto, socialista humanista e democrata sem
transigências, tenho feito o meu discreto percurso de
político-não-profissional apenas com a ajuda dos activistas locais do
PS e o firme apoio da gente bairrista da região de Aveiro - sem
compromissos em relação a qualquer daquelas estruturas ou 'forças de
pressão'. Livre e independente como sempre, enfrento a presente
conjuntura eleitoral com justificada confiança. Estrêla de 3ª grandeza
nos céus confinados do meu Distrito, nada me ofusca o brilho fugaz do
citado Dr. Portas - cometa ocasional, que desaparecerá deste firmamento
tão depressa como apareceu (e... sem deixar rasto). Tão-pouco me
perturba a dimensão aparente do Dr. Pacheco Pereira - lua nova doutras
galáxias, que (perdido o fulgor militante que o marxismo-leninismo lhe
emprestava) agora só é visível quando reflecte a claridade frouxa dessa
extensa nebulosa que se chama PSD.
Republicano convicto, socialista humanista e democrata sem
transigências, tenho feito o meu discreto percurso de
político-não-profissional apenas com a ajuda dos activistas locais do
PS e o firme apoio da gente bairrista da região de Aveiro - sem
compromissos em relação a qualquer daquelas estruturas ou 'forças de
pressão'. Livre e independente como sempre, enfrento a presente
conjuntura eleitoral com justificada confiança. Estrêla de 3ª grandeza
nos céus confinados do meu Distrito, nada me ofusca o brilho fugaz do
citado Dr. Portas - cometa ocasional, que desaparecerá deste firmamento
tão depressa como apareceu (e... sem deixar rasto). Tão-pouco me
perturba a dimensão aparente do Dr. Pacheco Pereira - lua nova doutras
galáxias, que (perdido o fulgor militante que o marxismo-leninismo lhe
emprestava) agora só é visível quando reflecte a claridade frouxa dessa
extensa nebulosa que se chama PSD.
24.- Na minha terra, sou mais forte do que eles !
25.-
Na noite do próximo dia 1 de Outubro, espero poder pendurar no meu
cinto de caça política as tais duas aves de arribação - espécies
exóticas lisboetas pouco apreciadas na região cinegética de Aveiro: um
garnisé-cantante e um pavão-de-monco-caído. Esses troféus servirão de
espantalho a futuras transmigrações para esta 'zona demarcada entre o
Douro e o Buçaco"
Na noite do próximo dia 1 de Outubro, espero poder pendurar no meu
cinto de caça política as tais duas aves de arribação - espécies
exóticas lisboetas pouco apreciadas na região cinegética de Aveiro: um
garnisé-cantante e um pavão-de-monco-caído. Esses troféus servirão de
espantalho a futuras transmigrações para esta 'zona demarcada entre o
Douro e o Buçaco"
Carlos Candal
TheNightTrain- Pontos : 1089
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