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Duas vezes ... Violada !
por BUFFA General Aladeen Sáb Ago 29, 2009 9:49 am
Duas vezes violada
por Paulo Pinto de Albuquerque
por Paulo Pinto de Albuquerque
Uma jovem dirige-se pelas 21.30 de um dia de semana ao serviço de urgência de um hospital público depois de ter sido violada. A violação consistiu num acto de sexo oral forçado. Nenhum médico a observou. O serviço manda a jovem aguardar até às oito horas do dia seguinte, sem ingerir líquidos, tomar banho ou lavar os dentes, de forma a não eliminar os vestígios da violação. A jovem só foi observada por um perito no dia seguinte, 12 horas após ter sido violada.
Esta jovem foi violada duas vezes. Foi violada pelo homem que a forçou a realizar um acto sexual que ela não queria. Por isso, o violador deve ser castigado, e castigado duramente, dada a brutalidade e a baixeza de carácter deste comportamento e as consequências físicas e psíquicas traumáticas que ele tem na vítima. Mas a jovem também foi violada, na sua dignidade, pelo serviço público de saúde. Manter uma mulher que foi vítima de sexo oral forçado 12 horas sem poder ingerir líquidos, tomar banho ou lavar os dentes constitui uma segunda violação da vítima. A dignidade daquela jovem foi menosprezada pelo serviço público de saúde. A espera forçada a que foi submetida revela uma insensibilidade inqualificável para com a dor daquela mulher. É pura e simplesmente inaceitável que num Estado civilizado se obrigue uma mulher a passar pelo que esta vítima teve de passar. Esta desconsideração pela pessoa da vítima também tem de ser censurada, e não apenas com palavras.
Com efeito, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem já considerou este tipo de comportamento dos serviços públicos como tratamento degradante. Isto é, há tratamento degradante sempre que o Estado atrasa a prestação da assistência médica urgente a uma vítima e esse atraso tem consequências físicas e psíquicas nefastas graves para a vítima. Foi precisamente isto que sucedeu neste caso. E por isso o Estado português também deve ser castigado, pagando à vítima uma justa indemnização pelo mal psicológico que lhe causou e pelo mal-estar físico que a obrigou a suportar durante toda aquela longa noite de espera. O mínimo que o serviço público de saúde devia fazer era assumir esta responsabilidade civil e reparar já o mau serviço que prestou à vítima. Isto sem prejuízo da averiguação cabal de outro tipo de responsabilidades, por exemplo disciplinares, que também resultam da lei neste caso.
A situação é tanto mais censurável quanto se tiver em conta que o Estado estava em condições de prestar o serviço de saúde que se impunha no caso. Qualquer médico ginecologista ou obstetra podia fazer uma zaragatoa bucal e vaginal à vítima, com vista a conservar os vestígios do crime. A recusa da prestação deste serviço médico urgente não tem qualquer justificação plausível. A organização conveniente e adequada de escalas de serviço e a articulação apropriada de tarefas entre os hospitais públicos e o Instituto de Medicina Legal são uma responsabilidade do Estado. A vítima não tem de suportar as ineficiências do serviço público de saúde.
Por fim, este caso apela também a uma reflexão sobre o modo como os serviços públicos tratam as vítimas de crimes em Portugal. A chamada vitimização secundária é muito frequente, sendo as pessoas vítimas de crimes martirizadas ainda mais pela desconsideração, pelo desprezo com que por vezes os serviços públicos tratam os seus casos pessoais. Não há uma carta dos direitos da vítima de crimes, como sucede noutros países, que obrigue e vincule os serviços públicos, desde os hospitais às polícias e aos tribunais. Esta vinculação é particularmente importante no que respeita ao estabelecimento de limites temporais precisos para a prestação do serviço público à vítima de um crime. Também neste aspecto o Estado está em falta para com os cidadãos que são vítimas de crimes no nosso país. E vítima de crimes pode ser qualquer um de nós ou dos nossos queridos.
Esta jovem foi violada duas vezes. Foi violada pelo homem que a forçou a realizar um acto sexual que ela não queria. Por isso, o violador deve ser castigado, e castigado duramente, dada a brutalidade e a baixeza de carácter deste comportamento e as consequências físicas e psíquicas traumáticas que ele tem na vítima. Mas a jovem também foi violada, na sua dignidade, pelo serviço público de saúde. Manter uma mulher que foi vítima de sexo oral forçado 12 horas sem poder ingerir líquidos, tomar banho ou lavar os dentes constitui uma segunda violação da vítima. A dignidade daquela jovem foi menosprezada pelo serviço público de saúde. A espera forçada a que foi submetida revela uma insensibilidade inqualificável para com a dor daquela mulher. É pura e simplesmente inaceitável que num Estado civilizado se obrigue uma mulher a passar pelo que esta vítima teve de passar. Esta desconsideração pela pessoa da vítima também tem de ser censurada, e não apenas com palavras.
Com efeito, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem já considerou este tipo de comportamento dos serviços públicos como tratamento degradante. Isto é, há tratamento degradante sempre que o Estado atrasa a prestação da assistência médica urgente a uma vítima e esse atraso tem consequências físicas e psíquicas nefastas graves para a vítima. Foi precisamente isto que sucedeu neste caso. E por isso o Estado português também deve ser castigado, pagando à vítima uma justa indemnização pelo mal psicológico que lhe causou e pelo mal-estar físico que a obrigou a suportar durante toda aquela longa noite de espera. O mínimo que o serviço público de saúde devia fazer era assumir esta responsabilidade civil e reparar já o mau serviço que prestou à vítima. Isto sem prejuízo da averiguação cabal de outro tipo de responsabilidades, por exemplo disciplinares, que também resultam da lei neste caso.
A situação é tanto mais censurável quanto se tiver em conta que o Estado estava em condições de prestar o serviço de saúde que se impunha no caso. Qualquer médico ginecologista ou obstetra podia fazer uma zaragatoa bucal e vaginal à vítima, com vista a conservar os vestígios do crime. A recusa da prestação deste serviço médico urgente não tem qualquer justificação plausível. A organização conveniente e adequada de escalas de serviço e a articulação apropriada de tarefas entre os hospitais públicos e o Instituto de Medicina Legal são uma responsabilidade do Estado. A vítima não tem de suportar as ineficiências do serviço público de saúde.
Por fim, este caso apela também a uma reflexão sobre o modo como os serviços públicos tratam as vítimas de crimes em Portugal. A chamada vitimização secundária é muito frequente, sendo as pessoas vítimas de crimes martirizadas ainda mais pela desconsideração, pelo desprezo com que por vezes os serviços públicos tratam os seus casos pessoais. Não há uma carta dos direitos da vítima de crimes, como sucede noutros países, que obrigue e vincule os serviços públicos, desde os hospitais às polícias e aos tribunais. Esta vinculação é particularmente importante no que respeita ao estabelecimento de limites temporais precisos para a prestação do serviço público à vítima de um crime. Também neste aspecto o Estado está em falta para com os cidadãos que são vítimas de crimes no nosso país. E vítima de crimes pode ser qualquer um de nós ou dos nossos queridos.
DN
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Duas vezes ... Violada !
por JOHN ROBERTS Sáb Ago 29, 2009 10:11 am
viva o socialismo e ao servico nacional de saude!
JOHN ROBERTS- Pontos : 1683
Re: Duas vezes ... Violada !
por BUFFA General Aladeen Sáb Ago 29, 2009 10:22 am
JOHN ROBERTS escreveu:viva o socialismo e ao servico nacional de saude!
não é assim tão linear Caro JR.
mas ... respeito a sua concisa opinião.
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Duas vezes ... Violada !
por Terminator Dom Ago 30, 2009 5:05 am
este caso eh dos mais aberrantes k tenho tido conhecimento. eh absolutamente inadmissivel o k se passou. nao se pode TOLERAR!! eh a humilhaçao total na maior das fragilidades e vulnerabilidades com k nos podemos confrontar.
absolutamente revoltante!
em kker parte, um medico, um kker medico, tem de poder resolver rapidamente estas situaçoes. se a lei preve k seja um medico de medicina legal, entao tem de ter um disponivel 24/24 7/7.
espero k este caso sirva ao menos para despoletar um REVISAO URGENTE da articulaçao entre serviços do estado, de forma a K NUNCA MAIS se repita esta inkualificavel situaçao.
absolutamente revoltante!
em kker parte, um medico, um kker medico, tem de poder resolver rapidamente estas situaçoes. se a lei preve k seja um medico de medicina legal, entao tem de ter um disponivel 24/24 7/7.
espero k este caso sirva ao menos para despoletar um REVISAO URGENTE da articulaçao entre serviços do estado, de forma a K NUNCA MAIS se repita esta inkualificavel situaçao.
Terminator- Pontos : 2544
Re: Duas vezes ... Violada !
por JOHN ROBERTS Dom Ago 30, 2009 10:34 am
Nos USA uma sitiacao dessas JAMAIS ACONTECERIA e a MAIOR PARTE dos MARAVILHOSOS HOSPITAIS teem UNIDADES ESPECIAIS para atender a este tipo de CASO!
JOHN ROBERTS- Pontos : 1683
Re: Duas vezes ... Violada !
por Vitor mango Dom Ago 30, 2009 10:51 am
JOHN ROBERTS escreveu:viva o socialismo e ao servico nacional de saude!
O Horror descrito nada tem de socialismo mas sim de puro capitalismo em que o VIOLADOR nao respeita o que é social mas a sua ferrea atitude cobarde atitude
Vitor mango- Pontos : 118177
Re: Duas vezes ... Violada !
por JOHN ROBERTS Dom Ago 30, 2009 11:23 am
Vitor mango escreveu:JOHN ROBERTS escreveu:viva o socialismo e ao servico nacional de saude!
O Horror descrito nada tem de socialismo mas sim de puro capitalismo em que o VIOLADOR nao respeita o que é social mas a sua ferrea atitude cobarde atitude
ESSA E A PIADA DO ANO!
JOHN ROBERTS- Pontos : 1683
Re: Duas vezes ... Violada !
por BUFFA General Aladeen Dom Ago 30, 2009 11:34 am
Vitor mango escreveu:JOHN ROBERTS escreveu:viva o socialismo e ao servico nacional de saude!
O Horror descrito nada tem de socialismo mas sim de puro capitalismo em que o VIOLADOR nao respeita o que é social mas a sua ferrea atitude cobarde atitude
oh mango ... vai lá tomar os comprimidos pah ...
por favor ....
mas toma mesmo o ku médico mandou tomar ....ouviste ?
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Duas vezes ... Violada !
por Terminator Dom Ago 30, 2009 11:36 am
Vitor mango escreveu:JOHN ROBERTS escreveu:viva o socialismo e ao servico nacional de saude!
O Horror descrito nada tem de socialismo mas sim de puro capitalismo em que o VIOLADOR nao respeita o que é social mas a sua ferrea atitude cobarde atitude
o homem nao ta bom da caximonia, pois nao???
eh pah oh R. tu ainda achas k isto eh piada??? eu acho k isto eh HUMOR NEGRO. NEM O LOUÇA SE LEMBRARIA DE DIZER TAL COISA.
isso, vai tomar as pastilhas, vai
Terminator- Pontos : 2544
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