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Excrementos das gaivotas do Porto perigosos para saúde pública

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Excrementos das gaivotas do Porto perigosos para saúde pública Empty Excrementos das gaivotas do Porto perigosos para saúde pública

Mensagem por BUFFA General Aladeen Seg Set 07, 2009 11:16 am

Estudo


Excrementos das gaivotas do Porto perigosos para saúde pública


As gaivotas que frequentam a orla costeira do Porto e Matosinhos deixam excrementos portadores de bactérias multi-resistentes aos antibióticos que podem contagiar seres humanos, revela um estudo liderado por investigadores da Universidade do Porto

Em comunicado distribuído hoje, os investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) alertam para «um eventual problema de saúde pública, uma vez que existe o perigo real de contágio humano».

A equipa de investigadores do ICBAS liderada por Paulo Martins da Costa «obteve como resultado mais surpreendente a enorme quantidade e diversidade de estirpes 'E. coli' multi-resistentes, relativamente às quais a maioria dos 20 antimicrobianos testados foram completamente ineficazes».

Paulo Martins da Costa disse à agência Lusa que, das gaivotas que frequentam o litoral do Porto e Matosinhos, a população residente «é minoritária», dado que a maioria migra sazonalmente, para procriar, para as costas atlânticas da Alemanha e Escandinávia.

«Não sabemos se é um problema que elas importam ou exportam», afirmou, salientando que um estudo realizado no Ártico «fez história», porque os investigadores «ficaram muito admirados» ao encontrarem aves portadoras de bactérias multi-resistentes aos antibióticos num ecossistema ainda pouco alterado pela acção humana.

O investigador referiu que o próprio ICBAS já encontrou, noutros estudos, aves de rapina com bactérias resistentes aos antibióticos, «mas não com níveis tão densos e tão preocupantes como os encontrados nas gaivotas».

Paulo Costa afirmou que o contágio humano pode acontecer por contacto ambiental e posterior ingestão, dado que as gaivotas largam excrementos em espaços públicos, como praias, esplanadas de cafés e bancas de fruta.

Outra «hipótese muito provável», mas ainda não estudada pelo ICBAS, de possível contágio humano é o contacto com águas dos rios e mares para onde são largados efluentes de esgotos ou de estações de tratamento de águas residuais (ETAR).

«Quando chegámos a estes resultados, ligámos logo a um outro estudo nosso, em que constatámos que as ETAR não destruíam as bactérias», referiu.

Segundo o ICBAS, «actualmente, a resistência aos antibióticos é uma grave ameaça à saúde e bem-estar».

«Este problema deriva do sobreuso destas substâncias, mas também da circulação de bactérias e dos genes de resistência entre diversas populações. Não sendo as gaivotas medicadas com antibióticos, elas limitam-se a receber e posteriormente 'devolver' ao Homem estas bactérias multi-resistentes», realça o instituto.

Os resultados deste estudo do ICBAS «alertam para a necessidade de um uso mais contido e prudente dos antibióticos, bem como para o facto de ser imperioso aplicar um tratamento eficaz aos efluentes urbanos, de maneira a minimizar a dispersão ambiental de bactérias resistentes aos antibióticos».


Lusa / SOL
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