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Universidade do Porto esgotou todas as vagas
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
A faculdade preencheu todas as 4050 vagas na 1.ª fase. Politécnico atingiu os 98,7% de cobertura da oferta, o terceiro melhor desempenho. O DN ouviu uma aluna que explica porque trocou Lisboa pelo Norte do País
Os 45 277 ingressos no superior público não foram motivo de festejo só para os colocados. No Porto, universidade e politécnico atingiram taxas de colocação inéditas, com as quais só a Nova de Lisboa conseguiu rivalizar.
Na Universidade do Porto (UP) tratou-se de um pleno: todas as 4052 vagas (duas delas adicionais, para resolver situações de empate) ficaram preenchidas. Um feito que, como frisou a UP em comunicado, acontece "pela primeira vez" no ensino superior , e logo na instituição que tinha mais lugares a concurso.
O sucesso é reforçado pelo facto de a UP ter os três cursos com média de entrada mais elevada do País: Medicina e Arquitectura, nas suas faculdades, e Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. De resto, é também da universidade a melhor média global entre os últimos colocados em todos os cursos.
Também o Politécnico do Porto (IPP), com diversos polos no distrito, festeja números inéditos. Este ano, o instituto preencheu á primeira 2903 lugares, 98,7% do total. Uma percentagem que lhe vale o terceiro lugar entre 13 universidade e 15 politécnicos públicos.
"É o melhor resultado que já tivemos", admitiu ao DN Vítor Correia Santos, presidente do IPP. "Mas é também o reflexo de uma melhoria gradual que começámos há três anos, numa altura em que o Instituto estava entre o quinto e o sexto lugar neste indicador".
Para Vítor Correia Santos, a explicação para este predomínio portuense nos concursos resulta de algumas características que considera serem "comuns" à universidade e ao Instituto.
Por um lado, admitiu, há "menos" concorrência do que na capital, em que várias instituições disputam os alunos. Mas "no essencial", considerou, a melhoria fica a dever-se a "uma aposta na diferenciação pela qualidade da oferta" e também a uma "capacidade de adaptação face a dificuldades financeiras que não são tão sentidas em Lisboa".
No caso do IPP, admitiu, estes progressos ainda não permitem atrair públicos de outras zonas do País: "Mais de 90% dos nossos alunos vêm de um raio de 60 quilómetros em redor do Porto. Já a UP está a atrair públicos cada vez mais diferenciados.
Rita Tojal, 19 anos, é um exemplo dessa nova realidade. Este ano, a estudante decidiu abandonar Design de Equipamentos, na Universidade de Lisboa, concorrendo ao curso de Artes Plásticas na Faculdade de Belas-Artes da UP. "Não gostei do curso em que estava, e este é o único que reúne várias áreas que me interessam, como a pintura e a escultura", explicou.
A estudante candidatou-se por duas vias - "pedi transferência e inscrevi-me no concurso nacional" -, ficando este sábado a saber que tinha ficado colocada.
Ainda "à procura de casa" no Porto, garante que a mudança não a preocupa. "Era o curso que queria, fui para a universidade que o oferecia". Aliás, defendeu a distância já "não é problema" para a sua geração: "Tenho amigos a estudar na Covilhã, em Portimão, também no Porto. Se o curso interessa, ninguém desiste por ser longe".
DN
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
A faculdade preencheu todas as 4050 vagas na 1.ª fase. Politécnico atingiu os 98,7% de cobertura da oferta, o terceiro melhor desempenho. O DN ouviu uma aluna que explica porque trocou Lisboa pelo Norte do País
Os 45 277 ingressos no superior público não foram motivo de festejo só para os colocados. No Porto, universidade e politécnico atingiram taxas de colocação inéditas, com as quais só a Nova de Lisboa conseguiu rivalizar.
Na Universidade do Porto (UP) tratou-se de um pleno: todas as 4052 vagas (duas delas adicionais, para resolver situações de empate) ficaram preenchidas. Um feito que, como frisou a UP em comunicado, acontece "pela primeira vez" no ensino superior , e logo na instituição que tinha mais lugares a concurso.
O sucesso é reforçado pelo facto de a UP ter os três cursos com média de entrada mais elevada do País: Medicina e Arquitectura, nas suas faculdades, e Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. De resto, é também da universidade a melhor média global entre os últimos colocados em todos os cursos.
Também o Politécnico do Porto (IPP), com diversos polos no distrito, festeja números inéditos. Este ano, o instituto preencheu á primeira 2903 lugares, 98,7% do total. Uma percentagem que lhe vale o terceiro lugar entre 13 universidade e 15 politécnicos públicos.
"É o melhor resultado que já tivemos", admitiu ao DN Vítor Correia Santos, presidente do IPP. "Mas é também o reflexo de uma melhoria gradual que começámos há três anos, numa altura em que o Instituto estava entre o quinto e o sexto lugar neste indicador".
Para Vítor Correia Santos, a explicação para este predomínio portuense nos concursos resulta de algumas características que considera serem "comuns" à universidade e ao Instituto.
Por um lado, admitiu, há "menos" concorrência do que na capital, em que várias instituições disputam os alunos. Mas "no essencial", considerou, a melhoria fica a dever-se a "uma aposta na diferenciação pela qualidade da oferta" e também a uma "capacidade de adaptação face a dificuldades financeiras que não são tão sentidas em Lisboa".
No caso do IPP, admitiu, estes progressos ainda não permitem atrair públicos de outras zonas do País: "Mais de 90% dos nossos alunos vêm de um raio de 60 quilómetros em redor do Porto. Já a UP está a atrair públicos cada vez mais diferenciados.
Rita Tojal, 19 anos, é um exemplo dessa nova realidade. Este ano, a estudante decidiu abandonar Design de Equipamentos, na Universidade de Lisboa, concorrendo ao curso de Artes Plásticas na Faculdade de Belas-Artes da UP. "Não gostei do curso em que estava, e este é o único que reúne várias áreas que me interessam, como a pintura e a escultura", explicou.
A estudante candidatou-se por duas vias - "pedi transferência e inscrevi-me no concurso nacional" -, ficando este sábado a saber que tinha ficado colocada.
Ainda "à procura de casa" no Porto, garante que a mudança não a preocupa. "Era o curso que queria, fui para a universidade que o oferecia". Aliás, defendeu a distância já "não é problema" para a sua geração: "Tenho amigos a estudar na Covilhã, em Portimão, também no Porto. Se o curso interessa, ninguém desiste por ser longe".
DN
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