Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
4 participantes
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
Comédia e política
Quando o humor marca a campanha para as eleições legislativas, isso são dois mundos a colidir
18.09.2009
público
Quando o humor marca a campanha para as eleições legislativas, isso são dois mundos a colidir
18.09.2009
A campanha começou marcada pela polémica do TGV. Depois, chegaram os Gato Fedorento. E, dois dias mais tarde, os Homens da Luta agitavam a campanha do PS no Seixal. Ambos são os temas que têm dominado a campanha, são as notícias mais vistas e comentadas nos sites de informação. Mas o factor novidade vem mesmo de dois mundos que agora colidiram em força em Portugal: a comédia e a política.
Até o Presidente da República lançou umas piadas na entrega dos Prémios Gazeta. "Deixo apenas um conselho a este promissor humorista: cuidado com a promiscuidade entre política e humor. São dois campos que não devem encontrar-se, como sabem", avisava Ricardo Araújo Pereira (R.A.P.) no Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios de quarta-feira, que teve como convidado Paulo Portas e que pelo terceiro dia consecutivo voltou a ser o programa mais visto, com quase dois milhões de espectadores.
A SIC quis marcar a campanha com os Gato Fedorento e, para já, conseguiu-o. Mas também se abriu um caminho no qual não se volta para trás, diz Nuno Artur Silva, responsável pelas Produções Fictícias. "Há uma mudança do estatuto do comediante e do entertainer, talvez muito porque os jornalistas não estão a fazer o seu papel. Muitas vezes são humoristas como o R.A.P. que levantam as questões, não deixando de ser humor, e desmontam os códigos e expõem mais o problema político".
O mesmo acontece há anos nos EUA muito graças ao Daily Show em que os Gato se inspiraram, sendo Jon Stewart uma voz crítica sobre a inércia dos jornalistas. "As coisas já não são tão simples, já pode haver certo comediante que está na fronteira de ser opinion maker; e veja-se o caso da Manuela Moura Guedes, que é uma jornalista de género polémico. Hoje em dia, com a complexidade do espaço mediático, o meio está a mudar e a mensagem e os mensageiros também", diz Nuno Artur Silva.
Mário Bettencourt Resendes, jornalista e provedor do leitor do Diário de Notícias, assinala que cada profissional tem "um lugar próprio" e que o humor "tem uma abordagem diferente que não se confunde com o papel de um jornalista, que pode e deve registar a intervenção desses fenómenos numa campanha". O humor começa a constituir agenda política, como diz Felisbela Lopes, docente de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, considerando contudo que o papel do jornalismo pode ficar diluído neste processo.
E, por outro lado, esse efeito-humor contamina: "Vê-se nas marcas que se evidenciam noutros políticos. Até no Presidente da República", frisa a docente. Bettencourt Resendes identifica, ainda assim, protagonistas contrariados. "Uns vão com mais vontade do que outros" ao Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios. "Alguns vão claramente por obrigação de campanha", sorri.
Tanto humor "não faz baixar rigorosamente nada o nível de seriedade de uma campanha eleitoral", acrescenta Bettencourt Resendes. "É um sintoma de fortalecimento da nossa democracia. É positivo que os políticos se submetam a um escrutínio diferente do que o que estão habituados numa entrevista jornalística". No caso dos Gato Fedorento, os temas das questões são conhecidos com antecedência pelos políticos, o que é prática em alguns formatos de entretenimento. "Mesmo que haja um conhecimento prévio dos temas, o que é sempre mau", diz Felisbela Lopes, "damos conta pelas emissões que ao nível da performance correu de forma diferente aos três".
O contexto é especial: crise financeira e dois momentos eleitorais aliam-se a uma nova geração de humoristas que nos últimos anos se juntou à tradição do Contra-Informação para espicaçar a classe política. Eles "nascem com a multiplicação de canais (cabo, Internet) e com menos orçamento, o que permitiu um tipo de humor muito em cima da actualidade e in your face, interventivo", exemplifica Nuno Artur Silva, mencionando os Gato Fedorento e Jel e o seu Vai Tudo Abaixo. E a forma de fazer política alterou-se. Menos se joga nos tradicionais comícios, argumenta Nuno Artur Silva, e, "tal como acontece nos EUA, os políticos precisam cada vez mais de fazer o jogo mediático e podem ter mais impacto ao ir a um programa de humoristas ou de entertainers", defende. "Esses dois efeitos cruzados dão nisto: uma campanha hipermediatizada".
O interesse do público é grande. Mais de um milhão de pessoas viu os debates, em média, e até a tertúlia satírica O Eixo do Mal teve este sábado a emissão mais vista de sempre - média de 140 mil espectadores. Mas os três primeiros programas dos Gato Fedorento foram mais vistos do que os dez debates entre líderes partidários. É um formato que tem efeitos "muito maiores do que os de um debate televisivo", confirma Felisbela Lopes. "As pessoas estão cansadas de discursos referenciais de difícil compreensão". Os políticos surgem algures entre o público e o privado, numa esfera de contaminação que "tem grande atracção para o olhar público porque são sítios onde mais facilmente os políticos revelam facetas inesperadas", diz.
Até o Presidente da República lançou umas piadas na entrega dos Prémios Gazeta. "Deixo apenas um conselho a este promissor humorista: cuidado com a promiscuidade entre política e humor. São dois campos que não devem encontrar-se, como sabem", avisava Ricardo Araújo Pereira (R.A.P.) no Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios de quarta-feira, que teve como convidado Paulo Portas e que pelo terceiro dia consecutivo voltou a ser o programa mais visto, com quase dois milhões de espectadores.
A SIC quis marcar a campanha com os Gato Fedorento e, para já, conseguiu-o. Mas também se abriu um caminho no qual não se volta para trás, diz Nuno Artur Silva, responsável pelas Produções Fictícias. "Há uma mudança do estatuto do comediante e do entertainer, talvez muito porque os jornalistas não estão a fazer o seu papel. Muitas vezes são humoristas como o R.A.P. que levantam as questões, não deixando de ser humor, e desmontam os códigos e expõem mais o problema político".
O mesmo acontece há anos nos EUA muito graças ao Daily Show em que os Gato se inspiraram, sendo Jon Stewart uma voz crítica sobre a inércia dos jornalistas. "As coisas já não são tão simples, já pode haver certo comediante que está na fronteira de ser opinion maker; e veja-se o caso da Manuela Moura Guedes, que é uma jornalista de género polémico. Hoje em dia, com a complexidade do espaço mediático, o meio está a mudar e a mensagem e os mensageiros também", diz Nuno Artur Silva.
Mário Bettencourt Resendes, jornalista e provedor do leitor do Diário de Notícias, assinala que cada profissional tem "um lugar próprio" e que o humor "tem uma abordagem diferente que não se confunde com o papel de um jornalista, que pode e deve registar a intervenção desses fenómenos numa campanha". O humor começa a constituir agenda política, como diz Felisbela Lopes, docente de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, considerando contudo que o papel do jornalismo pode ficar diluído neste processo.
E, por outro lado, esse efeito-humor contamina: "Vê-se nas marcas que se evidenciam noutros políticos. Até no Presidente da República", frisa a docente. Bettencourt Resendes identifica, ainda assim, protagonistas contrariados. "Uns vão com mais vontade do que outros" ao Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios. "Alguns vão claramente por obrigação de campanha", sorri.
Tanto humor "não faz baixar rigorosamente nada o nível de seriedade de uma campanha eleitoral", acrescenta Bettencourt Resendes. "É um sintoma de fortalecimento da nossa democracia. É positivo que os políticos se submetam a um escrutínio diferente do que o que estão habituados numa entrevista jornalística". No caso dos Gato Fedorento, os temas das questões são conhecidos com antecedência pelos políticos, o que é prática em alguns formatos de entretenimento. "Mesmo que haja um conhecimento prévio dos temas, o que é sempre mau", diz Felisbela Lopes, "damos conta pelas emissões que ao nível da performance correu de forma diferente aos três".
O contexto é especial: crise financeira e dois momentos eleitorais aliam-se a uma nova geração de humoristas que nos últimos anos se juntou à tradição do Contra-Informação para espicaçar a classe política. Eles "nascem com a multiplicação de canais (cabo, Internet) e com menos orçamento, o que permitiu um tipo de humor muito em cima da actualidade e in your face, interventivo", exemplifica Nuno Artur Silva, mencionando os Gato Fedorento e Jel e o seu Vai Tudo Abaixo. E a forma de fazer política alterou-se. Menos se joga nos tradicionais comícios, argumenta Nuno Artur Silva, e, "tal como acontece nos EUA, os políticos precisam cada vez mais de fazer o jogo mediático e podem ter mais impacto ao ir a um programa de humoristas ou de entertainers", defende. "Esses dois efeitos cruzados dão nisto: uma campanha hipermediatizada".
O interesse do público é grande. Mais de um milhão de pessoas viu os debates, em média, e até a tertúlia satírica O Eixo do Mal teve este sábado a emissão mais vista de sempre - média de 140 mil espectadores. Mas os três primeiros programas dos Gato Fedorento foram mais vistos do que os dez debates entre líderes partidários. É um formato que tem efeitos "muito maiores do que os de um debate televisivo", confirma Felisbela Lopes. "As pessoas estão cansadas de discursos referenciais de difícil compreensão". Os políticos surgem algures entre o público e o privado, numa esfera de contaminação que "tem grande atracção para o olhar público porque são sítios onde mais facilmente os políticos revelam facetas inesperadas", diz.
público
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
O interesse do público é grande. Mais de um milhão de pessoas viu os debates, em média, e até a tertúlia satírica O Eixo do Mal teve este sábado a emissão mais vista de sempre - média de 140 mil espectadores. Mas os três primeiros programas dos Gato Fedorento foram mais vistos do que os dez debates entre líderes partidários. É um formato que tem efeitos "muito maiores do que os de um debate televisivo", confirma Felisbela Lopes. "As pessoas estão cansadas de discursos referenciais de difícil compreensão". Os políticos surgem algures entre o público e o privado, numa esfera de contaminação que "tem grande atracção para o olhar público porque são sítios onde mais facilmente os políticos revelam facetas inesperadas", diz
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
Dedicado a mim? Obviamente?
Nem me aquece... nem me arrefece...
Nem me aquece... nem me arrefece...
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
João Ruiz escreveu:Dedicado a mim? Obviamente?
Nem me aquece... nem me arrefece...
eheheheheheheheheh ....
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
BUFFA escreveu:[
Tanto humor "não faz baixar rigorosamente nada o nível de seriedade de uma campanha eleitoral", acrescenta Bettencourt Resendes. "É um sintoma de fortalecimento da nossa democracia.
[.......]
O interesse do público é grande. Mais de um milhão de pessoas viu os debates, em média,
estou totalmente de acordo, e a prova esta no numero de espectadores dos programas do gato fedorento. acho que vai ser um caminho sem retorno. mesmo coisas serias podem ser levadas a brincar.
nao sei se sao dois mundos a colidir, se eh uma fusao de dois mundos!!
Terminator- Pontos : 2544
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
Estou basto admirado, mas não com o vídeo, que não é novidade!
Admiro como não foram asfixiados, nem o vídeo nem o Gato Fedorento!!!!! Mistério!!!!
Parece que só a vóvó é que sente o gasganete apertado!!! Será porque só diz asneiras????
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Humor e Política ............ Dedicado ao João Ruiz. Obviamente !
amen
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Tópicos semelhantes
» á atençao da Joao RUIZ -cascavel
» Joao RUIz como moderador desembruxe
» Cheirando no forum do Joao Ruiz
» JOAO RUIZ DIZ QUE SABE QUEM EU SOU
» E os colonatos, esqueceu-os, João Ruiz???
» Joao RUIz como moderador desembruxe
» Cheirando no forum do Joao Ruiz
» JOAO RUIZ DIZ QUE SABE QUEM EU SOU
» E os colonatos, esqueceu-os, João Ruiz???
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos