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Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão

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Mensagem por BUFFA General Aladeen Dom Out 11, 2009 8:43 am







BUFFA General Aladeen
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Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão Empty Comandos paquistaneses resgatam 39 reféns de grupo taliban

Mensagem por LJSMN Dom Out 11, 2009 2:31 pm

Sequestrados estavam próximo do quartel-general
Comandos paquistaneses resgatam 39 reféns de grupo taliban



Uma força de comandos tomou hoje um edifício de escritórios e resgatou 39 pessoas que tinham sido sequestradas na véspera por um grupo taliban, durante um ataque ao quartel-general em Rawalpindi, o centro do comando militar paquistanês, noticiou a Reuters.

A operação, que decorreu antes do amanhecer, terminou com a morte de três reféns, dois comandos e quatro dos atacantes, segundo o porta-voz do Exército, major Athar Abbas. O mesmo responsável adiantou que um dos assaltantes feridos capturados era o cabecilha do grupo. “Agora já não há mais terroristas ali. A operação acabou”, disse.

Horas antes, as autoridades paquistanesas tinha afirmado que entre dez e quinze soldados estariam nas mãos dos atacantes, que ao início da manhã de sábado lançaram uma operação contra o quartel-general, que fez onze mortos (seis soldados e cinco assaltantes). Dois homens feridos foram então capturados pelos soldados, mas outros conseguiram fugir e levar os reféns para um edifício de escritórios dos serviços de segurança, perto do quartel.

“[Os sequestrados] Estavam numa sala com um terrorista que usava um colete suicida, mas os comandos actuaram devidamente e abateram-no antes que ele pudesse puxar o gatilho”, adiantou Abbas. “Três dos reféns foram mortos durante os disparos dos tiros militares”.

Nos dois últimos anos, islamistas com ligações à Al-Qaeda têm lançado vários ataques no país, a maior parte contra forças da segurança e alvos do Governo, ou estrangeiros. O próprio quartel-general de Rawalpindi já tinha antes sido um alvo.

A Reuters refere que esta operação surgiu no momento em que o Exército prepara uma grande ofensiva contra os militantes taliban paquistaneses no seu bastião no Noroeste do país, junto à fronteira com o Afeganistão. O correspondente da BBC em Islamabad Aleem Maqbool referiu que nos últimos dias a Força Aérea tem bombardeado fortemente posições taliban nas áreas tribais, indicando que essa operação já estará a decorrer.

Face ao ataque ao quartel-general paquistanês, os Estados Unidos e o Reino Unido afirmaram hoje que consideram que o armamento nuclear do Paquistão está seguro. “Confiamos que o Governo e no Exército paquistanês têm o controlo das suas armas nucleares”, disse a secretária de Estado Hillary Clinton, de visita a Londres. Apesar das ameaças impostas pelos taliban, “não temos provas de que eles irão tomar o controlo do Estado”.

O mesmo adiantou o seu homólogo britânico, David Miliband. “Não há provas de uma ameaça às instalações nucleares paquistanesas”, assegurou.

Público



A frase de Hilary Clinton é arrepiante: “não temos provas de que eles irão tomar o controlo do Estado”.

Isto não é muito assunto para noite de eleições, mas infelizmente este assunto vai estar connosco nos próximos anos. E vai piorar, antes de ter as menores chances de melhorar.

A sociedade civil paquistanesa está sujeita a uma pressão muitas vezes maior do que o mundo ocidental alguma esteve.

Arrow

P.S.: A entrevista de Cristina Lamb devia ser leitura obrigatória.


Última edição por Sam em Dom Out 11, 2009 2:32 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Post-script)

LJSMN

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Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão Empty Chefe da ONU em Cabul reconhece fraude eleitoral

Mensagem por LJSMN Seg Out 12, 2009 2:21 am

Chefe da ONU em Cabul reconhece fraude eleitoral



O representante especial da ONU no Afeganistão, Kai Eide, assumiu pela primeira vez que as presidenciais de 20 de Agosto foram alvo de "fraudes consideráveis". Ao mesmo tempo, ressalvou que ainda é possível que os resultados a serem anunciados no final da semana sejam credíveis. Mas já não se trata apenas de saber se houve ou não irregularidades no escrutínio. É a própria credibilidade das Nações Unidas no país que está em jogo.

"É verdade que num certo número de mesas de voto no Sul e Sudeste houve fraudes consideráveis. Mas apenas isso", afirmou Eide numa conferência de imprensa, citado pela AFP. "A extensão das fraudes está prestes a ser determinada."

O responsável organizou o encontro com os jornalistas na sequência de um diferendo com o seu vice, o norte-americano Peter Galbraith, que há dias afirmara que a ONU tinha encoberto fraudes eleitorais, permitindo uma falsificação dos resultados. Galbraith acusou directamente o seu chefe de impedir que as informações sobre as irregularidades, que constavam de um documento secreto da ONU, fossem publicadas, ou até dadas a conhecer aos embaixadores internacionais em Cabul. Como consequência, foi despedido no dia 30 de Setembro.

"As acusações de que as Nações Unidas encobriram ou que eu pedi para que a fraude fosse escondida são claramente falsas", disse ontem, visivelmente irritado, Eide, tendo ao seu lado os embaixadores americano, francês, alemão e britânico em Cabul, "Um sinal de unidade internacional no trabalho que estamos a fazer", comentou o próprio.

"Certas acusações [de Galbraith] basearam-se em conversas privadas que ocorreram enquanto ele estava como convidado em minha casa", adiantou. "As conversas privadas à volta do jantar em minha casa devem continuar privadas."

Os resultados preliminares do escrutínio apontam para uma vitória de Karzai, com 54,6 por cento dos votos, contra menos de 28 por cento para o principal seu rival, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdullah Abdullah.

Galbraith defendeu que 30 por cento dos votos foram manipulados, o que não era muito díspar das projecções dos observadores da União Europeia, que apontavam para 1,5 milhões de boletins "suspeitos", dos quais 1,1 milhões seriam a favor de Karzai e 300 mil a favor de Abdullah, refere a agência francesa.

Depois de um exame da Comissão de Queixas Eleitorais (criada no Afeganistão com a ajuda da ONU) aos boletins suspeitos de fraude, os resultados definitivos deverão ser anunciados no final desta semana. Se os investigadores concluírem que Karzai não teve 50 por cento dos votos, haverá uma segunda volta.

Credibilidade do processo

As acusações lançadas por Galbraith estão a ensombrar fortemente o processo. "O desacordo tornou-se pessoal, mas foi, em última análise, sobre o processo [eleitoral] e a sua credibilidade", comentou à Reuters um responsável norte-americano que não quis ser identificado. "[O norueguês Eidi] está a tentar lidar com a situação... mas isto afecta a credibilidade do processo, a qual obviamente nos preocupa."

A mesma fonte adiantou que a questão levantou um debate na Administração sobre que lado apoiar, mas que o Departamento de Estado concluiu que devia "realmente dar o apoio à liderança" da ONU no Afeganistão. E foi isso mesmo que o seu porta-voz, Ian Kelly, veio afirmar: "Os Estados Unidos apoiam totalmente a Missão das Nações Unidas de Assistência ao Afeganistão [UNAMA] e o representante especial Kai Eide no controlo da UNAMA."

Galbraith é um aliado próximo do representante especial dos EUA no Afeganistão e Paquistão, Richard Holbrooke. E por isso a imprensa começou por interpretar as suas críticas como um sinal de que Washington não iria aceitar umas eleições que não fossem limpas e transparentes.

E, apesar de ter inicialmente apontado para as irregularidades, também a UE afirmou "apoiar fortemente" Eide, elogiando "os seus esforços para facilitar o processo eleitoral e o trabalho das instituições eleitorais".

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Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão Empty Re: Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão

Mensagem por Vitor mango Seg Out 12, 2009 3:17 am

Isto tornou-se num novelo sem soluçao de achar o fio da meada
Vitor mango
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Mensagem por LJSMN Seg Out 12, 2009 9:13 am

Região permanece bastião taliban
Autoridades paquistanesas elevam para dezenas o número de mortos no atentado perto de Swat



O exército paquistanês fez ascender a 41 o número de vítimas mortais no atentado desta manhã no distrito de Shangla, a poucos quilómetros do tumultuoso vale de Swat, onde as forças de segurança do país mantêm uma forte ofensiva contra a rebelião taliban.

O ataque ocorreu no mercado de Alpuri, no noroeste do país, junto a um posto de controlo militar. O autor do atentado teria 13 ou 14 anos, segundo o exército, e terá atacado a pé. O alvo seria uma coluna de camiões militares que atravessava o mercado.

Segundo um ministro provincial ouvido pela agência AFP, as vítimas são 35 civis e seis soldados.

Este novo ataque ocorre quando o exército continua a bombardear suspeitos esconderijos taliban nas zonas tribais do noroeste, junto à fronteira com o Afeganistão, e se prepara para lançar uma vasta ofensiva no Waziristão Sul, principal bastião do Movimento dos Taliban do Paquistão, que reivindicou o ataque de hoje e vários dos mais recentes.

Este foi o terceiro atentado suicida esta semana e segue-se ao audacioso assalto do fim-de-semana contra a sede do Estado-maior e do comando do exército em Rawalpindi, perto de Islamabad. Ao ataque seguiu-se uma tomada de reféns que durou 24 horas e fez onze mortos entre os militares, incluindo um general e um coronel, três entre os 42 reféns e nove assaltantes.

“Temos a capacidade de atacar onde queremos no Paquistão, podemos visar os sítios mais importantes”, disse hoje à AFP Azam Tariq, porta-voz do Movimento dos Taliban do Paquistão, grupo que se diz leal à Al-Qaeda. Tariq reclamou a autoria do atentado no mercado de Alpuri.

Perto de 280 atentados, quase todos cometidos por bombistas suicidas que se suspeita terem laços aos taliban, mataram mais de 2200 pessoas por todo o Paquistão em pouco mais de dois anos. O Movimento dos Taliban, alegado responsável pela vaga de atentados que começou em 2007, acusa o Governo de Islamabad de se ter aliado a Washington na “guerra ao terrorismo” lançada no fim de 2001 pela Administração Bush.

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Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão Empty Noventa mil paquistaneses fugiram de bastião taliban antes de ataque do Exército

Mensagem por LJSMN Qui Out 15, 2009 12:38 am

Aviação continua a bombardear a zona
Noventa mil paquistaneses fugiram de bastião taliban antes de ataque do Exército


Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão 282724?tp=UH&db=IMAGENS&w=320



Dezenas de milhares de pessoas estão a abandonar a região do Waziristão Sul, actual bastião dos taliban, temendo a ofensiva terrestre que o Governo paquistanês garante estar iminente. Enquanto as tropas não avançam, a aviação continua a bombardear aquela região tribal.

Desde Agosto, altura em que Islamabad deu ordens ao Exército para desalojar os rebeldes “90 mil pessoas deixaram o região e foram instaladas em zonas mais seguras”, revelou um responsável local. Um êxodo que engrossou nos últimos dias, à medida que os bombardeamentos aumentam e o cerco militar se aperta. “Partimos por causa dos ataques aéreos constantes”, contou à AFP Mohammad Mehsud enquanto procurava abrigo para os seus 23 familiares, explicando que faltam já alimentos na zona.

Os preparativos para a ofensiva foram acelerados depois de, no espaço de uma semana, 125 pessoas terem morrido em três atentados suicidas e num audacioso ataque contra o quartel-general do Exército, nos arredores de Islamabad. Acções reivindicadas pelo Movimento dos Taliban do Paquistão (TTP), que tem a sua liderança instalada no Waziristão Sul.

O Exército não revela quando lançará a ofensiva, mas fontes militares adiantam que estão já nos seus postos os 28 mil soldados enviados para a região – um número que alguns analistas dizem ser escasso para vencer os cerca de dez mil taliban, profundos conhecedores de um terreno montanhoso e pouco favorável à acção dos veículos blindados.



N.B.: "Paquistaneses" no título, devia ser escrito assim, entre aspas.

LJSMN

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Mensagem por Vitor mango Qui Out 15, 2009 2:10 am

andei por aqui perto

Na altura eram os Russos que estavam no afeganistao e milhoes de afegaos fugiam dos russos
A minha missao era tentar arranjar árvores para crescimento rapido ja que todos estes refugiados cortavam e queimavam tudo para sobreviver
Cinicamente a CIA ajudava o Ben Laddem a resistir com material frances comprado no mercado negro


a minha muissao era irrealizavel perante a dominancia militar
Vitor mango
Vitor mango

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Mensagem por LJSMN Qui Out 15, 2009 2:20 am

Vitor mango escreveu:andei por aqui perto

Na altura eram os Russos que estavam no afeganistao e milhoes de afegaos fugiam dos russos
A minha missao era tentar arranjar árvores para crescimento rapido ja que todos estes refugiados cortavam e queimavam tudo para sobreviver
Cinicamente a CIA ajudava o Ben Laddem a resistir com material frances comprado no mercado negro


a minha muissao era irrealizavel perante a dominancia militar

"
[...] mal os russos saíram do Afeganistão, “todos se foram embora de Peshawar”, a cidade paquistanesa mais próxima da fronteira afegã. “De um dia para o outro, desapareceram as centenas de diplomatas, de militares, de agentes humanitários, de jornalistas, até espiões, que só ali estavam porque se preocupavam com os russos, não com os afegãos.”
"

Christina Lamb

LJSMN

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Mensagem por Vitor mango Qui Out 15, 2009 2:31 am

LJSMN escreveu:
Vitor mango escreveu:andei por aqui perto

Na altura eram os Russos que estavam no afeganistao e milhoes de afegaos fugiam dos russos
A minha missao era tentar arranjar árvores para crescimento rapido ja que todos estes refugiados cortavam e queimavam tudo para sobreviver
Cinicamente a CIA ajudava o Ben Laddem a resistir com material frances comprado no mercado negro


a minha muissao era irrealizavel perante a dominancia militar

"
[...] mal os russos saíram do Afeganistão, “todos se foram embora de Peshawar”, a cidade paquistanesa mais próxima da fronteira afegã. “De um dia para o outro, desapareceram as centenas de diplomatas, de militares, de agentes humanitários, de jornalistas, até espiões, que só ali estavam porque se preocupavam com os russos, não com os afegãos.”
"

Christina Lamb


A minha base de apoio logistico era a embaixada inglesa em laoore e anadava de jeep com um colega paquistanes
Esta gente nao pode ver um Indiano ...tee3m uma raiva surda e louca aos vizinhos
O que eu senti about o Afeganistao é que aquilo é de nada Nada
Um clima horrendo
Mesmo em Laoore o calor era insuportável que quase me sufocava
Ora indo mais para a fronteira as coisas agravavam-se
Depois a indolencia de toda esta gente nada tem a ver com a genica dos ocidentais
quando se fala em democracia da para rir porque numa tribo manada o patrao do acampamento e todos os seguem com o livro religiosos debaixo do braço

Na embaixada eu olhava os militares do antanho vestido impecavelmente de vermelho que como sabem levaram uma abada no afeganistao
Giro giro é que portugueses sendo povo maritimo mundo se interessaram por esta terra de montanhas po e careca
a Obsecçao dos americanos para apanhar o Ben é ingenua
Porque ingenua
Porque o Ben nao existe ( mesmo que seja real ...via CIA

O que existe é um ODIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO aos Judeus que humilharam os Islões tal como os franceses Humilharam os alemaes vencidos na 1 Grande guerra
Todas as guerras sao canja de iniciar
Ora mesmo que pendurem o benm pelos tomates na Torre da Liberdade em NY mais vao agravar o problema
Outro Ben aparece
Assim só quandso os EUA meterem as bolinhas em cima da mesa e controlarem a judiaria a ter juizo a pax sera bendita
Mas tenho ca uma fe que o assuntpo é irrealizavel
Toda a gente esta interessada na guerra
Kem se lixa ?
Todos
Os juideus entao isolados e odiados e culpados de tutti nem a porra do Thira e do Moises os salva dos males do mundo ãmen
Vitor mango
Vitor mango

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Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão Empty Re: Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão

Mensagem por LJSMN Qui Out 15, 2009 8:48 am

Vitor mango escreveu:
LJSMN escreveu:
Vitor mango escreveu:andei por aqui perto

Na altura eram os Russos que estavam no afeganistao e milhoes de afegaos fugiam dos russos
A minha missao era tentar arranjar árvores para crescimento rapido ja que todos estes refugiados cortavam e queimavam tudo para sobreviver
Cinicamente a CIA ajudava o Ben Laddem a resistir com material frances comprado no mercado negro


a minha muissao era irrealizavel perante a dominancia militar

"
[...] mal os russos saíram do Afeganistão, “todos se foram embora de Peshawar”, a cidade paquistanesa mais próxima da fronteira afegã. “De um dia para o outro, desapareceram as centenas de diplomatas, de militares, de agentes humanitários, de jornalistas, até espiões, que só ali estavam porque se preocupavam com os russos, não com os afegãos.”
"

Christina Lamb


A minha base de apoio logistico era a embaixada inglesa em laoore e anadava de jeep com um colega paquistanes
Esta gente nao pode ver um Indiano ...tee3m uma raiva surda e louca aos vizinhos

...

O núcleo do problema está nesta frase, mas isto não é assunto para disparar a partir da anca. Fica para amanhã ou depois, com o tempo necessário.

Vitor mango escreveu:
...

Depois a indolencia de toda esta gente nada tem a ver com a genica dos ocidentais

...

Hummmm...! Foi assim que tudo começou. Isto não é fácil de ler, mas está lá: http://books.google.pt/books?id=Es6x4u_g19UC&pg=PA268&lpg=PA268&dq=montstuart+elphinstone+memoirs+afghanistan&source=bl&ots=Kev2b2pZss&sig=tImeBaKS5g8TVZShvIQnEBBwQpE&hl=pt-PT&ei=_jXXSpG1MM7J_gaL-tyUAQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CBQQ6AEwAg

LJSMN

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Christina Lamb numa interessante entrevista sobre o Afeganistão Empty Obama à procura de uma estratégia para o "Caosistão"

Mensagem por LJSMN Sex Out 16, 2009 2:26 pm

Obama à procura de uma estratégia para o "Caosistão"




O Presidente escuta McGeorge Bundy, o homem que impulsionou a escalada no Vietname: "A intervenção militar é uma escolha do Presidente, não é uma inevitabilidade". Por seu lado, o general Stan McChrystal responde à hipótese de recusa de reforços militares: "Seria o Caosistão".

Barack Obama é neste Outono "o homem mais solitário do mundo" - o Presidente dos Estados Unidos na véspera de tomar a que será talvez a mais determinante decisão do seu mandato. O que está em jogo é muito mais do que assinar uma ordem de envio de tropas para o Afeganistão. Oito anos depois do começo da guerra e de um sucesso inicial, os EUA e a NATO encontram-se no impasse e correm o risco de uma derrota. Os generais reconhecem que a iniciativa pertence aos taliban. Obama parece obcecado com uma pergunta: "Qual é a estratégia correcta?".

A opção de Obama tanto pode significar o envio de uma mensagem errada aos taliban e à Al-Qaeda - a de que os EUA preparam a retirada - como o início de uma escalada militar que poderá ser fatal. Tem o tempo contra si.

A seguir à tomada de posse, nomeou um grupo de trabalho para rever com urgência a estratégia para o Afeganistão. Coordenada por Bruce Riedel, antigo analista da CIA, a equipa propôs uma inversão de estratégia, abandonando a prioridade do contraterrorismo ("caçar os taliban") e pedindo uma "estratégia civil e militar de contra-insurreição" e uma "estratégia global" para o AfPak, de forma a impedir o regresso da Al-Qaeda ao Afeganistão.

Obama autorizou em Fevereiro o envio de mais 17 mil soldados e, a 27 de Março, anunciou a mudança de rumo. O objectivo passa a ser "desmantelar e derrotar a Al-Qaeda", no Afeganistão e no Paquistão, e conquistar as populações, dando prioridade à sua segurança e limitando os bombardeamentos aéreos que massacram civis.

Em Maio, por iniciativa do secretário da Defesa, Robert Gates, aprovou a substituição do comandante militar no Afeganistão, general David McKiernan, pelo general Stanley McChrystal, um especialista de contra-insurreição.

A 30 de Agosto, McChrystal entregou a Gates um relatório de 60 páginas, pedindo mais 40 (ou 60) mil soldados suplementares como condição indispensável para garantir uma "campanha global de contra-insurreição". Neste momento há 68 mil soldados americanos no terreno e 39 mil de aliados da NATO.

Uma fuga de informação, no Washington Post, atribui ao general o aviso de que os EUA têm apenas 12 meses para inverter o curso da guerra. "O fracasso em ganhar a iniciativa e inverter o ímpeto dos insurrectos - enquanto amadurece a capacidade de segurança afegã - arrisca-se a ter como efeito tornar para sempre impossível derrotar a insurreição."

McChrystal tem o apoio de comandante regional, general David Petraeus, o homem do "surge" no Iraque, e do chefe do Estado-Maior Interarmas, almirante Mike Mullen. Esta "fuga" foi lida como uma forma de pressão sobre Obama, renitente a enviar mais tropas.

A estratégia do novo comandante, que desenvolve a "revisão" aprovada em Março, visa ocupar o terreno, de modo a garantir a segurança da população e impedir o seu controlo pelos taliban. Supõe um vasto plano de desenvolvimento económico e um governo legítimo e eficaz em Cabul. E, evidentemente, uma acelerada expansão e formação das forças militares afegãs, que contam com apenas 90 mil homens.

O temor da escalada

A nova estratégia foi quase unanimemente considerada um imenso progresso em relação às contraditórias e contraprodutivas estratégias anteriores, que abriram caminho ao regresso dos taliban, que hoje controlam a maioria do território.

As dúvidas são de três ordens. A primeira é: vem a tempo de inverter a catastrófica degradação no terreno? A segunda interrogação diz respeito à eventualidade de, para realizar o seu plano, McChrystal ter em breve de pedir novos reforços, o que poderia ser o princípio de uma escalada. A terceira é: quanto tempo suportará a opinião pública americana a continuação de uma guerra de oito anos que se poderá tornar ainda mais sangrenta?

O que os cépticos criticam não é tanto a estratégia em si, mas o modo como vai ser aplicada. Os 40 mil homens suplementares mudarão a relação de forças? No Iraque, teatro mais "fácil" por não ser um país de montanha e não haver ao lado um "santuário" como o Paquistão, cuja fronteira será necessário fechar, os americanos tiveram 150 mil homens.

Mais do que falar em números, dizem os críticos, é importante saber a que se destinam os reforços. Para garantir a segurança nos meios rurais, o reforço pedido é irrisório. Será necessário, a seguir, enviar mais 100 ou 200 mil soldados?

Por outro lado, como poderá ser credível uma doutrina de contra-insurreição, para "conquistar as mentes e os corações", se a corrupção é endémica e não existe um parceiro local, um Governo credível, para não dizer já legítimo, o que foi agravado pelas eleições presidenciais?

Antes desta controvérsia, Gates admitiu que o reforço da presença militar americana poderia ter um efeito perverso: aumentar a sua rejeição por parte da população. E, desde fins de Setembro, alguns responsáveis começaram a mudar a sua percepção dos taliban: "São um movimento político profundamente enraizado no Afeganistão". O objectivo deverá ser enfraquecê-los. O Governo de Hamid Karzai há muito que negoceia com alguns deles.

A alternativa dos críticos de McChrystal assenta na definição de objectivos modestos. Travar a progressão dos taliban no Norte. Manter o controlo das grandes cidades e vias de comunicação. Acelerar a preparação do exército afegão. Os americanos só poderão manter uma presença longa se isso envolver menos efectivos e menos baixas. O inverso seria acelerar a retirada, pois as sondagens indicam um crescente cansaço com a guerra.

A arte estaria em impossibilitar um regresso da Al-Qaeda sem necessariamente derrotar os taliban.

Os contra-argumentos

Os argumentos em favor do reforço de tropas podem ser resumidos em quatro pontos, escreve o analista Richard Haass, presidente do Council on Foreign Relations.

"Primeiro, os taliban voltam ao poder e o Afeganistão volta a ser um "santuário" para grupos terroristas. Segundo, se os taliban vencerem, o Afeganistão tornar-se-á de novo um pesadelo para os direitos humanos. Terceiro, a percepção de uma derrota dos Estados Unidos no Afeganistão seria um golpe no prestígio dos EUA em toda a parte e fortaleceria os extremistas. Quarto, um Afeganistão sob o controlo dos taliban seria usado pelos extremistas como um "santuário" para desestabilizar o Paquistão." Este resumo ilustra a assimetria de argumentos entre os dois campos, que falam em planos distintos.

O argumento mais eficaz é, no entanto, outro: dar um sinal de preparação de retirada equivale a enviar aos taliban e à Al-Qaeda a mensagem de que poderão vencer. A táctica do mullah Omar, líder histórico dos taliban, consiste em dizer: nós estamos para ficar, os estrangeiros estão condenados a ir embora.

Raros afegãos estarão dispostos a arriscar a vida pelo regime de Cabul se calcularem que ele está condenado a cair após a retirada dos americanos. No imediato, esta ideia tem outra implicação: a crescente deterioração política e militar, fazendo admitir uma retirada americana, torna mais longínqua a divisão dos taliban (um mosaico de motivações) e a possibilidade de uma pacificação negociada.

Na Casa Branca, o primeiro defensor duma revisão de estratégia com menos efectivos, mais voltada para o combate à Al-Qaeda e dando prioridade ao Paquistão, foi o vice-presidente Joe Biden. Interrogado em Londres sobre esta opinião, McChrystal não se conteve: disse que seria o "Caosistão".

Gates imediatamente avisou os generais de que deviam dar "os seus conselhos com franqueza mas em privado". Tenta evitar a eclosão de um surto de recriminações entre políticos e militares. McChrystal corre o risco de se tornar num "herói republicano" no combate político contra o Presidente.

Lendo McGeorge Bundy

Barack Obama é acusado de indecisão. Na campanha eleitoral, contrapôs a "guerra de necessidade" no Afeganistão à "guerra de opção" no Iraque. Hoje duvida. Após a primeira "revisão" de Fevereiro-Março, iniciou uma segunda. Diz: "Não podemos pensar que basta enviar mais tropas para automaticamente dar maior segurança aos americanos. A primeira questão é: estamos a fazer a coisa certa? Estamos a prosseguir a estratégia correcta?".

Está sob pressão de republicanos, que exigem acção, e dos democratas, que, na maioria, são hostis ao envio de mais tropas. Mas todos lhe pedem uma decisão urgente.

Reuniu até hoje seis "conselhos de guerra". Marcou um outro para a semana. Os jornalistas sabem pouco. Na Casa Branca, dizem: o Presidente escuta, faz perguntas, exige alternativas, quer saber se pode haver um "plano B".

Biden esteve inicialmente isolado. Hoje é mais ouvido. A ideia de prioridade ao Paquistão está a fazer caminho. O resto é especulação, a partir de algumas declarações públicas. O chefe de gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel, concordaria com Biden. O conselheiro de Segurança Nacional, general James Jones, não considera o documento de McChrystal "um facto consumado". Hillary Clinton, Gates e o almirante Mullen serão mais sensíveis à opinião de McChrystal. Richard Holbrooke, representante especial do Presidente para o Afeganistão e Paquistão, tem falado pouco - apenas consta que estará furioso com Karzai e preocupado com o Paquistão.

Obama, diz a imprensa, procuraria a "via mediana", uma solução que não sinalize nem retirada nem escalada, adaptável aos acontecimentos. Um compromisso seria a pior das soluções, pois uma estratégia tem de ser coerente, avisa o analista militar Michael O"Hanlon.

O jornalista George Stephanopoulos, antigo colaborador de Bill Clinton, só tem uma certeza: o livro de cabeceira de Obama, e de alguns dos seus conselheiros, intitula-se Lessons in Disaster (Lições sobre o Desastre). É o testamento político que McGeorge Bundy começou a ditar a um discípulo, Gordon Goldstein, antes de morrer (1996). McGeorge Bundy, conselheiro de segurança de John Kennedy e Lyndon Johnson, foi um "falcão" e o grande impulsionador da intervenção do Vietname. Trinta anos depois, fez a crítica implacável de um dos maiores erros da América.

Deixa algumas recomendações. "Nunca usar a força militar na perseguição de fins indeterminados." Ou: "A intervenção [militar] é uma escolha do Presidente, não é uma inevitabilidade".

O Afeganistão torna-se, em qualquer das opções, a "guerra de Obama". O que está em jogo é muito alto. Não é apenas a sua reeleição em 2012. É, sobretudo, o estatuto dos Estados Unidos que ele reabilitou.

Público

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