PSD em frangalhos
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PSD em frangalhos
Relembrando a primeira mensagem :
Demita-se, antes que o PSD a coma viva!
O PSD não perdoa a quem saia derrotado numas eleições
Não é preciso ser-se grande analista ou muito rodado em marketing político para se concluir que você, Manuela, perdeu as eleições por efeito da repulsa ou indiferença que suscita nos eleitores portugueses. Líder da oposição desde Maio de 2008, você não conseguiu capitalizar a onda de descontentamento causada por uma das maiores crises económicas com que os governos portugueses se defrontaram desde que há democracia. Tanto o Paulinho como o Louçã conseguiram essa fácil proeza. Até o PCP pareceu inverter a marcha em que declina há mais de vinte cinco anos.
Você, Manuela, não. Marcou passo, imobilizada na casa dos 20%. Bastava-lhe ter tido 33 ou 34 % dos votos para ganhar as legislativas, se tivesse sabido captar 250.000 de votos do centro. Mas esse seu conservadorismo bafiento, esse falsete de dama ferrugenta, essa voz de lata velha, essa mentalidade de beata demagoga constituíam um lastro insuperável, mesmo em face de um Sócrates abalado e acossado por todos os lados.
Qualquer líder partidário - se excluirmos os pequenos e médios educadores da classe operária, inamovíveis por definição - saberia tirar a devida lição do resultado destas legislativas. Demitir-se-ia, pedindo desculpa aos apoiantes por não ter estado à altura do desafio. Esvaziaria a secretária e abalaria para férias bem longe. Por uma questão de decoro.
Você, Manuela, não. Continua por aí à solta, em prolongamentos serôdios de uma campanha eleitoral que já acabou. Do alto dos seus 29%, desafia Sócrates a alterar o programa com que o PS se apresentou ao eleitorado e ganhou. Num inaudito assomo de lata, acusa Sócrates de não ter tirado as necessárias ilações dos resultados eleitorais! Ao mesmo tempo que garante que fará uma «oposição responsável», ameaça chumbar o Orçamento mesmo antes de o ver. Manda o PS ir pedir apoio parlamentar aos partidos marxistas, como se alguém estivesse interessado no seu conselho. Enfim, um festival de postas de pescada e despautérios, a comprovar o bem que os portugueses andaram em tê-la rejeitado para primeira ministra.
Nenhum partido gosta de perder eleições, Manuela, mas no PSD não se perdoa a quem não vença. Por isso demita-se, antes que no seu partido a comam viva!
Publicada por Nik em NIKADAS
Demita-se, antes que o PSD a coma viva!
O PSD não perdoa a quem saia derrotado numas eleições
Não é preciso ser-se grande analista ou muito rodado em marketing político para se concluir que você, Manuela, perdeu as eleições por efeito da repulsa ou indiferença que suscita nos eleitores portugueses. Líder da oposição desde Maio de 2008, você não conseguiu capitalizar a onda de descontentamento causada por uma das maiores crises económicas com que os governos portugueses se defrontaram desde que há democracia. Tanto o Paulinho como o Louçã conseguiram essa fácil proeza. Até o PCP pareceu inverter a marcha em que declina há mais de vinte cinco anos.
Você, Manuela, não. Marcou passo, imobilizada na casa dos 20%. Bastava-lhe ter tido 33 ou 34 % dos votos para ganhar as legislativas, se tivesse sabido captar 250.000 de votos do centro. Mas esse seu conservadorismo bafiento, esse falsete de dama ferrugenta, essa voz de lata velha, essa mentalidade de beata demagoga constituíam um lastro insuperável, mesmo em face de um Sócrates abalado e acossado por todos os lados.
Qualquer líder partidário - se excluirmos os pequenos e médios educadores da classe operária, inamovíveis por definição - saberia tirar a devida lição do resultado destas legislativas. Demitir-se-ia, pedindo desculpa aos apoiantes por não ter estado à altura do desafio. Esvaziaria a secretária e abalaria para férias bem longe. Por uma questão de decoro.
Você, Manuela, não. Continua por aí à solta, em prolongamentos serôdios de uma campanha eleitoral que já acabou. Do alto dos seus 29%, desafia Sócrates a alterar o programa com que o PS se apresentou ao eleitorado e ganhou. Num inaudito assomo de lata, acusa Sócrates de não ter tirado as necessárias ilações dos resultados eleitorais! Ao mesmo tempo que garante que fará uma «oposição responsável», ameaça chumbar o Orçamento mesmo antes de o ver. Manda o PS ir pedir apoio parlamentar aos partidos marxistas, como se alguém estivesse interessado no seu conselho. Enfim, um festival de postas de pescada e despautérios, a comprovar o bem que os portugueses andaram em tê-la rejeitado para primeira ministra.
Nenhum partido gosta de perder eleições, Manuela, mas no PSD não se perdoa a quem não vença. Por isso demita-se, antes que no seu partido a comam viva!
Publicada por Nik em NIKADAS
Viriato- Pontos : 16657
Distritais PSD de Lisboa e Porto querem directas já
Distritais PSD de Lisboa e Porto querem directas já
por EVA CABRAL
Hoje
Depois de Santana Lopes ter considerado que o agravamento da situação do País aconselha a que as directas para a liderança sejam realizadas mais cedo, as duas maiores distritais, de Lisboa e Porto, reforçam a ideia de que a "instabilidade" e "deterioração" que se sente no partido tem de ter um ponto final. O PSD profundo exige o reforço da oposição ao PS de Sócrates.
As duas maiores distritais do PSD, Lisboa e Porto, pedem a realização urgente de eleições para a liderança do partido. O líder da distrital de Lisboa, Carlos Carreiras , é claro ao considerar que a actual situação de grave "deterioração" em que vive o PSD aconselha a que se avance "para eleições directas tão depressa quanto seja possível".
Carlos Carreiras frisa que nos últimos dias se tem verificado um crescendo " de perda de bom senso e de falta de rumo político que já se sente nas relações entre a entende entre a direcção da bancada e a liderança de Ferreira Leite".
O dirigente considera que o ideal era antecipar o calendário das directas e refere mesmo que, no caso de Lisboa, se "nota o desespero para se encontrar um candidato de oposição à sua própria candidatura". E acrescenta existirem "indícios de que o secretário-geral e funcionários centrais podem ter a tentação de alterar o ficheiro de militantes".
Com eleições marcadas para 3 de Dezembro, Carlos Carreiras - que se recandidata a um novo mandato na distrital de Lisboa - refere ao DN que amanhã irá ter uma reunião com o secretário-geral, Luís Marques Guedes por causa do processo eleitoral.
O líder do PSD/Porto Marco António Costa pediu ontem a "marcação imediata de eleições directas", frisando que "a comissão política nacional do PSD está moribunda e deixou de existir".
Recentemente eleito para um novo mandato, Marco António reforçou o seu apelo para que o presidente da mesa do congresso "faça uma avaliação desses factos e que tome em consideração a necessidade de ser convocado um Conselho Nacional para a marcação imediata de directas no partido".
Para o líder da distrital do Porto, "a CPN é uma inexistência política e a prova disso mesmo é o facto da maioria dos seus membros faltarem às reuniões ", frisou.
Marco António adiantou que o "PSD vive um ambiente de completa instabilidade interna e é ridículo ver figuras cimeiras do partido atacarem a direcção do grupo parlamentar". Para o líder da distrital do Porto verifica-se que " desde o conselho nacional até hoje aquilo que tinha sido uma decisão para garantir a estabilidade e tranquilidade interna para podermos debater o Programa do Governo e o Orçamento do Estado afinal não aconteceu".
Na linha da defesa urgente de directas está Nogueira Leite, um apoiante de Pedro Passos Coelho que assume uma visão muito negra da actual situação do país ao dizer ao DN que "desde o PREC não se via em Portugal uma tal situação de descontrolo e de desgoverno". Face a esta situação de crise grave, o "PSD não pode ter uma direcção que os portugueses demitiram nas ultimas eleições ". Para Nogueira Leite, "o país precisa do PSD e o partido de uma direcção que se preocupe com o futuro". A actual "está moribunda" e "não se pode estar a perder tempo na esperança de que Cristo desça à terra", diz, numa alusão a uma eventual candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa (ver caixa).
O crescendo de vozes a pedir o acelerar do dossier das directas está a fervilhar um pouco por todo lado.
Marcelo Nuno, da concelhia do PSD de Coimbra, adiantou ao DN que "não se pode continuar à espera que o PS tropece e caia". Ou seja, " o PSD tem de voltar a ter uma direcção e um rumo por forma a que os portugueses possam voltar a olhar para o partido como uma alternativa".
Para que isso possa acontecer " o PSD tem de clarificar-se já" pois quando mais depressa " se encontrar uma nova liderança mais depressa se pode começar a trabalhar na defesa dos interesses do pais".
Carlos Marta, presidente da câmara de Tondela, é igualmente claro: "tudo o que puder ser feito para antecipar os calendários das directas é positivo". Realça que face ao agravar da situação do país "não ha qualquer vantagem em se prolongar esta indefinição".
Recorde-se que foi o ex-líder do PSD, Pedro Santana Lopes que na edição do semanário Sol defendeu a antecipação das directas no PSD "face ao agravamento da situação no pais". Para Santana Lopes "seja qual for a data de apresentação do Orçamento, impõe-se, face ao agravamento da situação do país, que seja clarificado o mais depressa possível o poder no PSD".
Em seu entender, Ferreira Leite "pode e deve representar o partido no debate do OE "mas nada impede que o PSD marque, inicie e desenvolva o processo de escolha de nova liderança".
In DN
por EVA CABRAL
Hoje
Depois de Santana Lopes ter considerado que o agravamento da situação do País aconselha a que as directas para a liderança sejam realizadas mais cedo, as duas maiores distritais, de Lisboa e Porto, reforçam a ideia de que a "instabilidade" e "deterioração" que se sente no partido tem de ter um ponto final. O PSD profundo exige o reforço da oposição ao PS de Sócrates.
As duas maiores distritais do PSD, Lisboa e Porto, pedem a realização urgente de eleições para a liderança do partido. O líder da distrital de Lisboa, Carlos Carreiras , é claro ao considerar que a actual situação de grave "deterioração" em que vive o PSD aconselha a que se avance "para eleições directas tão depressa quanto seja possível".
Carlos Carreiras frisa que nos últimos dias se tem verificado um crescendo " de perda de bom senso e de falta de rumo político que já se sente nas relações entre a entende entre a direcção da bancada e a liderança de Ferreira Leite".
O dirigente considera que o ideal era antecipar o calendário das directas e refere mesmo que, no caso de Lisboa, se "nota o desespero para se encontrar um candidato de oposição à sua própria candidatura". E acrescenta existirem "indícios de que o secretário-geral e funcionários centrais podem ter a tentação de alterar o ficheiro de militantes".
Com eleições marcadas para 3 de Dezembro, Carlos Carreiras - que se recandidata a um novo mandato na distrital de Lisboa - refere ao DN que amanhã irá ter uma reunião com o secretário-geral, Luís Marques Guedes por causa do processo eleitoral.
O líder do PSD/Porto Marco António Costa pediu ontem a "marcação imediata de eleições directas", frisando que "a comissão política nacional do PSD está moribunda e deixou de existir".
Recentemente eleito para um novo mandato, Marco António reforçou o seu apelo para que o presidente da mesa do congresso "faça uma avaliação desses factos e que tome em consideração a necessidade de ser convocado um Conselho Nacional para a marcação imediata de directas no partido".
Para o líder da distrital do Porto, "a CPN é uma inexistência política e a prova disso mesmo é o facto da maioria dos seus membros faltarem às reuniões ", frisou.
Marco António adiantou que o "PSD vive um ambiente de completa instabilidade interna e é ridículo ver figuras cimeiras do partido atacarem a direcção do grupo parlamentar". Para o líder da distrital do Porto verifica-se que " desde o conselho nacional até hoje aquilo que tinha sido uma decisão para garantir a estabilidade e tranquilidade interna para podermos debater o Programa do Governo e o Orçamento do Estado afinal não aconteceu".
Na linha da defesa urgente de directas está Nogueira Leite, um apoiante de Pedro Passos Coelho que assume uma visão muito negra da actual situação do país ao dizer ao DN que "desde o PREC não se via em Portugal uma tal situação de descontrolo e de desgoverno". Face a esta situação de crise grave, o "PSD não pode ter uma direcção que os portugueses demitiram nas ultimas eleições ". Para Nogueira Leite, "o país precisa do PSD e o partido de uma direcção que se preocupe com o futuro". A actual "está moribunda" e "não se pode estar a perder tempo na esperança de que Cristo desça à terra", diz, numa alusão a uma eventual candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa (ver caixa).
O crescendo de vozes a pedir o acelerar do dossier das directas está a fervilhar um pouco por todo lado.
Marcelo Nuno, da concelhia do PSD de Coimbra, adiantou ao DN que "não se pode continuar à espera que o PS tropece e caia". Ou seja, " o PSD tem de voltar a ter uma direcção e um rumo por forma a que os portugueses possam voltar a olhar para o partido como uma alternativa".
Para que isso possa acontecer " o PSD tem de clarificar-se já" pois quando mais depressa " se encontrar uma nova liderança mais depressa se pode começar a trabalhar na defesa dos interesses do pais".
Carlos Marta, presidente da câmara de Tondela, é igualmente claro: "tudo o que puder ser feito para antecipar os calendários das directas é positivo". Realça que face ao agravar da situação do país "não ha qualquer vantagem em se prolongar esta indefinição".
Recorde-se que foi o ex-líder do PSD, Pedro Santana Lopes que na edição do semanário Sol defendeu a antecipação das directas no PSD "face ao agravamento da situação no pais". Para Santana Lopes "seja qual for a data de apresentação do Orçamento, impõe-se, face ao agravamento da situação do país, que seja clarificado o mais depressa possível o poder no PSD".
Em seu entender, Ferreira Leite "pode e deve representar o partido no debate do OE "mas nada impede que o PSD marque, inicie e desenvolva o processo de escolha de nova liderança".
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Ferreira Leite: há menos liberdade e justiça no país
Ferreira Leite: há menos liberdade e justiça no país
por Lusa
Hoje
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, sustentou hoje que a sociedade portuguesa vive "um constante diluir dos contornos democráticos", em que cada dia há "um pouco menos de liberdade" e "um pouco menos de justiça".
No discurso de encerramento das jornadas parlamentares do PSD, num hotel de Espinho, Manuela Ferreira Leite defendeu que o progresso económico do país depende do "reforço do papel da sociedade civil" e da melhoria da "qualidade da democracia".
"De nada serve o anúncio de grandes medidas ou o modelo que se queira seguir de casos de sucesso se os fundamentos da democracia estão corroídos, se as pessoas não confiam nos seus dirigentes, se a concorrência for ignorada, se a honestidade não for garantia de todos os negócios em que intervenha o Estado", disse.
De acordo com a deputada e presidente do PSD, impõe-se recuperar a confiança dos portugueses nas instituições: "O descrédito e a desconfiança dos cidadãos tornam urgente que se alargue o sentido da democracia, transformando-a numa responsabilidade permanente perante as populações e não apenas numa episódica consulta nas datas eleitorais"
"Não podemos assistir a este constante diluir dos contornos democráticos, não podemos aceitar que cada dia se tenha um pouco menos: um pouco menos de liberdade, um pouco menos de confiança, um pouco menos de imparcialidade, um pouco menos de justiça. Não podemos aceitar esta degradação sistemática da nossa vida colectiva", declarou.
Quanto à justiça, Ferreira Leite perguntou "de que serve afirmar que o sistema de justiça é um dos pilares da democracia se, na prática, todos contribuem, pela sua actuação, para o clima de desconfiança instalado".
Quanto à política económica, a presidente do PSD questionou "de que servem investimentos públicos que, na prática, beneficiam grandes grupos económicos e não os portugueses em geral" e "um sector empresarial público, se na prática, as empresas são utilizadas como instrumentos de políticas do Governo que não nada têm a ver com o objectivo dessas empresas".
A ex-ministra das Finanças disse ainda que "não é protegendo os amigos e perseguindo os inimigos políticos que se fomenta a iniciativa e se cria na sociedade portuguesa um sentido de participação responsável e de energia criadora" e que cabe ao poder político mobilizar a "força colectiva, mas anónima" da sociedade civil.
"Foi neste sentido que o PSD colocou no centro do seu programa de acção a orientação para o reforço do papel da sociedade civil, quer criando espaço através da redução do papel do Estado, quer abrindo oportunidades e apoios para essa intervenção", concluiu, prometendo uma acção política "com coragem, sem complexos nem qualquer espécie de hesitações" por parte do seu partido no Parlamento.
IEL.
In DN
por Lusa
Hoje
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, sustentou hoje que a sociedade portuguesa vive "um constante diluir dos contornos democráticos", em que cada dia há "um pouco menos de liberdade" e "um pouco menos de justiça".
No discurso de encerramento das jornadas parlamentares do PSD, num hotel de Espinho, Manuela Ferreira Leite defendeu que o progresso económico do país depende do "reforço do papel da sociedade civil" e da melhoria da "qualidade da democracia".
"De nada serve o anúncio de grandes medidas ou o modelo que se queira seguir de casos de sucesso se os fundamentos da democracia estão corroídos, se as pessoas não confiam nos seus dirigentes, se a concorrência for ignorada, se a honestidade não for garantia de todos os negócios em que intervenha o Estado", disse.
De acordo com a deputada e presidente do PSD, impõe-se recuperar a confiança dos portugueses nas instituições: "O descrédito e a desconfiança dos cidadãos tornam urgente que se alargue o sentido da democracia, transformando-a numa responsabilidade permanente perante as populações e não apenas numa episódica consulta nas datas eleitorais"
"Não podemos assistir a este constante diluir dos contornos democráticos, não podemos aceitar que cada dia se tenha um pouco menos: um pouco menos de liberdade, um pouco menos de confiança, um pouco menos de imparcialidade, um pouco menos de justiça. Não podemos aceitar esta degradação sistemática da nossa vida colectiva", declarou.
Quanto à justiça, Ferreira Leite perguntou "de que serve afirmar que o sistema de justiça é um dos pilares da democracia se, na prática, todos contribuem, pela sua actuação, para o clima de desconfiança instalado".
Quanto à política económica, a presidente do PSD questionou "de que servem investimentos públicos que, na prática, beneficiam grandes grupos económicos e não os portugueses em geral" e "um sector empresarial público, se na prática, as empresas são utilizadas como instrumentos de políticas do Governo que não nada têm a ver com o objectivo dessas empresas".
A ex-ministra das Finanças disse ainda que "não é protegendo os amigos e perseguindo os inimigos políticos que se fomenta a iniciativa e se cria na sociedade portuguesa um sentido de participação responsável e de energia criadora" e que cabe ao poder político mobilizar a "força colectiva, mas anónima" da sociedade civil.
"Foi neste sentido que o PSD colocou no centro do seu programa de acção a orientação para o reforço do papel da sociedade civil, quer criando espaço através da redução do papel do Estado, quer abrindo oportunidades e apoios para essa intervenção", concluiu, prometendo uma acção política "com coragem, sem complexos nem qualquer espécie de hesitações" por parte do seu partido no Parlamento.
IEL.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Já poucos acreditam no regresso de Marcelo
Já poucos acreditam no regresso de Marcelo
por PAULA SÁ
Hoje
Directas. À terceira recusa explícita, poucos dirigentes do PSD - sobretudo os menos interessados numa liderança de Passos Coelho - acreditam que Cristo volte a descer à Terra. E não têm um plano B para atacar a liderança
No PSD há já muitos que acreditam que, desta vez, Cristo não desce mesmo à Terra, e sem ele Marcelo Rebelo de Sousa dificilmente avança para as próximas directas no PSD. "Se a legislatura chegar ao fim, o que é um incógnita, acontecerão outras directas antes das próximas legislativas e após as presidenciais", lembrou ao DN um dirigente social-democrata.
Um raciocíonio destinado a demonstrar a possibilidade do professor querer esperar por uma 'hora' mais conveniente e mais próxima da disputa do poder com o PS para se lançar numa corrida à liderança do partido.
Com a muito provável saída de cena de Marcelo - que ainda há uma semana rejeitou na RTP1, e pela terceira vez, a possibilidade de se candidatar à presidência do PSD - começa a ganhar algum peso a ideia de que "Pedro Passos Coelho pode acabar por ir às directas sozinho", como vaticina um deputado social-democrata.
"É preciso testá-lo. Se se sair bem em dois anos de mandato, que vão ser muito intensos e difíceis para quem for líder da oposição, será mais dificil destroná-lo em 2013. Mas se for um presidente fraco, outras figuras, como Rui Rio ou até Marcelo, poderão disputar com ele, nessa altura, a direcção do partido", refere a mesma fonte. Tudo no suposto que o governo minoritário de José Sócrates também sobrevive quatro anos às investidas da oposição.
Esta possibilidade de Passos Coelho ir a solo às directas de 2010 não encontra eco junto de um dos vice-presidentes do PSD que, sem se querer identificar, frisa que "não é essa a tradição no PSD". Na sua opinião, "aparecerá sempre alguém deste lado [leia-se do lado de Manuela Ferreira Leite ou dos barrosistas] a candidatar-se". Agora quando se pergunta "quem?", a resposta é menos decidida: "Vamos ver..."
Fontes parlamentares afirmam ao DN que José Pedro Aguiar-Branco, visto como potencial candidato à liderança, pode nem se vir a posicionar nesse sentido. Garantem mesmo que "começou a estabelecer pontes" com Pedro Passos Coelho, tanto mais que o seu braço-direito no Parlamento, Agostinho Branquinho, foi mandatário de Passos no Porto nas directas de 2008. E para a própria direcção da bancada escolheu para vices dois nomes que lhe são próximos, nada mais que Pedro Duarte e Miguel Frasquilho.
Nas duas últimas semanas as distritais do PSD deram nota de que estavam muito inquietas. Grande parte delas, incluindo a de Lisboa e Porto, reivindicaram eleições internas com urgência. Pedro Santana Lopes defendeu o acelerar do processo. Alegavam que a situação do País, na qual se incluía uma potencial crise política aberta pelo caso das escutas ao primeiro-ministro, e as divisões no seio do grupo parlamentar do partido, justificavam o apelo.
"Podem espernear o que quiserem, que o partido deve cumprir o que foi consensualizado no último Conselho Nacional, ou seja que será marcado um Conselho Nacional após o debate do Orçamento de Estado", diz um membro da direcção do PSD, para o qual "nada justifica uma mudança de posição do partido". A mesma fonte frisa que se "quando o PSD tiver cumprido o seu papel no debate do Orçamento, que se pode estender à discussão na especialidade, está esgotada a sua missão e as directas serão marcadas".
O que significa que Manuela Ferreira Leite poderia até marcar o Conselho Nacional, a quem cabe agendar as eleições internas, durante o debate do OE, mas as directas apenas deverão ocorrer em Março como já estava previsto e não em finais de Janeiro como pretendem as distritais. Uns meses de folga para que apareça o candidato alternativo a Passos Coelho.
De resto, ontem o presidente do Concelho Nacional, Rui Machete, secundou a tese da direcção: não há directas antecipadas.
In DN
por PAULA SÁ
Hoje
Directas. À terceira recusa explícita, poucos dirigentes do PSD - sobretudo os menos interessados numa liderança de Passos Coelho - acreditam que Cristo volte a descer à Terra. E não têm um plano B para atacar a liderança
No PSD há já muitos que acreditam que, desta vez, Cristo não desce mesmo à Terra, e sem ele Marcelo Rebelo de Sousa dificilmente avança para as próximas directas no PSD. "Se a legislatura chegar ao fim, o que é um incógnita, acontecerão outras directas antes das próximas legislativas e após as presidenciais", lembrou ao DN um dirigente social-democrata.
Um raciocíonio destinado a demonstrar a possibilidade do professor querer esperar por uma 'hora' mais conveniente e mais próxima da disputa do poder com o PS para se lançar numa corrida à liderança do partido.
Com a muito provável saída de cena de Marcelo - que ainda há uma semana rejeitou na RTP1, e pela terceira vez, a possibilidade de se candidatar à presidência do PSD - começa a ganhar algum peso a ideia de que "Pedro Passos Coelho pode acabar por ir às directas sozinho", como vaticina um deputado social-democrata.
"É preciso testá-lo. Se se sair bem em dois anos de mandato, que vão ser muito intensos e difíceis para quem for líder da oposição, será mais dificil destroná-lo em 2013. Mas se for um presidente fraco, outras figuras, como Rui Rio ou até Marcelo, poderão disputar com ele, nessa altura, a direcção do partido", refere a mesma fonte. Tudo no suposto que o governo minoritário de José Sócrates também sobrevive quatro anos às investidas da oposição.
Esta possibilidade de Passos Coelho ir a solo às directas de 2010 não encontra eco junto de um dos vice-presidentes do PSD que, sem se querer identificar, frisa que "não é essa a tradição no PSD". Na sua opinião, "aparecerá sempre alguém deste lado [leia-se do lado de Manuela Ferreira Leite ou dos barrosistas] a candidatar-se". Agora quando se pergunta "quem?", a resposta é menos decidida: "Vamos ver..."
Fontes parlamentares afirmam ao DN que José Pedro Aguiar-Branco, visto como potencial candidato à liderança, pode nem se vir a posicionar nesse sentido. Garantem mesmo que "começou a estabelecer pontes" com Pedro Passos Coelho, tanto mais que o seu braço-direito no Parlamento, Agostinho Branquinho, foi mandatário de Passos no Porto nas directas de 2008. E para a própria direcção da bancada escolheu para vices dois nomes que lhe são próximos, nada mais que Pedro Duarte e Miguel Frasquilho.
Nas duas últimas semanas as distritais do PSD deram nota de que estavam muito inquietas. Grande parte delas, incluindo a de Lisboa e Porto, reivindicaram eleições internas com urgência. Pedro Santana Lopes defendeu o acelerar do processo. Alegavam que a situação do País, na qual se incluía uma potencial crise política aberta pelo caso das escutas ao primeiro-ministro, e as divisões no seio do grupo parlamentar do partido, justificavam o apelo.
"Podem espernear o que quiserem, que o partido deve cumprir o que foi consensualizado no último Conselho Nacional, ou seja que será marcado um Conselho Nacional após o debate do Orçamento de Estado", diz um membro da direcção do PSD, para o qual "nada justifica uma mudança de posição do partido". A mesma fonte frisa que se "quando o PSD tiver cumprido o seu papel no debate do Orçamento, que se pode estender à discussão na especialidade, está esgotada a sua missão e as directas serão marcadas".
O que significa que Manuela Ferreira Leite poderia até marcar o Conselho Nacional, a quem cabe agendar as eleições internas, durante o debate do OE, mas as directas apenas deverão ocorrer em Março como já estava previsto e não em finais de Janeiro como pretendem as distritais. Uns meses de folga para que apareça o candidato alternativo a Passos Coelho.
De resto, ontem o presidente do Concelho Nacional, Rui Machete, secundou a tese da direcção: não há directas antecipadas.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Ex-líderes exigem à direcção do PSD "responsabilidade
Ex-líderes exigem à direcção do PSD "responsabilidade"
por RUI PEDRO ANTUNES,
com D.D.Hoje
Santana, Marcelo, Menezes e Rui Machete alertam que não se pode chumbar diplomas só porque estes são do PS. Pedem "responsabilidade" à bancada e liderança do partido
Dias depois das primeiras coligações negativas na Assembleia e à beira da discussão do Orçamento do Estado, quatro ex-presidentes laranjas deixam o aviso: o PSD tem de actuar de forma responsável na Assembleia da República. Ou seja, primeiro o interesse do País, depois o partido. Luís Filipe Menezes e Rui Machete juntaram-se ontem, em declarações ao DN, aos "avisos" já feitos por Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Santana Lopes.
O ex-líder e actual presidente da mesa do congresso do PSD, Rui Machete, disse ao DN que "a posição do PSD, que é o maior partido da oposição, tem de ser responsável e focada nos interesses do País". O social-democrata considera ainda que será "inadmissível" votar um assunto como o orçamento "por motivos de táctica política menor".
Rui Machete lembra ainda que "o orçamento é uma questão importante e o País vive um momento particularmente grave, por isso o PSD tem de votar em função do que é melhor para o País". Ou seja: "Não deve votar contra apenas com o objectivo de prejudicar o Governo."
Quem também apela a uma maior racionalidade nas decisões parlamentares é Luís Filipe Menezes. O autarca de Gaia diz que se deve exigir "uma estratégia" ao partido. "Não se podem tomar decisões casuísticas, impulsivas, para dar uma luz ao fundo do túnel a um líder ou para dar protagonismo a alguém", alerta.
"O que o PSD precisa é de saber como se posiciona neste quadro político. E não pode ser tacticista: vai aprovar um OE só porque tem medo de eleições?", questiona o ex-líder social-democrata.
Mais uma vez, Menezes não poupou críticas à liderança do partido: "As pessoas da actual direcção estão a condenar o partido a um desconto de tempo durante toda uma sessão legislativa - se calhar a única desta legislatura."
Apesar de defender que "o PSD não deve preocupar-se em fazer coligações negativas", Rui Machete afirma que o partido "também não deve evitar fazê-las quando for necessário".
Já no domingo, no seu programa na RTP, Marcelo Rebelo de Sousa criticou a deriva da bancada parlamentar, considerando que esta abriu um "precedente grave" ao aprovar o fim do Pagamento Especial por Conta na Assembleia da República. O professor considera que o PSD , enquanto "partido de Governo", não devia ter enveredado neste tipo de reprovações "para não converter isto em sistema".
O mesmo aviso já havia sido feito por outro ex-presidente do partido, Pedro Santana Lopes, que alertou que é "muito complicado" manter uma rotina de coligações negativas. "Quer se goste quer não das decisões do Governo, é quase impossível esta situação de o Parlamento ir revogando diplomas da responsabilidade do PS", alertou o social-democrata no seu blogue.
Desta forma, Santana Lopes defende que "uma coligação de contrários só para revogar também não se pode tornar um hábito". Isto, sob pena de "entrarmos na ingovernabilidade".
O vereador da Câmara de Lisboa faz ainda um reparo às diferentes sensibilidades de cada tema: "É preciso distinguir as matérias: revogar um diploma sobre uma concessão de um terminal de contentores não tem o significado nem o alcance de revogar medidas de política fiscal que um governo considere essenciais." Quatro ex-presidentes deixam, assim, uma palavra ao partido: "Responsabilidade."
In DN
por RUI PEDRO ANTUNES,
com D.D.Hoje
Santana, Marcelo, Menezes e Rui Machete alertam que não se pode chumbar diplomas só porque estes são do PS. Pedem "responsabilidade" à bancada e liderança do partido
Dias depois das primeiras coligações negativas na Assembleia e à beira da discussão do Orçamento do Estado, quatro ex-presidentes laranjas deixam o aviso: o PSD tem de actuar de forma responsável na Assembleia da República. Ou seja, primeiro o interesse do País, depois o partido. Luís Filipe Menezes e Rui Machete juntaram-se ontem, em declarações ao DN, aos "avisos" já feitos por Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Santana Lopes.
O ex-líder e actual presidente da mesa do congresso do PSD, Rui Machete, disse ao DN que "a posição do PSD, que é o maior partido da oposição, tem de ser responsável e focada nos interesses do País". O social-democrata considera ainda que será "inadmissível" votar um assunto como o orçamento "por motivos de táctica política menor".
Rui Machete lembra ainda que "o orçamento é uma questão importante e o País vive um momento particularmente grave, por isso o PSD tem de votar em função do que é melhor para o País". Ou seja: "Não deve votar contra apenas com o objectivo de prejudicar o Governo."
Quem também apela a uma maior racionalidade nas decisões parlamentares é Luís Filipe Menezes. O autarca de Gaia diz que se deve exigir "uma estratégia" ao partido. "Não se podem tomar decisões casuísticas, impulsivas, para dar uma luz ao fundo do túnel a um líder ou para dar protagonismo a alguém", alerta.
"O que o PSD precisa é de saber como se posiciona neste quadro político. E não pode ser tacticista: vai aprovar um OE só porque tem medo de eleições?", questiona o ex-líder social-democrata.
Mais uma vez, Menezes não poupou críticas à liderança do partido: "As pessoas da actual direcção estão a condenar o partido a um desconto de tempo durante toda uma sessão legislativa - se calhar a única desta legislatura."
Apesar de defender que "o PSD não deve preocupar-se em fazer coligações negativas", Rui Machete afirma que o partido "também não deve evitar fazê-las quando for necessário".
Já no domingo, no seu programa na RTP, Marcelo Rebelo de Sousa criticou a deriva da bancada parlamentar, considerando que esta abriu um "precedente grave" ao aprovar o fim do Pagamento Especial por Conta na Assembleia da República. O professor considera que o PSD , enquanto "partido de Governo", não devia ter enveredado neste tipo de reprovações "para não converter isto em sistema".
O mesmo aviso já havia sido feito por outro ex-presidente do partido, Pedro Santana Lopes, que alertou que é "muito complicado" manter uma rotina de coligações negativas. "Quer se goste quer não das decisões do Governo, é quase impossível esta situação de o Parlamento ir revogando diplomas da responsabilidade do PS", alertou o social-democrata no seu blogue.
Desta forma, Santana Lopes defende que "uma coligação de contrários só para revogar também não se pode tornar um hábito". Isto, sob pena de "entrarmos na ingovernabilidade".
O vereador da Câmara de Lisboa faz ainda um reparo às diferentes sensibilidades de cada tema: "É preciso distinguir as matérias: revogar um diploma sobre uma concessão de um terminal de contentores não tem o significado nem o alcance de revogar medidas de política fiscal que um governo considere essenciais." Quatro ex-presidentes deixam, assim, uma palavra ao partido: "Responsabilidade."
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Balsemão alerta para "suicídio lento" do PSD
Balsemão alerta para "suicídio lento" do PSD
por PAULA SÁ
Hoje
Num debate promovido pelo Instituto Sá Carneiro, o fundador do partido disse que o País não pode ficar "agarrado à paralisia e ao pântano"
Francisco Pinto Balsemão alertou ontem para o risco de o PSD caminhar para um "lento suicídio", caso não encontre a sua matriz ideológica e as causa e projectos para o futuro de Portugal. "É para isso que aqui estamos. Para inverter o pessimismo, para acabar com a resignação com a lamúria e com a desgraça que só ajudam os coveiros, que por aí proliferam, e também temos dentro do nosso partido", afirmou o fundador do PSD no primeiro debate de um ciclo organizado pelo Instituto Francisco Sá Carneiro, num hotel de Lisboa.
Na sua opinião, "mais do mesmo, mesmo que melhor executado, não nos leva a parte alguma senão a ficarmos agarrados à paralisia e ao pântano onde nos encontramos".
Balsemão lembrou o que o partido deverá ser: tolerante, reformista, interclassista, com forte convicção social, que aposta na sociedade civil, mas que não renuncia a atribuir ao Estado funções indelegáveis como a Defesa Nacional, a Justiça e os Impostos.
E o presidente do grupo Impresa até traçou ali naquele espaço de reflexão sobre os "novos desafios" para Portugal, organizado por Alexandre Relvas, um espécie de mini programa para o seu partido, que vai escolher um novo líder já no próximo ano.
Balsemão chamou ao PSD a "causa" do Ambiente. Lembrou a propósito o início da Conferência de Copenhaga, que se realiza dentro de dias, sobre esta matéria e exortou o seu partido a não ter medo de "desagradar a interesses instalados".
Nas relações de trabalho, Balsemão defendeu o conceito de flexisegurança, mas também o direito de trabalhadores terem uma palavra activa sobre decisões fundamentais nas empresas com dimensão, a que chamou de "co-gestão".
Em paralelo com as responsabilidade que devem ser delegadas na sociedade civil , nomeadamente nas instituições de solidariedade social, o militante número um do PSD frisou que o Estado "tem obrigação de cumprir os contratos que assina". Pagando a tempo e horas, disse, como aguardando os vistos do Tribunal de Contas, mas também fiscalizando quem celebra contratos com o Estado. "A falta de controlo pelo Estado, a impunidade dos incumpridores, a a tardia aplicação das sanções, quando existem, são factores graves de degradação do Estado de Direito e de descredibilização da Democracia".
O antigo primeiro-ministro bateu-se ainda pela avaliação a todos os níveis e em todos os sectores de actividade incluindo autarquias e o sistema judicial. E por rankings anuais para as actividades mais relevantes, entre escolas, universidades, hospitais e esquadras.
As grandes reformas da Justiça. da Educação, da Saúde e da Administração Pública só será possível, segundo Francisco Pinto Balsemão, "se assentarem em pactos de regime".
In DN
por PAULA SÁ
Hoje
Num debate promovido pelo Instituto Sá Carneiro, o fundador do partido disse que o País não pode ficar "agarrado à paralisia e ao pântano"
Francisco Pinto Balsemão alertou ontem para o risco de o PSD caminhar para um "lento suicídio", caso não encontre a sua matriz ideológica e as causa e projectos para o futuro de Portugal. "É para isso que aqui estamos. Para inverter o pessimismo, para acabar com a resignação com a lamúria e com a desgraça que só ajudam os coveiros, que por aí proliferam, e também temos dentro do nosso partido", afirmou o fundador do PSD no primeiro debate de um ciclo organizado pelo Instituto Francisco Sá Carneiro, num hotel de Lisboa.
Na sua opinião, "mais do mesmo, mesmo que melhor executado, não nos leva a parte alguma senão a ficarmos agarrados à paralisia e ao pântano onde nos encontramos".
Balsemão lembrou o que o partido deverá ser: tolerante, reformista, interclassista, com forte convicção social, que aposta na sociedade civil, mas que não renuncia a atribuir ao Estado funções indelegáveis como a Defesa Nacional, a Justiça e os Impostos.
E o presidente do grupo Impresa até traçou ali naquele espaço de reflexão sobre os "novos desafios" para Portugal, organizado por Alexandre Relvas, um espécie de mini programa para o seu partido, que vai escolher um novo líder já no próximo ano.
Balsemão chamou ao PSD a "causa" do Ambiente. Lembrou a propósito o início da Conferência de Copenhaga, que se realiza dentro de dias, sobre esta matéria e exortou o seu partido a não ter medo de "desagradar a interesses instalados".
Nas relações de trabalho, Balsemão defendeu o conceito de flexisegurança, mas também o direito de trabalhadores terem uma palavra activa sobre decisões fundamentais nas empresas com dimensão, a que chamou de "co-gestão".
Em paralelo com as responsabilidade que devem ser delegadas na sociedade civil , nomeadamente nas instituições de solidariedade social, o militante número um do PSD frisou que o Estado "tem obrigação de cumprir os contratos que assina". Pagando a tempo e horas, disse, como aguardando os vistos do Tribunal de Contas, mas também fiscalizando quem celebra contratos com o Estado. "A falta de controlo pelo Estado, a impunidade dos incumpridores, a a tardia aplicação das sanções, quando existem, são factores graves de degradação do Estado de Direito e de descredibilização da Democracia".
O antigo primeiro-ministro bateu-se ainda pela avaliação a todos os níveis e em todos os sectores de actividade incluindo autarquias e o sistema judicial. E por rankings anuais para as actividades mais relevantes, entre escolas, universidades, hospitais e esquadras.
As grandes reformas da Justiça. da Educação, da Saúde e da Administração Pública só será possível, segundo Francisco Pinto Balsemão, "se assentarem em pactos de regime".
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"Patriotismo também é a líder perceber que deve afastar-se"
"Patriotismo também é a líder perceber que deve afastar-se"
por PAULA SÁ
Hoje
Carlos Carreiras reconquistou a liderança da distrital de Lisboa do PSD. Não tenciona apoiar nenhum candidato nas próximas directas. Diz que a "estabilidade" do partido ainda pode estar longe de se alcançar. E deixa recados à líder do PSD, que esteve ao lado de Bacelar Gouveia, o adversário derrotado
Uma das vozes mais críticas da actual direcção do PSD, Carlos Carreiras, reconquistou a presidência da distrital de Lisboa do PSD. Venceu por uma larga margem o adversário que se candidatou apoiado por Manuela Ferreira Leite. Diz que a derrota de Jorge Bacelar Gouveia é mais uma derrota da líder do PSD e deixa-lhe um recado: "Patriotismo passa por cada um de nós dar o que pode ao País. Mas patriotismo também é a líder perceber que se deve afastar".
Carlos Carreiras, que também é vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais afirma que foi "falta de bom senso" a presidente do PSD ter-se envolvido nesta disputa. "É bom que ela deixe o PSD respirar para que sejam encontradas as soluções de futuro". O líder distrital entende que "o partido não pode ficar refém por muito tempo de um único candidato anunciado [Pedro Passos Coelho] apenas porque a outra sensibilidade [ a de Ferreira Leite] não avança porque não tem candidato".
Apesar da importância das eleições directas, que na sua opinião deveriam ser marcadas logo após a aprovação na generalidade do Orçamento de Estado para 2010, Carreiras sublinha que, como dirigente distrital, se deve "salvaguardar" para que existam instâncias internas no partido com condições de criar estabilidade.
"Na situação em que o partido se encontra, não está garantido que, mesmo após as eleições internas, se encontre a estabilidade", afirma o dirigente que, em 2008, apoiou Passos Coelho à liderança do PSD.
Carlos Carreiras diz que a sua principal tarefa na distrital de Lisboa é de contribuir para que o partido reconquiste a confiança dos portugueses. "Em vez de se precipitar a escolher lideranças, o partido devia debater um projecto para o País, que se encontra numa situação crítica".
Neste ponto chama a atenção para as palavras de Francisco Pinto Balsemão, que alertou esta semana os militantes para o perigo de um "lento suicídio" caso o partido não conseguisse encontrar a sua matriz ideológica. "O partido devia reaprender com o seu fundador".
Carreiras, que foi reconduzido como líder da distrital com mais de 60% dos votos, contra 35% de Bacelar Gouveia, ganhou em 21 das 25 secções daquela estrutura e em nove dos 10 concelhos que a compõem. A equipa que o acompanha é de "continuidade". Os seus dois vice-presidentes sâo Pedro Afonso de Paulo e Sérgio Lipari e a presidente da Mesa da Assembleia do PSD da Área Metropolitana de Lisboa é Assunção Esteves.
Na sua habitual rubrica no semanário Sol, Pedro Santana Lopes também foi ao encontro da ideia de Balsemão que faltam causas ao PSD, um partido "demasiado igual" ao PS. E voltou a defender a necessidade de um congresso antes de entrar no processo das directas.
O antigo líder do PSD entende que é preciso discutir, entre outras coisas, os estatutos do partido, o seu regime de financiamento, o programa e o regulamento disciplinar.
"Tudo isto interessa muito. Pode ser que alguns queiram continuar 'a navegar na maionese'. Mas também pode ser que as pessoas se convençam de que, assim, já não dá mais". Acrescenta ainda: "Está na hora de todos as decisões. é que os diamantes são para sempre. Os partidos não. Já muitos acabaram".
In DN
por PAULA SÁ
Hoje
Carlos Carreiras reconquistou a liderança da distrital de Lisboa do PSD. Não tenciona apoiar nenhum candidato nas próximas directas. Diz que a "estabilidade" do partido ainda pode estar longe de se alcançar. E deixa recados à líder do PSD, que esteve ao lado de Bacelar Gouveia, o adversário derrotado
Uma das vozes mais críticas da actual direcção do PSD, Carlos Carreiras, reconquistou a presidência da distrital de Lisboa do PSD. Venceu por uma larga margem o adversário que se candidatou apoiado por Manuela Ferreira Leite. Diz que a derrota de Jorge Bacelar Gouveia é mais uma derrota da líder do PSD e deixa-lhe um recado: "Patriotismo passa por cada um de nós dar o que pode ao País. Mas patriotismo também é a líder perceber que se deve afastar".
Carlos Carreiras, que também é vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais afirma que foi "falta de bom senso" a presidente do PSD ter-se envolvido nesta disputa. "É bom que ela deixe o PSD respirar para que sejam encontradas as soluções de futuro". O líder distrital entende que "o partido não pode ficar refém por muito tempo de um único candidato anunciado [Pedro Passos Coelho] apenas porque a outra sensibilidade [ a de Ferreira Leite] não avança porque não tem candidato".
Apesar da importância das eleições directas, que na sua opinião deveriam ser marcadas logo após a aprovação na generalidade do Orçamento de Estado para 2010, Carreiras sublinha que, como dirigente distrital, se deve "salvaguardar" para que existam instâncias internas no partido com condições de criar estabilidade.
"Na situação em que o partido se encontra, não está garantido que, mesmo após as eleições internas, se encontre a estabilidade", afirma o dirigente que, em 2008, apoiou Passos Coelho à liderança do PSD.
Carlos Carreiras diz que a sua principal tarefa na distrital de Lisboa é de contribuir para que o partido reconquiste a confiança dos portugueses. "Em vez de se precipitar a escolher lideranças, o partido devia debater um projecto para o País, que se encontra numa situação crítica".
Neste ponto chama a atenção para as palavras de Francisco Pinto Balsemão, que alertou esta semana os militantes para o perigo de um "lento suicídio" caso o partido não conseguisse encontrar a sua matriz ideológica. "O partido devia reaprender com o seu fundador".
Carreiras, que foi reconduzido como líder da distrital com mais de 60% dos votos, contra 35% de Bacelar Gouveia, ganhou em 21 das 25 secções daquela estrutura e em nove dos 10 concelhos que a compõem. A equipa que o acompanha é de "continuidade". Os seus dois vice-presidentes sâo Pedro Afonso de Paulo e Sérgio Lipari e a presidente da Mesa da Assembleia do PSD da Área Metropolitana de Lisboa é Assunção Esteves.
Na sua habitual rubrica no semanário Sol, Pedro Santana Lopes também foi ao encontro da ideia de Balsemão que faltam causas ao PSD, um partido "demasiado igual" ao PS. E voltou a defender a necessidade de um congresso antes de entrar no processo das directas.
O antigo líder do PSD entende que é preciso discutir, entre outras coisas, os estatutos do partido, o seu regime de financiamento, o programa e o regulamento disciplinar.
"Tudo isto interessa muito. Pode ser que alguns queiram continuar 'a navegar na maionese'. Mas também pode ser que as pessoas se convençam de que, assim, já não dá mais". Acrescenta ainda: "Está na hora de todos as decisões. é que os diamantes são para sempre. Os partidos não. Já muitos acabaram".
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
PSD dividido sobre congresso 'extra'
PSD dividido sobre congresso 'extra'
por PAULA SÁ
Hoje
As movimentações no PSD para antecipar a escolha de um novo líder acentuam-se. Santana quer a realização de um congresso extraordinário. Marco António aceita, se for para antecipar as directas. Mas há vozes contra.
A realização de um congresso extraordinário no PSD para debater a situação do partido antes da convocação das eleições directas, como é defendido pelo antigo líder Santana Lopes, divide as distritais do PSD. Mas Marco António Costa, o líder da maior daquelas estruturas, a do Porto, apoia "qualquer marcação de congresso que sirva para criar as condições para que as directas no partido se realizem com urgência" . O PSD, afirma, está a "apodrecer publicamente".
Marco António Costa admite a necessidade de uma "reflexão profunda sobre o regime político do País e sobre a proposta alternativa que o PSD terá de apresentar ao portugueses. Contudo, rejeita liminarmente a possibilidade de, a ser convocado um congresso extraordinário, serem discutidos os estatutos do partido no sentido de se abandonarem as directas e se retomarem os congressos electivos. "O que é importante é a marcação das directas. Em Janeiro, quando o partido acordar para a situação a que chegámos, e as sondagens mostrarem uma permanente degradação da nossa situação em termos eleitorais, vai ter um sobressalto." Janeiro, sublinha, "é o mês das decisões definitivas no PSD". Mesmo que sejam convocadas eleições na altura da apresentação do Orçamento para 2010, Marco António lembra que só se realizarão em Março. "Deixar arrastar as coisas até Maio é prolongar a agonia política que o partido está a passar."
Mendes Bota, da distrital de Faro do PSD, mostra-se contra a realização de um congresso extraordinário. "O ganho é pouco, porque apenas se anteciparia num mês a realização das eleições internas", sublinha o deputado. E considera que seria "sujeitar o PSD a um maior desgaste junto da opinião pública".
Outra voz contra a reunião magna do partido é de Virgílio Costa. "Quanto mais mexemos na vida interna do partido mais o fragilizamos" , assegura o líder da distrital de Braga, que pede a mobilização dos dirigentes para um debate profundo, mas apenas nas várias estruturas do partido.
In DN
por PAULA SÁ
Hoje
As movimentações no PSD para antecipar a escolha de um novo líder acentuam-se. Santana quer a realização de um congresso extraordinário. Marco António aceita, se for para antecipar as directas. Mas há vozes contra.
A realização de um congresso extraordinário no PSD para debater a situação do partido antes da convocação das eleições directas, como é defendido pelo antigo líder Santana Lopes, divide as distritais do PSD. Mas Marco António Costa, o líder da maior daquelas estruturas, a do Porto, apoia "qualquer marcação de congresso que sirva para criar as condições para que as directas no partido se realizem com urgência" . O PSD, afirma, está a "apodrecer publicamente".
Marco António Costa admite a necessidade de uma "reflexão profunda sobre o regime político do País e sobre a proposta alternativa que o PSD terá de apresentar ao portugueses. Contudo, rejeita liminarmente a possibilidade de, a ser convocado um congresso extraordinário, serem discutidos os estatutos do partido no sentido de se abandonarem as directas e se retomarem os congressos electivos. "O que é importante é a marcação das directas. Em Janeiro, quando o partido acordar para a situação a que chegámos, e as sondagens mostrarem uma permanente degradação da nossa situação em termos eleitorais, vai ter um sobressalto." Janeiro, sublinha, "é o mês das decisões definitivas no PSD". Mesmo que sejam convocadas eleições na altura da apresentação do Orçamento para 2010, Marco António lembra que só se realizarão em Março. "Deixar arrastar as coisas até Maio é prolongar a agonia política que o partido está a passar."
Mendes Bota, da distrital de Faro do PSD, mostra-se contra a realização de um congresso extraordinário. "O ganho é pouco, porque apenas se anteciparia num mês a realização das eleições internas", sublinha o deputado. E considera que seria "sujeitar o PSD a um maior desgaste junto da opinião pública".
Outra voz contra a reunião magna do partido é de Virgílio Costa. "Quanto mais mexemos na vida interna do partido mais o fragilizamos" , assegura o líder da distrital de Braga, que pede a mobilização dos dirigentes para um debate profundo, mas apenas nas várias estruturas do partido.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"Liderança do PSD está fora de questão"
"Liderança do PSD está fora de questão"
por Paula Sá e Nuno Saraiva
Hoje
O antigo líder quer que a "federação das pessoas que se detestam" se enfrente olhos nos olhos. Como nos bons velhos tempos do PSD. Santana Lopes diz que os candidatos à liderança devem sair da toca. Até porque acredita que o País se pode tornar ingovernável. E o partido tem de estar a postos.
Em 2005 despediu-se da liderança do PSD com um aviso, "vou andar por aí". Esta iniciativa, de propor um congresso extraordinário, não electivo, antes das directas , é o "estou aqui"?
Não, acho que não. Esta iniciativa não tem propósitos individuais, não tem mesmo. Durante estes meses, andei a pensar o que fazer com a minha relação com o PSD. Fiz um esforço enorme, enorme, para me manter ligado à vida de um partido com a qual eu não me identificava, internamente não me identifico de todo.
Como é que se lidera um partido com que não se identifica?
Tem de se mudar, eu não tive tempo para o mudar. Fui líder do partido oito meses... Se tivesse ficado, mudava radicalmente. E é isso que o partido tem de ponderar. A história das quotas e das eleições directas a nível distrital, a nível nacional, as consequências que tudo isto tem, as inerências, as não inerências, as acumulações de cargos, os prolongamentos de mandato, as sucessões de mandato, os financiamentos… Porque a política não está no nível em que está por acaso. Eu acho, aliás, que o PSD está um bocado como está o País.
Em crise?
Está descrente, está mal, está disfuncional, está com um estado de espírito negativo, está triste, céptico, muito céptico em relação ao seu futuro. Para não lhe dizer que alguns estão convencidos que não têm mesmo um futuro. O PSD atingiu a fase aguda, a fase crítica de uma patologia muito complicada e que tem a ver com o facto do PSD padecer de um problema talvez de "confusionismo" ideológico desde a sua nascença. O estado do PSD corresponde um pouco ao estado de Portugal, eu acho que o País também começou a cair com a saída de António Guterres.
O PSD mantém-se em queda?
Está com a liderança indefinida, tem um governo quase em gestão, que o é o da dr.ª Manuela Ferreira Leite. Tem uma série de outros grupos políticos, que ainda não derrubaram a actual liderança mas preparam-se para o momento em que caia… A questão é que se o PSD quer mudar o País deve começar por se mudar a si próprio. Actualmente é uma federação de grupos que se detestam.
Mas isso não é de hoje.
Não, não. Antes isto era secundarizado ou pelo poder ou pelas causas do PSD. O PSD, de alguma maneira, perdeu causas quando o País se democratizou plenamente. O PSD é um partido cuja ideologia principal é a liberdade. Hoje, nas causas em que os outros partidos têm posições muito firmes, o PSD dá liberdade de voto. Nas causas fracturantes, o CDS é contra, o PS é a favor, e o PSD? Dá liberdade de voto! Não é mau dar liberdade de voto, o problema é que o PSD cada vez mais dá liberdade de voto em mais matérias. Porquê? Porque o PSD cada vez menos tem posições definidas.
Um PSD sem identidade?
Escrevi há 20 anos numa colectânea de ciência política um artigo que era "PPD-PSD: a dependência do carisma". Porque, de facto, sempre foi o carisma das lideranças que uniu o PSD. Mesmo quando não está no poder, o PS une-se. E o PSD mesmo quando às vezes está no poder alguns grupos continuam em guerra interna.
Mas essa não é uma marca do PSD do pós-cavaquismo?
Sem dúvida. Então temos de clarificar isso. Não há nada pior do que continuar na ilusão, e neste congresso tem de ser dito tudo! Mesmo aquilo que normalmente é heresia. E colocarmo-nos todos em causa!
E apontar o dedo aos culpados?
Sim também.
E quem são?
Será no congresso, cara a cara.
E vai utilizar o seu carisma para os obrigar a olhar para o espelho, é isso?
Não vou utilizar carisma nenhum!
Mas tem, sabe que tem dentro do partido?
Acho que tenho alguma autoridade no partido, isso tenho. Mas é por isso que eu fiz esta opção. Eu fui candidato à liderança há um ano e meio. E há um ano e meio disse, se me quiserem eleger, há quem goste, há quem não goste, eu estou aqui. Não quiseram, elegeram a dr.ª Manuela Ferreira Leite, muito bem. Fiquei com a minha consciência tranquila, fiz o que entendi que tinha obrigação de fazer. Como tinha sido eu a disputar eleições com o engenheiro Sócrates em 2005 disse: se quiserem que seja eu a disputar estas, eu estou disponível. E acho que tinha alguma autoridade para o fazer. Compreendo perfeitamente que não tenham querido, houve um terço quase que quis, mas a maioria não quis. Está entregue! Agora não, agora o meu caminho foi outro. Não é colocar-me no papel de figura veneranda ou de senador. Confesso, nos últimos meses ando a hesitar entre fico ou saio do partido.
Ciclicamente, nos últimos anos, tem acenado com essa possibilidade.
É porque vejo normalmente, e continuo a ver, o PSD muito situacionista, o PSD muito ortodoxo, o PSD muito co-responsável em determinado tipo de políticas, até financeiras e orçamentais. Vejo o PSD muito pouco imaginativo. Mas tem de se preparar para romper a tempo, e preparar uma nova modulação do sistema do Governo, do sistema eleitoral, do próprio funcionamento das finanças públicas, da orçamentação de toda a despesa pública, do combate contra a desertificação do território. Há muitas causas!
Mas alguma vez vai ter mesmo coragem para romper com o PSD?
Talvez não... Mas eu acho que estas matérias não se podem decidir só com o sentimento. Porque a política serve para fazermos, de facto, sem pretensiosismo, o que achamos que é mais adequado para o País. Lembro-me sempre do que o meu professor de Religião e Moral, me dizia: "Se deixarmos o mundo um dia um bocadinho melhor do que o encontrámos, um bocadinho só, já não é mau."
Mas o seu limite, qual é? O partido manter-se preso às guerras de facções?
Pode ser. Se o PSD continuar assim, para mim não serve e termina. Eu não pertenço a um partido como a clube de futebol, não é a mesma coisa! De um clube de futebol, somos a vida toda, num partido, estamos por causas. Andamos todos nestas guerras de alecrim e manjerona. O PSD é uma federação de boxe, de pugilato. Cada líder que está em funções sabe que isto tem de ter regras, tem um período que é a campanha e não podem andar outras pessoas a dizer coisas diferentes do que as da liderança, ou têm de ser expulsos! Não pode haver desentendimentos, senão não é um partido, isto é um casino, como dizem os italianos, cada um faz o que quer, e acabou. Tem de ter regras, é uma instituição, é uma entidade a sério.
Está a falar de quem? De Pedro Passos Coelho?
Não, palavra de honra! Eu até me estava a lembrar do tempo em que exercia as funções de liderança, nem estava a pensar nesta agora. Não se podem pôr bombas no caminho de quem está a liderar.
E já não colocou as suas "bombas"?
Já, com certeza, fiz isso quando era jovem! Neste congresso estamos todos em causa e tem de estar tudo em causa! Eu, com certeza… mas o que acho que tem de estar em cima da mesa, eu vou dizer no congresso quais são, em minha opinião, as causas principais do insucesso do PSD desde há cerca de dez anos e o que é que o PSD precisa de fazer para ter sucesso. Nós vamos ter anos dificílimos no País. Anos de corte no Estado-Providência, nos direitos das pessoas, anos de limitação das possibilidades de intervenção do Estado. O Estado tem de ser forte! O Estado, numa democracia, nunca é forte se os partidos são fracos, e os nossos partidos são cada vez mais fracos.
A democracia está fraca?
Com certeza! Temos eleições presidenciais para o ano. Eu quase diria que as presidenciais podem ser providenciais se os candidatos à presidência assumirem a realidade das coisas, há aqui um problema de ligação à realidade. Nós continuámos a fazer discursos como se o País fosse outro diferente daquele que é. Este funcionamento do sistema de governo para mim está errado, temos de chegar à conclusão: ou o Presidente preside ao Conselho de Ministros, como em França, ou o Presidente deixa de poder dissolver como dissolveu como na altura em que exerci o cargo de primeiro-ministro.
Matéria para pensar na revisão constitucional?
Com certeza!
Concorda com a postura da oposição no Parlamento?
O País não aguenta é dois orçamentos, duas maneiras de pensar e conceber a governação ao mais alto nível do Estado. Nisso estou de acordo com o primeiro-ministro, a Assembleia não pode estar a aprovar normas sem ter a proposta do Governo. Agora, também acho, como disse antes de ser vítima disso, não podemos ter os presidentes a ser oposições ao Governo e o Governo a ser oposições ao Presidente. É uma loucura! O que acontece neste país não acontece em mais país nenhum do mundo!
É isso que está a acontecer no momento?
Penso que sim.
E se o OE para 2010 for "chumbado", e estalar uma crise política, acha que a dr.ª Manuela Ferreira Leite tem condições para ir novamente a eleições?
Não tenho jeito para realizador de cinema, portanto, não vou elaborar cenários.
Mas pode acontecer!
Se eu pedi a convocatória do congresso... É para falarmos de tudo isso!
Mas esperar pelo Orçamento para eleger nova liderança é mau para o PSD?
Sim, eu escrevi "acho que não podemos esperar mais por esse calendário extraordinário no estado em que está o País". Até disse que a dr.ª Manuela Ferreira Leite devia representar sempre o PSD no debate do Orçamento do Estado, mas a escolha da liderança é outra coisa. É muito melhor tratarmos do assunto, nomeadamente já com a preparação de um congresso, do que irmos ter directas primeiro, em que anda cada candidato pelo País a correr sozinho e nunca se encontram. E se for a congresso à antiga, e não estes congressos como tem havido agora depois das directas, há muita verdade que vai lá ser dita, não tenho dúvida nenhuma. E ai de quem não for!
Congresso para fazer sair da toca os candidatos?
Claro! Quem quiser ser candidato à liderança tem obrigação de dizer até ao congresso extraordinário, no máximo lá, que é candidato à liderança, é evidente. Esse congresso deve ser no primeiro fim-de-semana de Março, calculo, 5, 6 e 7 de Março, no último fim-de-semana de Fevereiro é apertado, pode ser mas é apertado…
Mas aí estamos a ir ao encontro do tal calendário da direcção do PSD…
Mas logo a seguir convocamos as directas. O próprio congresso convoca as directas. E garanto-lhe que, do congresso, já se vai saber e perceber para onde é que vai o PSD.
No artigo que escreveu no semanário Sol, uma das coisas que diz é que só se deve candidatar à liderança "quem for o rosto de uma nova esperança". O Pedro foi um dos rostos da Nova Esperança, isto quer dizer que admite a possibilidade de voltar a ser candidato à liderança do PSD?
Não! Esta iniciativa só é válida, só tem valor, depois de eu ter excluído completamente essa hipótese.
Está mesmo fora de questão?
Está fora de questão ser candidato à liderança do PSD.
Nem que Cristo desça à Terra?
(risos) Sim, sim. Nem sei dizer isso.
E se disser como o professor Marcelo...
Isso dá-me um grande à-vontade, porque eu hesitei muito se devia fazer isto ou não, hesitei. Eu estou farto também de ser mal interpretado. Agora, eu tinha duas alternativas, ou batia com a porta e dizia "não quero mais", ou então fazia aquilo que acho que é meu dever fazer, não batendo com a porta. Agora, estar cá dentro e estar a olhar para este jogo de recado para cá, recado para lá… o dr. Passos Coelho disse "eu vou", e deve ser saudado por isso, porque essa é uma atitude que é própria da história do PSD, de quem quer ser líder! Agora, quem mais queira ser, que se assuma. Pode-se compreender que não tenha assumido até agora, seja quem for, agora, eu não acredito que o PSD se resolva se houver só um candidato à liderança. Não há só uma maneira de pensar no partido, se for só um, é falso. Marcelo Rebelo de Sousa quer uma solução de unidade... Acho que não faz sentido.
Não é isso que o PSD precisa?
Não, porque é falso! Como se for o Passos Coelho sozinho também acho que é uma solução falsa. Não é que ele o tenha exigido, mas se mais ninguém fosse. Vamos lá fazer um congressozinho de verdade, de responsabilidade, Andamos a defender a verdade para o País, vamos lá praticá-la cá dentro e chamar as coisas pelos nomes que elas têm.
E quem pode avançar?
Não vou falar agora disso. A minha posição agora, que é óptima, devo dizer, é uma situação inédita para mim, é espoletar, é abrir a porta para outros, é dar o pontapé de saída, dizer "vamos a isto que o jogo está empatado".
Ferreira Leite não vai subscrever a sua iniciativa, mas concorda com ela.
Sim, e foi uma boa surpresa para mim. Hoje já me chegou que havia pessoas que diziam que eu estava combinado com a dr.ª Ferreira Leite, por amor de Deus! Não falei com ninguém, falei com dois filhos meus, mas durante estes meses, mais ninguém! Escrevi o artigo quarta à noite e ontem falei para a dr.ª Manuela Ferreira Leite a avisá-la, porque não queria que ela soubesse pelos jornais. Também não falei para o dr. Passos Coelho nem para o dr. Marcelo, nem para ninguém.
Nas eleições directas de 2008, considerava que Pedro Passos Coelho não tinha estatuto para ser candidato a primeiro-ministro.
Pois, exactamente.
Continua a pensar o mesmo?
Isso vou dizer no congresso.
Nas legislativas de 2005 obteve 28,7% dos votos. Toda a gente, nessa mesma noite, exigiu a sua demissão. A dr.ª Manuela Ferreira Leite obteve 29,11% dos votos. Acha que ela devia ter-se demitido logo naquela noite?
Eu vou falar disso no congresso, será um dos temas principais da minha intervenção. Anda muita gente com muita coisa atravessada na garganta. No congresso que elegeu a dr.ª Manuela Ferreira Leite, eu virei-me para a equipa dirigente e disse: "Aqui estão os senhores com o poder todo nas mãos para ganharem as eleições", depois de terem considerado outros menores, como foi o caso de Luís Filipe Menezes." Eram o dream team, os galácticos...
Espera um congresso tipo Figueira da Foz?
Um bocadinho… A pessoa até pode ser o dr. Passos Coelho, eu não descuro ninguém! É nas circunstâncias difíceis que os verdadeiros líderes se afirmam.
As legislativas contribuíram para a sua derrota em Lisboa?
O resultado influenciou um bocadinho. Mas mesmo sem esse resultado teria sido muito difícil ganhar ao dr. António Costa. Ainda assim fizemos um bom resultado.
Voltando ao País e à relação do Presidente da República com José Sócrates, e tendo em conta casos como o Freeport , e o que foi escrito pelo professor Cavaco Silva quando era primeiro-ministro, sobre "Boa e da Má Moeda', considera que, se o primeiro-ministro fosse Santana Lopes, o Governo já tinha caído?
É preciso responder?
Sim.
Também fica para o congresso. Mas não sou capaz de fazer ao engenheiro José Sócrates e ao professor Cavaco Silva aquilo que fizeram comigo. Não sou capaz de dizer que um deles é a má moeda…
Em Maio de 2008, numa entrevista ao semanário Expresso, que a dr.ª Manuela Ferreira Leite castiga, desmoraliza e deprime.
Era linguagem de campanha!
Tendo em conta os resultados que o PSD veio a obter depois, foi quase premonitório.
Linguagem de campanha... dr.ª Manuela Ferreira é uma pessoa decente, o que é muito importante nos tempos de hoje. Comete erros? Comete, com certeza. No relacionamento que tem com as outras pessoas, é justa, é injusta? Seguramente. Comigo, cumpriu sempre a palavra dada, foi correctíssima, e eu não esperava nem mais nem menos da dr.ª Manuela Ferreira Leite. Disse, na campanha, o que tinha a dizer, essa expressão é dura, foi dura, mas eu achava que a dr.ª Manuela Ferreira Leite podia não ter um grande resultado eleitoral.
E teve razão.
De facto, não teve, mas tenho pena de ter tido razão. Agora, honro-me de ter colaborado com ela.
Se um dia sair do PSD, estará no seu horizonte a criação de um novo partido?
Deus me livre, já viu o trabalho que já me deu este?! Não, não…
In DN
por Paula Sá e Nuno Saraiva
Hoje
O antigo líder quer que a "federação das pessoas que se detestam" se enfrente olhos nos olhos. Como nos bons velhos tempos do PSD. Santana Lopes diz que os candidatos à liderança devem sair da toca. Até porque acredita que o País se pode tornar ingovernável. E o partido tem de estar a postos.
Em 2005 despediu-se da liderança do PSD com um aviso, "vou andar por aí". Esta iniciativa, de propor um congresso extraordinário, não electivo, antes das directas , é o "estou aqui"?
Não, acho que não. Esta iniciativa não tem propósitos individuais, não tem mesmo. Durante estes meses, andei a pensar o que fazer com a minha relação com o PSD. Fiz um esforço enorme, enorme, para me manter ligado à vida de um partido com a qual eu não me identificava, internamente não me identifico de todo.
Como é que se lidera um partido com que não se identifica?
Tem de se mudar, eu não tive tempo para o mudar. Fui líder do partido oito meses... Se tivesse ficado, mudava radicalmente. E é isso que o partido tem de ponderar. A história das quotas e das eleições directas a nível distrital, a nível nacional, as consequências que tudo isto tem, as inerências, as não inerências, as acumulações de cargos, os prolongamentos de mandato, as sucessões de mandato, os financiamentos… Porque a política não está no nível em que está por acaso. Eu acho, aliás, que o PSD está um bocado como está o País.
Em crise?
Está descrente, está mal, está disfuncional, está com um estado de espírito negativo, está triste, céptico, muito céptico em relação ao seu futuro. Para não lhe dizer que alguns estão convencidos que não têm mesmo um futuro. O PSD atingiu a fase aguda, a fase crítica de uma patologia muito complicada e que tem a ver com o facto do PSD padecer de um problema talvez de "confusionismo" ideológico desde a sua nascença. O estado do PSD corresponde um pouco ao estado de Portugal, eu acho que o País também começou a cair com a saída de António Guterres.
O PSD mantém-se em queda?
Está com a liderança indefinida, tem um governo quase em gestão, que o é o da dr.ª Manuela Ferreira Leite. Tem uma série de outros grupos políticos, que ainda não derrubaram a actual liderança mas preparam-se para o momento em que caia… A questão é que se o PSD quer mudar o País deve começar por se mudar a si próprio. Actualmente é uma federação de grupos que se detestam.
Mas isso não é de hoje.
Não, não. Antes isto era secundarizado ou pelo poder ou pelas causas do PSD. O PSD, de alguma maneira, perdeu causas quando o País se democratizou plenamente. O PSD é um partido cuja ideologia principal é a liberdade. Hoje, nas causas em que os outros partidos têm posições muito firmes, o PSD dá liberdade de voto. Nas causas fracturantes, o CDS é contra, o PS é a favor, e o PSD? Dá liberdade de voto! Não é mau dar liberdade de voto, o problema é que o PSD cada vez mais dá liberdade de voto em mais matérias. Porquê? Porque o PSD cada vez menos tem posições definidas.
Um PSD sem identidade?
Escrevi há 20 anos numa colectânea de ciência política um artigo que era "PPD-PSD: a dependência do carisma". Porque, de facto, sempre foi o carisma das lideranças que uniu o PSD. Mesmo quando não está no poder, o PS une-se. E o PSD mesmo quando às vezes está no poder alguns grupos continuam em guerra interna.
Mas essa não é uma marca do PSD do pós-cavaquismo?
Sem dúvida. Então temos de clarificar isso. Não há nada pior do que continuar na ilusão, e neste congresso tem de ser dito tudo! Mesmo aquilo que normalmente é heresia. E colocarmo-nos todos em causa!
E apontar o dedo aos culpados?
Sim também.
E quem são?
Será no congresso, cara a cara.
E vai utilizar o seu carisma para os obrigar a olhar para o espelho, é isso?
Não vou utilizar carisma nenhum!
Mas tem, sabe que tem dentro do partido?
Acho que tenho alguma autoridade no partido, isso tenho. Mas é por isso que eu fiz esta opção. Eu fui candidato à liderança há um ano e meio. E há um ano e meio disse, se me quiserem eleger, há quem goste, há quem não goste, eu estou aqui. Não quiseram, elegeram a dr.ª Manuela Ferreira Leite, muito bem. Fiquei com a minha consciência tranquila, fiz o que entendi que tinha obrigação de fazer. Como tinha sido eu a disputar eleições com o engenheiro Sócrates em 2005 disse: se quiserem que seja eu a disputar estas, eu estou disponível. E acho que tinha alguma autoridade para o fazer. Compreendo perfeitamente que não tenham querido, houve um terço quase que quis, mas a maioria não quis. Está entregue! Agora não, agora o meu caminho foi outro. Não é colocar-me no papel de figura veneranda ou de senador. Confesso, nos últimos meses ando a hesitar entre fico ou saio do partido.
Ciclicamente, nos últimos anos, tem acenado com essa possibilidade.
É porque vejo normalmente, e continuo a ver, o PSD muito situacionista, o PSD muito ortodoxo, o PSD muito co-responsável em determinado tipo de políticas, até financeiras e orçamentais. Vejo o PSD muito pouco imaginativo. Mas tem de se preparar para romper a tempo, e preparar uma nova modulação do sistema do Governo, do sistema eleitoral, do próprio funcionamento das finanças públicas, da orçamentação de toda a despesa pública, do combate contra a desertificação do território. Há muitas causas!
Mas alguma vez vai ter mesmo coragem para romper com o PSD?
Talvez não... Mas eu acho que estas matérias não se podem decidir só com o sentimento. Porque a política serve para fazermos, de facto, sem pretensiosismo, o que achamos que é mais adequado para o País. Lembro-me sempre do que o meu professor de Religião e Moral, me dizia: "Se deixarmos o mundo um dia um bocadinho melhor do que o encontrámos, um bocadinho só, já não é mau."
Mas o seu limite, qual é? O partido manter-se preso às guerras de facções?
Pode ser. Se o PSD continuar assim, para mim não serve e termina. Eu não pertenço a um partido como a clube de futebol, não é a mesma coisa! De um clube de futebol, somos a vida toda, num partido, estamos por causas. Andamos todos nestas guerras de alecrim e manjerona. O PSD é uma federação de boxe, de pugilato. Cada líder que está em funções sabe que isto tem de ter regras, tem um período que é a campanha e não podem andar outras pessoas a dizer coisas diferentes do que as da liderança, ou têm de ser expulsos! Não pode haver desentendimentos, senão não é um partido, isto é um casino, como dizem os italianos, cada um faz o que quer, e acabou. Tem de ter regras, é uma instituição, é uma entidade a sério.
Está a falar de quem? De Pedro Passos Coelho?
Não, palavra de honra! Eu até me estava a lembrar do tempo em que exercia as funções de liderança, nem estava a pensar nesta agora. Não se podem pôr bombas no caminho de quem está a liderar.
E já não colocou as suas "bombas"?
Já, com certeza, fiz isso quando era jovem! Neste congresso estamos todos em causa e tem de estar tudo em causa! Eu, com certeza… mas o que acho que tem de estar em cima da mesa, eu vou dizer no congresso quais são, em minha opinião, as causas principais do insucesso do PSD desde há cerca de dez anos e o que é que o PSD precisa de fazer para ter sucesso. Nós vamos ter anos dificílimos no País. Anos de corte no Estado-Providência, nos direitos das pessoas, anos de limitação das possibilidades de intervenção do Estado. O Estado tem de ser forte! O Estado, numa democracia, nunca é forte se os partidos são fracos, e os nossos partidos são cada vez mais fracos.
A democracia está fraca?
Com certeza! Temos eleições presidenciais para o ano. Eu quase diria que as presidenciais podem ser providenciais se os candidatos à presidência assumirem a realidade das coisas, há aqui um problema de ligação à realidade. Nós continuámos a fazer discursos como se o País fosse outro diferente daquele que é. Este funcionamento do sistema de governo para mim está errado, temos de chegar à conclusão: ou o Presidente preside ao Conselho de Ministros, como em França, ou o Presidente deixa de poder dissolver como dissolveu como na altura em que exerci o cargo de primeiro-ministro.
Matéria para pensar na revisão constitucional?
Com certeza!
Concorda com a postura da oposição no Parlamento?
O País não aguenta é dois orçamentos, duas maneiras de pensar e conceber a governação ao mais alto nível do Estado. Nisso estou de acordo com o primeiro-ministro, a Assembleia não pode estar a aprovar normas sem ter a proposta do Governo. Agora, também acho, como disse antes de ser vítima disso, não podemos ter os presidentes a ser oposições ao Governo e o Governo a ser oposições ao Presidente. É uma loucura! O que acontece neste país não acontece em mais país nenhum do mundo!
É isso que está a acontecer no momento?
Penso que sim.
E se o OE para 2010 for "chumbado", e estalar uma crise política, acha que a dr.ª Manuela Ferreira Leite tem condições para ir novamente a eleições?
Não tenho jeito para realizador de cinema, portanto, não vou elaborar cenários.
Mas pode acontecer!
Se eu pedi a convocatória do congresso... É para falarmos de tudo isso!
Mas esperar pelo Orçamento para eleger nova liderança é mau para o PSD?
Sim, eu escrevi "acho que não podemos esperar mais por esse calendário extraordinário no estado em que está o País". Até disse que a dr.ª Manuela Ferreira Leite devia representar sempre o PSD no debate do Orçamento do Estado, mas a escolha da liderança é outra coisa. É muito melhor tratarmos do assunto, nomeadamente já com a preparação de um congresso, do que irmos ter directas primeiro, em que anda cada candidato pelo País a correr sozinho e nunca se encontram. E se for a congresso à antiga, e não estes congressos como tem havido agora depois das directas, há muita verdade que vai lá ser dita, não tenho dúvida nenhuma. E ai de quem não for!
Congresso para fazer sair da toca os candidatos?
Claro! Quem quiser ser candidato à liderança tem obrigação de dizer até ao congresso extraordinário, no máximo lá, que é candidato à liderança, é evidente. Esse congresso deve ser no primeiro fim-de-semana de Março, calculo, 5, 6 e 7 de Março, no último fim-de-semana de Fevereiro é apertado, pode ser mas é apertado…
Mas aí estamos a ir ao encontro do tal calendário da direcção do PSD…
Mas logo a seguir convocamos as directas. O próprio congresso convoca as directas. E garanto-lhe que, do congresso, já se vai saber e perceber para onde é que vai o PSD.
No artigo que escreveu no semanário Sol, uma das coisas que diz é que só se deve candidatar à liderança "quem for o rosto de uma nova esperança". O Pedro foi um dos rostos da Nova Esperança, isto quer dizer que admite a possibilidade de voltar a ser candidato à liderança do PSD?
Não! Esta iniciativa só é válida, só tem valor, depois de eu ter excluído completamente essa hipótese.
Está mesmo fora de questão?
Está fora de questão ser candidato à liderança do PSD.
Nem que Cristo desça à Terra?
(risos) Sim, sim. Nem sei dizer isso.
E se disser como o professor Marcelo...
Isso dá-me um grande à-vontade, porque eu hesitei muito se devia fazer isto ou não, hesitei. Eu estou farto também de ser mal interpretado. Agora, eu tinha duas alternativas, ou batia com a porta e dizia "não quero mais", ou então fazia aquilo que acho que é meu dever fazer, não batendo com a porta. Agora, estar cá dentro e estar a olhar para este jogo de recado para cá, recado para lá… o dr. Passos Coelho disse "eu vou", e deve ser saudado por isso, porque essa é uma atitude que é própria da história do PSD, de quem quer ser líder! Agora, quem mais queira ser, que se assuma. Pode-se compreender que não tenha assumido até agora, seja quem for, agora, eu não acredito que o PSD se resolva se houver só um candidato à liderança. Não há só uma maneira de pensar no partido, se for só um, é falso. Marcelo Rebelo de Sousa quer uma solução de unidade... Acho que não faz sentido.
Não é isso que o PSD precisa?
Não, porque é falso! Como se for o Passos Coelho sozinho também acho que é uma solução falsa. Não é que ele o tenha exigido, mas se mais ninguém fosse. Vamos lá fazer um congressozinho de verdade, de responsabilidade, Andamos a defender a verdade para o País, vamos lá praticá-la cá dentro e chamar as coisas pelos nomes que elas têm.
E quem pode avançar?
Não vou falar agora disso. A minha posição agora, que é óptima, devo dizer, é uma situação inédita para mim, é espoletar, é abrir a porta para outros, é dar o pontapé de saída, dizer "vamos a isto que o jogo está empatado".
Ferreira Leite não vai subscrever a sua iniciativa, mas concorda com ela.
Sim, e foi uma boa surpresa para mim. Hoje já me chegou que havia pessoas que diziam que eu estava combinado com a dr.ª Ferreira Leite, por amor de Deus! Não falei com ninguém, falei com dois filhos meus, mas durante estes meses, mais ninguém! Escrevi o artigo quarta à noite e ontem falei para a dr.ª Manuela Ferreira Leite a avisá-la, porque não queria que ela soubesse pelos jornais. Também não falei para o dr. Passos Coelho nem para o dr. Marcelo, nem para ninguém.
Nas eleições directas de 2008, considerava que Pedro Passos Coelho não tinha estatuto para ser candidato a primeiro-ministro.
Pois, exactamente.
Continua a pensar o mesmo?
Isso vou dizer no congresso.
Nas legislativas de 2005 obteve 28,7% dos votos. Toda a gente, nessa mesma noite, exigiu a sua demissão. A dr.ª Manuela Ferreira Leite obteve 29,11% dos votos. Acha que ela devia ter-se demitido logo naquela noite?
Eu vou falar disso no congresso, será um dos temas principais da minha intervenção. Anda muita gente com muita coisa atravessada na garganta. No congresso que elegeu a dr.ª Manuela Ferreira Leite, eu virei-me para a equipa dirigente e disse: "Aqui estão os senhores com o poder todo nas mãos para ganharem as eleições", depois de terem considerado outros menores, como foi o caso de Luís Filipe Menezes." Eram o dream team, os galácticos...
Espera um congresso tipo Figueira da Foz?
Um bocadinho… A pessoa até pode ser o dr. Passos Coelho, eu não descuro ninguém! É nas circunstâncias difíceis que os verdadeiros líderes se afirmam.
As legislativas contribuíram para a sua derrota em Lisboa?
O resultado influenciou um bocadinho. Mas mesmo sem esse resultado teria sido muito difícil ganhar ao dr. António Costa. Ainda assim fizemos um bom resultado.
Voltando ao País e à relação do Presidente da República com José Sócrates, e tendo em conta casos como o Freeport , e o que foi escrito pelo professor Cavaco Silva quando era primeiro-ministro, sobre "Boa e da Má Moeda', considera que, se o primeiro-ministro fosse Santana Lopes, o Governo já tinha caído?
É preciso responder?
Sim.
Também fica para o congresso. Mas não sou capaz de fazer ao engenheiro José Sócrates e ao professor Cavaco Silva aquilo que fizeram comigo. Não sou capaz de dizer que um deles é a má moeda…
Em Maio de 2008, numa entrevista ao semanário Expresso, que a dr.ª Manuela Ferreira Leite castiga, desmoraliza e deprime.
Era linguagem de campanha!
Tendo em conta os resultados que o PSD veio a obter depois, foi quase premonitório.
Linguagem de campanha... dr.ª Manuela Ferreira é uma pessoa decente, o que é muito importante nos tempos de hoje. Comete erros? Comete, com certeza. No relacionamento que tem com as outras pessoas, é justa, é injusta? Seguramente. Comigo, cumpriu sempre a palavra dada, foi correctíssima, e eu não esperava nem mais nem menos da dr.ª Manuela Ferreira Leite. Disse, na campanha, o que tinha a dizer, essa expressão é dura, foi dura, mas eu achava que a dr.ª Manuela Ferreira Leite podia não ter um grande resultado eleitoral.
E teve razão.
De facto, não teve, mas tenho pena de ter tido razão. Agora, honro-me de ter colaborado com ela.
Se um dia sair do PSD, estará no seu horizonte a criação de um novo partido?
Deus me livre, já viu o trabalho que já me deu este?! Não, não…
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Congresso do PSD vai discutir fim das directas
Congresso do PSD vai discutir fim das directas
por PAULA SÁ
Hoje
No pedido de convocação da reunião magna de Santana Lopes está prevista a discussão e aprovação de propostas de alteração dos estatutos do partido. As assinaturas estão já a ser recolhidas.
Santana abre a porta do congresso ao debate sobre fim das directas
Pedro Santana Lopes quer um congresso extraordinário para debater a situação crítica do País e do PSD, mas não só. No pedido de convocação da reunião magna extraordinária, que terá que ser subscrito por 2500 militantes, já está prevista a "discussão e votação de propostas de alteração de Estatutos". O que abre a porta à discussão sobre o fim das directas na escolha da liderança. Tanto mais que no partido, mesmo alguns dos que foram grandes defensores deste tipo de eleição, gostariam agora de regressar ao velho modelo dos congressos electivos.
É o caso de Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, que entende que "a experiência das directas não se mostrou benéfica para o PSD". Lembra, neste sentido, a sucessão de lideranças e a sua curta duração. E defende mesmo que a discussão dos Estatutos deve ocorrer num "congresso que deve ser refundador do partido".
Carlos Pinto - que foi o impulsionador de um encontro entre autarcas do PSD em Novembro e no qual defenderam a necessidade de um congresso extraordinário - disse ao DN que o processo foi desencadeado na semana passada. Admite já ter estabelecido uma ponte com Santana Lopes, para que haja uma conjugação de forças na recolha das assinaturas dos 2500 militantes.
O autarca não ficou surpreendido ao ver a líder do partido apoiar, com entusiasmo, a proposta de Santana de um congresso extraordinário antes das directas. Na sequência da reunião dos autarcas do PSD em Novembro, Carlos Pinto encontrou-se com Ferreira Leite e disse-lhe que devia ponderar a convocação da reunião magna. "Acolheu a ideia com simpatia e ficámos à espera que o fizesse", confessou ao DN Carlos Pinto. Mas não o fez. "Talvez fruto do seu compromisso com os equilíbrios na Comissão Política", comenta o presidente da Câmara da Covilhã. A espera pela iniciativa da líder terminou na semana passada e a recolha de assinaturas arrancou mesmo naquela cidade e em Cantanhede, municípios onde o processo "vai adiantado".
Pedro Santana Lopes também disse ontem ao DN que "têm chovido telefonemas" de várias estruturas concelhias a disponibilizarem-se para a dita recolha de assinaturas necessárias à convocação do congresso extraordinário. O formulário do pedido está disponível na net, já foi distribuído pelo País, e hoje chega à Madeira e Açores.
Três pontos constam deste pedido de convocação do congresso, que se rege pelo lema "analisar o passado, falar do presente, construir o futuro": a análise da evolução política nacional, a discussão e aprovação de propostas de alteração aos Estatutos e a eventual marcação de directas.
A ideia de que as eleições directas, instituídas em 2006 na direcção de Marques Mendes - e caso os Estatutos não venham mesmo a ser revistos no sentido do regresso aos congressos electivos - podem e devem ser marcadas no congresso extraordinário foi defendida por Santana Lopes na entrevista ao DN. O antigo líder social-democrata declarou na mesma entrevista que está "fora de questão ser candidato à liderança do PSD" e defendeu que aqueles que querem ser presidentes do partido devem sair da toca.
In DN
por PAULA SÁ
Hoje
No pedido de convocação da reunião magna de Santana Lopes está prevista a discussão e aprovação de propostas de alteração dos estatutos do partido. As assinaturas estão já a ser recolhidas.
Santana abre a porta do congresso ao debate sobre fim das directas
Pedro Santana Lopes quer um congresso extraordinário para debater a situação crítica do País e do PSD, mas não só. No pedido de convocação da reunião magna extraordinária, que terá que ser subscrito por 2500 militantes, já está prevista a "discussão e votação de propostas de alteração de Estatutos". O que abre a porta à discussão sobre o fim das directas na escolha da liderança. Tanto mais que no partido, mesmo alguns dos que foram grandes defensores deste tipo de eleição, gostariam agora de regressar ao velho modelo dos congressos electivos.
É o caso de Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, que entende que "a experiência das directas não se mostrou benéfica para o PSD". Lembra, neste sentido, a sucessão de lideranças e a sua curta duração. E defende mesmo que a discussão dos Estatutos deve ocorrer num "congresso que deve ser refundador do partido".
Carlos Pinto - que foi o impulsionador de um encontro entre autarcas do PSD em Novembro e no qual defenderam a necessidade de um congresso extraordinário - disse ao DN que o processo foi desencadeado na semana passada. Admite já ter estabelecido uma ponte com Santana Lopes, para que haja uma conjugação de forças na recolha das assinaturas dos 2500 militantes.
O autarca não ficou surpreendido ao ver a líder do partido apoiar, com entusiasmo, a proposta de Santana de um congresso extraordinário antes das directas. Na sequência da reunião dos autarcas do PSD em Novembro, Carlos Pinto encontrou-se com Ferreira Leite e disse-lhe que devia ponderar a convocação da reunião magna. "Acolheu a ideia com simpatia e ficámos à espera que o fizesse", confessou ao DN Carlos Pinto. Mas não o fez. "Talvez fruto do seu compromisso com os equilíbrios na Comissão Política", comenta o presidente da Câmara da Covilhã. A espera pela iniciativa da líder terminou na semana passada e a recolha de assinaturas arrancou mesmo naquela cidade e em Cantanhede, municípios onde o processo "vai adiantado".
Pedro Santana Lopes também disse ontem ao DN que "têm chovido telefonemas" de várias estruturas concelhias a disponibilizarem-se para a dita recolha de assinaturas necessárias à convocação do congresso extraordinário. O formulário do pedido está disponível na net, já foi distribuído pelo País, e hoje chega à Madeira e Açores.
Três pontos constam deste pedido de convocação do congresso, que se rege pelo lema "analisar o passado, falar do presente, construir o futuro": a análise da evolução política nacional, a discussão e aprovação de propostas de alteração aos Estatutos e a eventual marcação de directas.
A ideia de que as eleições directas, instituídas em 2006 na direcção de Marques Mendes - e caso os Estatutos não venham mesmo a ser revistos no sentido do regresso aos congressos electivos - podem e devem ser marcadas no congresso extraordinário foi defendida por Santana Lopes na entrevista ao DN. O antigo líder social-democrata declarou na mesma entrevista que está "fora de questão ser candidato à liderança do PSD" e defendeu que aqueles que querem ser presidentes do partido devem sair da toca.
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Rebelo de Sousa não quer "ajustes de contas"
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"O PSD ou está no poder ou lidera a oposição"
"O PSD ou está no poder ou lidera a oposição"
por JOÃO CÉU E SILVA
Hoje
O editor Paulo Teixeira Pinto não quis deixar entrar o político e o banqueiro na entrevista, e foi difícil obrigá-lo a falar desses temas em dia de chuva molha-tolos. Entre uma e outra entrada forçada nessas arenas - que fez questão de abandonar -, lá comentou a situação nacional fora do seu projecto literário
Meteu a sua vida política na gaveta e só pensa em livros. Mas, para quem já teve várias funções no Governo, é difícil confrontar-se com o estado da política nacional?
Receio que a situação esteja mais degradada.
Devido ao desrespeito pelas instituições que representam o Estado português?
Penso que tem havido uma espécie de inconsciência de alguns protagonismos políticos e, de certa forma, até do modo como fazem a sua comunicação. Nenhuma adversidade ou guerra política justificam uma forma de desrespeito formal e de educação entre as pessoas! Aquilo que me preocupa hoje e que me choca, quando leio à distância e sigo alguma da chamada guerra política, é, antes de saber do argumento ou da razão de cada um, a adjectivação usada para defender cada posição. E quando os adjectivos ocupam o lugar dos substantivos, é porque há pouca coisa a dizer e muito a gritar.
Refere-se aos conflitos entre o Presidente da República e o primeiro-ministro?
Não, estou a falar no geral.
É o que se passa na justiça portuguesa?
Sobre esses assuntos, não falo, senão estava aqui uma conversa para três horas…
Preocupa-o este constante vazar de informações que estão em segredo de justiça?
Preocupa-me, como cidadão, a devassa da vida individual e que as instituições a tolerem.
Refere-se às instituições judiciárias?
As instituições públicas em geral.
É por essa razão que acredita na proclamação da monarquia?
Acredito que temos de fazer o melhor para que volte a acontecer a restauração da monarquia. Se me pergunta se vai acontecer ou para quando a prevejo, a isso não sei responder. A única coisa de que estou certo é que, quando for, será por via democrática e não revolucionária.
Ainda recentemente deu uma aula sobre o tema "Monarquia e república"...
Defendo sempre que a monarquia não é uma forma de governo, que o rei já é um governo porque a monarquia é uma forma de regime.
Isso leva-nos à situação política do início do mandato de Cavaco Silva, em que se achava que o Presidente só iria reinar…
Não se pode pôr isso dessa forma... Não quero comentar a actualidade e prefiro guardar a posição política para mim, sem misturar os planos.
... A situação política actual mostra que não é isso que se está a passar?
Portugal vive de acordo com um sistema semi-presidencial, o que significa que o Presidente não é uma figura meramente tutelar, mas que tem poder efectivo. Não sendo apenas o símbolo de representação da chefia do Estado - é mais que um símbolo titular do poder -, tem de o exercer. E, genericamente, devo dizer - sendo impossível concordar com todos - que, desde 1976, Portugal teve presidentes da República eleitos e que no geral todos representaram bem e dignificaram o Estado português.
Mas não estávamos acostumados a ver na praça pública conflitos como hoje em dia.
Isso não… Mas não quero fazer comentários.
Façamo-lo de forma mais "real". Durante a monarquia, não existia um conflito tão grande entre o rei e o primeiro-ministro.
Os reis, não é suposto terem juízos ou avaliações políticas. Os reis não são parte do sistema político porque estão por cima dos agentes políticos, daí não é suposto serem motivo de disputa ou protagonistas da dialéctica política.
Falemos então do PSD. A implosão que se verifica no partido é uma situação muito perigosa para a democracia portuguesa?
A democracia portuguesa precisa sempre de um PSD muito forte, porque é um elemento determinante no equilíbrio do sistema político. Ao PSD só cabem duas vocações, e não há uma terceira: é um exercício reformista do poder ou uma liderança construtiva da oposição como forma de alternativa desse exercício do poder. Portanto, o PSD ou está no poder, e tem de ser reformista, ou está na oposição, e tem de ser liderante nessa alternativa.
Nas últimas eleições para a liderança do PSD, apoiou Pedro Passos Coelho contra Manuela Ferreira Leite. Estava certo?
Não tenho motivo para estar arrependido, mas não foi uma aposta contra ninguém. Apoiei Pedro Passos Coelho porque estava de acordo em questões essenciais, nomeadamente na que para mim era importante - embora esquecida e obliterada pelas escolhas políticas -, a da Constituição Europeia. Teve a coragem de se afirmar contra e de manter a posição até ao fim, mesmo sem ser a posição do PSD. Tendo a concordar com pessoas que têm a mesma posição que defendo no mais importante e não no acessório.
O apoio a Passos Coelho mantém-se?
Sim, com certeza.
Acredita que o PSD encontrará o caminho para sair da crise nos próximos tempos?
Espero que o PSD saia da crise, mas não quero ter qualquer protagonismo na vida ou na luta partidária. Nunca tive qualquer cargo no PSD, e não é agora que estaria motivado para tal. O que desejo é que se encontre uma solução de estabilidade que permita assegurar o crescimento.
A sua actuação pública dos últimos meses tem sido muito vigorosa no campo monárquico. Ainda se justifica lutar para que o rei regresse ao poder em Portugal?
Eu faço-o, e todos aqueles que o fazem certamente têm a mesma posição. Não por uma questão de tradição ou de interesse - porque não há aqui conveniência alguma -, mas por uma questão de convicção. Nem por um juízo de probabilidade, por acharmos que é possível a curto prazo ou que vai ser provável, mas por nos mantermos fiéis ao princípio de convicção, que é aquilo que nos une. E não há que ter vergonha no facto de nos orgulharmos de defender uma instituição que foi representação do Estado português durante quase 800 anos.
Mesmo na véspera do ano em que se comemora o centenário da república?
Este próximo ano é especial para nós porque representa um estímulo adicional de firmação do legado português consubstanciado na instituição régia. Não estou a falar de nobreza, de aristocracia ou de outras figuras, mas apenas do rei e da sua vinculação ao povo. E cem anos de república, mesmo quando se oblitera uma II República, que retira a razão para falar em centenário, não creio que possam orgulhar especialmente Portugal. Não tenho uma visão dico- tómica, ou seja, que o período da república é mau e o da monarquia, positivo. Também houve muitas manchas negras na monarquia e muitas positivas na república. A afirmação da instituição real tem a ver com uma questão histórica e de Portugal ser uma construção real.
Conquistar adeptos para a monarquia não é actividade fácil em pleno século XXI?
Gostava de sublinhar a atenção para aquilo que se tem verificado nas últimas manifestações públicas monárquicas: um número crescente de pessoas a participar e sobretudo de jovens.
Acredita que os portugueses ainda se revêem nos ideais monárquicos?
Gostava que isso fosse perguntado aos portugueses e que ninguém respondesse por eles.
Sugere um referendo?
Sugiro que seja feito um referendo à república, e não à monarquia. Porque a república foi implantada de uma forma não democrática, como todos têm presente historicamente. O que deveria ser referendado era a república, e não a restauração da monarquia. Por outro lado, vejo a crescente empatia com que o Sr. D. Duarte é recebido em todas as povoações que visita em Portugal: no interior e no litoral, a norte ou a sul. É recebido não apenas com simpatia mas com entusiasmo convincente.
Quem não está no poder tem sempre a vida facilitada. É o caso do Sr. D. Duarte?
Não é uma questão de poder apenas, mas acho que a vantagem está sempre com quem detém o poder.
A convocação de um referendo sobre a república seria uma situação muito perigosa?
Perigosa? Julgo que não. Complexa, seguramente que é, como acontece sempre que se põe em causa um ditame de uma geração para todas as futuras. Sempre que uma geração advoga a arrogância de poder ditar para todas as demais o que vão ser, normalmente o resultado não é bom. E a geração de 1976 [a que aprovou a última Constituição] entendeu que podia ditar para a eternidade, que não se voltaria a falar de república ou de monarquia. Porém, mais de 30 anos depois, existem monárquicos. E muitos com menos de 30 anos.
Como empresário editorial, prepara-se para anunciar o perfil de um novo grande grupo. Quando o fará?
Neste momento posso dizer, pela primeira vez, que será feito a 6 de Fevereiro. É a data de nascimento do padre António Vieira, o imperador da língua portuguesa, com quem nos inspiramos.
Nesse dia, desvendará o nome das novas pessoas que estão a trabalhar consigo?
Sim.
Pode revelar algum dos colaboradores?
Não.
E anunciar os novos autores contratados?
A 6 de Fevereiro, tal como as novas colecções.
Esperam-se grandes surpresas?
Algumas serão, certamente.
Suficientes para preocupar as editoras?
Preocupar, espero que não. Não vejo os outros editores como pessoas que sintam que têm de se preocupar connosco. Podem sentir-se desafiados a fazer melhor, mas isso resulta num bem comum para todos.
Mesmo acontecendo uma inflexão enorme com o crescimento do grupo editorial?
Até agora não era um grupo grande, mas de nicho. Quer a Guimarães quer a Ática estão posicionadas naquilo a que chamamos o segmento premium. Quando iniciámos o percurso, houve um sinal estratégico que se deu porque parti do pressuposto de que só há um território livre num mercado concorrencial como aquele que nós temos, que é o de topo. Primeiro, tentámos fazer melhor na Guimarães e na Ática, agora começamos a fazer mais. Não em contradição nem em inflexão, mas sim em diferenciação. A junção da Guimarães e da Ática com a Verbo e a Ulisseia é uma lógica de complementaridade.
A Verbo e a Ulisseia trazem esse mesmo selo de qualidade das que já possuía?
Claro, ambas são marcas muito prestigiadas, ou não estaríamos interessados. A Guimarães era forte sobretudo por ter autores históricos e pela Colecção Ensaios e Filosofia; e a Ática, por ser um panteão da poesia portuguesa. Com a Ulisseia e a Verbo, que são duas editoras também muito fortes - a primeira na área da literatura e a segunda na ensaística e no infanto-juvenil -, pretendemos ter uma proposta de valor distintiva em todos os segmentos. Desde a oferta de livros pré-escolares, os das primeiras letras, até à área da imprensa universitária, cobrindo-as todas.
Vai concorrer com o segmento dos livros escolares da Porto Editora e da LeYa?
Está fora de questão, porque não vamos fazer livros escolares. O nosso espaço é o do livro infanto-juvenil, começando nos três anos e acabando na adolescência, onde teremos uma marca própria e um melhor conceito. O critério do grupo é manter em cada segmento uma chancela; e cada uma delas, um conteúdo. Não haverá sobreposições nem contradições, nem concorrência entre marcas, porque obedecem a uma estratégia multimarca. Além das que correspondem às editoras, teremos mais algumas chancelas.
Considera que essa concorrência interna se verifica noutras editoras, designadamente no grupo LeYa. É a sua leitura?
O mercado é, por definição, sempre concorrencial, e todos fazem concorrência a todos quando se está no mesmo segmento. Nós não sofríamos a concorrência de certas editoras porque estávamos em sectores diferentes, mas fazíamo-la no nosso nicho. De qualquer modo, o nosso critério não é o da quantidade, nem a política será a de crescer na quota de mercado, mas em termos de qualidade. Por ambição, ninguém nos pode levar a mal que queiramos tornar-nos no primeiro referencial da edição em Portugal. Mas não no maior.
A quota de quantidade também é importante para a sobrevivência económica?
Claro. Por isso é evidente que queremos uma operação auto-sustentável e rentável, mas, repito, o primeiro critério não é estritamente económico, mas de afirmação de qualidade literária.
Mesmo tendo em conta a crise financeira que se vive, não o preocupa a viabilidade financeira do grupo editorial Babel?
O nosso interesse será, certamente, tornar as edições sustentadas, mas também torná-las acessíveis no espaço compreendido entre o que será um preço tolerável e o possível.
A edição clonada de A Mensagem, de Pessoa, é o exemplo de um livro muito caro?
Poderíamos tê-lo feito mais caro, assim como nas obras completas da Agustina Bessa-Luís ou nas do Jorge de Sena. No caso de Sinais de Fogo, poderíamos em termos de custo/benefício ter um preço de venda ao público mais elevado, mas não é o que queremos.
Reeditar Jorge de Sena ou Joaquim Paço d'Arcos é estar contra a corrente num mercado em que as editoras se preocupam pouco com os clássicos portugueses.
É verdade, mas vamos fazer mais, como é o caso de Oliveira Martins e de Ferreira de Castro, que estão injustamente esquecidos. O que está a acontecer com as obras completas de Jorge de Sena - que nunca foram editadas como série -, e o mesmo com a Agustina - estamos a falar de cerca de 50 volumes -, não é o habitual.
Tem outros projectos assim, pouco habituais, em preparação?
A Guimarães irá centrar-se nestes quatro grandes nomes - Agustina, Jorge de Sena, Oliveira Martins e Ferreira de Castro - e na Colecção Ensaios e Filosofia. O espaço complementar da literatura, da ficção e da poesia será preenchido pela Ulisseia, onde teremos uma dupla preocupação: dar espaço e oportunidade a novos autores talentosos. Não estarão, certamente, numa secção de poesia como a da Ática, mas, certamente, editaremos poesia contemporânea de jovens autores no selo Ulisseia.
No caso da Ática, os leitores compravam por causa da marca.
Na Ática, sim. Esse é o cúmulo do prestígio de uma editora, quando se compra pelo referencial que tem e a marca está de tal forma identificada com o prestígio que funciona quase como um pré-juízo de consideração. Seria o que almejávamos para todas.
E quanto a autores de ficção?
Faremos também uma procura de grandes autores de ficção consagrados ou de ensaística, mas sobre isso só haverá novidades aquando da divulgação pública da estratégia, da arquitectura e do conceito da Babel.
Depreende-se, no caso dos escritores de ficção portugueses, que pretendem ir ao mercado buscar nomes já reconhecidos?
Temos as portas abertas para quem se identifique com o projecto e que queira estar connosco. Estaremos de braços abertos a todos, em especial aos mais talentosos, naturalmente.
A Babel irá "seduzir" escritores?
Não o faremos, nem teremos a abordagem de retirar autores às editoras. Têm de ser eles a procurar-nos.
Já houve algum que procurasse?
Já houve alguns casos...
Tais como?
Não falo sobre esses nomes ainda.
Só na apresentação da Babel?
Conto que nessa apresentação sejam divulgados esses novos nomes para além da equipa responsável. Pode haver algumas surpresas relativamente a pessoas que já estão a trabalhar no projecto mas que ainda não são do conhecimento público.
Está a falar a nível de administrativos ou de caça-talentos?
De definição e de orientação executiva no grupo, entre outros casos...
Definitivamente, pretende fazer concorrência aos grandes grupos editoriais nacionais.
Tentaremos fazer o melhor! Sem o objectivo de concorrer ou de tirar quota aos demais. Há um grande espaço para todos crescerem sem que isso seja feito à custa uns dos outros. O nosso objectivo é incrementar o número de leitores e não retirar livros aos outros. Quanto melhores livros fizermos - e mais os fizermos -, maior será a possibilidade de termos sucesso.
A concentração em grandes grupos editoriais é boa para o leitor?
É bom haver grupos fortes, para não cairmos numa situação de monopólio, duopólio ou oligopólio até. E é importante haver editoras de nicho e bem posicionadas.
Voltando à palavra concorrência, de que não gosta…
Eu gosto de concorrência, mas não é é objectivo primeiro. Queremos é tornar-nos relevantes no mercado e, portanto, vão ter de olhar para nós.
Uma atitude que exigirá um esforço a nível publicitário?
Não vamos fazer publicidade, porque a única que pode existir é a dos próprios livros e dos eventos associados.
Mas negociarão os topos das livrarias FNAC e da Bertrand…
Não o temos feito nos mesmos termos em que fazem os outros operadores. Acreditamos e esperamos que sejam os livros a impor-se e os grandes retalhistas a optar pela boa exposição dos nossos livros premium.
O mercado do ensaio destinado à universidade é uma espécie de livro pós-escolar. Ir-se-á desta vez "explorar" o segmento?
Em Portugal não existe uma verdadeira imprensa universitária. O que iremos ter é uma colecção estritamente dedicada a teses universitárias, e vamos fazê-lo abrangendo diversas áreas. Já lhe demos início na Guimarães com o livro A Fonética do Português, o primeiro livro dessa natureza que se fez em Portugal, um dicionário de ortofonia que é uma ferramenta determinante para a divulgação e o estudo da língua. E que será divulgado em todos os centros de estudos e de cultura nacional no estrangeiro.
Qual vai ser a posição da Babel perante o Acordo Ortográfico?
Acho que não vai ser benéfico para a língua portuguesa. Desde o princípio que tenho uma posição contrária, mas, acima da minha opinião pessoal, respeitarei a vontade do autor, e cada um será editado de acordo com a sua vontade. Entendo que a forma escrita de expressão, mesmo a de ortografia, tem também uma dimensão literária, não meramente mecânica. E assumiremos essa responsabilidade.
Não teme perder leitores?
É o que consideramos correcto e o que faremos. Não sei se é o mais conveniente, sei que é o mais correcto.
Como vê o papel da crítica?
Tem de existir necessariamente, e todos tendemos a concordar mais com ela quando nos é favorável que quando é menos assertiva e desfavorável.
Existe crítica em Portugal?
Não! Não há tradição de fazer grandes recensões de natureza quase ensaística sobre literatura, e a generalidade das publicações que têm esses espaços o que fazem é dar uma quase ficha técnica em vez de verdadeira crítica literária. No entanto, não acho que se possa dizer que o problema em Portugal seja o de os críticos serem maus ou pouco atentos, porque em todos os sectores há pessoas com mais sensibilidade, profundidade e seriedade e outros mais superficiais e um bocadinho mais voláteis.
In DN
por JOÃO CÉU E SILVA
Hoje
O editor Paulo Teixeira Pinto não quis deixar entrar o político e o banqueiro na entrevista, e foi difícil obrigá-lo a falar desses temas em dia de chuva molha-tolos. Entre uma e outra entrada forçada nessas arenas - que fez questão de abandonar -, lá comentou a situação nacional fora do seu projecto literário
Meteu a sua vida política na gaveta e só pensa em livros. Mas, para quem já teve várias funções no Governo, é difícil confrontar-se com o estado da política nacional?
Receio que a situação esteja mais degradada.
Devido ao desrespeito pelas instituições que representam o Estado português?
Penso que tem havido uma espécie de inconsciência de alguns protagonismos políticos e, de certa forma, até do modo como fazem a sua comunicação. Nenhuma adversidade ou guerra política justificam uma forma de desrespeito formal e de educação entre as pessoas! Aquilo que me preocupa hoje e que me choca, quando leio à distância e sigo alguma da chamada guerra política, é, antes de saber do argumento ou da razão de cada um, a adjectivação usada para defender cada posição. E quando os adjectivos ocupam o lugar dos substantivos, é porque há pouca coisa a dizer e muito a gritar.
Refere-se aos conflitos entre o Presidente da República e o primeiro-ministro?
Não, estou a falar no geral.
É o que se passa na justiça portuguesa?
Sobre esses assuntos, não falo, senão estava aqui uma conversa para três horas…
Preocupa-o este constante vazar de informações que estão em segredo de justiça?
Preocupa-me, como cidadão, a devassa da vida individual e que as instituições a tolerem.
Refere-se às instituições judiciárias?
As instituições públicas em geral.
É por essa razão que acredita na proclamação da monarquia?
Acredito que temos de fazer o melhor para que volte a acontecer a restauração da monarquia. Se me pergunta se vai acontecer ou para quando a prevejo, a isso não sei responder. A única coisa de que estou certo é que, quando for, será por via democrática e não revolucionária.
Ainda recentemente deu uma aula sobre o tema "Monarquia e república"...
Defendo sempre que a monarquia não é uma forma de governo, que o rei já é um governo porque a monarquia é uma forma de regime.
Isso leva-nos à situação política do início do mandato de Cavaco Silva, em que se achava que o Presidente só iria reinar…
Não se pode pôr isso dessa forma... Não quero comentar a actualidade e prefiro guardar a posição política para mim, sem misturar os planos.
... A situação política actual mostra que não é isso que se está a passar?
Portugal vive de acordo com um sistema semi-presidencial, o que significa que o Presidente não é uma figura meramente tutelar, mas que tem poder efectivo. Não sendo apenas o símbolo de representação da chefia do Estado - é mais que um símbolo titular do poder -, tem de o exercer. E, genericamente, devo dizer - sendo impossível concordar com todos - que, desde 1976, Portugal teve presidentes da República eleitos e que no geral todos representaram bem e dignificaram o Estado português.
Mas não estávamos acostumados a ver na praça pública conflitos como hoje em dia.
Isso não… Mas não quero fazer comentários.
Façamo-lo de forma mais "real". Durante a monarquia, não existia um conflito tão grande entre o rei e o primeiro-ministro.
Os reis, não é suposto terem juízos ou avaliações políticas. Os reis não são parte do sistema político porque estão por cima dos agentes políticos, daí não é suposto serem motivo de disputa ou protagonistas da dialéctica política.
Falemos então do PSD. A implosão que se verifica no partido é uma situação muito perigosa para a democracia portuguesa?
A democracia portuguesa precisa sempre de um PSD muito forte, porque é um elemento determinante no equilíbrio do sistema político. Ao PSD só cabem duas vocações, e não há uma terceira: é um exercício reformista do poder ou uma liderança construtiva da oposição como forma de alternativa desse exercício do poder. Portanto, o PSD ou está no poder, e tem de ser reformista, ou está na oposição, e tem de ser liderante nessa alternativa.
Nas últimas eleições para a liderança do PSD, apoiou Pedro Passos Coelho contra Manuela Ferreira Leite. Estava certo?
Não tenho motivo para estar arrependido, mas não foi uma aposta contra ninguém. Apoiei Pedro Passos Coelho porque estava de acordo em questões essenciais, nomeadamente na que para mim era importante - embora esquecida e obliterada pelas escolhas políticas -, a da Constituição Europeia. Teve a coragem de se afirmar contra e de manter a posição até ao fim, mesmo sem ser a posição do PSD. Tendo a concordar com pessoas que têm a mesma posição que defendo no mais importante e não no acessório.
O apoio a Passos Coelho mantém-se?
Sim, com certeza.
Acredita que o PSD encontrará o caminho para sair da crise nos próximos tempos?
Espero que o PSD saia da crise, mas não quero ter qualquer protagonismo na vida ou na luta partidária. Nunca tive qualquer cargo no PSD, e não é agora que estaria motivado para tal. O que desejo é que se encontre uma solução de estabilidade que permita assegurar o crescimento.
A sua actuação pública dos últimos meses tem sido muito vigorosa no campo monárquico. Ainda se justifica lutar para que o rei regresse ao poder em Portugal?
Eu faço-o, e todos aqueles que o fazem certamente têm a mesma posição. Não por uma questão de tradição ou de interesse - porque não há aqui conveniência alguma -, mas por uma questão de convicção. Nem por um juízo de probabilidade, por acharmos que é possível a curto prazo ou que vai ser provável, mas por nos mantermos fiéis ao princípio de convicção, que é aquilo que nos une. E não há que ter vergonha no facto de nos orgulharmos de defender uma instituição que foi representação do Estado português durante quase 800 anos.
Mesmo na véspera do ano em que se comemora o centenário da república?
Este próximo ano é especial para nós porque representa um estímulo adicional de firmação do legado português consubstanciado na instituição régia. Não estou a falar de nobreza, de aristocracia ou de outras figuras, mas apenas do rei e da sua vinculação ao povo. E cem anos de república, mesmo quando se oblitera uma II República, que retira a razão para falar em centenário, não creio que possam orgulhar especialmente Portugal. Não tenho uma visão dico- tómica, ou seja, que o período da república é mau e o da monarquia, positivo. Também houve muitas manchas negras na monarquia e muitas positivas na república. A afirmação da instituição real tem a ver com uma questão histórica e de Portugal ser uma construção real.
Conquistar adeptos para a monarquia não é actividade fácil em pleno século XXI?
Gostava de sublinhar a atenção para aquilo que se tem verificado nas últimas manifestações públicas monárquicas: um número crescente de pessoas a participar e sobretudo de jovens.
Acredita que os portugueses ainda se revêem nos ideais monárquicos?
Gostava que isso fosse perguntado aos portugueses e que ninguém respondesse por eles.
Sugere um referendo?
Sugiro que seja feito um referendo à república, e não à monarquia. Porque a república foi implantada de uma forma não democrática, como todos têm presente historicamente. O que deveria ser referendado era a república, e não a restauração da monarquia. Por outro lado, vejo a crescente empatia com que o Sr. D. Duarte é recebido em todas as povoações que visita em Portugal: no interior e no litoral, a norte ou a sul. É recebido não apenas com simpatia mas com entusiasmo convincente.
Quem não está no poder tem sempre a vida facilitada. É o caso do Sr. D. Duarte?
Não é uma questão de poder apenas, mas acho que a vantagem está sempre com quem detém o poder.
A convocação de um referendo sobre a república seria uma situação muito perigosa?
Perigosa? Julgo que não. Complexa, seguramente que é, como acontece sempre que se põe em causa um ditame de uma geração para todas as futuras. Sempre que uma geração advoga a arrogância de poder ditar para todas as demais o que vão ser, normalmente o resultado não é bom. E a geração de 1976 [a que aprovou a última Constituição] entendeu que podia ditar para a eternidade, que não se voltaria a falar de república ou de monarquia. Porém, mais de 30 anos depois, existem monárquicos. E muitos com menos de 30 anos.
Como empresário editorial, prepara-se para anunciar o perfil de um novo grande grupo. Quando o fará?
Neste momento posso dizer, pela primeira vez, que será feito a 6 de Fevereiro. É a data de nascimento do padre António Vieira, o imperador da língua portuguesa, com quem nos inspiramos.
Nesse dia, desvendará o nome das novas pessoas que estão a trabalhar consigo?
Sim.
Pode revelar algum dos colaboradores?
Não.
E anunciar os novos autores contratados?
A 6 de Fevereiro, tal como as novas colecções.
Esperam-se grandes surpresas?
Algumas serão, certamente.
Suficientes para preocupar as editoras?
Preocupar, espero que não. Não vejo os outros editores como pessoas que sintam que têm de se preocupar connosco. Podem sentir-se desafiados a fazer melhor, mas isso resulta num bem comum para todos.
Mesmo acontecendo uma inflexão enorme com o crescimento do grupo editorial?
Até agora não era um grupo grande, mas de nicho. Quer a Guimarães quer a Ática estão posicionadas naquilo a que chamamos o segmento premium. Quando iniciámos o percurso, houve um sinal estratégico que se deu porque parti do pressuposto de que só há um território livre num mercado concorrencial como aquele que nós temos, que é o de topo. Primeiro, tentámos fazer melhor na Guimarães e na Ática, agora começamos a fazer mais. Não em contradição nem em inflexão, mas sim em diferenciação. A junção da Guimarães e da Ática com a Verbo e a Ulisseia é uma lógica de complementaridade.
A Verbo e a Ulisseia trazem esse mesmo selo de qualidade das que já possuía?
Claro, ambas são marcas muito prestigiadas, ou não estaríamos interessados. A Guimarães era forte sobretudo por ter autores históricos e pela Colecção Ensaios e Filosofia; e a Ática, por ser um panteão da poesia portuguesa. Com a Ulisseia e a Verbo, que são duas editoras também muito fortes - a primeira na área da literatura e a segunda na ensaística e no infanto-juvenil -, pretendemos ter uma proposta de valor distintiva em todos os segmentos. Desde a oferta de livros pré-escolares, os das primeiras letras, até à área da imprensa universitária, cobrindo-as todas.
Vai concorrer com o segmento dos livros escolares da Porto Editora e da LeYa?
Está fora de questão, porque não vamos fazer livros escolares. O nosso espaço é o do livro infanto-juvenil, começando nos três anos e acabando na adolescência, onde teremos uma marca própria e um melhor conceito. O critério do grupo é manter em cada segmento uma chancela; e cada uma delas, um conteúdo. Não haverá sobreposições nem contradições, nem concorrência entre marcas, porque obedecem a uma estratégia multimarca. Além das que correspondem às editoras, teremos mais algumas chancelas.
Considera que essa concorrência interna se verifica noutras editoras, designadamente no grupo LeYa. É a sua leitura?
O mercado é, por definição, sempre concorrencial, e todos fazem concorrência a todos quando se está no mesmo segmento. Nós não sofríamos a concorrência de certas editoras porque estávamos em sectores diferentes, mas fazíamo-la no nosso nicho. De qualquer modo, o nosso critério não é o da quantidade, nem a política será a de crescer na quota de mercado, mas em termos de qualidade. Por ambição, ninguém nos pode levar a mal que queiramos tornar-nos no primeiro referencial da edição em Portugal. Mas não no maior.
A quota de quantidade também é importante para a sobrevivência económica?
Claro. Por isso é evidente que queremos uma operação auto-sustentável e rentável, mas, repito, o primeiro critério não é estritamente económico, mas de afirmação de qualidade literária.
Mesmo tendo em conta a crise financeira que se vive, não o preocupa a viabilidade financeira do grupo editorial Babel?
O nosso interesse será, certamente, tornar as edições sustentadas, mas também torná-las acessíveis no espaço compreendido entre o que será um preço tolerável e o possível.
A edição clonada de A Mensagem, de Pessoa, é o exemplo de um livro muito caro?
Poderíamos tê-lo feito mais caro, assim como nas obras completas da Agustina Bessa-Luís ou nas do Jorge de Sena. No caso de Sinais de Fogo, poderíamos em termos de custo/benefício ter um preço de venda ao público mais elevado, mas não é o que queremos.
Reeditar Jorge de Sena ou Joaquim Paço d'Arcos é estar contra a corrente num mercado em que as editoras se preocupam pouco com os clássicos portugueses.
É verdade, mas vamos fazer mais, como é o caso de Oliveira Martins e de Ferreira de Castro, que estão injustamente esquecidos. O que está a acontecer com as obras completas de Jorge de Sena - que nunca foram editadas como série -, e o mesmo com a Agustina - estamos a falar de cerca de 50 volumes -, não é o habitual.
Tem outros projectos assim, pouco habituais, em preparação?
A Guimarães irá centrar-se nestes quatro grandes nomes - Agustina, Jorge de Sena, Oliveira Martins e Ferreira de Castro - e na Colecção Ensaios e Filosofia. O espaço complementar da literatura, da ficção e da poesia será preenchido pela Ulisseia, onde teremos uma dupla preocupação: dar espaço e oportunidade a novos autores talentosos. Não estarão, certamente, numa secção de poesia como a da Ática, mas, certamente, editaremos poesia contemporânea de jovens autores no selo Ulisseia.
No caso da Ática, os leitores compravam por causa da marca.
Na Ática, sim. Esse é o cúmulo do prestígio de uma editora, quando se compra pelo referencial que tem e a marca está de tal forma identificada com o prestígio que funciona quase como um pré-juízo de consideração. Seria o que almejávamos para todas.
E quanto a autores de ficção?
Faremos também uma procura de grandes autores de ficção consagrados ou de ensaística, mas sobre isso só haverá novidades aquando da divulgação pública da estratégia, da arquitectura e do conceito da Babel.
Depreende-se, no caso dos escritores de ficção portugueses, que pretendem ir ao mercado buscar nomes já reconhecidos?
Temos as portas abertas para quem se identifique com o projecto e que queira estar connosco. Estaremos de braços abertos a todos, em especial aos mais talentosos, naturalmente.
A Babel irá "seduzir" escritores?
Não o faremos, nem teremos a abordagem de retirar autores às editoras. Têm de ser eles a procurar-nos.
Já houve algum que procurasse?
Já houve alguns casos...
Tais como?
Não falo sobre esses nomes ainda.
Só na apresentação da Babel?
Conto que nessa apresentação sejam divulgados esses novos nomes para além da equipa responsável. Pode haver algumas surpresas relativamente a pessoas que já estão a trabalhar no projecto mas que ainda não são do conhecimento público.
Está a falar a nível de administrativos ou de caça-talentos?
De definição e de orientação executiva no grupo, entre outros casos...
Definitivamente, pretende fazer concorrência aos grandes grupos editoriais nacionais.
Tentaremos fazer o melhor! Sem o objectivo de concorrer ou de tirar quota aos demais. Há um grande espaço para todos crescerem sem que isso seja feito à custa uns dos outros. O nosso objectivo é incrementar o número de leitores e não retirar livros aos outros. Quanto melhores livros fizermos - e mais os fizermos -, maior será a possibilidade de termos sucesso.
A concentração em grandes grupos editoriais é boa para o leitor?
É bom haver grupos fortes, para não cairmos numa situação de monopólio, duopólio ou oligopólio até. E é importante haver editoras de nicho e bem posicionadas.
Voltando à palavra concorrência, de que não gosta…
Eu gosto de concorrência, mas não é é objectivo primeiro. Queremos é tornar-nos relevantes no mercado e, portanto, vão ter de olhar para nós.
Uma atitude que exigirá um esforço a nível publicitário?
Não vamos fazer publicidade, porque a única que pode existir é a dos próprios livros e dos eventos associados.
Mas negociarão os topos das livrarias FNAC e da Bertrand…
Não o temos feito nos mesmos termos em que fazem os outros operadores. Acreditamos e esperamos que sejam os livros a impor-se e os grandes retalhistas a optar pela boa exposição dos nossos livros premium.
O mercado do ensaio destinado à universidade é uma espécie de livro pós-escolar. Ir-se-á desta vez "explorar" o segmento?
Em Portugal não existe uma verdadeira imprensa universitária. O que iremos ter é uma colecção estritamente dedicada a teses universitárias, e vamos fazê-lo abrangendo diversas áreas. Já lhe demos início na Guimarães com o livro A Fonética do Português, o primeiro livro dessa natureza que se fez em Portugal, um dicionário de ortofonia que é uma ferramenta determinante para a divulgação e o estudo da língua. E que será divulgado em todos os centros de estudos e de cultura nacional no estrangeiro.
Qual vai ser a posição da Babel perante o Acordo Ortográfico?
Acho que não vai ser benéfico para a língua portuguesa. Desde o princípio que tenho uma posição contrária, mas, acima da minha opinião pessoal, respeitarei a vontade do autor, e cada um será editado de acordo com a sua vontade. Entendo que a forma escrita de expressão, mesmo a de ortografia, tem também uma dimensão literária, não meramente mecânica. E assumiremos essa responsabilidade.
Não teme perder leitores?
É o que consideramos correcto e o que faremos. Não sei se é o mais conveniente, sei que é o mais correcto.
Como vê o papel da crítica?
Tem de existir necessariamente, e todos tendemos a concordar mais com ela quando nos é favorável que quando é menos assertiva e desfavorável.
Existe crítica em Portugal?
Não! Não há tradição de fazer grandes recensões de natureza quase ensaística sobre literatura, e a generalidade das publicações que têm esses espaços o que fazem é dar uma quase ficha técnica em vez de verdadeira crítica literária. No entanto, não acho que se possa dizer que o problema em Portugal seja o de os críticos serem maus ou pouco atentos, porque em todos os sectores há pessoas com mais sensibilidade, profundidade e seriedade e outros mais superficiais e um bocadinho mais voláteis.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
PSD "não tem legitimidade para apontar males do País"
PSD "não tem legitimidade para apontar males do País"
por LusaHoje
O autarca de Gaia, Luís Filipe Menezes, disse hoje que "o PSD não tem legitimidade para apontar os males do país quando não resolve os seus próprios males", considerando que ninguém confia no partido tal como ele está.
Para o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, "o país está mal mas o PSD infelizmente não está melhor", considerando que o partido "para ter legitimidade para se colocar ao lado das posições do Presidente da República (PR) tem que primeiro resolver os seus problemas".
"Quem é que confia no PSD tal qual ele está? Ninguém", considerou o autarca gaiense à margem da inauguração da VL6, localizada em S. Félix da Marinha.
Sobre a mensagem de Ano Novo do PR, Menezes considerou que Cavaco Silva "fez o enfoque naquilo que é um lugar comum do ponto de vista do pensamento de todos os agentes políticos e do povo português em geral".
"Julgo é que depois destes diagnósticos e deste discurso síntese do PR, com que penso que todos nos identificamos, estamos na altura de encontrar soluções para ultrapassar os problemas", afirmou.
Para Menezes, que já foi líder dos sociais-democratas, "o debate deste orçamento de estado já deveria ser um ponto de viragem".
O presidente da Câmara de Gaia considerou que o PSD devia aparecer com "uma proposta de governação clara e alternativa" da qual isolasse algumas "medidas importantes que pudessem criar uma plataforma de entendimento para aprovar um orçamento de estado com os votos do PSD e do PS mas com base em propostas que ficassem claramente ligadas à forma como o PSD entende o país".
Menezes espera que, numa altura em que "não há liderança no PSD, em que o partido está num intervalo e num desconto de tempo de uma forma desnecessária, Aguiar-Branco tenha a "iniciativa política de pegar no grupo parlamentar e de fazer essa negociação".
"Eu tenho muito respeito por questões de princípios e costumes, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas acho que os portugueses ficam um pouco chocados quando vêem o país a discutir dois meses este assunto e não a discutir como é que vamos rapidamente criar emprego, criar riqueza, internacionalizar a economia e ultrapassar as dificuldades", sustentou.
O presidente da Câmara de Gaia disse que este "não é o momento" para discutir questões os nomes à liderança do PSD porque "esse tipo de posição pontual só iria prejudicar um debate que se deseja que seja rápido e que seja consequente".
"Eu acho que todos aqueles dentro do PSD que acham que é necessário ultrapassar a crise do país, não podem lavar as mãos como Pilatos", concluiu Menezes.
In DN
por LusaHoje
O autarca de Gaia, Luís Filipe Menezes, disse hoje que "o PSD não tem legitimidade para apontar os males do país quando não resolve os seus próprios males", considerando que ninguém confia no partido tal como ele está.
Para o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, "o país está mal mas o PSD infelizmente não está melhor", considerando que o partido "para ter legitimidade para se colocar ao lado das posições do Presidente da República (PR) tem que primeiro resolver os seus problemas".
"Quem é que confia no PSD tal qual ele está? Ninguém", considerou o autarca gaiense à margem da inauguração da VL6, localizada em S. Félix da Marinha.
Sobre a mensagem de Ano Novo do PR, Menezes considerou que Cavaco Silva "fez o enfoque naquilo que é um lugar comum do ponto de vista do pensamento de todos os agentes políticos e do povo português em geral".
"Julgo é que depois destes diagnósticos e deste discurso síntese do PR, com que penso que todos nos identificamos, estamos na altura de encontrar soluções para ultrapassar os problemas", afirmou.
Para Menezes, que já foi líder dos sociais-democratas, "o debate deste orçamento de estado já deveria ser um ponto de viragem".
O presidente da Câmara de Gaia considerou que o PSD devia aparecer com "uma proposta de governação clara e alternativa" da qual isolasse algumas "medidas importantes que pudessem criar uma plataforma de entendimento para aprovar um orçamento de estado com os votos do PSD e do PS mas com base em propostas que ficassem claramente ligadas à forma como o PSD entende o país".
Menezes espera que, numa altura em que "não há liderança no PSD, em que o partido está num intervalo e num desconto de tempo de uma forma desnecessária, Aguiar-Branco tenha a "iniciativa política de pegar no grupo parlamentar e de fazer essa negociação".
"Eu tenho muito respeito por questões de princípios e costumes, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas acho que os portugueses ficam um pouco chocados quando vêem o país a discutir dois meses este assunto e não a discutir como é que vamos rapidamente criar emprego, criar riqueza, internacionalizar a economia e ultrapassar as dificuldades", sustentou.
O presidente da Câmara de Gaia disse que este "não é o momento" para discutir questões os nomes à liderança do PSD porque "esse tipo de posição pontual só iria prejudicar um debate que se deseja que seja rápido e que seja consequente".
"Eu acho que todos aqueles dentro do PSD que acham que é necessário ultrapassar a crise do país, não podem lavar as mãos como Pilatos", concluiu Menezes.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Direcção estuda alternativa ao congresso extra
Direcção estuda alternativa ao congresso extra
Hoje
A maioria dos 'vices' do partido discorda da realização do congresso extraordinário. Ainda que Ferreira Leite tenha apoiado a ideia
A Comissão Permanente do PSD reúne-se amanhã e terá sobre a mesa a tentativa de encontrar uma alternativa à convocação de um congresso extraordinário desencadeada por um conjunto de autarcas sociais-democratas, liderados por Carlos Pinto, e por Pedro Santana Lopes, através da recolha de 2500 assinaturas de militantes.
Segundo fonte da direcção laranja, na última reunião daquele órgão, na terça-feira passada, a maioria dos vice-presidentes de Manuela Ferreira Leite (à excepção de Rui Rio, que não participou na reunião) manifestaram reservas em relação ao congresso extraordinário. Sobretudo por considerarem que o partido ficaria mal perante o País ao realizar dois congressos quase em simultâneo; o desencadeado pelos militantes e que, muito provavelmente, determinará a data das eleições para a liderança; e o que se seguiria às directas para escolha dos órgãos dirigentes e esvaziado de conteúdo.
A mesma fonte admitiu ao DN ser provável que amanhã a direcção tome "alguma iniciativa" para evitar esta situação e adianta que Manuela Ferreira Leite já conversou com Santana Lopes sobre o assunto. Tanto mais que a líder social-democrata apoiou a ideia do antigo líder do PSD logo no dia em que este anunciou, através do Sol, que ia desencadear o processo de recolha das 2500 assinaturas. Santana já o fez, pedindo aos subscritores da convocação do congresso que os estatutos do partido estejam em debate. O que abre a porta à discussão sobre o fim da eleição directa na escolha do presidente do partido (ver texto ao lado).
Os autarcas do PSD, liderados por Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, que em Novembro pediram a convocação de um congresso extraordinário, reúnem-se no próximo sábado na Ericeira, concelho de Mafra, precisamente para fazerem o ponto da situação sobre a recolha das assinaturas para a reunião magna. Carlos Pinto diz ao DN que, dentro de 15 dias, o processo deve estar concluído.
No encontro da Ericeira, os 16 autarcas envolvidos - entre os quais António Capucho (Cascais) que foi o primeiro nome de Manuela Ferreira Leite ao Conselho Nacional - vão analisar a possibilidade de apresentar uma moção ao congresso. Estes militantes sociais-democratas também querem discutir o modelo de escolha da equipa dirigente e da líder do partido. Carlos Pinto frisa ao DN que o congresso extraordinário poderá evoluir para electivo, caso os Estatutos sejam alterados pelos delegados nesse sentido.
Os autarcas sociais-democratas defendem ainda a construção de um bloco político, que congregue o CDS, para gerar uma alternativa de governo ao País e a definição de um programa urgente, entre outras coisas, para a economia, finanças públicas e justiça.
"O discurso do Presidente da República não é só para ser respeitado, tem de ser ouvido", afirma o presidente da Câmara Municipal da Covilhã.
In DN
Hoje
A maioria dos 'vices' do partido discorda da realização do congresso extraordinário. Ainda que Ferreira Leite tenha apoiado a ideia
A Comissão Permanente do PSD reúne-se amanhã e terá sobre a mesa a tentativa de encontrar uma alternativa à convocação de um congresso extraordinário desencadeada por um conjunto de autarcas sociais-democratas, liderados por Carlos Pinto, e por Pedro Santana Lopes, através da recolha de 2500 assinaturas de militantes.
Segundo fonte da direcção laranja, na última reunião daquele órgão, na terça-feira passada, a maioria dos vice-presidentes de Manuela Ferreira Leite (à excepção de Rui Rio, que não participou na reunião) manifestaram reservas em relação ao congresso extraordinário. Sobretudo por considerarem que o partido ficaria mal perante o País ao realizar dois congressos quase em simultâneo; o desencadeado pelos militantes e que, muito provavelmente, determinará a data das eleições para a liderança; e o que se seguiria às directas para escolha dos órgãos dirigentes e esvaziado de conteúdo.
A mesma fonte admitiu ao DN ser provável que amanhã a direcção tome "alguma iniciativa" para evitar esta situação e adianta que Manuela Ferreira Leite já conversou com Santana Lopes sobre o assunto. Tanto mais que a líder social-democrata apoiou a ideia do antigo líder do PSD logo no dia em que este anunciou, através do Sol, que ia desencadear o processo de recolha das 2500 assinaturas. Santana já o fez, pedindo aos subscritores da convocação do congresso que os estatutos do partido estejam em debate. O que abre a porta à discussão sobre o fim da eleição directa na escolha do presidente do partido (ver texto ao lado).
Os autarcas do PSD, liderados por Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, que em Novembro pediram a convocação de um congresso extraordinário, reúnem-se no próximo sábado na Ericeira, concelho de Mafra, precisamente para fazerem o ponto da situação sobre a recolha das assinaturas para a reunião magna. Carlos Pinto diz ao DN que, dentro de 15 dias, o processo deve estar concluído.
No encontro da Ericeira, os 16 autarcas envolvidos - entre os quais António Capucho (Cascais) que foi o primeiro nome de Manuela Ferreira Leite ao Conselho Nacional - vão analisar a possibilidade de apresentar uma moção ao congresso. Estes militantes sociais-democratas também querem discutir o modelo de escolha da equipa dirigente e da líder do partido. Carlos Pinto frisa ao DN que o congresso extraordinário poderá evoluir para electivo, caso os Estatutos sejam alterados pelos delegados nesse sentido.
Os autarcas sociais-democratas defendem ainda a construção de um bloco político, que congregue o CDS, para gerar uma alternativa de governo ao País e a definição de um programa urgente, entre outras coisas, para a economia, finanças públicas e justiça.
"O discurso do Presidente da República não é só para ser respeitado, tem de ser ouvido", afirma o presidente da Câmara Municipal da Covilhã.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Isto não vai acabar bem
Isto não vai acabar bem
A Comissão Permanente do PSD reúne-se amanhã e terá sobre a mesa a tentativa de encontrar uma alternativa à convocação de um congresso extraordinário desencadeada por um conjunto de autarcas sociais-democratas.
Os autarcas do PSD, liderados por Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, que em Novembro pediram a convocação de um congresso extraordinário, reúnem-se no próximo sábado na Ericeira.
posted by João Magalhães
A Comissão Permanente do PSD reúne-se amanhã e terá sobre a mesa a tentativa de encontrar uma alternativa à convocação de um congresso extraordinário desencadeada por um conjunto de autarcas sociais-democratas.
Os autarcas do PSD, liderados por Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, que em Novembro pediram a convocação de um congresso extraordinário, reúnem-se no próximo sábado na Ericeira.
posted by João Magalhães
Viriato- Pontos : 16657
Castanheira Barros quer túneis a unir os Açores
Castanheira Barros quer túneis a unir os Açores
por Lília Bernardes
Hoje
Candidato à liderança do PSD começou campanha nas ilhas. E defende ligação por túnel do Faia, Pico e São Jorge.
Se Castanheira Barros, que anunciou em Dezembro passado a intenção "firme" de se candidatar à presidência do PSD, for alguma vez líder do partido e chegar a primeiro ministro de Portugal, apoiará um projecto de túneis (a exemplo do Canal da Mancha) que ligue as ilhas do Faial ao Pico e do Pico a São Jorge, nos Açores.
Esta é uma das conclusões apresentadas hoje no funchal após uma viagem de sete dias à região de Crlos César.
Castanheira Barros garante ter um "projecto para o partido e para o País", adiantando, ainda que"não perdoa" a Manuela Ferreira Leite "ter-se preparado tão mal" para os debates com Sócrates nas últimas legislativas.
Quanto às regiões autónomas, defendeu a figura do Presidente das Regiões Autónomas a eleger por sufrágio directo para substituir os actuais representantes da República. Esta ideia contraria o projecto do PSD/Madeira que defende a acumulação de cargos- presidente do Governo (chefe do executivo) e presidente da região, com poderes de veto sobre os diplomas produzidos no parlamento regional.
Quanto à sua candidatura, o advogado de Coimbra diz que só desiste da candidatura à liderança do PSD se Alberto João Jardim avançar.
Castanheira Barros vai manter-se na Madeira por uma semana visitando todas as concelhias do PSD/M na região.
Na primeira tentativa, em 2007, não conseguiu reunir as 1500 assinaturas necessárias, "por falta de tempo". Agora, na posse de 750, o jurista diz que vai "até ao fim" e garante que ninguém lhe mete medo.
In DN
http://www.trasosmontes.com/forum/images/smilies/notsure.gif
por Lília Bernardes
Hoje
Candidato à liderança do PSD começou campanha nas ilhas. E defende ligação por túnel do Faia, Pico e São Jorge.
Se Castanheira Barros, que anunciou em Dezembro passado a intenção "firme" de se candidatar à presidência do PSD, for alguma vez líder do partido e chegar a primeiro ministro de Portugal, apoiará um projecto de túneis (a exemplo do Canal da Mancha) que ligue as ilhas do Faial ao Pico e do Pico a São Jorge, nos Açores.
Esta é uma das conclusões apresentadas hoje no funchal após uma viagem de sete dias à região de Crlos César.
Castanheira Barros garante ter um "projecto para o partido e para o País", adiantando, ainda que"não perdoa" a Manuela Ferreira Leite "ter-se preparado tão mal" para os debates com Sócrates nas últimas legislativas.
Quanto às regiões autónomas, defendeu a figura do Presidente das Regiões Autónomas a eleger por sufrágio directo para substituir os actuais representantes da República. Esta ideia contraria o projecto do PSD/Madeira que defende a acumulação de cargos- presidente do Governo (chefe do executivo) e presidente da região, com poderes de veto sobre os diplomas produzidos no parlamento regional.
Quanto à sua candidatura, o advogado de Coimbra diz que só desiste da candidatura à liderança do PSD se Alberto João Jardim avançar.
Castanheira Barros vai manter-se na Madeira por uma semana visitando todas as concelhias do PSD/M na região.
Na primeira tentativa, em 2007, não conseguiu reunir as 1500 assinaturas necessárias, "por falta de tempo". Agora, na posse de 750, o jurista diz que vai "até ao fim" e garante que ninguém lhe mete medo.
In DN
http://www.trasosmontes.com/forum/images/smilies/notsure.gif
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"Não me surpreendia se Ferreira Leite se recandidatasse"
"Não me surpreendia se Ferreira Leite se recandidatasse"
por Paula Sá
Hoje
"Não me surpreendia se Ferreira Leite se recandidatasse"
Entrevista
Ex-deputado do PSD e apoiante de Pedro Passos CoelhoMiguel Relvas garante que Pedro Passos Coelho é o homem certo para gerar uma alternativa a Sócrates e que será capaz de unir o partido. O ex-deputado defende que, nas próximas directas, se o vencedor não tiver 50% deve haver uma segunda volta
Concorda com o pacto entre PSD e Governo para o Orçamento. Isso não compromete a futura direcção do partido?
Uma direcção do PSD, mesmo que de saída, pode dar um contributo para os interesses do País a longo prazo. Esta questão não se resolve em quatro anos. Mas a viabilização do Orçamento não pode resultar de uma mera negociação partidária. A verdade é que o governo tem que mostrar que está disponível para apresentar um orçamento realista e adequado à actual situação do País. Um orçamento que preveja o investimento público canalizado para as pequenas e médias empresas, ou seja para a exportação e que contenha o endividamento e o défice público.
Então o PSD está a agir com responsabilidade?
O PSD faz uma oposição rouca. É preciso construir uma alternativa de esperança e de mudança, o que só é possível com uma nova liderança do PSD. Esta liderança do PSD é claramente provisória.
O próprio Passos Coelho acordou que ela ficasse provisória.
A decisão já estava tomada por Ferreira Leite e não quisemos criar um novo caso político, pedindo a sua demissão. O PSD precisa de estabilidade e de seriedade.
Admite que José Pedro Aguiar-Branco seja o "outro" candidato ?
Admito que todos aqueles que têm uma ideia para o País sejam candidatos.
Mas não está a trilhar esse caminho no Parlamento?
Está a desempenhar a sua função de líder parlamentar numa situação particularmente delicada que é de não existir uma liderança efectiva do partido. Sem essa liderança não se constrói uma oposição com uma visão estratégica de médio e longo prazo.
No PSD, só Pedro Passos Coelho é capaz de desempenhar esse papel?
Será um excelente primeiro-ministro de Portugal.
Como pode ter essa certeza se ele nunca desempenhou um cargo público?
Conheço-o há muitos anos e tem um pensamento claro. Nas próximas semanas será conhecido aquilo que ele pensa na Educação, na Justiça, as propostas de combate à corrupção, a sua proposta de modelo económico.
Não deviam ter forçado a realização de directas mais cedo?
Teria sido melhor para o partido e para o País, mas daria uma imagem de muita ansiedade pelo poder. Agora, é desejável que as directas se realizem a 16 de Abril e o congresso até pode ser marcado, simbolicamente, para o dia 25 de Abril. A liderança do PSD tem vivido estes meses obcecada em encontrar um candidato que derrote Pedro Passos Coelho. Já não me surpreendia se Manuela Ferreira Leite se recandidatasse.
Qual o motivo dessa "obsessão"?
Têm medo da mudança. Têm receio que ideias novas venham trazer novas práticas e novas atitudes, nova abordagem da política. São pessoas que estão há muito tempo na vida pública, que têm uma relação muito próxima com o poder, seja interno seja público, e não o querem perder.
Como vê o congresso extraordinário proposto por Santana Lopes?
Pedro Santana Lopes faz parte do património do partido, foi seu líder. É uma pessoa que se move com bons instintos, mas nesta questão ele não tem razão. Exigir ao PSD dois congressos no momento em que o País vive é pedir muito. Para o País é indiferente o congresso do PSD. O que o País quer é que o PSD tenha uma liderança para uma alternativa a José Sócrates.
É partidário das directas?
Eu fui contra as directas e disse-o na altura. Mas depois de dado o primeiro passo dificilmente se voltaria atrás no modelo 'um homem um voto'. Agora, por uma questão de legitimidade, nas próximas directas, se o vencedor não tiver 50% dos votos deve haver segunda volta. Vou bater-me por isso.
A sucessão de líderes prejudicou o partido?
O PSD tem que ser menos ansioso e não cometer o erro de não ter uma liderança do princípio ao fim de uma legislatura. A actual líder do PSD, essa, foi avaliada em eleições e não ganhou.
Marcelo Rebelo de Sousa não foi avaliado?
Quem no passado teve dificuldades em conseguir os objectivos, como é que no futuro os vai concretizar? O PSD não pode resolver o seu problema olhando para a galeria dos ex-líderes. Ele foi líder e saiu porque quis.
Santana Lopes tomou a iniciativa do congresso para se candidatar?
Acho que será uma resposta que só dará mais para a frente.
Quando é que Passos Coelho apresenta o seu projecto ao País?
Assim que forem marcadas as eleições no partido. Tem ideia concretas para áreas como a justiça, saúde, educação e apoios na área social, em particular, no combate ao desemprego. Tem ainda propostas sobre desenvolvimento sustentado, voluntariado, lusofonia e política nas cidades. Portugal precisa de políticos que tenham uma agenda ambiciosa e estratégica.
O próximo líder do PSD deve já apontar as alianças que tenciona ou não fazer?
O bloco central tem que estar definitivamente posto de lado. O que têm que existir são compromissos de fundo entre os dois grandes partidos.O CDS fez nas últimas eleições, infelizmente por nossa culpa, um bom resultado. Temos que ser primeiro capazes de pedir ao eleitorado que nos devolva os 11 deputados que o PSD lhes emprestou. Mas eu acredito nas virtualidades de uma aliança PSD/CDS.
Mas o próximo líder deve apontar já esse caminho?
Tem como primeira obrigação fortalecer o PSD e voltar a ser visto pelos portugueses como alternativa de governo. Enquanto não tiver a força na sociedade e nas sondagens, o próximo líder do PSD não tem que andar a pensar em coligações.
Ainda se sente magoado por ter sido excluído da lista de deputados?
É a vida.
E o facto de Pedro Passos Coelho não ser deputado não o deixa sem palco político como aconteceu a Ferreira Leite?
Para se fazer política não tem que se estar obrigatoriamente no Parlamento. Tem que se ter ideias e estar perto dos cidadãos.
E ele será capaz de unir um partido "balcanizado"?
A unidade não se anuncia, pratica-se. Faz-se indo buscar os melhores e não tendo medo da sombra. Trabalhei com um líder que foi buscar muitos daqueles que o criticaram duramente, que foi Durão Barroso.
Seria possível convidar a Ferreira Leite para integrar um governo de Pedro Passos Coelho.
(longo silêncio) Acho que sim. Não vejo nenhuma objecção de princípio.
In DN
por Paula Sá
Hoje
"Não me surpreendia se Ferreira Leite se recandidatasse"
Entrevista
Ex-deputado do PSD e apoiante de Pedro Passos CoelhoMiguel Relvas garante que Pedro Passos Coelho é o homem certo para gerar uma alternativa a Sócrates e que será capaz de unir o partido. O ex-deputado defende que, nas próximas directas, se o vencedor não tiver 50% deve haver uma segunda volta
Concorda com o pacto entre PSD e Governo para o Orçamento. Isso não compromete a futura direcção do partido?
Uma direcção do PSD, mesmo que de saída, pode dar um contributo para os interesses do País a longo prazo. Esta questão não se resolve em quatro anos. Mas a viabilização do Orçamento não pode resultar de uma mera negociação partidária. A verdade é que o governo tem que mostrar que está disponível para apresentar um orçamento realista e adequado à actual situação do País. Um orçamento que preveja o investimento público canalizado para as pequenas e médias empresas, ou seja para a exportação e que contenha o endividamento e o défice público.
Então o PSD está a agir com responsabilidade?
O PSD faz uma oposição rouca. É preciso construir uma alternativa de esperança e de mudança, o que só é possível com uma nova liderança do PSD. Esta liderança do PSD é claramente provisória.
O próprio Passos Coelho acordou que ela ficasse provisória.
A decisão já estava tomada por Ferreira Leite e não quisemos criar um novo caso político, pedindo a sua demissão. O PSD precisa de estabilidade e de seriedade.
Admite que José Pedro Aguiar-Branco seja o "outro" candidato ?
Admito que todos aqueles que têm uma ideia para o País sejam candidatos.
Mas não está a trilhar esse caminho no Parlamento?
Está a desempenhar a sua função de líder parlamentar numa situação particularmente delicada que é de não existir uma liderança efectiva do partido. Sem essa liderança não se constrói uma oposição com uma visão estratégica de médio e longo prazo.
No PSD, só Pedro Passos Coelho é capaz de desempenhar esse papel?
Será um excelente primeiro-ministro de Portugal.
Como pode ter essa certeza se ele nunca desempenhou um cargo público?
Conheço-o há muitos anos e tem um pensamento claro. Nas próximas semanas será conhecido aquilo que ele pensa na Educação, na Justiça, as propostas de combate à corrupção, a sua proposta de modelo económico.
Não deviam ter forçado a realização de directas mais cedo?
Teria sido melhor para o partido e para o País, mas daria uma imagem de muita ansiedade pelo poder. Agora, é desejável que as directas se realizem a 16 de Abril e o congresso até pode ser marcado, simbolicamente, para o dia 25 de Abril. A liderança do PSD tem vivido estes meses obcecada em encontrar um candidato que derrote Pedro Passos Coelho. Já não me surpreendia se Manuela Ferreira Leite se recandidatasse.
Qual o motivo dessa "obsessão"?
Têm medo da mudança. Têm receio que ideias novas venham trazer novas práticas e novas atitudes, nova abordagem da política. São pessoas que estão há muito tempo na vida pública, que têm uma relação muito próxima com o poder, seja interno seja público, e não o querem perder.
Como vê o congresso extraordinário proposto por Santana Lopes?
Pedro Santana Lopes faz parte do património do partido, foi seu líder. É uma pessoa que se move com bons instintos, mas nesta questão ele não tem razão. Exigir ao PSD dois congressos no momento em que o País vive é pedir muito. Para o País é indiferente o congresso do PSD. O que o País quer é que o PSD tenha uma liderança para uma alternativa a José Sócrates.
É partidário das directas?
Eu fui contra as directas e disse-o na altura. Mas depois de dado o primeiro passo dificilmente se voltaria atrás no modelo 'um homem um voto'. Agora, por uma questão de legitimidade, nas próximas directas, se o vencedor não tiver 50% dos votos deve haver segunda volta. Vou bater-me por isso.
A sucessão de líderes prejudicou o partido?
O PSD tem que ser menos ansioso e não cometer o erro de não ter uma liderança do princípio ao fim de uma legislatura. A actual líder do PSD, essa, foi avaliada em eleições e não ganhou.
Marcelo Rebelo de Sousa não foi avaliado?
Quem no passado teve dificuldades em conseguir os objectivos, como é que no futuro os vai concretizar? O PSD não pode resolver o seu problema olhando para a galeria dos ex-líderes. Ele foi líder e saiu porque quis.
Santana Lopes tomou a iniciativa do congresso para se candidatar?
Acho que será uma resposta que só dará mais para a frente.
Quando é que Passos Coelho apresenta o seu projecto ao País?
Assim que forem marcadas as eleições no partido. Tem ideia concretas para áreas como a justiça, saúde, educação e apoios na área social, em particular, no combate ao desemprego. Tem ainda propostas sobre desenvolvimento sustentado, voluntariado, lusofonia e política nas cidades. Portugal precisa de políticos que tenham uma agenda ambiciosa e estratégica.
O próximo líder do PSD deve já apontar as alianças que tenciona ou não fazer?
O bloco central tem que estar definitivamente posto de lado. O que têm que existir são compromissos de fundo entre os dois grandes partidos.O CDS fez nas últimas eleições, infelizmente por nossa culpa, um bom resultado. Temos que ser primeiro capazes de pedir ao eleitorado que nos devolva os 11 deputados que o PSD lhes emprestou. Mas eu acredito nas virtualidades de uma aliança PSD/CDS.
Mas o próximo líder deve apontar já esse caminho?
Tem como primeira obrigação fortalecer o PSD e voltar a ser visto pelos portugueses como alternativa de governo. Enquanto não tiver a força na sociedade e nas sondagens, o próximo líder do PSD não tem que andar a pensar em coligações.
Ainda se sente magoado por ter sido excluído da lista de deputados?
É a vida.
E o facto de Pedro Passos Coelho não ser deputado não o deixa sem palco político como aconteceu a Ferreira Leite?
Para se fazer política não tem que se estar obrigatoriamente no Parlamento. Tem que se ter ideias e estar perto dos cidadãos.
E ele será capaz de unir um partido "balcanizado"?
A unidade não se anuncia, pratica-se. Faz-se indo buscar os melhores e não tendo medo da sombra. Trabalhei com um líder que foi buscar muitos daqueles que o criticaram duramente, que foi Durão Barroso.
Seria possível convidar a Ferreira Leite para integrar um governo de Pedro Passos Coelho.
(longo silêncio) Acho que sim. Não vejo nenhuma objecção de princípio.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Paulo Rangel critica Governo e "refunda" partido
Paulo Rangel critica Governo e "refunda" partido
por DN.pt
Hoje
O eurodeputado do PSD, Paulo Rangel afirmou hoje em Braga que "Portugal vive uma crise que não é só económico-financeira, é uma crise política porque o Governo não tem prestígio e está desgastado".
"Um dos pilares da democracia e da governabilidade que é o poder executivo está decrépito, em declínio e em degenerescência acelerada", declarou, sustentando que o país "vive também uma grave crise do poder judicial, outro pilar da democracia".
Paulo Rangel falava durante um almoço de ano novo organizado pela Concelhia de Braga do PSD, liderada por João Granja, e em que estiveram presentes o líder da Distrital, Virgílio Costa e o líder da oposição na Câmara Municipal, Ricardo Rio.
Paulo Rangel declarou que, "os 15 anos de políticas socialistas e os cinco anos de socialismo do engenheiro Sócrates levaram Portugal à maior crise da justiça de que há memória". "Basta haver uma crise nestes dois poderes, no executivo e no judicial para que tenhamos de assumir a gravidade e a profundidade da crise em que vivemos", afirmou.
Para Rangel "algum partido tem de apresentar um projecto e uma solução, tem de trazer uma resposta à crise", posto que - acentuou - "a população portuguesa sabe que estamos sem esperança, sem vislumbrar uma saída".
"Só vejo uma possibilidade: o PSD estar à altura da sua responsabilidade histórica para responder ao anseio dos portugueses", referiu, dizendo ser necessário uma ruptura e que esta passa por "refundar a social-democracia como projecto para Portugal".
Sustentou que a refundação obriga a que o partido, antes de andar a discutir protagonistas, debata um projecto, o qual - disse - deve ter duas características, a primeira das quais, "a de não criar ilusões a ninguém, pois não se pode mais prometer aos portugueses facilidades nem ilusões que a situação não comporta".
A segunda - acrescentou - "a de fazer uma ruptura com a promiscuidade entre público e privado algo que tem sido apanágio dos socialistas, que se dizem a favor do sector público mas são aqueles que mais têm apoiado os negócios menos transparentes".
Na justiça vai ser preciso "tomar medidas duras e claras, e que em alguns casos podem obrigar a diminuir o acesso aos tribunais, para resolver o problema de credibilidade e da eficácia na justiça".
Defendeu que as novas ameaças que se põem à segurança do país, o terrorismo, o crime organizado e a violência, vão exigir que os militares tenha componentes policiais e vice-versa.
No domínio da economia, considerou que a solução não passa por investimentos megalómanos e por mais dívida interna e externa, mas por uma política voltada para as PME's, o empreendedorismo e uma política de proximidade feita a partir autarquias junto economia local.
In DN
por DN.pt
Hoje
O eurodeputado do PSD, Paulo Rangel afirmou hoje em Braga que "Portugal vive uma crise que não é só económico-financeira, é uma crise política porque o Governo não tem prestígio e está desgastado".
"Um dos pilares da democracia e da governabilidade que é o poder executivo está decrépito, em declínio e em degenerescência acelerada", declarou, sustentando que o país "vive também uma grave crise do poder judicial, outro pilar da democracia".
Paulo Rangel falava durante um almoço de ano novo organizado pela Concelhia de Braga do PSD, liderada por João Granja, e em que estiveram presentes o líder da Distrital, Virgílio Costa e o líder da oposição na Câmara Municipal, Ricardo Rio.
Paulo Rangel declarou que, "os 15 anos de políticas socialistas e os cinco anos de socialismo do engenheiro Sócrates levaram Portugal à maior crise da justiça de que há memória". "Basta haver uma crise nestes dois poderes, no executivo e no judicial para que tenhamos de assumir a gravidade e a profundidade da crise em que vivemos", afirmou.
Para Rangel "algum partido tem de apresentar um projecto e uma solução, tem de trazer uma resposta à crise", posto que - acentuou - "a população portuguesa sabe que estamos sem esperança, sem vislumbrar uma saída".
"Só vejo uma possibilidade: o PSD estar à altura da sua responsabilidade histórica para responder ao anseio dos portugueses", referiu, dizendo ser necessário uma ruptura e que esta passa por "refundar a social-democracia como projecto para Portugal".
Sustentou que a refundação obriga a que o partido, antes de andar a discutir protagonistas, debata um projecto, o qual - disse - deve ter duas características, a primeira das quais, "a de não criar ilusões a ninguém, pois não se pode mais prometer aos portugueses facilidades nem ilusões que a situação não comporta".
A segunda - acrescentou - "a de fazer uma ruptura com a promiscuidade entre público e privado algo que tem sido apanágio dos socialistas, que se dizem a favor do sector público mas são aqueles que mais têm apoiado os negócios menos transparentes".
Na justiça vai ser preciso "tomar medidas duras e claras, e que em alguns casos podem obrigar a diminuir o acesso aos tribunais, para resolver o problema de credibilidade e da eficácia na justiça".
Defendeu que as novas ameaças que se põem à segurança do país, o terrorismo, o crime organizado e a violência, vão exigir que os militares tenha componentes policiais e vice-versa.
No domínio da economia, considerou que a solução não passa por investimentos megalómanos e por mais dívida interna e externa, mas por uma política voltada para as PME's, o empreendedorismo e uma política de proximidade feita a partir autarquias junto economia local.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Aguiar-Branco soma elogios entre os notáveis
Aguiar-Branco soma elogios entre os notáveis
por David Dinis
Hoje
Ex-líderes marcam terreno, na semana decisiva para a eventual convocação do congresso. Líder parlamentar colhe elogios vários, até de Menezes. Mas este ainda não excluiu voltar
Os ex-líderes do PSD estão de volta para marcar terreno na discussão que se abriu sobre o futuro do partido. Depois de Marques Mendes - que publicou no Sol uma extensa lista de propostas estratégicas para o país - ontem foi Luís Filipe Menezes que voltou ao terreno, multiplicando críticas a quase todos os protagonistas do partido.
Em Gaia, Menezes atacou Pinto Balsemão e Marques Mendes. E no artigo que hoje publica no DN (ver página ao lado), o autarca é ainda mais extensivo: critica também Ferreira Leite, Santana Lopes, Marcelo, Rangel e Passos Coelho. Entre todos os potenciais candidatos à liderança, só escapa mesmo Aguiar-Branco.
Essa excepção, aliás, tem sido repetida nos últimos dias, levando várias pessoas no partido a admitir que Menezes pode mesmo apoiar Aguiar-Branco, se este se candidatar. Argumento? Pelo menos o apoio que este sempre deu ao processo de regionalização.
Mas nem isso é um dado adquirido. É que o ex-presidente do PSD tem multiplicado contactos com os seus apoiantes e tem-lhes garantido que, desta feita, os votos da distrital do Porto (cujo líder é seu vereador em Gaia) não se vão repartir pelas candidaturas que se apresentarem. Mais ainda: que não só não abdicará de influenciar a disputa, como no limite nem exclui apresentar-se na corrida.
Mas, para já, no meio da indefinição dos candidatos à liderança (para além de Passos Coelho, o único assumido), é mesmo José Pedro Aguiar-Branco quem vai recolhendo maiores elogios.
Nas últimas semanas, vários destacados militantes do PSD vieram a público manifestar apreço pela forma como tem conduzido a bancada. Desde logo, Luís Filipe Menezes; mas também Santana Lopes (que louvou o projecto alternativo do PSD ao casamento gay); e Pinto Balsemão (que o usou como argumento para concluir que, afinal, o partido está "vivo").
Entre os mais próximos de Ferreira Leite cresce a convicção de que a candidatura de Aguiar-Branco é já "irreversível". Não só por vontade própria, mas também por ausências de outros potenciais candidatos.
Um deles é Paulo Rangel, que na noite de sexta-feira reafirmou indisponibilidade. Outro é Marcelo Rebelo de Sousa, que ontem mesmo reiterou ao DN que "nada mudou nas últimas semanas no partido" - o que significa que a sua candidatura não vai acontecer.
Em aberto está ainda a realização de um congresso (que alguns autarcas e Santana Lopes querem mesmo exigir). Ontem no Expresso, era Marques Mendes, outro ex-líder, quem lhe declarava apoio - mas sem que isso queira dizer disponibilidade para voltar.
In DN
por David Dinis
Hoje
Ex-líderes marcam terreno, na semana decisiva para a eventual convocação do congresso. Líder parlamentar colhe elogios vários, até de Menezes. Mas este ainda não excluiu voltar
Os ex-líderes do PSD estão de volta para marcar terreno na discussão que se abriu sobre o futuro do partido. Depois de Marques Mendes - que publicou no Sol uma extensa lista de propostas estratégicas para o país - ontem foi Luís Filipe Menezes que voltou ao terreno, multiplicando críticas a quase todos os protagonistas do partido.
Em Gaia, Menezes atacou Pinto Balsemão e Marques Mendes. E no artigo que hoje publica no DN (ver página ao lado), o autarca é ainda mais extensivo: critica também Ferreira Leite, Santana Lopes, Marcelo, Rangel e Passos Coelho. Entre todos os potenciais candidatos à liderança, só escapa mesmo Aguiar-Branco.
Essa excepção, aliás, tem sido repetida nos últimos dias, levando várias pessoas no partido a admitir que Menezes pode mesmo apoiar Aguiar-Branco, se este se candidatar. Argumento? Pelo menos o apoio que este sempre deu ao processo de regionalização.
Mas nem isso é um dado adquirido. É que o ex-presidente do PSD tem multiplicado contactos com os seus apoiantes e tem-lhes garantido que, desta feita, os votos da distrital do Porto (cujo líder é seu vereador em Gaia) não se vão repartir pelas candidaturas que se apresentarem. Mais ainda: que não só não abdicará de influenciar a disputa, como no limite nem exclui apresentar-se na corrida.
Mas, para já, no meio da indefinição dos candidatos à liderança (para além de Passos Coelho, o único assumido), é mesmo José Pedro Aguiar-Branco quem vai recolhendo maiores elogios.
Nas últimas semanas, vários destacados militantes do PSD vieram a público manifestar apreço pela forma como tem conduzido a bancada. Desde logo, Luís Filipe Menezes; mas também Santana Lopes (que louvou o projecto alternativo do PSD ao casamento gay); e Pinto Balsemão (que o usou como argumento para concluir que, afinal, o partido está "vivo").
Entre os mais próximos de Ferreira Leite cresce a convicção de que a candidatura de Aguiar-Branco é já "irreversível". Não só por vontade própria, mas também por ausências de outros potenciais candidatos.
Um deles é Paulo Rangel, que na noite de sexta-feira reafirmou indisponibilidade. Outro é Marcelo Rebelo de Sousa, que ontem mesmo reiterou ao DN que "nada mudou nas últimas semanas no partido" - o que significa que a sua candidatura não vai acontecer.
Em aberto está ainda a realização de um congresso (que alguns autarcas e Santana Lopes querem mesmo exigir). Ontem no Expresso, era Marques Mendes, outro ex-líder, quem lhe declarava apoio - mas sem que isso queira dizer disponibilidade para voltar.
In DN
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José Silvano quer unir PSD
José Silvano quer unir PSD
Silvano saúda eventual candidatura de Telmo Moreno
Uma candidatura que pretende agregar os militantes num mesmo projecto.
É este o objectivo de José Silvano, que ontem se deu a conhecer publicamente como candidato à liderança da Comissão Política Distrital de Bragança do PSD.
Apesar de ter adiado a entrega da candidatura nos serviços do partido, por ainda não estarem cumpridas todas as formalidades, o presidente da câmara de Mirandela aponta três linhas mestras para o seu projecto.
A primeira é a união.
“Esta candidatura tem um sentido agregador e não divisionista” em torno de “um projecto comum, que seja de desenvolvimento e de vitória” afirma.
Por outro lado, o único candidato já assumido entende que deve haver mobilização dos militantes em torno de um mesmo objectivo. “O projecto tem de ser participado pelos militantes e sociedade civil” refere.
Por isso, promete conferências por todo o distrito para reunir ideias, que serão apresentadas quer ao Governo, quer ao partido.
Mas José Silvano quer mais.
Quer influenciar a estratégia do partido a partir da região de Bragança. “Isto é uma candidatura que daqui a uns tempos pode estar à frente do país” salienta.
O autarca de Mirandela, aproveitou para deixar um recado a Adão Silva, o presidente cessante da distrital do PSD. “Connosco não haverá imposições nacionais, ninguém nos vai impor nada contra a nossa vontade” garante, acrescentando que se isso acontecer “do nosso lado haverá um ‘Não’ e se for preciso demissão, demitimo-nos”.
José Silvano conta com o apoio de Jorge Nunes, o presidente da câmara de Bragança, que encabeça a lista à Assembleia Distrital, e de Júlio de Carvalho, candidato ao Conselho de Jurisdição distrital.
O antigo Governador Civil e um dos fundadores do partido no distrito de Bragança deixou-se convencer por duas razões.
“Senti que se tratava de um projecto mobilizador, capacidade que o PSD não tem tido a nível nacional e distrital, mas apenas ao nível local graças à acção dos candidatos a presidentes de câmara” refere.
Na lista para a comissão política, José Silvano faz-se acompanhar de Luís Afonso, de Bragança e Maria José Moreno, de Macedo de Cavaleiros.
Francisco Lopes, de Vimioso, é o tesoureiro.
..................
Sobre a possível candidatura de Telmo Moreno à presidência da distrital do PSD de Bragança, José Silvano, candidato já confirmado, diz que é positivo para o partido e entende que, quantas mais houver, melhor.
“Saúdo essa candidatura que já sei que está no terreno, pois eu sempre disse que quantas mais candidaturas tiver o PSD nesta altura mais vitalidade mostra o partido” considera o candidato, acrescentando que depôs das eleições “vai haver mais dinâmica e participação”.
O autarca de Mirandela garante, que mais listas não são sinónimo de desunião no partido.
“Pior divisão é haver só uma lista onde todos dizem que concordam mas ninguém trabalha, assim o partido morre” alerta. Silvano garante que “depois do dia 16 acabou a luta política e estaremos todos no projecto mobilizador para o distrito, dirigido por aquele que ganhar as eleições”.
José Silvano a deixar a promessa de união logo após as eleições do próximo sábado para a comissão política distrital do PSD.
Brigantia, 2010-01-12
Silvano saúda eventual candidatura de Telmo Moreno
Uma candidatura que pretende agregar os militantes num mesmo projecto.
É este o objectivo de José Silvano, que ontem se deu a conhecer publicamente como candidato à liderança da Comissão Política Distrital de Bragança do PSD.
Apesar de ter adiado a entrega da candidatura nos serviços do partido, por ainda não estarem cumpridas todas as formalidades, o presidente da câmara de Mirandela aponta três linhas mestras para o seu projecto.
A primeira é a união.
“Esta candidatura tem um sentido agregador e não divisionista” em torno de “um projecto comum, que seja de desenvolvimento e de vitória” afirma.
Por outro lado, o único candidato já assumido entende que deve haver mobilização dos militantes em torno de um mesmo objectivo. “O projecto tem de ser participado pelos militantes e sociedade civil” refere.
Por isso, promete conferências por todo o distrito para reunir ideias, que serão apresentadas quer ao Governo, quer ao partido.
Mas José Silvano quer mais.
Quer influenciar a estratégia do partido a partir da região de Bragança. “Isto é uma candidatura que daqui a uns tempos pode estar à frente do país” salienta.
O autarca de Mirandela, aproveitou para deixar um recado a Adão Silva, o presidente cessante da distrital do PSD. “Connosco não haverá imposições nacionais, ninguém nos vai impor nada contra a nossa vontade” garante, acrescentando que se isso acontecer “do nosso lado haverá um ‘Não’ e se for preciso demissão, demitimo-nos”.
José Silvano conta com o apoio de Jorge Nunes, o presidente da câmara de Bragança, que encabeça a lista à Assembleia Distrital, e de Júlio de Carvalho, candidato ao Conselho de Jurisdição distrital.
O antigo Governador Civil e um dos fundadores do partido no distrito de Bragança deixou-se convencer por duas razões.
“Senti que se tratava de um projecto mobilizador, capacidade que o PSD não tem tido a nível nacional e distrital, mas apenas ao nível local graças à acção dos candidatos a presidentes de câmara” refere.
Na lista para a comissão política, José Silvano faz-se acompanhar de Luís Afonso, de Bragança e Maria José Moreno, de Macedo de Cavaleiros.
Francisco Lopes, de Vimioso, é o tesoureiro.
..................
Sobre a possível candidatura de Telmo Moreno à presidência da distrital do PSD de Bragança, José Silvano, candidato já confirmado, diz que é positivo para o partido e entende que, quantas mais houver, melhor.
“Saúdo essa candidatura que já sei que está no terreno, pois eu sempre disse que quantas mais candidaturas tiver o PSD nesta altura mais vitalidade mostra o partido” considera o candidato, acrescentando que depôs das eleições “vai haver mais dinâmica e participação”.
O autarca de Mirandela garante, que mais listas não são sinónimo de desunião no partido.
“Pior divisão é haver só uma lista onde todos dizem que concordam mas ninguém trabalha, assim o partido morre” alerta. Silvano garante que “depois do dia 16 acabou a luta política e estaremos todos no projecto mobilizador para o distrito, dirigido por aquele que ganhar as eleições”.
José Silvano a deixar a promessa de união logo após as eleições do próximo sábado para a comissão política distrital do PSD.
Brigantia, 2010-01-12
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Santana já tem assinaturas para um congresso
Santana já tem assinaturas para um congresso
Hoje
O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes revelou hoje que conseguiu já reunir o número de assinaturas necessárias à convocação de um Congresso extraordinário do PSD, que espera possa ter lugar "na primeira semana de Março".
"Posso confirmar que já tenho o número de assinaturas suficiente para convocar um congresso extraordinário do partido. Já tenho um número de assinaturas que ultrapassa o mínimo exigível. Julgo que nunca aconteceu na história do PPD/PSD", disse, em declarações à agência Lusa.
Santana Lopes adiantou ainda que "a partir de amanhã [sexta-feira]" irá entregar o pedido para a convocação da reunião magna social-democrata, que espera possa realizar-se no início de Março.
"Estou agora em condições de entregar a partir de amanhã ao presidente da mesa do Conselho Nacional e do Congresso para que proceda à convocação do Conselho Nacional para convocar o congresso extraordinário para os dias 05, 06 e 07 de Março, para o primeiro fim-de-semana de Março", referiu.
Recentemente, o antigo líder do PSD afirmou-se convicto de que reuniria até ao final desta semana as 2.500 assinaturas necessárias à convocação de um Congresso do partido.
In DN
Hoje
O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes revelou hoje que conseguiu já reunir o número de assinaturas necessárias à convocação de um Congresso extraordinário do PSD, que espera possa ter lugar "na primeira semana de Março".
"Posso confirmar que já tenho o número de assinaturas suficiente para convocar um congresso extraordinário do partido. Já tenho um número de assinaturas que ultrapassa o mínimo exigível. Julgo que nunca aconteceu na história do PPD/PSD", disse, em declarações à agência Lusa.
Santana Lopes adiantou ainda que "a partir de amanhã [sexta-feira]" irá entregar o pedido para a convocação da reunião magna social-democrata, que espera possa realizar-se no início de Março.
"Estou agora em condições de entregar a partir de amanhã ao presidente da mesa do Conselho Nacional e do Congresso para que proceda à convocação do Conselho Nacional para convocar o congresso extraordinário para os dias 05, 06 e 07 de Março, para o primeiro fim-de-semana de Março", referiu.
Recentemente, o antigo líder do PSD afirmou-se convicto de que reuniria até ao final desta semana as 2.500 assinaturas necessárias à convocação de um Congresso do partido.
In DN
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Excepção para Trás-os-Montes
Excepção para Trás-os-Montes
Pedro Passos Coelho defende que o TGV se deve limitar à ligação entre Lisboa e Madrid
Não é a versão minimalista de Manuela Ferreira Leite contra as grandes obras públicas que o Governo do PS esgrime como a chave para o relançamento da economia, mas anda lá perto. Pedro Passos Coelho discorda da multiplicação de linhas do TGV e está contra a maioria das subconcessões de auto-estradas incluídas no plano rodoviário nacional.
À excepção do TGV Lisboa-Madrid, por permitir a ligação à rede de alta velocidade europeia e porque há já compromisso internacionais assumidos entre os dois Estados, o candidato à liderança do PSD considera que os restantes projectos em alta velocidade (Lisboa Porto, Porto-Vigo e Évora-Faro-Huelva) não são estratégicos para o país e defende a sua reconversão para velocidade elevada e o seu reescalonamento no tempo.
As propostas estão contidas no livro Mudar, no qual Passos Coelho expõe as suas ideias para o país, cruzando-as com o testemunho do seu percurso pessoal e político e que será lançado no próximo dia 21, em Lisboa. Reclamando a urgência de \"respostas consistentes\" para a crise que o país enfrenta, Passos Coelho entende que não é pela via do aumento de impostos que se conseguirá reduzir o défice, mas sim através da redução da despesa \"de modo permanente, estrutural\".
Igualmente, no caso das grandes obras públicas, distancia-se da ideia de que esses grandes investimentos serão o impulso indispensável à reanimação da economia, criando emprego e salvando empresas, como insiste o Governo de Sócrates. \"Dado que estas obras são muito caras e que o nosso endividamento é excessivo, realizá-las agora pode significar criar uma bomba-relógio, ou seja ter um problema de endividamento no futuro próximo ainda mais grave\", adverte.
É face a este contexto que Passos Coelho defende a reavaliação do plano das grandes obras públicas, distinguindo, por um lado, quais os investimentos estratégicos (todos aqueles que diminuam a nossa dependência externa no plano energético, que facilitem as exportações e que promovam a cessibilidade da procura turística) e, por outro, encontrar alternativas para alguns projectos que, não sendo estratégicos, são ainda assim importantes.
No primeiro caso, inclui, entre outros, a construção de barragens, a aposta pública no transporte ferroviário de mercadorias, em ligação com as plataformas logísticas, e o novo aeroporto de Lisboa, designadamente por «garantir a acessibilidade turística que é crítica para a nossa economia». Quanto às novas auto-estradas, abre apenas uma excepção para Trás-os-Montes.
FF in Publico, 2010-01-15
Pedro Passos Coelho defende que o TGV se deve limitar à ligação entre Lisboa e Madrid
Não é a versão minimalista de Manuela Ferreira Leite contra as grandes obras públicas que o Governo do PS esgrime como a chave para o relançamento da economia, mas anda lá perto. Pedro Passos Coelho discorda da multiplicação de linhas do TGV e está contra a maioria das subconcessões de auto-estradas incluídas no plano rodoviário nacional.
À excepção do TGV Lisboa-Madrid, por permitir a ligação à rede de alta velocidade europeia e porque há já compromisso internacionais assumidos entre os dois Estados, o candidato à liderança do PSD considera que os restantes projectos em alta velocidade (Lisboa Porto, Porto-Vigo e Évora-Faro-Huelva) não são estratégicos para o país e defende a sua reconversão para velocidade elevada e o seu reescalonamento no tempo.
As propostas estão contidas no livro Mudar, no qual Passos Coelho expõe as suas ideias para o país, cruzando-as com o testemunho do seu percurso pessoal e político e que será lançado no próximo dia 21, em Lisboa. Reclamando a urgência de \"respostas consistentes\" para a crise que o país enfrenta, Passos Coelho entende que não é pela via do aumento de impostos que se conseguirá reduzir o défice, mas sim através da redução da despesa \"de modo permanente, estrutural\".
Igualmente, no caso das grandes obras públicas, distancia-se da ideia de que esses grandes investimentos serão o impulso indispensável à reanimação da economia, criando emprego e salvando empresas, como insiste o Governo de Sócrates. \"Dado que estas obras são muito caras e que o nosso endividamento é excessivo, realizá-las agora pode significar criar uma bomba-relógio, ou seja ter um problema de endividamento no futuro próximo ainda mais grave\", adverte.
É face a este contexto que Passos Coelho defende a reavaliação do plano das grandes obras públicas, distinguindo, por um lado, quais os investimentos estratégicos (todos aqueles que diminuam a nossa dependência externa no plano energético, que facilitem as exportações e que promovam a cessibilidade da procura turística) e, por outro, encontrar alternativas para alguns projectos que, não sendo estratégicos, são ainda assim importantes.
No primeiro caso, inclui, entre outros, a construção de barragens, a aposta pública no transporte ferroviário de mercadorias, em ligação com as plataformas logísticas, e o novo aeroporto de Lisboa, designadamente por «garantir a acessibilidade turística que é crítica para a nossa economia». Quanto às novas auto-estradas, abre apenas uma excepção para Trás-os-Montes.
FF in Publico, 2010-01-15
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«Reestruturação é importante»
«Reestruturação é importante»
António Branco sucede a José Silvano na concelhia PSD de Mirandela
António Branco vai ser o próximo presidente da comissão política concelhia de Mirandela do PSD, até 2012.
O actual vice-presidente da câmara, lidera a única lista presente a sufrágio, no próximo sábado, no acto eleitoral que decorre em simultâneo com a distrital.
António Branco sucede a José Silvano, que desta vez é candidato à distrital, mas nega que a sua intenção seja preparar o terreno para as autárquicas de 2013.
António Branco faz questão de referir que avança pelo facto de ser um ciclo de dois anos sem eleições autárquicas ou legislativas, propício à reestruturação interna, promovendo fóruns de debate abertos aos militantes e simpatizantes.
“A preparação tem de ser feita pela formação dos militante e dos jovens e aqui temos a oportunidade de preparar a formação de quadros, trabalhando no combate político” refere, salientando que “esta reestruturação é importante para que não fique a ideia que os partidos estão fechados dento das comissões”.
António Branco pretende inverter a tendência dos últimos anos de algum desinteresse dos militantes, considerando ser necessário chamar as pessoas e criar um contexto de participação cívica.
“A militância dos partidos é complicada, mas por vezes é por culpa dos próprios partidos que se fecham dentro deles próprios e acabam por viver muito em função dos períodos eleitorais” afirma.
António Branco vai ser o próximo líder do PSD de Mirandela, já que lidera a única lista nas eleições que decorrem, no sábado.
Como vice-presidentes aparecem Manuel Rodrigues e Elina Fraga, enquanto Dinis Veiga será o presidente da assembleia de secção.
Actualmente, estão inscritos cerca de 600 militantes, mas só 249 podem exercer o seu direito de voto.
Brigantia, 2010-01-15
António Branco sucede a José Silvano na concelhia PSD de Mirandela
António Branco vai ser o próximo presidente da comissão política concelhia de Mirandela do PSD, até 2012.
O actual vice-presidente da câmara, lidera a única lista presente a sufrágio, no próximo sábado, no acto eleitoral que decorre em simultâneo com a distrital.
António Branco sucede a José Silvano, que desta vez é candidato à distrital, mas nega que a sua intenção seja preparar o terreno para as autárquicas de 2013.
António Branco faz questão de referir que avança pelo facto de ser um ciclo de dois anos sem eleições autárquicas ou legislativas, propício à reestruturação interna, promovendo fóruns de debate abertos aos militantes e simpatizantes.
“A preparação tem de ser feita pela formação dos militante e dos jovens e aqui temos a oportunidade de preparar a formação de quadros, trabalhando no combate político” refere, salientando que “esta reestruturação é importante para que não fique a ideia que os partidos estão fechados dento das comissões”.
António Branco pretende inverter a tendência dos últimos anos de algum desinteresse dos militantes, considerando ser necessário chamar as pessoas e criar um contexto de participação cívica.
“A militância dos partidos é complicada, mas por vezes é por culpa dos próprios partidos que se fecham dentro deles próprios e acabam por viver muito em função dos períodos eleitorais” afirma.
António Branco vai ser o próximo líder do PSD de Mirandela, já que lidera a única lista nas eleições que decorrem, no sábado.
Como vice-presidentes aparecem Manuel Rodrigues e Elina Fraga, enquanto Dinis Veiga será o presidente da assembleia de secção.
Actualmente, estão inscritos cerca de 600 militantes, mas só 249 podem exercer o seu direito de voto.
Brigantia, 2010-01-15
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Só votam militantes com quotas pagas
Só votam militantes com quotas pagas
Mais de metade dos militantes do PSD não vai votar
Dos cerca de 3500 militantes que o PSD tem no distrito de Bragança, pouco mais de 1200 é que poderão votar nas eleições de amanhã para escolher o novo presidente da estrutura distrital.
Isto porque só tem o direito de votar quem tem as quotas pagas.
O actual presidente da distrital lamenta a situação.
“O ideal era que todos os militantes pudessem cumprir e assumir o seu dever e direito que é eleger os seus dirigentes” refere Adão Silva. “Não sendo assim, é pena” lamenta. “Mas são as circunstâncias pois ninguém força ninguém a votar e pagar quotas previamente, as pessoas são livres de pagar ou não pagar” acrescenta.
Adão Silva prefere não manifestar apoio a nenhum dos candidatos, mantendo uma postura de equidistância.
“Eu procuro manter uma relação de equidistância. Há dois candidatos que por sinal são pessoas que vêm de listas que eu protagonizei nos últimos anos, pois José Silvano era presidente da assembleia distrital e Telmo Moreno era vice-presidente da comissão política” afirma. E sendo assim, “a única obrigação que eu tenho é manter-se numa relação de equidistância nesta disputa.
Para o presidente cessante, o facto de haver dois candidatos ao lugar é um sinal de pluralidade de opiniões sobre os destinos que o partido deve ter.
Brigantia, 2010-01-15
Mais de metade dos militantes do PSD não vai votar
Dos cerca de 3500 militantes que o PSD tem no distrito de Bragança, pouco mais de 1200 é que poderão votar nas eleições de amanhã para escolher o novo presidente da estrutura distrital.
Isto porque só tem o direito de votar quem tem as quotas pagas.
O actual presidente da distrital lamenta a situação.
“O ideal era que todos os militantes pudessem cumprir e assumir o seu dever e direito que é eleger os seus dirigentes” refere Adão Silva. “Não sendo assim, é pena” lamenta. “Mas são as circunstâncias pois ninguém força ninguém a votar e pagar quotas previamente, as pessoas são livres de pagar ou não pagar” acrescenta.
Adão Silva prefere não manifestar apoio a nenhum dos candidatos, mantendo uma postura de equidistância.
“Eu procuro manter uma relação de equidistância. Há dois candidatos que por sinal são pessoas que vêm de listas que eu protagonizei nos últimos anos, pois José Silvano era presidente da assembleia distrital e Telmo Moreno era vice-presidente da comissão política” afirma. E sendo assim, “a única obrigação que eu tenho é manter-se numa relação de equidistância nesta disputa.
Para o presidente cessante, o facto de haver dois candidatos ao lugar é um sinal de pluralidade de opiniões sobre os destinos que o partido deve ter.
Brigantia, 2010-01-15
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Eleições no PSD Bragança
Eleições no PSD Bragança
Telmo Moreno na corrida à distrital
15 anos depois, Telmo Moreno e José Silvano voltam a defrontar-se na corrida à presidência da Comissão Política Distrital de Bragança do PSD.
Depois da apresentação do autarca de Mirandela, na passada segunda-feira, o médico de Bragança confirmou que é candidato aos órgãos distritais sociais-democratas, apesar de confessar que, inicialmente, não tinha qualquer interesse em concorrer. No entanto, decidiu avançar porque acredita que “é tempo de corrigir o rumo que o PPS/PSD vem trilhando”.
“Procuro na formação das nossas listas acolher e integrar a participação de jovens companheiros capazes de assegurar, num futuro próximo, o reforço dos valores mais nobres do nosso partido”.
Confiante que pode vencer o sufrágio, Telmo Moreno defende: “Temos que ser um partido de referência para a sociedade em geral e, particularmente, para os seus sectores mais dinâmicos e empreendedores, para os seus centros mais activos e para a sua juventude”.
No seu programa de candidatura, o médico defende que é urgente apostar na competitividade e sustentabilidade económicas da região, começando pelo “investimento em infra-estruturas que aproximem as populações e, ao mesmo tempo, gerem um elo de proximidade entre o litoral e a Europa”.
Durante a apresentação da sua candidatura, Telmo Moreno teceu críticas ao seu «adversário», por pretender ser o próximo candidato a deputado na Assembleia da República. Contudo, sublinha que, «José Silvano é um militante valoroso que poderá ser chamado para enfrentar situações».
Telmo Moreno é acompanhado por Jorge Fidalgo (vice-presidente da Câmara Municipal de Vimioso) e Luís Gonçalves nos cargos de vice-presidentes. Já para a presidência da mesa da Assembleia Distrital, surge o nome de José Luís Correia (presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães) e o de Nuno Gonçalves (vereador da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo) para o Conselho de Jurisdição.
Recorde-se que as eleições terão lugar já no próximo sábado.
Sandra Canteiro, Jornal Nordeste, 2010-01-15
Telmo Moreno na corrida à distrital
15 anos depois, Telmo Moreno e José Silvano voltam a defrontar-se na corrida à presidência da Comissão Política Distrital de Bragança do PSD.
Depois da apresentação do autarca de Mirandela, na passada segunda-feira, o médico de Bragança confirmou que é candidato aos órgãos distritais sociais-democratas, apesar de confessar que, inicialmente, não tinha qualquer interesse em concorrer. No entanto, decidiu avançar porque acredita que “é tempo de corrigir o rumo que o PPS/PSD vem trilhando”.
“Procuro na formação das nossas listas acolher e integrar a participação de jovens companheiros capazes de assegurar, num futuro próximo, o reforço dos valores mais nobres do nosso partido”.
Confiante que pode vencer o sufrágio, Telmo Moreno defende: “Temos que ser um partido de referência para a sociedade em geral e, particularmente, para os seus sectores mais dinâmicos e empreendedores, para os seus centros mais activos e para a sua juventude”.
No seu programa de candidatura, o médico defende que é urgente apostar na competitividade e sustentabilidade económicas da região, começando pelo “investimento em infra-estruturas que aproximem as populações e, ao mesmo tempo, gerem um elo de proximidade entre o litoral e a Europa”.
Durante a apresentação da sua candidatura, Telmo Moreno teceu críticas ao seu «adversário», por pretender ser o próximo candidato a deputado na Assembleia da República. Contudo, sublinha que, «José Silvano é um militante valoroso que poderá ser chamado para enfrentar situações».
Telmo Moreno é acompanhado por Jorge Fidalgo (vice-presidente da Câmara Municipal de Vimioso) e Luís Gonçalves nos cargos de vice-presidentes. Já para a presidência da mesa da Assembleia Distrital, surge o nome de José Luís Correia (presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães) e o de Nuno Gonçalves (vereador da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo) para o Conselho de Jurisdição.
Recorde-se que as eleições terão lugar já no próximo sábado.
Sandra Canteiro, Jornal Nordeste, 2010-01-15
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Re: PSD em frangalhos
Isto porque só tem o direito de votar quem tem as quotas pagas.
E qual é o problema?
Costuma haver incentivos no PSD, para que o pessoal ponha as quotas em dia!!!!
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Eleições no PSD Bragança
Eleições no PSD Bragança
José Silvano é o novo presidente da distrital
O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, ganhou ontem as eleições para a distrital de Bragança do PSD com uma diferença de quase 200 votos em relação ao adversário Telmo Moreno, um histórico local do partido.
O candidato vencedor admitiu não estar à espera de ganhar com tanta diferença - 186 votos-, sendo o mais votado em nove das doze concelhias numa eleição em que participaram 969 dos 1214 militantes com quotas em dias, o que representa cerca de 80 por cento.
«Este resultado mostra que estão ansiosos que haja mudança no PSD para chegar ao poder e, por isso, demonstraram-no com toda a força nestas eleições», considerou Silvano.
Para o novo presidente da distrital, «os militantes entenderam que era preciso um projecto mobilizador para o Distrito» que «contribua para que a política nacional mude e para que o próximo líder nacional seja capaz de ganhar as eleições legislativas».
As eleições de hoje para a sucessão de Adão Silva à frente da distrital de Bragança repetiram um duelo de há 15 anos com resultados opostos, já que, em 1995, Silvano perdeu para Telmo Moreno por dez votos.
Nestas eleições, José Silvano ganhou para todos os órgãos do partido com votações semelhantes, elegendo para presidente da mesa da assembleia distrital Jorge Nunes, o presidente da Câmara de Bragança, e para o conselho de jurisdição Júlio de Carvalho.
O candidato ontem derrotado, Telmo Moreno «não estava à espera» deste resultado, embora acreditasse que «as coisas seriam muito discutidas, muito próximas», segundo disse à Lusa.
Promete que vai continuar a ser «um militante vigilante» e que será «oposição firme sempre que se justificar».
Telmo Moreno repetiu o que já tinha dito na apresentação da candidatura, reiterando que com José Silvano e Jorge Nunes «o partido no Distrito não vai pelo melhor caminho».
Moreno insiste que os dois autarcas já estão «formatados para serem candidatos na lista de deputados por Bragança às legislativas com o partido a trabalhar para eles».
O novo presidente da distrital responde que «preferia ver o Jorge Nunes ou o Silvano na Assembleia do que ver o do Porto ou de Penafiel», referindo-se à escolha de José Ferreira Gomes para encabeçar a lista por Bragança nas últimas legislativas.
Enquanto que Telmo Moreno assumiu de imediato o seu apoio a Pedro Passos Coelho para presidente do PSD, José Silvano continua a dizer que «esta distrital não tem nenhum líder nacional definido».
«Os candidatos hão-de vir todos, se quiserem, discutir com os militantes as suas ideias e os militantes votarão em quem quiserem», disse, acrescentando, no entanto, que «o presidente da distrital também fará a sua escolha e dirá em quem vai votar depois de os ouvir a todos».
Lusa, 2010-01-17
José Silvano é o novo presidente da distrital
O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, ganhou ontem as eleições para a distrital de Bragança do PSD com uma diferença de quase 200 votos em relação ao adversário Telmo Moreno, um histórico local do partido.
O candidato vencedor admitiu não estar à espera de ganhar com tanta diferença - 186 votos-, sendo o mais votado em nove das doze concelhias numa eleição em que participaram 969 dos 1214 militantes com quotas em dias, o que representa cerca de 80 por cento.
«Este resultado mostra que estão ansiosos que haja mudança no PSD para chegar ao poder e, por isso, demonstraram-no com toda a força nestas eleições», considerou Silvano.
Para o novo presidente da distrital, «os militantes entenderam que era preciso um projecto mobilizador para o Distrito» que «contribua para que a política nacional mude e para que o próximo líder nacional seja capaz de ganhar as eleições legislativas».
As eleições de hoje para a sucessão de Adão Silva à frente da distrital de Bragança repetiram um duelo de há 15 anos com resultados opostos, já que, em 1995, Silvano perdeu para Telmo Moreno por dez votos.
Nestas eleições, José Silvano ganhou para todos os órgãos do partido com votações semelhantes, elegendo para presidente da mesa da assembleia distrital Jorge Nunes, o presidente da Câmara de Bragança, e para o conselho de jurisdição Júlio de Carvalho.
O candidato ontem derrotado, Telmo Moreno «não estava à espera» deste resultado, embora acreditasse que «as coisas seriam muito discutidas, muito próximas», segundo disse à Lusa.
Promete que vai continuar a ser «um militante vigilante» e que será «oposição firme sempre que se justificar».
Telmo Moreno repetiu o que já tinha dito na apresentação da candidatura, reiterando que com José Silvano e Jorge Nunes «o partido no Distrito não vai pelo melhor caminho».
Moreno insiste que os dois autarcas já estão «formatados para serem candidatos na lista de deputados por Bragança às legislativas com o partido a trabalhar para eles».
O novo presidente da distrital responde que «preferia ver o Jorge Nunes ou o Silvano na Assembleia do que ver o do Porto ou de Penafiel», referindo-se à escolha de José Ferreira Gomes para encabeçar a lista por Bragança nas últimas legislativas.
Enquanto que Telmo Moreno assumiu de imediato o seu apoio a Pedro Passos Coelho para presidente do PSD, José Silvano continua a dizer que «esta distrital não tem nenhum líder nacional definido».
«Os candidatos hão-de vir todos, se quiserem, discutir com os militantes as suas ideias e os militantes votarão em quem quiserem», disse, acrescentando, no entanto, que «o presidente da distrital também fará a sua escolha e dirá em quem vai votar depois de os ouvir a todos».
Lusa, 2010-01-17
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Distritais organizam boicote ao congresso
Distritais organizam boicote ao congresso
por PAULA SÁ
Hoje
Lisboa exige um conselho nacional de "urgência". E um manifesto das maiores estruturas pede "directas já". Com fortes críticas à líder.
O apoio de Manuela Ferreira Leite ao congresso extraordinário do PSD antes das eleições directas está a pôr o partido a ferro e fogo. A distrital de Lisboa do PSD, liderada por Carlos Carreiras, pede um conselho nacional de "urgência". Ao mesmo tempo que corre no partido um "Manifesto de Conciliação" subscrito pelas principais distritais, entre as quais as de Lisboa, Porto e Braga, a pedir a convocação das directas já após a discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2010 - previsto para o início de Fevereiro.
Carlos Carreiras afirmou ao DN que caso Rui Machete, presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional, entenda não convocar aquele órgão, "arrancará a recolha de assinaturas entre os conselheiros nacionais para forçar a reunião de urgência". Para tanto é apenas necessário um quinto dos membros em efectividade de funções, ou seja, 25 assinaturas. "Temos de travar esta loucura!" -, frisou o líder da distrital de Lisboa.
Carreiras lembra que foi a própria líder a pedir ao partido para esperar pelo debate do OE que depois convocaria as eleições directas. "Agora aparecem 2500 assinaturas e a presidente do partido não só concorda com o congresso como até define a sua data sem ouvir o Conselho Nacional", critica o dirigente distrital.
Segundo os autarcas que se reuniram com a líder do PSD, Ferreira Leite terá apontado a realização do congresso extraordinário para a terceira ou quarta semana de Março, exactamente no fecho do Orçamento. "Perante estas contradições, as bases e as estruturas intermédias do partido estão nervosas", afirma Carlos Carreiras. Na sua opinião, o "manifesto" é a expressão desse descontentamento e da urgência de "clarificar a questão da liderança do partido".
No "Manifesto da Conciliação", a que o DN teve acesso, apela-se a que "sejam convocadas, imediatamente, eleições directas após a votação, na generalidade, do OE", sublinhando que o congresso electivo, a realizar na sequência das directas, deve incluir na agenda as matérias pretendidas em sede de congresso extraordinário.
"Concordo com o que está plasmado no documento, que hoje me chegou às mãos", afirmou o presidente da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, que imputou as responsabilidades desta situação a Ferreira Leite.
Virgílio Costa, líder da distrital de Braga, considera também que o congresso extraordinário vai "servir para lançar a confusão e o descrédito entre os militantes" e critica a líder por se ter antecipado à decisão do Conselho Nacional. "A obrigação da líder era propor a marcação das directas para tranquilizar o partido." Idêntica posição é defendida pelo presidente da distrital de Faro, Mendes Bota.
Bruno Vitorino, líder da distrital de Santarém, é mais duro: "É absurdo que Ferreira Leite continue a fazer tanto mal ao partido." Defende ainda que "as bases se devem revoltar" e exigir ao Conselho Nacional que marque as directas.
Ao invés, Álvaro Amaro, presidente da distrital da Guarda, defende a necessidade do congresso extraordinário e entende que quem pretende lançar-se na corrida à liderança o deve fazer nesse fórum de debate. "Se há assinaturas reunidas para o congresso por Santana Lopes, a líder não tem como fugir ao assunto", frisou ainda.
O eurodeputado Paulo Rangel mostrou-se favorável à reunião magna, mas quer "aguardar pelas decisões dos órgãos nacionais para ver se o congresso ocorre ou não".
In DN
por PAULA SÁ
Hoje
Lisboa exige um conselho nacional de "urgência". E um manifesto das maiores estruturas pede "directas já". Com fortes críticas à líder.
O apoio de Manuela Ferreira Leite ao congresso extraordinário do PSD antes das eleições directas está a pôr o partido a ferro e fogo. A distrital de Lisboa do PSD, liderada por Carlos Carreiras, pede um conselho nacional de "urgência". Ao mesmo tempo que corre no partido um "Manifesto de Conciliação" subscrito pelas principais distritais, entre as quais as de Lisboa, Porto e Braga, a pedir a convocação das directas já após a discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2010 - previsto para o início de Fevereiro.
Carlos Carreiras afirmou ao DN que caso Rui Machete, presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional, entenda não convocar aquele órgão, "arrancará a recolha de assinaturas entre os conselheiros nacionais para forçar a reunião de urgência". Para tanto é apenas necessário um quinto dos membros em efectividade de funções, ou seja, 25 assinaturas. "Temos de travar esta loucura!" -, frisou o líder da distrital de Lisboa.
Carreiras lembra que foi a própria líder a pedir ao partido para esperar pelo debate do OE que depois convocaria as eleições directas. "Agora aparecem 2500 assinaturas e a presidente do partido não só concorda com o congresso como até define a sua data sem ouvir o Conselho Nacional", critica o dirigente distrital.
Segundo os autarcas que se reuniram com a líder do PSD, Ferreira Leite terá apontado a realização do congresso extraordinário para a terceira ou quarta semana de Março, exactamente no fecho do Orçamento. "Perante estas contradições, as bases e as estruturas intermédias do partido estão nervosas", afirma Carlos Carreiras. Na sua opinião, o "manifesto" é a expressão desse descontentamento e da urgência de "clarificar a questão da liderança do partido".
No "Manifesto da Conciliação", a que o DN teve acesso, apela-se a que "sejam convocadas, imediatamente, eleições directas após a votação, na generalidade, do OE", sublinhando que o congresso electivo, a realizar na sequência das directas, deve incluir na agenda as matérias pretendidas em sede de congresso extraordinário.
"Concordo com o que está plasmado no documento, que hoje me chegou às mãos", afirmou o presidente da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, que imputou as responsabilidades desta situação a Ferreira Leite.
Virgílio Costa, líder da distrital de Braga, considera também que o congresso extraordinário vai "servir para lançar a confusão e o descrédito entre os militantes" e critica a líder por se ter antecipado à decisão do Conselho Nacional. "A obrigação da líder era propor a marcação das directas para tranquilizar o partido." Idêntica posição é defendida pelo presidente da distrital de Faro, Mendes Bota.
Bruno Vitorino, líder da distrital de Santarém, é mais duro: "É absurdo que Ferreira Leite continue a fazer tanto mal ao partido." Defende ainda que "as bases se devem revoltar" e exigir ao Conselho Nacional que marque as directas.
Ao invés, Álvaro Amaro, presidente da distrital da Guarda, defende a necessidade do congresso extraordinário e entende que quem pretende lançar-se na corrida à liderança o deve fazer nesse fórum de debate. "Se há assinaturas reunidas para o congresso por Santana Lopes, a líder não tem como fugir ao assunto", frisou ainda.
O eurodeputado Paulo Rangel mostrou-se favorável à reunião magna, mas quer "aguardar pelas decisões dos órgãos nacionais para ver se o congresso ocorre ou não".
In DN
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O extraordinário Congresso
O extraordinário Congresso
por PEDRO MARQUES LOPES
Santana, com esta iniciativa, está a prestar um mau serviço ao PSD.
Santana Lopes conseguiu reunir as assinaturas necessárias para a realização dum congresso extraordinário. Saberemos proximamente - há ainda alguns requisitos importantes a cumprir - se efectivamente se vai realizar ou não.
As últimas iniciativas do ex-líder do PSD não correram bem. Nem para ele nem para o PSD. Desde ter aceitado formar um Governo sob a supervisão de Jorge Sampaio (que foi uma espécie de livre-trânsito para a maioria absoluta de José Sócrates) até à campanha falhada à Câmara de Lisboa, passando pela derrota eleitoral nas legislativas de 2005 e do insucesso que foi a sua tentativa de voltar à liderança do PSD, Santana Lopes parece porém ainda não se ter apercebido de que o seu capital de credibilidade está bastante enfraquecido. É que todos estes falhanços, nomeadamente os últimos, têm uma coisa em comum: tanto os eleitores como os militantes sociais-democratas recusaram voltar a vê-lo em cargos que já foram dele. Ou seja, experimentaram e não gostaram. Santana Lopes, quer se queira quer não, representa um passado que ninguém quer voltar a viver.
As razões substantivas que Santana Lopes tem aduzido para convocar um congresso extraordinário são pouco convincentes.
O ex-primeiro-ministro parece ter deixado cair a sua proposta inicial de fazer mudanças na forma de eleger o líder. É uma evolução - rápida, diga-se - que se saúda.
Poder-se-á concordar ou não com o sistema existente, mas tentar mudar, o que quer que fosse, no sistema de eleição do presidente do partido a dois ou três meses do acto eleitoral seria querer mudar as regras do jogo quando ele está a meio.
Em entrevista ao Expresso, admite que a reunião magna serviria - um "bocadito", nas suas palavras - para tirar eventuais candidatos da toca. Parece mais uma das brincadeiras a que Santana Lopes nos habituou. Não é suposto que uma pessoa que quer ser primeiro-ministro - é isso que está em causa - tenha já por esta altura um projecto, uma ideia, um conjunto de propósitos e, sobretudo, uma vontade clara de liderar os sociais-democratas? Irá descobrir no meio desse congresso uma vontade súbita de ser presidente do partido? Que credibilidade terá uma pessoa destas?
Esta semana, Santana Lopes diz também que é preciso o tal congresso extraordinário para fazer o balanço. Qual balanço? O balanço a que com certeza se refere já foi feito pelos portugueses e pelos próprios militantes do PSD: o relatório foi entregue quando se contaram os votos nas legislativas. Mais tarde, a Dra. Ferreira Leite mostrou que o tinha compreendido quando declarou que não voltaria a candidatar-se e que marcaria as directas.
Convenhamos, um congresso, nesta altura, não serviria para outra coisa que não fosse prolongar a indefinição em que o partido vive, alimentar ainda mais as clivagens internas e, sobretudo, aumentaria o descrédito do partido juntos dos portugueses.
Seria algo de quase suicida ver o PSD perdido em discussões, mais que provavelmente de carácter pessoal, enquanto na Assembleia da República se vai acertando o Orçamento do Estado.
Pelos vistos, não é já só a direcção de Manuela Ferreira Leite (que num primeiro momento apoiou a ideia de Santana Lopes mas que depois de uns comentários pouco entusiásticos de alguns membros da comissão política se remeteu a um silêncio equívoco) a ser, de facto, o melhor aliado do Governo, agora outras vozes do PSD estão dispostas a facilitar a vida a José Sócrates - e a pôr em causa a reeleição de Cavaco Silva, convém não esquecer.
Será que alguém honestamente acredita que seria nesse congresso que se ia, de uma vez por todas, descobrir o caminho certo para o PSD ou que se ia pacificar o partido? É evidente que não. Se os congressos tivessem servido para isso, o PSD seria o mais pacífico e ideologicamente sólido partido português - basta contar a quantidade de congressos sociais-democratas nos últimos anos.
Santana Lopes, com esta iniciativa, está a prestar um mau serviço ao PSD e a contribuir para piorar o pouco saudável estado de um partido fundamental para a democracia portuguesa.
In DN
por PEDRO MARQUES LOPES
Santana, com esta iniciativa, está a prestar um mau serviço ao PSD.
Santana Lopes conseguiu reunir as assinaturas necessárias para a realização dum congresso extraordinário. Saberemos proximamente - há ainda alguns requisitos importantes a cumprir - se efectivamente se vai realizar ou não.
As últimas iniciativas do ex-líder do PSD não correram bem. Nem para ele nem para o PSD. Desde ter aceitado formar um Governo sob a supervisão de Jorge Sampaio (que foi uma espécie de livre-trânsito para a maioria absoluta de José Sócrates) até à campanha falhada à Câmara de Lisboa, passando pela derrota eleitoral nas legislativas de 2005 e do insucesso que foi a sua tentativa de voltar à liderança do PSD, Santana Lopes parece porém ainda não se ter apercebido de que o seu capital de credibilidade está bastante enfraquecido. É que todos estes falhanços, nomeadamente os últimos, têm uma coisa em comum: tanto os eleitores como os militantes sociais-democratas recusaram voltar a vê-lo em cargos que já foram dele. Ou seja, experimentaram e não gostaram. Santana Lopes, quer se queira quer não, representa um passado que ninguém quer voltar a viver.
As razões substantivas que Santana Lopes tem aduzido para convocar um congresso extraordinário são pouco convincentes.
O ex-primeiro-ministro parece ter deixado cair a sua proposta inicial de fazer mudanças na forma de eleger o líder. É uma evolução - rápida, diga-se - que se saúda.
Poder-se-á concordar ou não com o sistema existente, mas tentar mudar, o que quer que fosse, no sistema de eleição do presidente do partido a dois ou três meses do acto eleitoral seria querer mudar as regras do jogo quando ele está a meio.
Em entrevista ao Expresso, admite que a reunião magna serviria - um "bocadito", nas suas palavras - para tirar eventuais candidatos da toca. Parece mais uma das brincadeiras a que Santana Lopes nos habituou. Não é suposto que uma pessoa que quer ser primeiro-ministro - é isso que está em causa - tenha já por esta altura um projecto, uma ideia, um conjunto de propósitos e, sobretudo, uma vontade clara de liderar os sociais-democratas? Irá descobrir no meio desse congresso uma vontade súbita de ser presidente do partido? Que credibilidade terá uma pessoa destas?
Esta semana, Santana Lopes diz também que é preciso o tal congresso extraordinário para fazer o balanço. Qual balanço? O balanço a que com certeza se refere já foi feito pelos portugueses e pelos próprios militantes do PSD: o relatório foi entregue quando se contaram os votos nas legislativas. Mais tarde, a Dra. Ferreira Leite mostrou que o tinha compreendido quando declarou que não voltaria a candidatar-se e que marcaria as directas.
Convenhamos, um congresso, nesta altura, não serviria para outra coisa que não fosse prolongar a indefinição em que o partido vive, alimentar ainda mais as clivagens internas e, sobretudo, aumentaria o descrédito do partido juntos dos portugueses.
Seria algo de quase suicida ver o PSD perdido em discussões, mais que provavelmente de carácter pessoal, enquanto na Assembleia da República se vai acertando o Orçamento do Estado.
Pelos vistos, não é já só a direcção de Manuela Ferreira Leite (que num primeiro momento apoiou a ideia de Santana Lopes mas que depois de uns comentários pouco entusiásticos de alguns membros da comissão política se remeteu a um silêncio equívoco) a ser, de facto, o melhor aliado do Governo, agora outras vozes do PSD estão dispostas a facilitar a vida a José Sócrates - e a pôr em causa a reeleição de Cavaco Silva, convém não esquecer.
Será que alguém honestamente acredita que seria nesse congresso que se ia, de uma vez por todas, descobrir o caminho certo para o PSD ou que se ia pacificar o partido? É evidente que não. Se os congressos tivessem servido para isso, o PSD seria o mais pacífico e ideologicamente sólido partido português - basta contar a quantidade de congressos sociais-democratas nos últimos anos.
Santana Lopes, com esta iniciativa, está a prestar um mau serviço ao PSD e a contribuir para piorar o pouco saudável estado de um partido fundamental para a democracia portuguesa.
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Conselho Nacional do PSD a 12 de Fevereiro
Conselho Nacional do PSD a 12 de Fevereiro
por DN.pt
Hoje
O Conselho Nacional do PSD foi convocado para 12 Fevereiro, às 21 horas, em que será discutida a realização do congresso extraordinário e a marcação das eleições directas, anunciou hoje Rui Machete, presidente da mesa do congresso.
Segundo Rui Machete, na ordem de trabalhos para o Conselho Nacional do PSD está a "análise da situação política do partido", a realização do "congresso extraordinário que foi convocado com as 2500 assinaturas e o respectivo regulamento", bem como a "marcação das eleições para a eleição do presidente e dos restantes membros da Comissão Política Nacional".
"É uma ordem de trabalhos vasta", disse o presidente da mesa do congresso à Lusa, considerando que esta dará "liberdade às pessoas para se pronunciarem sobre todos os problemas que o partido tem que resolver".
A data escolhida, 12 de Fevereiro, surge "a seguir à votação, na generalidade, do Orçamento de Estado", explicou Rui Machete.
Pedro Passos Coelho, que até agora é único candidato assumido à liderança, garantiu quinta-feira não temer a realização de um congresso extraordinário, mas defendeu que o partido não deve esperar muito mais tempo para resolver os problemas internos porque as coisas "não estão bem".
Na quarta-feira, a Distrital de Lisboa social-democrata anunciou que tinha decidido pedir a realização urgente de um Conselho Nacional com vista a eleições directas no partido.
O presidente da estrutura, Carlos Carreiras, adiantou à Lusa que caso Rui Machete recusasse o pedido, a Distrital de Lisboa avançaria com a recolha de assinaturas para convocar a realização urgente do Conselho Nacional.
Na terça-feira, o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, disse ter recebido a garantia de Manuela Ferreira Leite de que o congresso extraordinário, pedido por Santana Lopes, se realizará antes das eleições directas, na terceira ou quarta semana de Março.
A Distrital de Lisboa, bem como a do Porto e a de Aveiro, já subscreveram o "Manifesto de Conciliação", um movimento de bases que reclama a marcação imediata de eleições directas para a presidência do PSD face à indefinição do partido.
In DN
por DN.pt
Hoje
O Conselho Nacional do PSD foi convocado para 12 Fevereiro, às 21 horas, em que será discutida a realização do congresso extraordinário e a marcação das eleições directas, anunciou hoje Rui Machete, presidente da mesa do congresso.
Segundo Rui Machete, na ordem de trabalhos para o Conselho Nacional do PSD está a "análise da situação política do partido", a realização do "congresso extraordinário que foi convocado com as 2500 assinaturas e o respectivo regulamento", bem como a "marcação das eleições para a eleição do presidente e dos restantes membros da Comissão Política Nacional".
"É uma ordem de trabalhos vasta", disse o presidente da mesa do congresso à Lusa, considerando que esta dará "liberdade às pessoas para se pronunciarem sobre todos os problemas que o partido tem que resolver".
A data escolhida, 12 de Fevereiro, surge "a seguir à votação, na generalidade, do Orçamento de Estado", explicou Rui Machete.
Pedro Passos Coelho, que até agora é único candidato assumido à liderança, garantiu quinta-feira não temer a realização de um congresso extraordinário, mas defendeu que o partido não deve esperar muito mais tempo para resolver os problemas internos porque as coisas "não estão bem".
Na quarta-feira, a Distrital de Lisboa social-democrata anunciou que tinha decidido pedir a realização urgente de um Conselho Nacional com vista a eleições directas no partido.
O presidente da estrutura, Carlos Carreiras, adiantou à Lusa que caso Rui Machete recusasse o pedido, a Distrital de Lisboa avançaria com a recolha de assinaturas para convocar a realização urgente do Conselho Nacional.
Na terça-feira, o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, disse ter recebido a garantia de Manuela Ferreira Leite de que o congresso extraordinário, pedido por Santana Lopes, se realizará antes das eleições directas, na terceira ou quarta semana de Março.
A Distrital de Lisboa, bem como a do Porto e a de Aveiro, já subscreveram o "Manifesto de Conciliação", um movimento de bases que reclama a marcação imediata de eleições directas para a presidência do PSD face à indefinição do partido.
In DN
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Aguiar-Branco e Rangel esperam Conselho Nacional
Aguiar-Branco e Rangel esperam Conselho Nacional
por PAULA SÁ
Hoje
O eurodeputado não decidiu se avança. O líder parlamentar anda a marcar terreno
Só depois do Conselho Nacional do PSD, marcado para 12 de Fevereiro, se deverá saber se Paulo Rangel e/ou José Pedro Aguiar-Branco avançam para a corrida à liderança do partido. "A partir do Conselho Nacional (CN) haverá alguma clareza quanto ao desenvolvimento do partido", disse ao DN o líder parlamentar social-democrata. E só depois se abrirá espaço, frisou, "para que eu possa comentar as questões internas".
O DN sabe que Paulo Rangel ainda não tem respostas para as "muitas e repetidas pressões" que tem sofrido nas últimas semanas, segundo uma fonte que lhe é próxima. O eurodeputado do PSD continua a ponderar, ao que apurouo DN, os prós e os contra de avançar já para uma candidatura à liderança do partido.
Rangel desmentiu ontem a manchete do semanário Sol que afirmava que Durão Barroso o tinha convencido a candidatar-se. À Rádio Renascença, o ex-líder parlamentar social-democrata considerou tratar-se de "pura intriga", baseada em "factos falsos". E o próprio gabinete de Barroso garante que a notícia é falsa. O facto de o nome do eurodeputado ter sido dado como certo na corrida, mesmo sem ter tomado uma decisão sobre a matéria, é visto entre os seus mais próximos como uma forma dos "passistas" pressionarem Aguiar-Branco a avançar - considerado "um candidato menos temível para Passos Coelho".
Mas as mesmas fontes garantem que "enquanto Rangel for uma hipótese", muitos dos notáveis do PSD que rejeitam a candidatura de Passos não darão qualquer sinal de apoio ao actual líder parlamentar. O que não impede Aguiar-Branco de ir marcando terreno. Por exemplo foi ontem à reunião da Assembleia Distrital do Porto falar de Orçamento de Estado e da situação do País.
Entretanto, os líderes das distritais do PSD, que se reuniram em Lisboa na quinta-feira à noite, vão propor ao Conselho Nacional que os congressos extraordinário e ordinário sejam marcados para a mesma altura, numa espécie de dois em um, para que as eleições directas ocorram antes dos conclaves. As 15 distritais (em 19), que se voltarão a reunir antes do Conselho Nacional) querem um novo líder do partido até fim de Março, num "processo sem sobressaltos".
O líder da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras, disse ao DN vai ser pedida na segunda-feira uma reunião com o presidente do CN, Rui Machete.
In DN
por PAULA SÁ
Hoje
O eurodeputado não decidiu se avança. O líder parlamentar anda a marcar terreno
Só depois do Conselho Nacional do PSD, marcado para 12 de Fevereiro, se deverá saber se Paulo Rangel e/ou José Pedro Aguiar-Branco avançam para a corrida à liderança do partido. "A partir do Conselho Nacional (CN) haverá alguma clareza quanto ao desenvolvimento do partido", disse ao DN o líder parlamentar social-democrata. E só depois se abrirá espaço, frisou, "para que eu possa comentar as questões internas".
O DN sabe que Paulo Rangel ainda não tem respostas para as "muitas e repetidas pressões" que tem sofrido nas últimas semanas, segundo uma fonte que lhe é próxima. O eurodeputado do PSD continua a ponderar, ao que apurouo DN, os prós e os contra de avançar já para uma candidatura à liderança do partido.
Rangel desmentiu ontem a manchete do semanário Sol que afirmava que Durão Barroso o tinha convencido a candidatar-se. À Rádio Renascença, o ex-líder parlamentar social-democrata considerou tratar-se de "pura intriga", baseada em "factos falsos". E o próprio gabinete de Barroso garante que a notícia é falsa. O facto de o nome do eurodeputado ter sido dado como certo na corrida, mesmo sem ter tomado uma decisão sobre a matéria, é visto entre os seus mais próximos como uma forma dos "passistas" pressionarem Aguiar-Branco a avançar - considerado "um candidato menos temível para Passos Coelho".
Mas as mesmas fontes garantem que "enquanto Rangel for uma hipótese", muitos dos notáveis do PSD que rejeitam a candidatura de Passos não darão qualquer sinal de apoio ao actual líder parlamentar. O que não impede Aguiar-Branco de ir marcando terreno. Por exemplo foi ontem à reunião da Assembleia Distrital do Porto falar de Orçamento de Estado e da situação do País.
Entretanto, os líderes das distritais do PSD, que se reuniram em Lisboa na quinta-feira à noite, vão propor ao Conselho Nacional que os congressos extraordinário e ordinário sejam marcados para a mesma altura, numa espécie de dois em um, para que as eleições directas ocorram antes dos conclaves. As 15 distritais (em 19), que se voltarão a reunir antes do Conselho Nacional) querem um novo líder do partido até fim de Março, num "processo sem sobressaltos".
O líder da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras, disse ao DN vai ser pedida na segunda-feira uma reunião com o presidente do CN, Rui Machete.
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