G-H1N1 - Vacinas diferentes para políticos e restante população gera polémica na Alemanha

A vacina que foi encomendada para o exercito alemão e para os políticos do país é diferente daquela que vai ser disponibilizada para o resto dos cidadãos na Alemanha. Esta medida mereceu várias críticas, sendo considerada por alguns como um «escândalo».

José Belchior, correspondente da TSF na Alemanha, dá conta da polémica em torno das diferentes vacinas para a gripe A na Alemanha

O governo de Angela Merkel encomendou duas vacinas diferentes, uma para os políticos, com uma concentração maior de vírus desactivados, que não provoca efeitos secundários, e outra para a maioria da população, que contém um aditivo que pode provocar desagradáveis efeitos secundários.

Políticos e soldados em missão no estrangeiro vão receber uma vacina dos laboratórios norte-americanos Baxter, sem aditivos. Já a vacina destinada à população, excepto às grávidas, que terão outro preparado ao seu dispor, é a Pandemrix, do laboratório GlaxoSmithKline.

Para os críticos desta medida, existe uma «vacina de luxo» e outra de «segunda classe» para o povo.

Alguns políticos mostraram-se indignados e fizeram saber que não se querem vacinar, enquanto vários médicos consideraram que esta decisão do Governo é um «sinal funesto» para a população.

Por seu lado, a chanceler alemã Ângela Merkel disse que confia no seu médico de família e que quer vacinada com a vacina da Baxter.