Jerusalém deve ser cidade aberta, defende livro de judeus e muçulmanos
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
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Jerusalém deve ser cidade aberta, defende livro de judeus e muçulmanos
Jerusalém deve ser cidade aberta, defende livro de judeus e muçulmanos
'Onde o Céu e a Terra se encontram' foi lançado nesta semana nos EUA.
Organizador diz ao G1 que Brasil pode intermediar negociações da região.
Daniel Buarque
Do G1, em São Paulo
Tamanho da letra
F
Vista da mesquita al-Aqsa, em Jerusalém, desde o
Monte das Oliveiras em 1917 (acima) e em 1997. A imagem
faz parte do livro lançado na edição em inglês. (Foto: Reprodução)
O presidente Shimon Peres, de Israel, visitou Brasília na semana
passada, e o presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional
Palestina, chega nesta quinta-feira (19) ao Brasil.
Enquanto o Brasil tenta se posicionar como mediador à distância
do conflito no Oriente Médio, um grupo de pesquisadores judeus,
muçulmanos, cristãos ou sem nenhuma ligação religiosa e
ideológica se juntou para publicar um livro inédito em seu
pluralismo.
A ideia por trás da obra lançada na última
segunda-feira (16) nos Estados Unidos é mostrar que Jerusalém,
cidade no âmago da disputa no Oriente Médio, deve se tornar uma
cidade aberta, internacional, de todos os povos e crenças.
“Jerusalém, especialmente a Cidade Antiga, que é
facilmente identificável, tem que se tornar uma cidade
internacional e aberta. Muitas pessoas de todas as religiões têm
defendido que uma agência internacional passe a administrar a
Cidade Antiga, pois ela é importante para todo o mundo e todas
as religiões, e não apenas para israelenses e palestinos, judeus
e muçulmanos”, disse, em entrevista ao G1, Oleg Grabar,
professor de história da região na Universidade Princeton e um
dos organizadores de “Where Heaven and Earth Meet: Jerusalem’s
Sacred Esplanade” (Onde o Céu e a Terra se encontram: A
esplanada sagrada de Jerusalém). Segundo ele, os cristão acabam
não se envolvendo tanto na briga, pois o cristianismo não exige
a peregrinação à cidade, por mais que a considere um lugar sagrado.
Mapa mostra a divisão política e religiosa de
Jerusalém (Foto: Ilustração:Arte/G1)
O livro está sendo apresentado internacionalmente
como a primeira ocasião em que um grupo de autores israelenses,
palestinos e de outras religiões se reuniu em uma única obra.
Até agora, tudo o que era publicado tinha o ponto de vista ou de
judeus ou de muçulmanos.
É uma obra que trata visualmente da história, da
arqueologia e da antropologia da região.
“O objetivo do livro é ir além do debate político,
mostrando que a cidade é um monumento da história, um monumento
à religião, mas também um local belíssimo fisicamente.
Questionamos o ponto de vista religioso, pois discordamos que os
desejos e necessidades religiosos possam estar à frente do
turismo global. Há 40 anos, quando comecei a estudar sobre
Jerusalém, todos estavam interessados em visitar a cidade, e ela
se preocupava em receber todas as pessoas do mundo. Isso mudou
nas últimas três décadas, e a religião se tornou mais
importante”, disse Grabar, por telefone.
Segundo ele, atualmente fica difícil separar
política e religião, uma vez que a luta política tomou um
formato religioso, que não tinha antes. Nenhuma entidade
internacional, explicou, tem autoridade para resolver a disputa
pelo local.
Mosaico em vidro no semidomo da Madrassa de
Tankiziyya, imagem parte do livro sobre a história de
Jerusalém (Foto: Reprodução)
Disputa por territórios
A maior parte do livro traz consenso entre pesquisadores de
diferentes religiões. Isso segue na história contada ali até o
século XX. “Quando chegamos ao século XX, decidimos ter duas
seções separadas, com as versões de israelenses e palestinos
para o que aconteceu desde 1967, pois não havia como fazê-los
concordar. Os dois contam os mesmos eventos, mas com um sabor
completamente diferente, versões que não chegam a um acordo”,
disse Grabar.
saiba mais
Na última semana, palestinos e israelenses elevaram o tom de suas
declarações, deixando o clima no Oriente Médio tenso. Enquanto
os muçulmanos da Palestina começam a buscar que a ONU reconheça
os territórios como Estado, Israel ameaça anexar parte da
Cisjordânia ocupada. O trabalho de mais de cinco anos de
preparação do livro sobre Jerusalém passou por vários momentos
de escalada na disputa diplomática na região, e o organizador
diz que o momento atual é de desânimo.
“Quando começamos a organizar o livro, tínhamos
esperança de que houvesse algum acordo e esperávamos que o livro
fosse parte deste acordo, mostrando que as pessoas podem viver
juntas mesmo sendo diferentes. Agora é muito mais difícil, pois
o clima é mais de confronto e chegamos não saber se o livro
poderia ser publicado. Espero que o livro ajude as pessoas a
pensarem melhor sobre Jerusalém.”
Para ele, o problema é que os líderes dos dois
lados envolvidos na questão se preocupam demais com os erros do
passado, e não pensam adiante. “Acho que a solução viria com o
pensamento no futuro, em 2020, tentando pensar como seria o
mundo e como gostaríamos que a região estivesse, e aí passar a
trabalhar neste sentido, em vez de continuar brigando pelo
passado.”
Grabar disse ver com simpatia o esforço
diplomático brasileiro em se envolver nos processos de
pacificação entre Israel e Palestina. Para ele, o Brasil pode
ajudar como intermediário por não estar diretamente envolvido na
disputa, mostrando que a questão é relevante para outros países.
“Jerusalém deveria ser uma cidade aberta para todas as
religiões. Como chegar a isso é difícil, e requer envolvimento
de todo mundo, inclusive do Brasil.”
Leia mais notícias de Mundo
'Onde o Céu e a Terra se encontram' foi lançado nesta semana nos EUA.
Organizador diz ao G1 que Brasil pode intermediar negociações da região.
Daniel Buarque
Do G1, em São Paulo
Tamanho da letra
F
Vista da mesquita al-Aqsa, em Jerusalém, desde o
Monte das Oliveiras em 1917 (acima) e em 1997. A imagem
faz parte do livro lançado na edição em inglês. (Foto: Reprodução)
O presidente Shimon Peres, de Israel, visitou Brasília na semana
passada, e o presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional
Palestina, chega nesta quinta-feira (19) ao Brasil.
Enquanto o Brasil tenta se posicionar como mediador à distância
do conflito no Oriente Médio, um grupo de pesquisadores judeus,
muçulmanos, cristãos ou sem nenhuma ligação religiosa e
ideológica se juntou para publicar um livro inédito em seu
pluralismo.
A ideia por trás da obra lançada na última
segunda-feira (16) nos Estados Unidos é mostrar que Jerusalém,
cidade no âmago da disputa no Oriente Médio, deve se tornar uma
cidade aberta, internacional, de todos os povos e crenças.
“Jerusalém, especialmente a Cidade Antiga, que é
facilmente identificável, tem que se tornar uma cidade
internacional e aberta. Muitas pessoas de todas as religiões têm
defendido que uma agência internacional passe a administrar a
Cidade Antiga, pois ela é importante para todo o mundo e todas
as religiões, e não apenas para israelenses e palestinos, judeus
e muçulmanos”, disse, em entrevista ao G1, Oleg Grabar,
professor de história da região na Universidade Princeton e um
dos organizadores de “Where Heaven and Earth Meet: Jerusalem’s
Sacred Esplanade” (Onde o Céu e a Terra se encontram: A
esplanada sagrada de Jerusalém). Segundo ele, os cristão acabam
não se envolvendo tanto na briga, pois o cristianismo não exige
a peregrinação à cidade, por mais que a considere um lugar sagrado.
Mapa mostra a divisão política e religiosa de
Jerusalém (Foto: Ilustração:Arte/G1)
O livro está sendo apresentado internacionalmente
como a primeira ocasião em que um grupo de autores israelenses,
palestinos e de outras religiões se reuniu em uma única obra.
Até agora, tudo o que era publicado tinha o ponto de vista ou de
judeus ou de muçulmanos.
É uma obra que trata visualmente da história, da
arqueologia e da antropologia da região.
“O objetivo do livro é ir além do debate político,
mostrando que a cidade é um monumento da história, um monumento
à religião, mas também um local belíssimo fisicamente.
Questionamos o ponto de vista religioso, pois discordamos que os
desejos e necessidades religiosos possam estar à frente do
turismo global. Há 40 anos, quando comecei a estudar sobre
Jerusalém, todos estavam interessados em visitar a cidade, e ela
se preocupava em receber todas as pessoas do mundo. Isso mudou
nas últimas três décadas, e a religião se tornou mais
importante”, disse Grabar, por telefone.
Segundo ele, atualmente fica difícil separar
política e religião, uma vez que a luta política tomou um
formato religioso, que não tinha antes. Nenhuma entidade
internacional, explicou, tem autoridade para resolver a disputa
pelo local.
Mosaico em vidro no semidomo da Madrassa de
Tankiziyya, imagem parte do livro sobre a história de
Jerusalém (Foto: Reprodução)
Disputa por territórios
A maior parte do livro traz consenso entre pesquisadores de
diferentes religiões. Isso segue na história contada ali até o
século XX. “Quando chegamos ao século XX, decidimos ter duas
seções separadas, com as versões de israelenses e palestinos
para o que aconteceu desde 1967, pois não havia como fazê-los
concordar. Os dois contam os mesmos eventos, mas com um sabor
completamente diferente, versões que não chegam a um acordo”,
disse Grabar.
saiba mais
Na última semana, palestinos e israelenses elevaram o tom de suas
declarações, deixando o clima no Oriente Médio tenso. Enquanto
os muçulmanos da Palestina começam a buscar que a ONU reconheça
os territórios como Estado, Israel ameaça anexar parte da
Cisjordânia ocupada. O trabalho de mais de cinco anos de
preparação do livro sobre Jerusalém passou por vários momentos
de escalada na disputa diplomática na região, e o organizador
diz que o momento atual é de desânimo.
“Quando começamos a organizar o livro, tínhamos
esperança de que houvesse algum acordo e esperávamos que o livro
fosse parte deste acordo, mostrando que as pessoas podem viver
juntas mesmo sendo diferentes. Agora é muito mais difícil, pois
o clima é mais de confronto e chegamos não saber se o livro
poderia ser publicado. Espero que o livro ajude as pessoas a
pensarem melhor sobre Jerusalém.”
Para ele, o problema é que os líderes dos dois
lados envolvidos na questão se preocupam demais com os erros do
passado, e não pensam adiante. “Acho que a solução viria com o
pensamento no futuro, em 2020, tentando pensar como seria o
mundo e como gostaríamos que a região estivesse, e aí passar a
trabalhar neste sentido, em vez de continuar brigando pelo
passado.”
Grabar disse ver com simpatia o esforço
diplomático brasileiro em se envolver nos processos de
pacificação entre Israel e Palestina. Para ele, o Brasil pode
ajudar como intermediário por não estar diretamente envolvido na
disputa, mostrando que a questão é relevante para outros países.
“Jerusalém deveria ser uma cidade aberta para todas as
religiões. Como chegar a isso é difícil, e requer envolvimento
de todo mundo, inclusive do Brasil.”
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Vitor mango- Pontos : 118212
Re: Jerusalém deve ser cidade aberta, defende livro de judeus e muçulmanos
Quando saladino e Ricardo Coraçao de leao com um exercito de 300.000 soldados estavam para fazer a guerra pela conquista deste lugar santo tiveram o bom senso de enviar emissarios para discutir a paz
E foi acordado que Jerusalem seria um lugar sagrado para todos
Saladino cumpriu e o Ricardo farto de guerra saiu para inglaterra
Que TODA a zona seja expurgada de rekigião é o que tenho aqui vindo a berrar e a minha aversao a um estado Judaico é exactamente pela aberraça<o que a mesma comunga depois de 400 anos de esrupidez religioosa
Porque uma guerra estupida louca e desactualizada
E foi acordado que Jerusalem seria um lugar sagrado para todos
Saladino cumpriu e o Ricardo farto de guerra saiu para inglaterra
Que TODA a zona seja expurgada de rekigião é o que tenho aqui vindo a berrar e a minha aversao a um estado Judaico é exactamente pela aberraça<o que a mesma comunga depois de 400 anos de esrupidez religioosa
Porque uma guerra estupida louca e desactualizada
Vitor mango- Pontos : 118212
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