Aminatu Haidar
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Aminatu Haidar
Aminatu Haidar
por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje
Activista sarauí recusa ser alimentada à força como quer a Espanha
Apoiantes falam em "assassínio em câmara lenta" e pedem a Madrid que assuma as responsabilidades históricas no Sara Ocidental
Aminatu Haidar continua com a mesma determinação que há duas semanas demonstrou em entrevista telefónica ao DN. "Ela está muito mal em termos de saúde, mas bem do ponto de vista psicológico. O que pede é respeito pela liberdade de levar a sua luta até ao fim, recusando ser alimentada à força, como quer a Espanha", disse ontem ao DN Carmelo Rodríguez, um dos membros da plataforma de apoio à activista saraui.
Mãe de dois adolescentes, Aminatu entrou ontem na sua quarta semana de greve de fome pelo direito a regressar a El Aiún, de onde foi expulsa no mês passado pelas autoridades marroquinas com a conivência do Governo espanhol. Isto depois de ter escrito no formulário de chegada àquela cidade que o seu país de origem era o Sara Ocidental e não Marrocos.
A activista sarauí fez ontem saber através dos seus apoiantes e advogada que assinou um documento reconhecido por notário a recusar receber cuidados médicos e receber a visita de qualquer técnico de saúde, antecipando já a presença de um médico enviado pelo juiz ao aeroporto da ilha canária de Lanzarote.
A justiça está a estudar a hipótese de submetê-la a alimentação forçada para evitar a sua morte. E também para evitar o embaraço do Governo socialista espanhol, que pode vir a ser acusado de deixar morrer uma activista de direitos humanos enquanto não hesitou em salvar a vida de um etarra em greve de fome por razões humanitárias.
"Aquilo a que estamos a assistir é a um assassínio em câmara lenta com transmissão em directo para o mundo", acrescentou Carmelo Rodríguez, acusando as autoridades espanholas de criarem simulacros para mostrar que estão a fazer alguma coisa para resolver a situação. "O voo de regresso a El Aiún na sexta-feira é um exemplo disso, pois os espanhóis já sabiam que não tinham autorização de Marrocos."
O responsável considerou ainda que a resolução que o ministro Miguel Ángel Moratinos ontem estava a tentar fazer aprovar no Parlamento de Espanha "não vai servir rigorosamente para nada. O Governo já fez, pela voz de José Luis Rodríguez Zapatero, declarações muito graves,dizendo que o que deve predominar é o interesse geral de Espanha, ou seja, os interesses económicos e não os direitos humanos".
Indo mais longe, Ramírez disse mesmo que Espanha, antiga potência colonial do Sara Ocidental, devia seguir o exemplo português em Timor-Leste "promovendo o direito dos sarauis a um referendo sobre a sua autodeterminação".
Marrocos, por seu lado, voltou ontem a acusar Aminatu Haidar de estar ao serviço dos argelinos que apoiam a Frente Polisário. E perguntou a Espanha se quer passar a lidar com um país que feche os olhos às ondas de imigrantes ilegais subsarianos
In DN
por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje
Activista sarauí recusa ser alimentada à força como quer a Espanha
Apoiantes falam em "assassínio em câmara lenta" e pedem a Madrid que assuma as responsabilidades históricas no Sara Ocidental
Aminatu Haidar continua com a mesma determinação que há duas semanas demonstrou em entrevista telefónica ao DN. "Ela está muito mal em termos de saúde, mas bem do ponto de vista psicológico. O que pede é respeito pela liberdade de levar a sua luta até ao fim, recusando ser alimentada à força, como quer a Espanha", disse ontem ao DN Carmelo Rodríguez, um dos membros da plataforma de apoio à activista saraui.
Mãe de dois adolescentes, Aminatu entrou ontem na sua quarta semana de greve de fome pelo direito a regressar a El Aiún, de onde foi expulsa no mês passado pelas autoridades marroquinas com a conivência do Governo espanhol. Isto depois de ter escrito no formulário de chegada àquela cidade que o seu país de origem era o Sara Ocidental e não Marrocos.
A activista sarauí fez ontem saber através dos seus apoiantes e advogada que assinou um documento reconhecido por notário a recusar receber cuidados médicos e receber a visita de qualquer técnico de saúde, antecipando já a presença de um médico enviado pelo juiz ao aeroporto da ilha canária de Lanzarote.
A justiça está a estudar a hipótese de submetê-la a alimentação forçada para evitar a sua morte. E também para evitar o embaraço do Governo socialista espanhol, que pode vir a ser acusado de deixar morrer uma activista de direitos humanos enquanto não hesitou em salvar a vida de um etarra em greve de fome por razões humanitárias.
"Aquilo a que estamos a assistir é a um assassínio em câmara lenta com transmissão em directo para o mundo", acrescentou Carmelo Rodríguez, acusando as autoridades espanholas de criarem simulacros para mostrar que estão a fazer alguma coisa para resolver a situação. "O voo de regresso a El Aiún na sexta-feira é um exemplo disso, pois os espanhóis já sabiam que não tinham autorização de Marrocos."
O responsável considerou ainda que a resolução que o ministro Miguel Ángel Moratinos ontem estava a tentar fazer aprovar no Parlamento de Espanha "não vai servir rigorosamente para nada. O Governo já fez, pela voz de José Luis Rodríguez Zapatero, declarações muito graves,dizendo que o que deve predominar é o interesse geral de Espanha, ou seja, os interesses económicos e não os direitos humanos".
Indo mais longe, Ramírez disse mesmo que Espanha, antiga potência colonial do Sara Ocidental, devia seguir o exemplo português em Timor-Leste "promovendo o direito dos sarauis a um referendo sobre a sua autodeterminação".
Marrocos, por seu lado, voltou ontem a acusar Aminatu Haidar de estar ao serviço dos argelinos que apoiam a Frente Polisário. E perguntou a Espanha se quer passar a lidar com um país que feche os olhos às ondas de imigrantes ilegais subsarianos
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Aminatu Haidar pede apoio de Sarkozy e Merkel no Dia Internacional dos Direitos Humanos
Aminatu Haidar pede apoio de Sarkozy e Merkel no Dia Internacional dos Direitos Humanos
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Aminatu Haidar
Sobre a sorte desta mulher, espero uma intervenção com muita peso. De Obama, quando receber o Prémio Nobel da Paz.
Viriato- Pontos : 16657
Aminatou Haidar já chegou a casa
Aminatou Haidar já chegou a casa
por Lusa
Hoje
A militante saraui Aminatou Haidar "cumpriu as formalidades de entrada" no aeroporto de El Aaiun, capital do Sara Ocidental, assinalando na ficha ter "chegado a Marrocos", garantiu hoje uma fonte policial.
Aminatou chegou a El Aaiun às 00:15 desta sexta-feira (hora de Lisboa) a bordo de um avião médico proveniente das Canárias, Espanha, onde se manteve em greve de fome desde 16 de Novembro.
A militante tinha sido impedida de entrar a 14 de Novembro em El Aaiun, acusada de não querer cumprir as formalidades de chegada, nomeadamente reconhecer a sua nacionalidade marroquina.
Desta vez, a informação da polícia sobre o cumprimento das formalidades não refere se Aminatou aceitou ou não reconhecer-se marroquina.
A fonte policial disse que Aminatou Haidar, de 42 anos e mão de duas crianças, recusou ser transportada de ambulância, preferindo entrar num automóvel conduzido pelo seu tio materno, o xeque Mohamed Boussoula.
Na pista, Aminatou foi acolhida por dois chefes da sua tribo saraui Izerquynes, Mohamed Fadel e Mohamed Nafaie.
O seu tio paterno Bachar Ahmed Haidar, que lhe pediu na terça-feira para terminar a greve de fome, estava igualmente presente, assim como um médico e um enfermeiro marroquinos.
In DN
por Lusa
Hoje
A militante saraui Aminatou Haidar "cumpriu as formalidades de entrada" no aeroporto de El Aaiun, capital do Sara Ocidental, assinalando na ficha ter "chegado a Marrocos", garantiu hoje uma fonte policial.
Aminatou chegou a El Aaiun às 00:15 desta sexta-feira (hora de Lisboa) a bordo de um avião médico proveniente das Canárias, Espanha, onde se manteve em greve de fome desde 16 de Novembro.
A militante tinha sido impedida de entrar a 14 de Novembro em El Aaiun, acusada de não querer cumprir as formalidades de chegada, nomeadamente reconhecer a sua nacionalidade marroquina.
Desta vez, a informação da polícia sobre o cumprimento das formalidades não refere se Aminatou aceitou ou não reconhecer-se marroquina.
A fonte policial disse que Aminatou Haidar, de 42 anos e mão de duas crianças, recusou ser transportada de ambulância, preferindo entrar num automóvel conduzido pelo seu tio materno, o xeque Mohamed Boussoula.
Na pista, Aminatou foi acolhida por dois chefes da sua tribo saraui Izerquynes, Mohamed Fadel e Mohamed Nafaie.
O seu tio paterno Bachar Ahmed Haidar, que lhe pediu na terça-feira para terminar a greve de fome, estava igualmente presente, assim como um médico e um enfermeiro marroquinos.
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