Obama reforça sanções ao Irão
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Obama reforça sanções ao Irão
Obama reforça sanções ao Irão
por HUGO COELHO
Hoje
Esforços diplomáticos falharam. Casa Branca quer levar à ONU um pacote de medidas contra Teerão
Começou por estender a mão. Ontem, mostrou o punho. Barack Obama ameaçou o Irão com sanções severas e acusou a República Islâmica de estar a construir uma bomba nuclear, contra a vontade da comunidade internacional.
A Casa Branca está decidida a estrangular os Guardas da Revolução, considerado o braço armado do regime, e prepara uma resolução para levar ao Conselho de Segurança (CS) até ao final do mês, quando a França deixa a presidência do órgão de cúpula da ONU.
Há muito que a comunidade internacional acena com sanções para travar o projecto nuclear iraniano, mas o consenso no CS nunca foi tão alargado como agora. Os EUA têm o apoio dos europeus e da Rússia. Só a China, o quinto membro com direito de veto na ONU, parece constituir obstáculo.
A subida de tom de Obama surge um dia depois de o Irão ter começado a enriquecer o urânio de 3,5 para 20 por cento. Teerão afirma que o objectivo é alimentar o reactor nuclear de investigação médica. Washington - que viu o Governo iraniano recusar uma oferta de venda de material médico - suspeita que é mais um passo no sentido da bomba nuclear.
Para construir uma bomba nuclear é necessário enriquecer o urânio em 90 por cento. Os analistas americanos estimam que o Irão precise de poucos meses para conseguir fazê-lo. Essa é a razão da urgência de Obama. "Apesar de repetir que só quer o poder nuclear para fins civis, [o Irão] continua na via do armamento. Isso a comunidade internacional não pode aceitar", disse o Presidente.
Conselheiros de Obama contaram ao New York Times que o plano de sanções atingirá em cheio a rede de bens dos Guardas da Revolução. O departamento do Tesouro já visou unilateralmente quatro empresas ligadas à milícia.
Os Guardas da Revolução, considerados a nova elite iraniana, têm respondido com violência aos protestos da oposição desde a eleição presidencial de Junho. Os EUA pretendem cavar o fosso entre o braço armado do regime e a população e assim pressionar o Presidente Mahmoud Ahmadinejad e o Líder Supremo, Ali Khamenei.
A ofensiva diplomática implicará um corte de relações comerciais com o Irão que prejudicará a Rússia e a China. Mas se Moscovo já deu um sinal de que está disponível para pagar esse preço, o mesmo não se passa com Pequim.
EUA e China chocaram nas últimas semanas por causa da venda de armas a Taiwan, da valorização do yuan e do encontro de Obama com o Dalai Lama. Ninguém em Washington arrisca prever que posição tomará a China quando a resolução chegar ao CS.
A diplomacia americana tem tentado convencer Pequim de que o isolamento do Irão é um mal menor quando comparado com a desestabilização do golfo Pérsico.
Há uma semana, em Londres, Hillary Clinton terá dito ao ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Jiechi, que o perigo de um confronto com Israel existe. Mas o último trunfo dos EUA pode passar pelo mundo árabe. A secretária de Estado viaja sábado para o Qatar e para a Arábia Saudita para assegurar que, uma vez impostas as sanções, os países do Golfo não retaliarão de imediato com o aumento do preço do petróleo.
In DN
por HUGO COELHO
Hoje
Esforços diplomáticos falharam. Casa Branca quer levar à ONU um pacote de medidas contra Teerão
Começou por estender a mão. Ontem, mostrou o punho. Barack Obama ameaçou o Irão com sanções severas e acusou a República Islâmica de estar a construir uma bomba nuclear, contra a vontade da comunidade internacional.
A Casa Branca está decidida a estrangular os Guardas da Revolução, considerado o braço armado do regime, e prepara uma resolução para levar ao Conselho de Segurança (CS) até ao final do mês, quando a França deixa a presidência do órgão de cúpula da ONU.
Há muito que a comunidade internacional acena com sanções para travar o projecto nuclear iraniano, mas o consenso no CS nunca foi tão alargado como agora. Os EUA têm o apoio dos europeus e da Rússia. Só a China, o quinto membro com direito de veto na ONU, parece constituir obstáculo.
A subida de tom de Obama surge um dia depois de o Irão ter começado a enriquecer o urânio de 3,5 para 20 por cento. Teerão afirma que o objectivo é alimentar o reactor nuclear de investigação médica. Washington - que viu o Governo iraniano recusar uma oferta de venda de material médico - suspeita que é mais um passo no sentido da bomba nuclear.
Para construir uma bomba nuclear é necessário enriquecer o urânio em 90 por cento. Os analistas americanos estimam que o Irão precise de poucos meses para conseguir fazê-lo. Essa é a razão da urgência de Obama. "Apesar de repetir que só quer o poder nuclear para fins civis, [o Irão] continua na via do armamento. Isso a comunidade internacional não pode aceitar", disse o Presidente.
Conselheiros de Obama contaram ao New York Times que o plano de sanções atingirá em cheio a rede de bens dos Guardas da Revolução. O departamento do Tesouro já visou unilateralmente quatro empresas ligadas à milícia.
Os Guardas da Revolução, considerados a nova elite iraniana, têm respondido com violência aos protestos da oposição desde a eleição presidencial de Junho. Os EUA pretendem cavar o fosso entre o braço armado do regime e a população e assim pressionar o Presidente Mahmoud Ahmadinejad e o Líder Supremo, Ali Khamenei.
A ofensiva diplomática implicará um corte de relações comerciais com o Irão que prejudicará a Rússia e a China. Mas se Moscovo já deu um sinal de que está disponível para pagar esse preço, o mesmo não se passa com Pequim.
EUA e China chocaram nas últimas semanas por causa da venda de armas a Taiwan, da valorização do yuan e do encontro de Obama com o Dalai Lama. Ninguém em Washington arrisca prever que posição tomará a China quando a resolução chegar ao CS.
A diplomacia americana tem tentado convencer Pequim de que o isolamento do Irão é um mal menor quando comparado com a desestabilização do golfo Pérsico.
Há uma semana, em Londres, Hillary Clinton terá dito ao ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Jiechi, que o perigo de um confronto com Israel existe. Mas o último trunfo dos EUA pode passar pelo mundo árabe. A secretária de Estado viaja sábado para o Qatar e para a Arábia Saudita para assegurar que, uma vez impostas as sanções, os países do Golfo não retaliarão de imediato com o aumento do preço do petróleo.
In DN
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