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D.João II era um tratado...in cao com pulgas

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Mensagem por Vitor mango Qui Fev 11, 2010 12:56 pm

D.João II era um tratado...
De conhecimento geral do estimado público que dele já ouviu falar pelo menos umas trezentas vezes na vida, o Tratado de Tordesilhas lavrado a 4 de Setembro de 1494, obra-prima da diplomacia portuguesa do Séc.XV, que enumerava as cláusulas da chamada divisão do globo, com todos os pormenores revelados e mais ainda os que ficaram por revelar no que à arte da ocultação de conhecimentos de parte a parte entre ambas as Coroas, a portuguesa e a espanhola, assentava na definição de uma linha imaginária que dividia a esfera terrestre em duas partes, pondo assim termo à eterna disputa reclamada pelos descobridores de ambos os países. Este tratado fora já precedido de outro, infelizmente quase nunca recordado na história lusitana, não menos importante e não menos global em termos de objectivo. Falo do Tratado de Alcáçovas, firmado em 1479, em que uma outra linha imaginária foi traçada, desta vez definindo o hemisfério Norte e o hemisfério Sul em termos de descobertas. Ponto essencial na navegação portuguesa rumo à costa de África, as Canárias eram um ponto estratégico de apoio ao comércio de mercadorias e ao não menos importante negócio esclavagista. O Tratado de Alcáçovas veio colocar fim a uma série de disputas entre os dois reinos, abdicando Portugal da posse do arquipélago e de todas as descobertas a Norte destas ilhas (excepção feita a Açores, Madeira, Ceuta e Arzila) e garantindo a posse de todos os territórios a Sul no Continente africano entretanto reclamados por Portugal (Guiné, Mina e Cabo Verde). Veio também "arrumar as casas reais" portuguesa e espanhola com a resolução de conflitos de sucessão e reclamantes de trono nos dois países. A filha dos Reis Católicos viu o seu casamento com Afonso acordado em forma de tratado, bem como o enormíssimo dote que os pais da noiva firmaram na assinatura, o que permitiu a Portugal converter uma indemnização de guerra.
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