Presidente acredita no crescimento económico

Presidente acredita no crescimento económico

Hoje


Face aos dados do INE de que a economia caiu 0,2 % no último trimestre de 2009, o Presidente da República mostrou-se confiante de que Portugal escape à "recessão técnica".

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, considerou ontem que Portugal poderá escapar a um cenário de recessão, revelando que as indicações de que dispõe apontam já para um crescimento positivo da economia no primeiro trimestre deste ano.

"Penso que Portugal poderá escapar à recessão técnica", afirmou Cavaco Silva em declarações aos jornalistas em Moura durante o Roteiro para a Juventude, quando questionado sobre os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados quinta-feira, que apontam para uma queda de 0,2% da economia no último trimestre de 2009. Reconhecendo que "não são números felizes", o Chefe do Estado recordou, contudo, que a recessão técnica significa dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. "Temos de trabalhar todos para inverter essa situação e penso que nós somos capazes", sublinhou, lembrando que a previsão inicial do INE apontava para uma estagnação da economia no quatro trimestre.

Apesar disso, revelou o PR, as informações que tem sinalizam já para um crescimento positivo nos primeiros três meses deste ano.

"Nós temos de vencer", sublinhou, reiterando que fará tudo o que estiver ao seu alcance para mobilizar empresários, agentes locais e sociais para a rápida recuperação económica do país e a criação de emprego.

Cavaco acrescentou que esta mobilização de agentes é uma das razões porque tem realizado iniciativas como o Roteiro para a Juventude, que ontem iniciou no concelho de Moura. O Presidente visitou o laboratório tecnológico da empresa municipal Lógica, onde está instalado um campo de ensaio tecnológico na área da astronomia e elogiou a estratégia de desenvolvimento seguida no concelho.

Ao longo da jornada, o Presidente elogiou os jovens do Baixo Alentejo que "ousaram" ficar ou regressar à sua terra, lembrando que "há um Portugal um pouco esquecido", mas que existe quem trabalhe para valorizar a sua região. No entanto, Cavaco Silva não deixou de advertir que Portugal precisa de uma participação "mais activa" dos jovens na vida cívica e política e o País "só tem a ganhar" com o "talento" daqueles que serão "os governantes do futuro".

In DN