Brasil: Povos indígenas insurgem-se contra terceira maior barragem do mundo
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Brasil: Povos indígenas insurgem-se contra terceira maior barragem do mundo
Brasil: Povos indígenas insurgem-se contra terceira maior barragem do mundo
Os povos indígenas "não estão a ser ouvidos" sobre a construção de uma das maiores hidroelétricas do mundo na Amazónia, critica o líder da etnia Juruna, que se opõe ao projeto.
"Estamos a ter os nossos direitos desrespeitados. Queremos que o povo indígena seja ouvido para colocar a nossa opinião contrária", afirma Sheila Juruna.
O Governo brasileiro planeia construir a terceira maior hidroelétrica do mundo na floresta amazónica, na região conhecida por Volta Grande do Xingu.
Indígenas, agricultores e ribeirinhos temem que o desvio do curso do rio acabe com a vida na localidade por falta de água.
Xingu, na língua kamaiurá, quer dizer água limpa. É também o nome deste rio, no coração da Amazónia brasileira, por onde percorre cerca de dois mil quilómetros até ao litoral do estado do Pará.
Nas suas margens vivem mais de duzentas mil pessoas para quem o rio Xingu é fonte de alimentos, transporte e lazer.
A construção da mega hidroelétrica de Belo Monte está a mobilizar esforços de ambientalistas e povos indígenas para impedir o empreendimento.
Na última semana, povos indígenas e dezenas de representantes de organizações locais, nacionais e internacionais reuniram-se na cidade de Altamira, no Pará, para discutir estratégias para travar o leilão previsto para abril.
O principal problema, segundo o advogado do Instituto Socioambiental, Raul do Valle, é que a licença prévia de construção "desconsidera" a análise da equipa técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com um documento de novembro passado, técnicos da agência ambiental admitiam desconhecer se os peixes do Xingu sobreviveriam à canalização do rio, qual o volume de água que sobraria para a região de Volta Grande e o total de pessoas que migrariam em busca de empregos gerados na construção da central.
Há pouco mais de um mês, quando a licença ambiental foi emitida, eles continuavam a duvidar da viabilidade de Belo Monte.
A falta de diálogo e a pressa para o início da obra, sem ter sido esclarecido o destino a dar às pessoas atingidas pelo projeto, também gerou protestos.
Antónia Pereira, líder do movimento de mulheres de Altamira, critica que a Amazónia não tem as "políticas públicas necessárias nem para os que lá vivem", tão pouco para as mais de 200 mil pessoas que serão atraídas para a obra da hidroelétrica.
Os ambientalistas afirmam que a energia gerada por Belo Monte levará poucos benefícios à região e que será quase toda utilizada por empresas que exportam a sua produção para outros países.
"É um projeto pensado exclusivamente para as grandes empresas que já estão instaladas na Amazónia ou querem expandir o seu negócio basicamente na mineração", contesta Ana Paula Souza, coordenadora da Fundação Viver, Produzir e Preservar, que promove políticas de desenvolvimento sustentável na Amazónia.
Segundo a responsável, a maioria do aço produzido naquela região é exportada para o sudeste asiático e Europa.
Apesar dos protestos, o projeto orçado em pelo menos 20 mil milhões de reais (cerca de 8 mil milhões de euros) avança rápido.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) já anunciou que irá financiar o vencedor do leilão até 80 por cento da obra.
Os povos indígenas "não estão a ser ouvidos" sobre a construção de uma das maiores hidroelétricas do mundo na Amazónia, critica o líder da etnia Juruna, que se opõe ao projeto.
"Estamos a ter os nossos direitos desrespeitados. Queremos que o povo indígena seja ouvido para colocar a nossa opinião contrária", afirma Sheila Juruna.
O Governo brasileiro planeia construir a terceira maior hidroelétrica do mundo na floresta amazónica, na região conhecida por Volta Grande do Xingu.
Indígenas, agricultores e ribeirinhos temem que o desvio do curso do rio acabe com a vida na localidade por falta de água.
Xingu, na língua kamaiurá, quer dizer água limpa. É também o nome deste rio, no coração da Amazónia brasileira, por onde percorre cerca de dois mil quilómetros até ao litoral do estado do Pará.
Nas suas margens vivem mais de duzentas mil pessoas para quem o rio Xingu é fonte de alimentos, transporte e lazer.
A construção da mega hidroelétrica de Belo Monte está a mobilizar esforços de ambientalistas e povos indígenas para impedir o empreendimento.
Na última semana, povos indígenas e dezenas de representantes de organizações locais, nacionais e internacionais reuniram-se na cidade de Altamira, no Pará, para discutir estratégias para travar o leilão previsto para abril.
O principal problema, segundo o advogado do Instituto Socioambiental, Raul do Valle, é que a licença prévia de construção "desconsidera" a análise da equipa técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com um documento de novembro passado, técnicos da agência ambiental admitiam desconhecer se os peixes do Xingu sobreviveriam à canalização do rio, qual o volume de água que sobraria para a região de Volta Grande e o total de pessoas que migrariam em busca de empregos gerados na construção da central.
Há pouco mais de um mês, quando a licença ambiental foi emitida, eles continuavam a duvidar da viabilidade de Belo Monte.
A falta de diálogo e a pressa para o início da obra, sem ter sido esclarecido o destino a dar às pessoas atingidas pelo projeto, também gerou protestos.
Antónia Pereira, líder do movimento de mulheres de Altamira, critica que a Amazónia não tem as "políticas públicas necessárias nem para os que lá vivem", tão pouco para as mais de 200 mil pessoas que serão atraídas para a obra da hidroelétrica.
Os ambientalistas afirmam que a energia gerada por Belo Monte levará poucos benefícios à região e que será quase toda utilizada por empresas que exportam a sua produção para outros países.
"É um projeto pensado exclusivamente para as grandes empresas que já estão instaladas na Amazónia ou querem expandir o seu negócio basicamente na mineração", contesta Ana Paula Souza, coordenadora da Fundação Viver, Produzir e Preservar, que promove políticas de desenvolvimento sustentável na Amazónia.
Segundo a responsável, a maioria do aço produzido naquela região é exportada para o sudeste asiático e Europa.
Apesar dos protestos, o projeto orçado em pelo menos 20 mil milhões de reais (cerca de 8 mil milhões de euros) avança rápido.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) já anunciou que irá financiar o vencedor do leilão até 80 por cento da obra.
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