Vencedor das eleições iraquianas negoceia coligação com partidos
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Vencedor das eleições iraquianas negoceia coligação com partidos
Vencedor das eleições iraquianas negoceia coligação com partidos
por LUÍS NAVES
Hoje
O bloco liderado por Iyad Allawi quer afastar a violência confessional, mas terá grande dificuldade em formar uma maioria.
O vencedor das eleições legislativas iraquianas, o xiita secular Iyad Allawi, iniciou ontem negociações com outras forças políticas para formar uma coligação estável e escolheu o ex-vice-primeiro-ministro sunita Rifaa al-Issawi para conduzir os contactos com os diferentes partidos. Com um resultado cerrado, a formação do Governo será complexa e poderá levar semanas. O primeiro-ministro derrotado, Nouri al-Maliki, poderá tornar o processo ainda mais difícil, pois quer contestar os resultados nos tribunais.
"As negociações começam agora, depois do anúncio dos resultados. O diálogo vai desenvolver-se com todas as forças políticas, sem excepção", disse ontem Allawi, em conferência de imprensa após o anúncio da sua vitória.
Iyad Allawi tem 64 anos e chefiou o Governo em 2004, num período marcado pela corrupção e pela violência. Apesar de um passado que lhe valeu o ódio dos mais próximos de Saddam Hussein, o seu Bloco Iraquiano (Al-Iraqiyya) conseguiu boas votações nas províncias sunitas, devido à integração de alguns dos mais destacados políticos desta comunidade minoritária no Iraque. A formação de Allawi elegeu 91 deputados, num total de 325.
A dificuldade em construir uma coligação viável será enorme, pois Allawi prometeu expurgar as forças de segurança do confessionalismo. A principal opção seria uma aliança com o partido de al-Maliki, a Aliança do Estado de Direito, favorita nas eleições, mas que só elegeu 89 deputados. A reacção do primeiro-ministro ao anúncio dos resultados tornará mais improvável esse entendimento.
Outra hipótese seria a junção com partes da Aliança Nacional Iraquiana (INA), que é uma federação de partidos religiosos xiitas. Entre os principais líderes contam-se Ahmad Chalabi (um político que parecia desaparecido e que renasceu nesta fase), o antigo primeiro-ministro Ibrahim Jaafari ou o clérigo radical Moqtada al--Sadr, este bastante imprevisível. A aliança xiita elegeu 70 deputados, mas a sua ligação a Allawi, sobretudo se fosse parcial, necessitaria de mais intervenientes.
Poderá haver ainda um jogador importante: a Aliança Curda, que tem 43 deputados. A aproximação com esse grupo não parece oferecer problemas de maior e Allawi terá ainda alguma facilidade para se entender com a Frente da Concórdia sunita. No entanto, esta formação só elegeu seis deputados, devido ao afastamento de muitos candidatos acusados de terem ligações ao extinto partido Baas de Saddam Hussein.
A negociação que se segue tem todos os ingredientes para fracassar, pelo que o próximo primeiro-ministro poderá ser Nouri al-Maliki, caso Allawi não consiga formar governo no prazo de 30 dias. O primeiro-ministro cessante terá mais facilidade para se entender com a Aliança Nacional Iraquiana, mas faltam quatro votos. O desa-fio nos tribunais segue-se a um pedido de recontagem que não foi aceite. O comandante militar americano declarou que não havia provas de fraude em larga escala. O anúncio das eleições, na sexta à noite, foi precedido de um violento atentado duplo, perto de Bagdad, que matou 52 pessoas.
In DN
por LUÍS NAVES
Hoje
O bloco liderado por Iyad Allawi quer afastar a violência confessional, mas terá grande dificuldade em formar uma maioria.
O vencedor das eleições legislativas iraquianas, o xiita secular Iyad Allawi, iniciou ontem negociações com outras forças políticas para formar uma coligação estável e escolheu o ex-vice-primeiro-ministro sunita Rifaa al-Issawi para conduzir os contactos com os diferentes partidos. Com um resultado cerrado, a formação do Governo será complexa e poderá levar semanas. O primeiro-ministro derrotado, Nouri al-Maliki, poderá tornar o processo ainda mais difícil, pois quer contestar os resultados nos tribunais.
"As negociações começam agora, depois do anúncio dos resultados. O diálogo vai desenvolver-se com todas as forças políticas, sem excepção", disse ontem Allawi, em conferência de imprensa após o anúncio da sua vitória.
Iyad Allawi tem 64 anos e chefiou o Governo em 2004, num período marcado pela corrupção e pela violência. Apesar de um passado que lhe valeu o ódio dos mais próximos de Saddam Hussein, o seu Bloco Iraquiano (Al-Iraqiyya) conseguiu boas votações nas províncias sunitas, devido à integração de alguns dos mais destacados políticos desta comunidade minoritária no Iraque. A formação de Allawi elegeu 91 deputados, num total de 325.
A dificuldade em construir uma coligação viável será enorme, pois Allawi prometeu expurgar as forças de segurança do confessionalismo. A principal opção seria uma aliança com o partido de al-Maliki, a Aliança do Estado de Direito, favorita nas eleições, mas que só elegeu 89 deputados. A reacção do primeiro-ministro ao anúncio dos resultados tornará mais improvável esse entendimento.
Outra hipótese seria a junção com partes da Aliança Nacional Iraquiana (INA), que é uma federação de partidos religiosos xiitas. Entre os principais líderes contam-se Ahmad Chalabi (um político que parecia desaparecido e que renasceu nesta fase), o antigo primeiro-ministro Ibrahim Jaafari ou o clérigo radical Moqtada al--Sadr, este bastante imprevisível. A aliança xiita elegeu 70 deputados, mas a sua ligação a Allawi, sobretudo se fosse parcial, necessitaria de mais intervenientes.
Poderá haver ainda um jogador importante: a Aliança Curda, que tem 43 deputados. A aproximação com esse grupo não parece oferecer problemas de maior e Allawi terá ainda alguma facilidade para se entender com a Frente da Concórdia sunita. No entanto, esta formação só elegeu seis deputados, devido ao afastamento de muitos candidatos acusados de terem ligações ao extinto partido Baas de Saddam Hussein.
A negociação que se segue tem todos os ingredientes para fracassar, pelo que o próximo primeiro-ministro poderá ser Nouri al-Maliki, caso Allawi não consiga formar governo no prazo de 30 dias. O primeiro-ministro cessante terá mais facilidade para se entender com a Aliança Nacional Iraquiana, mas faltam quatro votos. O desa-fio nos tribunais segue-se a um pedido de recontagem que não foi aceite. O comandante militar americano declarou que não havia provas de fraude em larga escala. O anúncio das eleições, na sexta à noite, foi precedido de um violento atentado duplo, perto de Bagdad, que matou 52 pessoas.
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