O Papa em Portugal
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O Papa em Portugal
Gigantesca máquina voluntária que prepara vinda do Papa
por RITA CARVALHO
Hoje
O núcleo duro da organização da visita em Lisboa tem apenas três pessoas que ajudam o patriarcado.
Em plena Praça do Comércio e de olhar preso na outra margem do Tejo, Francisco Noronha de Andrade pensa em voz alta. "Podíamos dizer à Câmara de Almada para pôr uma faixa de saudação ao Papa ali na grua da Lisnave", diz para os outros dois membros da equipa que organiza a missa papal em Lisboa, enquanto caminham pela praça, envolta em obras. Não é tarde nem é cedo. Pega no telefone e liga para a vereadora da autarquia, com quem já trabalhou na organização do 50.º aniversário do Cristo-Rei, outro evento religioso que mobilizou milhares de fiéis.
"É assim que trabalhamos. Andando na rua, tendo ideias, falando com pessoas. E de evento para evento vamos ganhando experiência, contactos e entusiasmo", afirma este empresário do ramo imobiliário. No núcleo duro da organização da missa em Lisboa estão ainda Pedro Duarte Silva e Bernardo Capucho, dois católicos convictos que com Francisco formam uma equipa experiente que já colaborou com a Igreja noutras ocasiões. Voluntários que, para além da vida pessoal e profissional, perdem horas e horas diárias para ajudar o patriarcado a pôr de pé esta iniciativa. E que trabalham com uma "atitude profissional dando a cara pela Igreja Católica", sublinha Bernardo Capucho.
A chefiar a equipa está o bispo D. Carlos Azevedo, também coordenador -geral da visita, e o padre Mário Rui, que contam com estes braços direitos encarregados de liderar equipas de trabalho que recrutarão milhares de colaboradores nas próximas semanas. Para montar infra-estruturas, encaminhar fiéis e convidados, distribuir a hóstia, cantar e animar a missa.
Mas, a um mês do evento, o trabalho é essencialmente feito na sala de reunião: com empresas de transporte, protocolo de Estado, forças de segurança, protecção civil e emergência médica, comerciantes, ou ministérios "desalojados" no dia 11.
"O objectivo é ser uma operação de custo zero", explica Bernardo Capucho, dono de uma empresa de eventos, garantindo que há muita gente disposta a colaborar, entre escuteiros, grupos paroquiais e movimentos cristãos, ou apenas lisboetas que querem que a cidade acolha bem os mais de 150 mil visitantes esperados. Na organização, a Igreja conta com o apoio da autarquia, "inexcedível" em todo o processo, garantem.
Para o recrutamento de voluntários, a organização conta com uma consultora de recursos humanos, que, gratuitamente, ajudará a escolher o perfil das pessoas para cada função. Nesta primeira fase, os voluntários deverão inscrever-se, depois serão seleccionados e adjudicados a uma tarefa concreta.
"Há várias formas de estar perto do Papa. Uma delas é servir", diz Pedro Duarte Silva, economista, sublinhando que a maioria nem o verá de perto.
É esse espírito de serviço à Igreja que define todos os que estão empenhados nesta missão, asseguram, desvalorizando o esforço e sublinhando o "gozo" que esta acarreta. "O tempo não é quantificável...", diz Francisco Noronha, num tom sereno, abrindo a agenda. "Hoje temos reunião do núcleo duro às 17.00, com os presidentes da junta de freguesia às 19.00, com o grupo geral de trabalho às 21.00.E por aí fora..." Ri-se.
Foi em 2003 que se lançaram nestas "maluqueiras", lembra Bernardo. Quando Francisco propôs ao patriarca a realização de um terço humano nos 25 anos de João Paulo II e os chamou para a acção. Eram 50 mil, tudo correu bem. E nunca mais pararam. Depois veio o Encontro da Nova Evangelização, o Cristo-Rei. E agora o Papa
In DN
por RITA CARVALHO
Hoje
O núcleo duro da organização da visita em Lisboa tem apenas três pessoas que ajudam o patriarcado.
Em plena Praça do Comércio e de olhar preso na outra margem do Tejo, Francisco Noronha de Andrade pensa em voz alta. "Podíamos dizer à Câmara de Almada para pôr uma faixa de saudação ao Papa ali na grua da Lisnave", diz para os outros dois membros da equipa que organiza a missa papal em Lisboa, enquanto caminham pela praça, envolta em obras. Não é tarde nem é cedo. Pega no telefone e liga para a vereadora da autarquia, com quem já trabalhou na organização do 50.º aniversário do Cristo-Rei, outro evento religioso que mobilizou milhares de fiéis.
"É assim que trabalhamos. Andando na rua, tendo ideias, falando com pessoas. E de evento para evento vamos ganhando experiência, contactos e entusiasmo", afirma este empresário do ramo imobiliário. No núcleo duro da organização da missa em Lisboa estão ainda Pedro Duarte Silva e Bernardo Capucho, dois católicos convictos que com Francisco formam uma equipa experiente que já colaborou com a Igreja noutras ocasiões. Voluntários que, para além da vida pessoal e profissional, perdem horas e horas diárias para ajudar o patriarcado a pôr de pé esta iniciativa. E que trabalham com uma "atitude profissional dando a cara pela Igreja Católica", sublinha Bernardo Capucho.
A chefiar a equipa está o bispo D. Carlos Azevedo, também coordenador -geral da visita, e o padre Mário Rui, que contam com estes braços direitos encarregados de liderar equipas de trabalho que recrutarão milhares de colaboradores nas próximas semanas. Para montar infra-estruturas, encaminhar fiéis e convidados, distribuir a hóstia, cantar e animar a missa.
Mas, a um mês do evento, o trabalho é essencialmente feito na sala de reunião: com empresas de transporte, protocolo de Estado, forças de segurança, protecção civil e emergência médica, comerciantes, ou ministérios "desalojados" no dia 11.
"O objectivo é ser uma operação de custo zero", explica Bernardo Capucho, dono de uma empresa de eventos, garantindo que há muita gente disposta a colaborar, entre escuteiros, grupos paroquiais e movimentos cristãos, ou apenas lisboetas que querem que a cidade acolha bem os mais de 150 mil visitantes esperados. Na organização, a Igreja conta com o apoio da autarquia, "inexcedível" em todo o processo, garantem.
Para o recrutamento de voluntários, a organização conta com uma consultora de recursos humanos, que, gratuitamente, ajudará a escolher o perfil das pessoas para cada função. Nesta primeira fase, os voluntários deverão inscrever-se, depois serão seleccionados e adjudicados a uma tarefa concreta.
"Há várias formas de estar perto do Papa. Uma delas é servir", diz Pedro Duarte Silva, economista, sublinhando que a maioria nem o verá de perto.
É esse espírito de serviço à Igreja que define todos os que estão empenhados nesta missão, asseguram, desvalorizando o esforço e sublinhando o "gozo" que esta acarreta. "O tempo não é quantificável...", diz Francisco Noronha, num tom sereno, abrindo a agenda. "Hoje temos reunião do núcleo duro às 17.00, com os presidentes da junta de freguesia às 19.00, com o grupo geral de trabalho às 21.00.E por aí fora..." Ri-se.
Foi em 2003 que se lançaram nestas "maluqueiras", lembra Bernardo. Quando Francisco propôs ao patriarca a realização de um terço humano nos 25 anos de João Paulo II e os chamou para a acção. Eram 50 mil, tudo correu bem. E nunca mais pararam. Depois veio o Encontro da Nova Evangelização, o Cristo-Rei. E agora o Papa
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: O Papa em Portugal
Tenho tudo já preparado, aqui em casa, para receber o papa. Corri com os "putos" menores de 16 anos aqui da rua. Não que o senhor papa ainda tenha condições físicas para os molestar. Mas no seu staff nunca fiando...
Tenho também um bom tintol, devidamente benzido, e umas pataniscas de bacalhau. Vou convidar o mano Kllux para registar o evento. Se ele por aqui não passar, pior para ele. Eu esforcei-me. E tenho a certeza que este meu poste, dada a divulgação crescente que o forum tem tido, será do seu conhecimento.
Amen
Tenho também um bom tintol, devidamente benzido, e umas pataniscas de bacalhau. Vou convidar o mano Kllux para registar o evento. Se ele por aqui não passar, pior para ele. Eu esforcei-me. E tenho a certeza que este meu poste, dada a divulgação crescente que o forum tem tido, será do seu conhecimento.
Amen
Viriato- Pontos : 16657
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Governo concede tolerância de ponto dia 13 de Maio
Governo concede tolerância de ponto dia 13 de Maio
por Lusa
Ontem
O Governo decidiu dar tolerância de ponto a todos os trabalhadores da Administração Pública no dia 13 de maio por ocasião da presença do Papa Bento XVI em Portugal, disse hoje à Lusa fonte oficial do executivo.
A mesma fonte adiantou à agência Lusa que será também concedida tolerância de ponto aos funcionários públicos em Lisboa, na parte da tarde do dia 11 de maio, assim como no Porto, na parte da manhã, no dia 14 de maio.
A visita de Bento XVI a Portugal inicia-se no dia 11 de maio, em Lisboa.
Na tarde do dia seguinte, o Papa segue de helicóptero para Fátima, onde permanece até dia 14 de manhã, quando sai em direcção ao Porto, cidade onde o chefe de Estado do Vaticano termina a visita ao país.
In DN
por Lusa
Ontem
O Governo decidiu dar tolerância de ponto a todos os trabalhadores da Administração Pública no dia 13 de maio por ocasião da presença do Papa Bento XVI em Portugal, disse hoje à Lusa fonte oficial do executivo.
A mesma fonte adiantou à agência Lusa que será também concedida tolerância de ponto aos funcionários públicos em Lisboa, na parte da tarde do dia 11 de maio, assim como no Porto, na parte da manhã, no dia 14 de maio.
A visita de Bento XVI a Portugal inicia-se no dia 11 de maio, em Lisboa.
Na tarde do dia seguinte, o Papa segue de helicóptero para Fátima, onde permanece até dia 14 de manhã, quando sai em direcção ao Porto, cidade onde o chefe de Estado do Vaticano termina a visita ao país.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: O Papa em Portugal
Creio que o objectivo é mandar a miudagem dos infantários para casa.....
Viriato- Pontos : 16657
Re: O Papa em Portugal
Lá se costuima dizer - o Seguro morreu de velho...
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Patrões indecisos na tolerância de ponto
Patrões indecisos na tolerância de ponto
por FRANCISCO MANGAS
Hoje
Presidente da CIP desagradado com a decisão do Governo de Sócrates. Partidos da oposição remetem-se ao silêncio.
Os patrões portugueses ainda não sabem se vão seguir o Governo na tolerância de ponto aos seus trabalhadores, no dia 13 de Maio, durante a visita do Papa Bento XVI. Estão a ponderar o assunto, mas o presidente da CIP já se manifestou desagrado com a medida. Nos partidos da oposição, só o Bloco de Esquerda comenta este "excesso" do Executivo de José Sócrates.
Filipe Soares Franco, ao fim da tarde de ontem, desconhecia a decisão e "não estava a pensar em conceder tolerância de ponto" aos trabalhadores da sua empresa. A visita do Papa, reconhece o presidente da Opway, "não é um acontecimento qualquer". No entanto, Portugal tem um excesso de "pontes" e feriados: "É muito tempo, não recuperamos um país assim". Mas como se trata de "caso especial", promete "pensar nisso".
Outros responsáveis de grandes empresas portugueses, ouvidos pelo DN, também ainda nada decidiram. Luís Filipe Pereira, presidente da Efacec, refere que, em relação ao Papa, "ainda não decidimos". Na sua empresa, diz, o calendário dos feriados e pontes é programado para o ano inteiro.
Na Amorim Turismo, a questão da tolerância de ponto - no dia 13 de Maio, em todo o País, e na parte da tarde do 11, em Lisboa, e na manhã do dia 14, no Porto - também carece de ponderação. "Ainda não equacionámos essa questão", refere Jorge Armindo, presidente da empresa.
O "ainda não", de igual modo, aparece na resposta do responsável pela Unicer. "Ainda não tomamos nenhuma decisão" sobre o assunto, diz António Pires de Lima. Uma indefinição vivida na Sonae, no BCP ou na PT, empresas ouvidas pelo DN.
Menos indeciso sobre o assunto está o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). António Saraiva estranha a tolerância de ponto "numa altura em que se pede aos portugueses em geral um esforço maior de competitividade". O País é maioritariamente católico, reconhece, "mas temos outras religiões: se eventualmente outros líderes religiosos nos visitarem, estaría-mos constantemente a legitimar pontes", sublinha.
Carvalho da Silva vê uma contradição na decisão do Governo. "Deve receber-se o Papa com dignidade, os valores que sustentam esta atitude são importantes." Mas não são menos importantes, realça o coordenador da CGTP, "o direito ao descanso semanal, ou excesso de trabalho" que atinge muitos portugueses.
Nos partidos da oposição, a tolerância de ponto na função pública durante a visita do Papa Bento XVI, no dia 13 de Maio, foi acolhida com silêncio. Só o Bloco de Esquerda considera a decisão do Governo "um excesso". PSD, PCP CDS não comentam.
Mariana Aiveca, deputada do BE, lembra que Portugal é um Estado laico. Sendo assim, o Executivo de José Sócrates, com a tolerância de ponto, "parece privilegiar uma religião". A medida, no entanto, diz a deputada, esconde outro objectivo. O Governo "quer dar um rebuçado aos trabalhadores da Administração Pública", para tentar atenuar "o congelamento dos salários e das aposentações".
"Não temos opinião sobre o Papa", diz Miguel Relvas, porta-voz do PSD. O PCP e o CDS-PP também evitaram fazer comentários. Pela voz de Vitalino Canas, os socialistas consideram que a tolerância de ponto aos trabalhadores da função pública "vai facilitar as pessoas que pretendam ver o Papa Bento XVI".
In DN
por FRANCISCO MANGAS
Hoje
Presidente da CIP desagradado com a decisão do Governo de Sócrates. Partidos da oposição remetem-se ao silêncio.
Os patrões portugueses ainda não sabem se vão seguir o Governo na tolerância de ponto aos seus trabalhadores, no dia 13 de Maio, durante a visita do Papa Bento XVI. Estão a ponderar o assunto, mas o presidente da CIP já se manifestou desagrado com a medida. Nos partidos da oposição, só o Bloco de Esquerda comenta este "excesso" do Executivo de José Sócrates.
Filipe Soares Franco, ao fim da tarde de ontem, desconhecia a decisão e "não estava a pensar em conceder tolerância de ponto" aos trabalhadores da sua empresa. A visita do Papa, reconhece o presidente da Opway, "não é um acontecimento qualquer". No entanto, Portugal tem um excesso de "pontes" e feriados: "É muito tempo, não recuperamos um país assim". Mas como se trata de "caso especial", promete "pensar nisso".
Outros responsáveis de grandes empresas portugueses, ouvidos pelo DN, também ainda nada decidiram. Luís Filipe Pereira, presidente da Efacec, refere que, em relação ao Papa, "ainda não decidimos". Na sua empresa, diz, o calendário dos feriados e pontes é programado para o ano inteiro.
Na Amorim Turismo, a questão da tolerância de ponto - no dia 13 de Maio, em todo o País, e na parte da tarde do 11, em Lisboa, e na manhã do dia 14, no Porto - também carece de ponderação. "Ainda não equacionámos essa questão", refere Jorge Armindo, presidente da empresa.
O "ainda não", de igual modo, aparece na resposta do responsável pela Unicer. "Ainda não tomamos nenhuma decisão" sobre o assunto, diz António Pires de Lima. Uma indefinição vivida na Sonae, no BCP ou na PT, empresas ouvidas pelo DN.
Menos indeciso sobre o assunto está o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). António Saraiva estranha a tolerância de ponto "numa altura em que se pede aos portugueses em geral um esforço maior de competitividade". O País é maioritariamente católico, reconhece, "mas temos outras religiões: se eventualmente outros líderes religiosos nos visitarem, estaría-mos constantemente a legitimar pontes", sublinha.
Carvalho da Silva vê uma contradição na decisão do Governo. "Deve receber-se o Papa com dignidade, os valores que sustentam esta atitude são importantes." Mas não são menos importantes, realça o coordenador da CGTP, "o direito ao descanso semanal, ou excesso de trabalho" que atinge muitos portugueses.
Nos partidos da oposição, a tolerância de ponto na função pública durante a visita do Papa Bento XVI, no dia 13 de Maio, foi acolhida com silêncio. Só o Bloco de Esquerda considera a decisão do Governo "um excesso". PSD, PCP CDS não comentam.
Mariana Aiveca, deputada do BE, lembra que Portugal é um Estado laico. Sendo assim, o Executivo de José Sócrates, com a tolerância de ponto, "parece privilegiar uma religião". A medida, no entanto, diz a deputada, esconde outro objectivo. O Governo "quer dar um rebuçado aos trabalhadores da Administração Pública", para tentar atenuar "o congelamento dos salários e das aposentações".
"Não temos opinião sobre o Papa", diz Miguel Relvas, porta-voz do PSD. O PCP e o CDS-PP também evitaram fazer comentários. Pela voz de Vitalino Canas, os socialistas consideram que a tolerância de ponto aos trabalhadores da função pública "vai facilitar as pessoas que pretendam ver o Papa Bento XVI".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
40 mil consultas e 1500 cirurgias em risco
40 mil consultas e 1500 cirurgias em risco
por HELDER ROBALO
Hoje
Hospitais vão ter de reagendar atendimentos e operações previstos para períodos abrangidos pela tolerância de ponto. Urgências e internamentos não vão ser afectados
Mais de 40 mil consultas e 1500 cirurgias correm o risco de ser canceladas e remarcadas por causa da tolerância de ponto que o Governo vai conceder durante a visita do Papa Bento XVI a Portugal. A tolerância é concedida à função pública e deverá ser seguida em muitos dos hospitais portugueses.
Recorde-se que, segundo anúncio feito pelo Governo, o despacho do primeiro-ministro irá conceder tolerância de ponto a todos os trabalhadores da função pública para todo o dia 13 de Maio, bem como para a tarde de 11 de Maio no concelho de Lisboa e a manhã do dia 14 no concelho do Porto.
Tendo como referência os últimos dados disponíveis do documento "Recursos e Produção do SNS - 2008", do Ministério da Saúde, verifica-se que se realizaram mais de 16 milhões de consultas nesse ano, ou seja, uma média diária de 44 mil consultas externas. Em relação às cirurgias, em 2009, fizeram-se por dia uma média de 1515 cirurgias.
Porém, os responsáveis hospitalares contactados pelo DN não se mostram preocupados e recordam que esta é uma situação semelhante à da Páscoa e Natal, por exemplo. Nos períodos abrangidos pelas dispensas, todas as consultas e cirurgias programadas serão reagendadas em função da prioridade de cada doente e da agenda do pessoal clínico.
Também para o Ministério da Saúde "esta é situação pontual, à semelhança de outras tolerâncias de ponto". Fonte do gabinete da ministra Ana Jorge recorda ainda que "os serviços de urgência são garantidos, como sempre". Tal como o apoio e acompanhamento de doentes internados.
"Os serviços de urgência e as equipas de residentes vão trabalhar como noutro período de tolerância", diz Fernando Regateiro, dos Hospitais Universitários de Coimbra, que compara esta situação ao funcionamento num feriado. "É preciso não esquecer que os hospitais funcionam 24 ho-ras por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano", destaca.
Para já, os hospitais estão a proceder às marcações de consultas e cirurgias. Fonte do gabinete de comunicação do Hospital de São João, no Porto, esclarece que "ainda não foi recebida uma confirmação oficial da decisão do Governo, pelo que as consultas e cirurgias estão a ser programadas".
Após a publicação do despacho em Diário da República, "o hospital, como Entidade Pública Empresarial que é, irá decidir se aplica a medida a todos os funcionários". Se tal suceder "os utentes são contactados para se reagendar as consultas e cirurgias", diz a fonte.
Caso o despacho seja igual ao de tolerância de ponto do Natal, por exemplo, todos os funcionários públicos são abrangidos por ele. Mas se for menos "rígido", as direcções hospitalares podem optar por concedê-la apenas a parte do pessoal, enquanto os restantes gozam a dispensa noutra altura.
Também no Centro Hospitalar Lisboa Norte se espera pela confirmação do despacho. "Ainda não há informação oficial da decisão, uma vez que não foi publicado em Diário da República", esclarece Correia da Cunha. Quando a decisão for oficializada, os trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas, cerca de 65% dos efectivos do CHLN, são automaticamente abrangidos. Já os profissionais em regime de contrato individual de trabalho são equiparados a estes e o conselho de administração das instituições emite deliberação extensiva do despacho do Governo.
Correia da Cunha diz que perante a tolerância de ponto terá de se reagendar as cirurgias e consultas. "Fazemos a apreciação rigorosa das agendas do pessoal clínico e em função da prioridade dos utentes marcamos para os períodos mais próximos possíveis", frisa.
In DN
por HELDER ROBALO
Hoje
Hospitais vão ter de reagendar atendimentos e operações previstos para períodos abrangidos pela tolerância de ponto. Urgências e internamentos não vão ser afectados
Mais de 40 mil consultas e 1500 cirurgias correm o risco de ser canceladas e remarcadas por causa da tolerância de ponto que o Governo vai conceder durante a visita do Papa Bento XVI a Portugal. A tolerância é concedida à função pública e deverá ser seguida em muitos dos hospitais portugueses.
Recorde-se que, segundo anúncio feito pelo Governo, o despacho do primeiro-ministro irá conceder tolerância de ponto a todos os trabalhadores da função pública para todo o dia 13 de Maio, bem como para a tarde de 11 de Maio no concelho de Lisboa e a manhã do dia 14 no concelho do Porto.
Tendo como referência os últimos dados disponíveis do documento "Recursos e Produção do SNS - 2008", do Ministério da Saúde, verifica-se que se realizaram mais de 16 milhões de consultas nesse ano, ou seja, uma média diária de 44 mil consultas externas. Em relação às cirurgias, em 2009, fizeram-se por dia uma média de 1515 cirurgias.
Porém, os responsáveis hospitalares contactados pelo DN não se mostram preocupados e recordam que esta é uma situação semelhante à da Páscoa e Natal, por exemplo. Nos períodos abrangidos pelas dispensas, todas as consultas e cirurgias programadas serão reagendadas em função da prioridade de cada doente e da agenda do pessoal clínico.
Também para o Ministério da Saúde "esta é situação pontual, à semelhança de outras tolerâncias de ponto". Fonte do gabinete da ministra Ana Jorge recorda ainda que "os serviços de urgência são garantidos, como sempre". Tal como o apoio e acompanhamento de doentes internados.
"Os serviços de urgência e as equipas de residentes vão trabalhar como noutro período de tolerância", diz Fernando Regateiro, dos Hospitais Universitários de Coimbra, que compara esta situação ao funcionamento num feriado. "É preciso não esquecer que os hospitais funcionam 24 ho-ras por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano", destaca.
Para já, os hospitais estão a proceder às marcações de consultas e cirurgias. Fonte do gabinete de comunicação do Hospital de São João, no Porto, esclarece que "ainda não foi recebida uma confirmação oficial da decisão do Governo, pelo que as consultas e cirurgias estão a ser programadas".
Após a publicação do despacho em Diário da República, "o hospital, como Entidade Pública Empresarial que é, irá decidir se aplica a medida a todos os funcionários". Se tal suceder "os utentes são contactados para se reagendar as consultas e cirurgias", diz a fonte.
Caso o despacho seja igual ao de tolerância de ponto do Natal, por exemplo, todos os funcionários públicos são abrangidos por ele. Mas se for menos "rígido", as direcções hospitalares podem optar por concedê-la apenas a parte do pessoal, enquanto os restantes gozam a dispensa noutra altura.
Também no Centro Hospitalar Lisboa Norte se espera pela confirmação do despacho. "Ainda não há informação oficial da decisão, uma vez que não foi publicado em Diário da República", esclarece Correia da Cunha. Quando a decisão for oficializada, os trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas, cerca de 65% dos efectivos do CHLN, são automaticamente abrangidos. Já os profissionais em regime de contrato individual de trabalho são equiparados a estes e o conselho de administração das instituições emite deliberação extensiva do despacho do Governo.
Correia da Cunha diz que perante a tolerância de ponto terá de se reagendar as cirurgias e consultas. "Fazemos a apreciação rigorosa das agendas do pessoal clínico e em função da prioridade dos utentes marcamos para os períodos mais próximos possíveis", frisa.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Bento XVI vai falar da crise económica à chegada
Bento XVI vai falar da crise económica à chegada
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
Temas. Nas três homilias e sete discursos da visita não está prevista qualquer referência à pedofilia, mas bispos admitem essa hipótese
As primeiras palavras de Bento XVI à chegada a Portugal deverão ser sobre a crise económica e financeira que está a abalar o País e a estabilidade europeia. Este é pelo menos um dos temas previstos para o primeiro discurso do Papa no nosso País, ainda no aeroporto. Pelo contrário, não está previsto que Bento XVI fale sobre os escândalos de pedofilia que abalam a igreja, nem sobre a lei do casamento homossexual em Portugal nos sete discursos e três homilias agendados para esta visita.
O que não quer dizer que os temas não venham a ser abordados na visita, onde o Papa receberá um enorme banho de multidão e terá cerca de 1500 jornalistas de todo o Mundo a pressionar sobre o escândalo que abala a Igreja (e sobre os quais pedirá desculpas em Junho, ver pág. 23) . No entanto o tema dos abusos seuxaisi não estava entre os que os bispos portugueses sugeriram ao Vaticano a pedido deste. Isto porque, "não houve até agora nenhuma queixa em Portugal, nem sequer uma suspeita", garantiu ontem o coordenador da visita do Sumo Pontífice, D. Carlos Azevedo, em reunião com responsáveis dos órgãos de comunicação social.
Se Bento XVI resolver abordar a questão que têm abalado a Igreja nos últimos meses, será provavelmente em Fátima, na celebração das Vésperas com mais de cinco mil sacerdotes e seminaristas. Em princípio, o sacerdócio será o tema desse discurso e espera-se que o chefe do Vaticano "apele à santidade e à purificação daqueles que servem a Igreja". O encontro com os bispos portugueses, no dia seguinte, poderá também levar o Papa a falar sobre o tema. O Vaticano solicitou que esta reunião fosse presenciada pelo maior número possível de jornalistas, naquilo que é interpretado como uma forma de deixar claro que não há nada a esconder.
Um assunto sugerido pelos bispos portugueses que deverá ser mencionado logo na chegada é o do centenário da República.
Na missa no Terreiro do Paço, o tópico da homilia será "santidade e evangelização". No final, já está confirmado que haverá uma mensagem comemorativa do 50º aniversário da inauguração do Santuário de Cristo Rei de Almada: o santa padre virar-se-á para o santuário nesse momento. O Papa terá também algumas palavras para os jovens que o irão esperar à nunciatura, onde passa a noite.
Outro evento que deverá marcar a visita de Bento XVI a Portugal é o encontro com personalidades do mundo da cultura, no Centro Cultural de Belém. As ministras da Cultura e da Educação, Gabriela Canavilhas e Isabel Alçada, estarão entre os convidados que vão assistir a um discurso dedicado ao ideal da verdade e da beleza, com referências ao panorama cultural português. E no qual receberá palavras do cineasta centenário Manoel de Oliveira.
Mas é na homilia da missa do dia 13, em Fátima, que se espera uma "mensagem de alcance mundial". E um possível anúncio sobre a beatificação de João Paulo II (ver caixa), um rumor que se avoluma e que a Igreja começa a admitir.
A pobreza, um tema que tem sido muito caro a Bento XVI, será abordada no encontro com as organizações da pastoral Social, onde estará presente a ministra da Saúde, Ana Jorge. Antes de abandonar o País, Bento XVI deverá falar ainda sobre "a missão da Igreja no mundo", na homilia da missa nos Aliados, já que a diocese do Porto vive em 2010 o "Ano de Missão". Na partida, no aeroporto Sá Carneiro, fará o habitual discurso final, de despedida e de balanço.
In DN
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
Temas. Nas três homilias e sete discursos da visita não está prevista qualquer referência à pedofilia, mas bispos admitem essa hipótese
As primeiras palavras de Bento XVI à chegada a Portugal deverão ser sobre a crise económica e financeira que está a abalar o País e a estabilidade europeia. Este é pelo menos um dos temas previstos para o primeiro discurso do Papa no nosso País, ainda no aeroporto. Pelo contrário, não está previsto que Bento XVI fale sobre os escândalos de pedofilia que abalam a igreja, nem sobre a lei do casamento homossexual em Portugal nos sete discursos e três homilias agendados para esta visita.
O que não quer dizer que os temas não venham a ser abordados na visita, onde o Papa receberá um enorme banho de multidão e terá cerca de 1500 jornalistas de todo o Mundo a pressionar sobre o escândalo que abala a Igreja (e sobre os quais pedirá desculpas em Junho, ver pág. 23) . No entanto o tema dos abusos seuxaisi não estava entre os que os bispos portugueses sugeriram ao Vaticano a pedido deste. Isto porque, "não houve até agora nenhuma queixa em Portugal, nem sequer uma suspeita", garantiu ontem o coordenador da visita do Sumo Pontífice, D. Carlos Azevedo, em reunião com responsáveis dos órgãos de comunicação social.
Se Bento XVI resolver abordar a questão que têm abalado a Igreja nos últimos meses, será provavelmente em Fátima, na celebração das Vésperas com mais de cinco mil sacerdotes e seminaristas. Em princípio, o sacerdócio será o tema desse discurso e espera-se que o chefe do Vaticano "apele à santidade e à purificação daqueles que servem a Igreja". O encontro com os bispos portugueses, no dia seguinte, poderá também levar o Papa a falar sobre o tema. O Vaticano solicitou que esta reunião fosse presenciada pelo maior número possível de jornalistas, naquilo que é interpretado como uma forma de deixar claro que não há nada a esconder.
Um assunto sugerido pelos bispos portugueses que deverá ser mencionado logo na chegada é o do centenário da República.
Na missa no Terreiro do Paço, o tópico da homilia será "santidade e evangelização". No final, já está confirmado que haverá uma mensagem comemorativa do 50º aniversário da inauguração do Santuário de Cristo Rei de Almada: o santa padre virar-se-á para o santuário nesse momento. O Papa terá também algumas palavras para os jovens que o irão esperar à nunciatura, onde passa a noite.
Outro evento que deverá marcar a visita de Bento XVI a Portugal é o encontro com personalidades do mundo da cultura, no Centro Cultural de Belém. As ministras da Cultura e da Educação, Gabriela Canavilhas e Isabel Alçada, estarão entre os convidados que vão assistir a um discurso dedicado ao ideal da verdade e da beleza, com referências ao panorama cultural português. E no qual receberá palavras do cineasta centenário Manoel de Oliveira.
Mas é na homilia da missa do dia 13, em Fátima, que se espera uma "mensagem de alcance mundial". E um possível anúncio sobre a beatificação de João Paulo II (ver caixa), um rumor que se avoluma e que a Igreja começa a admitir.
A pobreza, um tema que tem sido muito caro a Bento XVI, será abordada no encontro com as organizações da pastoral Social, onde estará presente a ministra da Saúde, Ana Jorge. Antes de abandonar o País, Bento XVI deverá falar ainda sobre "a missão da Igreja no mundo", na homilia da missa nos Aliados, já que a diocese do Porto vive em 2010 o "Ano de Missão". Na partida, no aeroporto Sá Carneiro, fará o habitual discurso final, de despedida e de balanço.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Núncio apostólico cede quarto ao Papa
Núncio apostólico cede quarto ao Papa
por CÉU NEVES
Hoje
Espaço vai ser decorado com novos quadros. Bento XVI pediu sumo de laranja, a sua bebida preferida. E vai comer bacalhau.
A Nunciatura Apostólica de Portugal vai ser a casa de Bento XVI em Lisboa por uma noite e dois dias. O núncio apostólico vai ceder o quarto, que decorou com quadros da colecção particular, uma das suas paixões. "O quarto é da Embaixada da Santa Sé e Sua Santidade é a representação máxima", explica D. Rino Passigato. E sorri: "É uma grande honra e uma felicidade receber o Sumo Pontífice!"
O núncio apostólico de Portugal faz questão em explicar o significado dos quadros que colocou no quarto principal da Nunciatura Apostólica, onde dorme habitualmente e onde irá ficar o Papa. Habitualmente, só há um outro quarto ocupado, o do secretário.
Os quadros são de Antonio Nunviati, um pintor contemporâneo de Turim, de quem o arcebispo Rino Passigato gosta particularmente. "Esta pintura chama-se La Stanze della musica (o quarto da música) e é uma homenagem a Bento XVI, que gosta muito de música. E o segundo quadro chama-se Interno, é uma taça de vinho e um pão, que simboliza o despojamento, com três pregos que podem significar a cruz de Cristo", explica. Há uma terceira pintura, da Virgem com o Menino.
O arcebispo conta que chegou a Portugal há pouco mais de um ano e não tem pintores portugueses na colecção. Mas mandou fazer um quadro de azulejos de João José Araújo. Retrata o momento em que Jesus pergunta a Pedro: "Tu amas-me?"
A entrada da Nunciatura está decorada com móveis antigos e quadros, onde não falta o retrato de Bento XVI. Do lado direito são as salas e os aposentos, do esquerdo, é o jardim. O edifício foi pintado e fizeram-se melhorias.
À cabeceira da cama de Bento XVI foram colocadas estátuas de São Pedro e São Francisco, de estanho e bronze, de um autor alemão, os padroeiros de D. Rino Passigato. E, por cima, um crucifixo de marfim.
E o que é que Bento XVI irá comer e beber? Três refeições principais e um pequeno-almoço.
"Sumo de laranja é a sua bebida preferida, e foi isso que pediu. Iremos servir cozinha portuguesa com uma mistura de comida internacional. Claro que vamos ter um prato de bacalhau, mas também haverá carne e massas ", desvenda.
O Papa será servido na sala de jantar principal pelas Cooperadoras da Família, uma confraternidade de leigas que ali trabalha há anos. Estará acompanhado de Rino Passigato e dez acompanhantes pessoais que viajam de Roma e que ficarão instalados na Nunciatura. E às 07.00 do dia seguinte são os únicos a participar numa missa, na capela, presidida pelo Sumo Pontífice. A restante comitiva, cerca de 20 pessoas, tem reservas no Hotel Parque, na mesma rua.
O edifício da Nunciatura Apostólica de Portugal pertencia ao Prémio Nobel da Medicina português, Egas Moniz. Foi comprado nos anos 30/40, e lá o Vaticano instalou a embaixada.
O arcebispo Rino Passigato será uma das primeiras pessoas a receber Bento XVI, no cimo das escadas junto à porta do avião, com chegada prevista à Portela, em Lisboa, para as 11.00. "Estarei acompanhado do embaixador José Serrano [chefe do protocolo do Estado] para receber Sua Santidade e estarei sempre a seu lado, até apanhar o avião para Roma na sexta-feira [no Aeroporto Sá Carneiro, às 14.00]. É uma honra e uma enorme felicidade", sublinha D. Rino Passigato.
In DN
por CÉU NEVES
Hoje
Espaço vai ser decorado com novos quadros. Bento XVI pediu sumo de laranja, a sua bebida preferida. E vai comer bacalhau.
A Nunciatura Apostólica de Portugal vai ser a casa de Bento XVI em Lisboa por uma noite e dois dias. O núncio apostólico vai ceder o quarto, que decorou com quadros da colecção particular, uma das suas paixões. "O quarto é da Embaixada da Santa Sé e Sua Santidade é a representação máxima", explica D. Rino Passigato. E sorri: "É uma grande honra e uma felicidade receber o Sumo Pontífice!"
O núncio apostólico de Portugal faz questão em explicar o significado dos quadros que colocou no quarto principal da Nunciatura Apostólica, onde dorme habitualmente e onde irá ficar o Papa. Habitualmente, só há um outro quarto ocupado, o do secretário.
Os quadros são de Antonio Nunviati, um pintor contemporâneo de Turim, de quem o arcebispo Rino Passigato gosta particularmente. "Esta pintura chama-se La Stanze della musica (o quarto da música) e é uma homenagem a Bento XVI, que gosta muito de música. E o segundo quadro chama-se Interno, é uma taça de vinho e um pão, que simboliza o despojamento, com três pregos que podem significar a cruz de Cristo", explica. Há uma terceira pintura, da Virgem com o Menino.
O arcebispo conta que chegou a Portugal há pouco mais de um ano e não tem pintores portugueses na colecção. Mas mandou fazer um quadro de azulejos de João José Araújo. Retrata o momento em que Jesus pergunta a Pedro: "Tu amas-me?"
A entrada da Nunciatura está decorada com móveis antigos e quadros, onde não falta o retrato de Bento XVI. Do lado direito são as salas e os aposentos, do esquerdo, é o jardim. O edifício foi pintado e fizeram-se melhorias.
À cabeceira da cama de Bento XVI foram colocadas estátuas de São Pedro e São Francisco, de estanho e bronze, de um autor alemão, os padroeiros de D. Rino Passigato. E, por cima, um crucifixo de marfim.
E o que é que Bento XVI irá comer e beber? Três refeições principais e um pequeno-almoço.
"Sumo de laranja é a sua bebida preferida, e foi isso que pediu. Iremos servir cozinha portuguesa com uma mistura de comida internacional. Claro que vamos ter um prato de bacalhau, mas também haverá carne e massas ", desvenda.
O Papa será servido na sala de jantar principal pelas Cooperadoras da Família, uma confraternidade de leigas que ali trabalha há anos. Estará acompanhado de Rino Passigato e dez acompanhantes pessoais que viajam de Roma e que ficarão instalados na Nunciatura. E às 07.00 do dia seguinte são os únicos a participar numa missa, na capela, presidida pelo Sumo Pontífice. A restante comitiva, cerca de 20 pessoas, tem reservas no Hotel Parque, na mesma rua.
O edifício da Nunciatura Apostólica de Portugal pertencia ao Prémio Nobel da Medicina português, Egas Moniz. Foi comprado nos anos 30/40, e lá o Vaticano instalou a embaixada.
O arcebispo Rino Passigato será uma das primeiras pessoas a receber Bento XVI, no cimo das escadas junto à porta do avião, com chegada prevista à Portela, em Lisboa, para as 11.00. "Estarei acompanhado do embaixador José Serrano [chefe do protocolo do Estado] para receber Sua Santidade e estarei sempre a seu lado, até apanhar o avião para Roma na sexta-feira [no Aeroporto Sá Carneiro, às 14.00]. É uma honra e uma enorme felicidade", sublinha D. Rino Passigato.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Pais podem perder um dia de férias ou dia de salário
Pais podem perder um dia de férias ou dia de salário
por Lusa
Hoje
Os trabalhadores do sector privado que tenham de faltar devido ao encerramento de escolas no dia 13 de maio terão de perder um dia de férias ou um dia de salário, de acordo com um especialista em direito laboral.
"É uma situação complexa. O que o código prevê é a falta justificada por motivo de prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, mas isso é por motivo de saúde comprovado pelo médico", declarou à agência Lusa Fausto Leite, advogado especialista em Direito do Trabalho.
De acordo com o Código de Trabalho, é considerada falta justificada uma ausência que seja autorizada pelo empregador, mas implica a perda de retribuição.
"O trabalhador deve comunicar previamente ao empregador essa impossibilidade e pedir autorização para faltar. Mas há sempre o problema da retribuição", refere o advogado.
A perda de um dia de salário por motivo de falta pode ainda ser substituída por renúncia ao número de dias de férias equivalente, explica Fausto Leite.
O advogado admite que, "numa interpretação legalista, não é considerada falta justificada" a ausência dos pais para apoiar os filhos cujas escolas encerrem.
"Mas tem de haver muita tolerância, compreensão e humanidade dos empregadores. Seria absurdo que um empregador fosse considerar injustificada ou que fosse punir disciplinarmente um trabalhador que teve de faltar para dar assistência ao seu filho", disse.
Mesmo sendo considerada falta justificada, o trabalhador perde a remuneração correspondente a esse dia.
"Apelava a que não houvesse penalizações neste contexto. Mas poderão surgir conflitos pontuais. Porque poderão estar em causa valores muito importantes, como seja a proteção das crianças, sobretudo quando os pais não têm outros apoios", frisou ainda Fausto Leite.
Contudo, o advogado reconhece que "nenhum empregador pode ser obrigado a suportar um prejuízo que não lhe é imputável".
Todas as escolas públicas encerrarão no dia 13 de maio, bem como as de Lisboa na tarde de dia 11 de maio e as do Porto na manhã de 14 de maio, quando estão decididas tolerâncias de ponto devido à visita de Bento XVI, segundo fonte oficial do Ministério da Educação.
O Papa Bento XVI estará em Portugal de 11 a 14 de maio e visitará Lisboa, Fátima e Porto.
In DN
por Lusa
Hoje
Os trabalhadores do sector privado que tenham de faltar devido ao encerramento de escolas no dia 13 de maio terão de perder um dia de férias ou um dia de salário, de acordo com um especialista em direito laboral.
"É uma situação complexa. O que o código prevê é a falta justificada por motivo de prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, mas isso é por motivo de saúde comprovado pelo médico", declarou à agência Lusa Fausto Leite, advogado especialista em Direito do Trabalho.
De acordo com o Código de Trabalho, é considerada falta justificada uma ausência que seja autorizada pelo empregador, mas implica a perda de retribuição.
"O trabalhador deve comunicar previamente ao empregador essa impossibilidade e pedir autorização para faltar. Mas há sempre o problema da retribuição", refere o advogado.
A perda de um dia de salário por motivo de falta pode ainda ser substituída por renúncia ao número de dias de férias equivalente, explica Fausto Leite.
O advogado admite que, "numa interpretação legalista, não é considerada falta justificada" a ausência dos pais para apoiar os filhos cujas escolas encerrem.
"Mas tem de haver muita tolerância, compreensão e humanidade dos empregadores. Seria absurdo que um empregador fosse considerar injustificada ou que fosse punir disciplinarmente um trabalhador que teve de faltar para dar assistência ao seu filho", disse.
Mesmo sendo considerada falta justificada, o trabalhador perde a remuneração correspondente a esse dia.
"Apelava a que não houvesse penalizações neste contexto. Mas poderão surgir conflitos pontuais. Porque poderão estar em causa valores muito importantes, como seja a proteção das crianças, sobretudo quando os pais não têm outros apoios", frisou ainda Fausto Leite.
Contudo, o advogado reconhece que "nenhum empregador pode ser obrigado a suportar um prejuízo que não lhe é imputável".
Todas as escolas públicas encerrarão no dia 13 de maio, bem como as de Lisboa na tarde de dia 11 de maio e as do Porto na manhã de 14 de maio, quando estão decididas tolerâncias de ponto devido à visita de Bento XVI, segundo fonte oficial do Ministério da Educação.
O Papa Bento XVI estará em Portugal de 11 a 14 de maio e visitará Lisboa, Fátima e Porto.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Agentes católicos vão buscar papamóveis
Agentes católicos vão buscar papamóveis
por VALENTINA MARCELINO
Hoje
Enquanto estiver em Portugal, nas suas deslocações dentro de Lisboa, Fátima e Porto, o Papa Bento XVI vai sempre utilizar os seus dois papamóveis. Para conduzi-los a PSP destacou dois experientes profissionais do Corpo de Segurança Pessoal, católicos e casados. Hoje embarcam num 'C-130' da Força Aérea Portuguesa para os ir buscar ao Vaticano
Sob enorme secretismo, dois elementos do Corpo de Segurança Pessoal (CSP) da PSP embarcam esta manhã no Hercules C-130 da Força Aérea Portuguesa em direcção a Roma, mais precisamente ao Estado do Vaticano. Objectivo da missão: trazer para Portugal os dois papamóveis que vão ser utilizados por Bento XVI nas suas deslocações em Lisboa, Fátima e Porto. Enquanto um circula com o Papa, outro ficará de reserva.
Nem a Direcção Nacional da PSP nem o comando da Unidade Especial de Polícia, onde está integrado o CSP, quiseram adiantar qualquer detalhe sobre a viagem. "É norma da polícia não divulgar nenhuma informação sobre qualquer actividade que se relacione com o CSP", justificou ao DN o porta-voz oficial.
No entanto, o DN soube que os dois profissionais vão ficar até amanhã no Vaticano, regressando a Lisboa ao final da tarde, com as duas viaturas. As horas que estiverem em Roma vão ser ocupadas com um treino de condução dos papamóveis, com a supervisão dos homens da segurança do Papa, a Guarda Suíça.
Os dois profissionais do CSP têm já experiência na condução de viaturas, nomeadamente de entidades importantes, e esse foi um dos critérios utilizados na sua escolha. Ao que o DN também apurou, ambos são católicos praticantes e casados pela Igreja. Um está no CSP há cinco anos, outro há sete.
Entre todo o efectivo que está envolvido na segurança de Bento XVI, estes vão ser os que vão estar mais perto do Papa, uma vez que são os guarda-costas da segurança do Vaticano que lhe garantem a linha de protecção mais próxima. O CSP será sempre a segunda linha de protecção.
O C-130 com os papamóveis aterra amanhã à tarde na pista do AT1 da Força Aérea Portuguesa (Figo Maduro) e uma vez retirados da aeronave seguem directamente para a sede da Unidade Especial de Polícia (UEP) da PSP, em Belas. Ficam à responsabilidade do comandante da UEP, intendente Magina da Silva, até ao dia da chegada de Bento XVI.
Nesse dia, 11 de Maio, as duas viaturas saem da UEP. Uma delas segue para o AT1, para ir buscar o Papa, a outra é deslocada, num camião do exército, para o Quartel do Ralis, na Encarnação, onde ficará de reserva.
Em Lisboa, o Papa vai andar no papamóvel em quatro ocasiões (ver trajectos em cima) e estes percursos vão ser alvo de especial atenção da PSP.
Segundo um documento da PSP ontem distribuído numa conferência de imprensa, em 2007, na Praça de S. Pedro, no momento em que o papamóvel passava, um alemão conseguiu saltar uma barricada. Não houve, porém, qualquer repercussão, pois a segurança do Papa agarrou de imediato o indivíduo.
Também em Fátima e no Porto, Bento XVI vai sempre fazer as suas deslocações de papamóvel, não estando previsto que se desloque a pé em nenhuma ocasião. Serão viaturas pesadas do Exército a transportar os papamóveis para estas localidades. No final da visita a Portugal, dia 14, regressam de novo a Lisboa, onde embarcam, de novo, no AT1 para o Vaticano.
Estes papamóveis são o modelo mais recente e seguro adquirido pelo Vaticano. Desde o atentado contra João Paulo II, a 13 de Maio de 1981, que os papamóveis passaram por modificações para garantir a segurança dos seus ocupantes. Além de Bento XVI, segue também o responsável máximo da Igreja da cidade visitada.
In DN
por VALENTINA MARCELINO
Hoje
Enquanto estiver em Portugal, nas suas deslocações dentro de Lisboa, Fátima e Porto, o Papa Bento XVI vai sempre utilizar os seus dois papamóveis. Para conduzi-los a PSP destacou dois experientes profissionais do Corpo de Segurança Pessoal, católicos e casados. Hoje embarcam num 'C-130' da Força Aérea Portuguesa para os ir buscar ao Vaticano
Sob enorme secretismo, dois elementos do Corpo de Segurança Pessoal (CSP) da PSP embarcam esta manhã no Hercules C-130 da Força Aérea Portuguesa em direcção a Roma, mais precisamente ao Estado do Vaticano. Objectivo da missão: trazer para Portugal os dois papamóveis que vão ser utilizados por Bento XVI nas suas deslocações em Lisboa, Fátima e Porto. Enquanto um circula com o Papa, outro ficará de reserva.
Nem a Direcção Nacional da PSP nem o comando da Unidade Especial de Polícia, onde está integrado o CSP, quiseram adiantar qualquer detalhe sobre a viagem. "É norma da polícia não divulgar nenhuma informação sobre qualquer actividade que se relacione com o CSP", justificou ao DN o porta-voz oficial.
No entanto, o DN soube que os dois profissionais vão ficar até amanhã no Vaticano, regressando a Lisboa ao final da tarde, com as duas viaturas. As horas que estiverem em Roma vão ser ocupadas com um treino de condução dos papamóveis, com a supervisão dos homens da segurança do Papa, a Guarda Suíça.
Os dois profissionais do CSP têm já experiência na condução de viaturas, nomeadamente de entidades importantes, e esse foi um dos critérios utilizados na sua escolha. Ao que o DN também apurou, ambos são católicos praticantes e casados pela Igreja. Um está no CSP há cinco anos, outro há sete.
Entre todo o efectivo que está envolvido na segurança de Bento XVI, estes vão ser os que vão estar mais perto do Papa, uma vez que são os guarda-costas da segurança do Vaticano que lhe garantem a linha de protecção mais próxima. O CSP será sempre a segunda linha de protecção.
O C-130 com os papamóveis aterra amanhã à tarde na pista do AT1 da Força Aérea Portuguesa (Figo Maduro) e uma vez retirados da aeronave seguem directamente para a sede da Unidade Especial de Polícia (UEP) da PSP, em Belas. Ficam à responsabilidade do comandante da UEP, intendente Magina da Silva, até ao dia da chegada de Bento XVI.
Nesse dia, 11 de Maio, as duas viaturas saem da UEP. Uma delas segue para o AT1, para ir buscar o Papa, a outra é deslocada, num camião do exército, para o Quartel do Ralis, na Encarnação, onde ficará de reserva.
Em Lisboa, o Papa vai andar no papamóvel em quatro ocasiões (ver trajectos em cima) e estes percursos vão ser alvo de especial atenção da PSP.
Segundo um documento da PSP ontem distribuído numa conferência de imprensa, em 2007, na Praça de S. Pedro, no momento em que o papamóvel passava, um alemão conseguiu saltar uma barricada. Não houve, porém, qualquer repercussão, pois a segurança do Papa agarrou de imediato o indivíduo.
Também em Fátima e no Porto, Bento XVI vai sempre fazer as suas deslocações de papamóvel, não estando previsto que se desloque a pé em nenhuma ocasião. Serão viaturas pesadas do Exército a transportar os papamóveis para estas localidades. No final da visita a Portugal, dia 14, regressam de novo a Lisboa, onde embarcam, de novo, no AT1 para o Vaticano.
Estes papamóveis são o modelo mais recente e seguro adquirido pelo Vaticano. Desde o atentado contra João Paulo II, a 13 de Maio de 1981, que os papamóveis passaram por modificações para garantir a segurança dos seus ocupantes. Além de Bento XVI, segue também o responsável máximo da Igreja da cidade visitada.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Papa "muito feliz" com visita envia saudação a Portugal
Papa "muito feliz" com visita envia saudação a Portugal
por Lusa
Hoje
O papa Bento XVI enviou hoje uma saudação ao "querido povo de Portugal", confessando-se "muito feliz" por poder visitar o país, entre 11 e 14 de maio.
"A todos, sem excluir ninguém, saúdo cordialmente. Até breve, em Lisboa, Fátima e Porto", disse o papa, em português, durante a audiência semanal das quartas feiras, no Vaticano.
"Sinto-me muito feliz por poder visitar as "Terras de Santa Maria", no décimo aniversário da beatificação dos pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto", afirmou.
Segundo Bento XVI, Portugal é um "país com uma história muito ligada ao papa, bispo de Roma".
"Para lá partirei na próxima terça feira, aceitando o convite que me foi feito pelo senhor Presidente da República e pela Conferência Episcopal Portuguesa", anunciou o papa aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
Bento XVI é o terceiro papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI em 1967 e João Paulo II, em 1982, 1991 e 2000.
O papa visita Portugal entre 11 e 14 de maio, passando por Lisboa, Fátima e Porto.
In DN
por Lusa
Hoje
O papa Bento XVI enviou hoje uma saudação ao "querido povo de Portugal", confessando-se "muito feliz" por poder visitar o país, entre 11 e 14 de maio.
"A todos, sem excluir ninguém, saúdo cordialmente. Até breve, em Lisboa, Fátima e Porto", disse o papa, em português, durante a audiência semanal das quartas feiras, no Vaticano.
"Sinto-me muito feliz por poder visitar as "Terras de Santa Maria", no décimo aniversário da beatificação dos pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto", afirmou.
Segundo Bento XVI, Portugal é um "país com uma história muito ligada ao papa, bispo de Roma".
"Para lá partirei na próxima terça feira, aceitando o convite que me foi feito pelo senhor Presidente da República e pela Conferência Episcopal Portuguesa", anunciou o papa aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
Bento XVI é o terceiro papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI em 1967 e João Paulo II, em 1982, 1991 e 2000.
O papa visita Portugal entre 11 e 14 de maio, passando por Lisboa, Fátima e Porto.
In DN
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Peregrinos do mundo... a caminho de Fátima
Peregrinos do mundo... a caminho de Fátima
por PAULA CARMO, PATRÍCIA JESUS
Hoje
Vêm dos quatro cantos do planeta para adorar a mãe de Cristo no santuário que João Paulo II disse ser "o altar do mundo".
O DN falou com peregrinos do Haiti, da Polónia, dos EUA e até com visitantes de outras confissões. E acompanhou aqueles que já se puseram a caminho e os 'anjos' que os ajudam. Falam de fé e de uma experiência inigualável, que os faz regressar ano após ano. Com a visita do Papa Bento XVI, as expectativas são altas
"O meu coração ficou em Fátima." É assim que a haitiana Gauthie Pierre explica o que a faz voltar a Portugal. Desta vez vem com outros 22 peregrinos haitianos, já na próxima terça-feira. Para trás, por uns dias, fica Port-au-Prince, uma cidade em reconstrução depois do terramoto que matou mais de 230 mil pessoas, em Janeiro passado. Mas tudo se eclipsa perante a expectativa de voltar ao local onde deixou o coração.
E este ano vem rezar pelos que morreram, incluindo seis familiares, mas sobretudo pelos que lutam pela sobrevivência. "A nossa única esperança é a nossa fé. Perdemos tudo, as nossas casas, as nossas roupas. Mas precisamos de fé mais do que qualquer outra coisa. Mais do que roupa ou de comida. Precisamos de fé e de oração", diz.
Fé é, aliás, a palavra que mais se ouve da boca dos peregrinos que percorrem milhares de quilómetros para visitar o santuário. Este 13 de Maio virão grupos de pelo menos 29 nações diferentes: da vizinha Espanha a países nos antípodas como a Austrália. Para quem vem do outro lado do oceano, o avião substitui as caminhadas a pé, mas os sacrifícios também são grandes. Mas não é disso que falam quando falam de Fátima.
"A fé do povo português impressiona-me muito. Mal posso esperar para estar em Fátima", explica Gauthie com um tom de admiração a cobrir o seu inglês com sotaque das Caraíbas. O Haiti também é um país fortemente católico, reconhece, mas para Gauthie nada se compara à fé que encontrou em Fátima. "Costumo dizer à minha irmã que se sentimos a nossa fé a esmorecer só precisamos de ir a Fátima."
E só lhe faltam palavras quando lhe pedimos para descrever o que se sente. "Não é possível descrever o que sentimos, mesmo em Fevereiro, quando não está quase ninguém", responde. Aliás, esta peregrinação começou a ser planeada há quase um ano, antes de se saber da visita do Papa. "Vai ser uma confusão, mas é mais uma bênção", diz a assistente social que nunca esteve perto do Papa nos seus 47 anos de vida. "Só na TV", acrescenta, entre risos.
Ercília Pereira, de 48 anos, já viu o Papa Bento XVI ao vivo e a cores. E não precisou de viajar muito. Teve apenas de ir de Newark, onde vive, até Washington, para a missa que o Sumo Pontífice celebrou na cidade, em 2008. "Foi lindo, magical", diz a emigrante portuguesa, recorrendo à língua adoptada.
Mas vem a Portugal para ver o Papa uma segunda vez porque não duvida de que "este ano, em Fátima, vai acontecer qualquer coisa de especial, um grande milagre". "Um grande milagre", insiste, capaz de levar milhões a "redescobrir a fé católica". Foi essa redescoberta que lhe salvou a vida, conta.
Saiu de Anadia para os Estados Unidos há duas décadas e numa vida "feita de contradições" teve momentos de desespero em que foi "salva por Deus e pela Virgem". Um silêncio longo antecede a confissão que esses momentos complicados até a levaram a tentar o suicídio. "Mas agora compreendi que é Deus que faz a minha história, não sou eu, e a minha vida mudou", termina.
Em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, percorrendo o caminho que o Papa vai fazer esta semana quando visitar Lisboa, não mostra os sinais do cansaço que seriam normais depois de uma viagem de avião de sete horas e de uma noite sem dormir. "Estamos tão felizes, tão excitados, que nem conseguimos dormir", conta, com o marido a confirmar com a cabeça. Apesar de ficar mais calado, é claro que António partilha o entusiasmo da mulher com quem se casou há 33 anos e que lhe deu cinco filhos.
Da Paróquia de São Bento de Newark vieram outros 14 peregrinos. Entre eles, o padre Manoel Jackson, um brasileiro há 12 anos nos Estados Unidos. Foi ele que lançou o desafio aos seus paroquianos. "Viemos porque temos um coração agradecido", diz, falando por todos. "Pessoalmente, no caminho em que estava, nem vivo estaria", conclui.
Da terra do papa João Paulo II, a Polónia, vem Justyna Janecka. Psicóloga de profissão, também já perdeu a conta às vezes que veio a Fátima: "Oito, nove, talvez dez." Na próxima terça-feira vai acordar cedo, meter-se no carro até Varsóvia e apanhar o avião para Lisboa. Depois segue de autocarro até ao santuário.
Apesar de só depois "da abertura da Polónia ao mundo, com a queda da Cortina de Ferro", ter podido visitar os locais da sua fé, Justyna tem "a impressão de ter estado em peregrinação toda a vida". E Fátima tem um lugar especial no seu coração. "É realmente um lugar de graça para mim", diz. Tal como era para João Paulo II - "o maior e melhor polaco que já viveu". "Ele é o meu exemplo e quero, como ele, dizer a Maria 'Totus tuus', 'sou toda tua'", conclui.
Mas o Papa Bento XVI é também um exemplo de amor, ressalva. E é também o "seu Papa". Por isso, este ano, a peregrinação a Fátima terá uma importância reforçada. Foi aliás por causa da viagem a Roma, quando morreu João Paulo II, que reencontrou Jolanda Potempa, uma antiga amiga que agora organiza peregrinações a Fátima. Desta vez, Jolanda vai trazer 45 pessoas, mais do que o costume devido à presença de Bento XVI.
Mas não há só peregrinos católicos a caminho de Fátima. O padre anglicano Malcolm Gray vem de Londres com dois bispos, 15 padres e 15 leigos, todos da confissão anglicana. E nas malas traz um cheque de 2500 euros para a Comunidade Vida e Paz e para a sua obra de recuperação de toxicodependentes às portas de Fátima. Donativos recolhidos pela associação Ecumenical Friends of Fatima, que dirige.
A sua relação com o santuário nasceu em 1985 quando assistiu à celebração do 13 de Maio. Foi sobretudo a curiosidade que o levou até lá. "Era um visitante entre os milhares de peregrinos", admite. A celebração deixou-lhe uma impressão tão duradoura que desde então todos os anos volta, às vezes mais do que uma vez. E foi trazendo outros anglicanos. "Somo sempre bem recebidos pelo santuário", explica. E lembra que Fátima é um altar global porque atrai pessoas de todos os cantos do mundo.
Dormir em cima do palco: "Porque não? Até é giro!" Improvisar um quarto numa garagem alheia: "É um benemérito que nos abre a porta de casa. Fantástico, não é?" Procurar bombeiros que têm centenas de colchões, a pensar no sono dos peregrinos: "Fazemos o nosso melhor. O nosso quartel é também deles."
É uma rede de ajuda anónima, sem olhar aos ponteiros do relógio. Até aqui escutámos o testemunho de dois peregrinos, Miguel e António, e um presidente de uma corporação de bombeiros, Augusto Fresco. Iremos ouvi-los, de novo, mais à frente. Até lá, continuamos a palmilhar histórias de partilha, de sofrimento e de entreajuda.
Passa-se a palavra. Ninguém fica sem protecção. O segredo desta solidariedade é desvendado ao longo da berma da estrada, sobretudo para quem faz tantos quilómetros em nome da fé. "Sentimos um acolhimento muito grande e uma paz interior gratificante quando nos estendem ajuda. Fazer o caminho a pé a Fátima é duro, mas muito bom." Esta é a voz de António Manuel Henriques, de 59 anos, da paróquia de Carnide (Lisboa), que vai na nona peregrinação à Cova de Iria. Mais à frente, haveremos de conversar com ele à hora de almoço.
Em vários pontos do mapa continental, enquanto se avoluma o formigueiro de peregrinos de coletes fluorescentes, há gestos que atenuam o cansaço e dão uma sensação de segurança enquanto estão eles fora de casa: "Sem as pessoas que nos dão abrigo, esta caminhada seria impossível", assume Miguel Jarimba, quando se preparava para dormir no palco da Associação Recreativa e Cultural da Freguesia de Almoster (Santarém). Ali, mesmo ao lado do secular Mosteiro de Santa Maria de Almoster, chegam a estar centenas de pessoas em regime de pensão solidária: "Vão tomar banho ao campo de futebol, dormem na sede da associação", diz José Brito, polícia de profissão e actual presidente daquela associação.
Encontramos Miguel, em Almoster, ao fim de mais um dia de caminhada. Está com um grupo de 34 pessoas de Algés, da Equipa d' África, uma Organização não Governamental de Desenvolvimento. Miguel assinala a boa-vontade em cada povoação. "Sem este apoio, não fazíamos nada. Aqui, vem o padeiro logo de manhã. Em Alcanede, por exemplo, ficámos no ginásio da Escola Básica 2,3. Telefonámos ao padeiro. Voluntários mais velhos ou os nossos familiares trazem-nos as refeições." Miguel dá vários sentidos para esta caminhada, uma delas, uma espécie de pré-estágio para vários jovens para integrar uma missão em Moçambique. Com este grupo, viaja, também, a Imagem da Mãe peregrina.
Para quem faz o caminho de sul para norte, há quem faça uma paragem no Carregado (Alenquer), mais precisamente no Centro Social Paroquial. O sótão foi delineado a pensar nos peregrinos. "O sótão tem beliches e casa de banho, quando nos é solicitado também fornecemos jantar e pequeno- -almoço", revela Vítor Pedro, da direcção deste centro. Há quase sempre um contacto telefónico prévio porque a maioria das pessoas traça o programa da caminhada com antecedência, acrescenta. "Estamos na fronteira entre o Algarve e o Porto, esta confluência de caminhos, traz muita gente ao Carregado", assinala Vítor Pedro. Muitos assistem à missa, na igreja ao lado. No templo, transposta a porta principal, surge um aviso com os sinais dos tempos: "Cristo comunica pelo Evangelho, não por telemóvel. Desligue o seu."
Voltamos à estrada. À hora de almoço, alguns usam o parque de merendas, ali ao lado de antigas instalações da direcção de estradas de Santarém. Com os "votos de silêncio, sacrifício e solidariedade", eis o grupo de seis pessoas liderado por António Manuel Henriques, paróquia de Carnide (Lisboa). "Vamos a Fátima para agradecer o que a vida nos tem proporcionado", diz. E destaca, nesta experiência de fé, o acolhimento do senhor Cândido, em Vila Nova da Rainha (Azambuja). Tomámos então a Estrada Nacional 3 para conhecer este benemérito. Cândido Alves Silva, de 62 anos, dá o que tem. Da garagem, retira as viaturas para que dezenas e dezenas de pessoas possam aí pernoitar. Uma casa de banho junto ao quintal é transformada em balneário. "Não peço nada a ninguém, mas as pessoas quotizam-se para ajudar a pagar a água e o gás. Há tanta a gente a ficar aqui que, às vezes, se torna complicado."
De novo na estrada. Agiganta-se o número de coletes amarelos. Ouvem-se buzinadelas estridentes. Intensas. Os peregrinos acenam, agradecendo. "Estamos com este colete e recebemos gestos de carinho. Estas buzinas também são uma forma de acolhimento", conta António Manuel Henriques. Mais à frente, colados à berma da Estrada Nacional 3, um enorme grupo da Amadora segue as instruções do guia Carlos Feio, de 41 anos. Voltam a soar as buzinas. "Há muita gente que nos deseja boa viagem, para dormir e comer, contamos com a ajuda de centros sociais, Cruz Vermelha e bombeiros."
Alcanena: os bombeiros municipais dão dormidas e massagens. Também, ali, o Centro Paroquial 2000 abre as portas. Servem- -se jantares para quase 400 pessoas em dias de maior afluência, e a autarquia autoriza banhos nas piscinas do município. "Os que almoçam aqui vão depois dormir a Minde", diz Maria Luísa Rita, de 62 anos, responsável pelo centro. Estes dias, deixa a costura, e, com mais voluntárias, cozinha-se para milhares de pessoas.
Minde. Faltam 20 quilómetros até Fátima. Etapa dura. Cumpre-se uma subida íngreme, o caminho já pesa no corpo macerado de cansaço. Os bombeiros voluntários mudam a rotina: "Já comprámos 350 colchões ...", diz António Fresco, líder da direcção. Também o Exército fornece colchões. "Montámos um 'hospital de campanha' e temos equipas do dr. Shiatsu com 25 massagistas."
Cumpre-se, por fim, a viagem. À exaustão do corpo, respondem todos com rejuvenescimento da fé. Muitos prometem voltar.
In DN
por PAULA CARMO, PATRÍCIA JESUS
Hoje
Vêm dos quatro cantos do planeta para adorar a mãe de Cristo no santuário que João Paulo II disse ser "o altar do mundo".
O DN falou com peregrinos do Haiti, da Polónia, dos EUA e até com visitantes de outras confissões. E acompanhou aqueles que já se puseram a caminho e os 'anjos' que os ajudam. Falam de fé e de uma experiência inigualável, que os faz regressar ano após ano. Com a visita do Papa Bento XVI, as expectativas são altas
"O meu coração ficou em Fátima." É assim que a haitiana Gauthie Pierre explica o que a faz voltar a Portugal. Desta vez vem com outros 22 peregrinos haitianos, já na próxima terça-feira. Para trás, por uns dias, fica Port-au-Prince, uma cidade em reconstrução depois do terramoto que matou mais de 230 mil pessoas, em Janeiro passado. Mas tudo se eclipsa perante a expectativa de voltar ao local onde deixou o coração.
E este ano vem rezar pelos que morreram, incluindo seis familiares, mas sobretudo pelos que lutam pela sobrevivência. "A nossa única esperança é a nossa fé. Perdemos tudo, as nossas casas, as nossas roupas. Mas precisamos de fé mais do que qualquer outra coisa. Mais do que roupa ou de comida. Precisamos de fé e de oração", diz.
Fé é, aliás, a palavra que mais se ouve da boca dos peregrinos que percorrem milhares de quilómetros para visitar o santuário. Este 13 de Maio virão grupos de pelo menos 29 nações diferentes: da vizinha Espanha a países nos antípodas como a Austrália. Para quem vem do outro lado do oceano, o avião substitui as caminhadas a pé, mas os sacrifícios também são grandes. Mas não é disso que falam quando falam de Fátima.
"A fé do povo português impressiona-me muito. Mal posso esperar para estar em Fátima", explica Gauthie com um tom de admiração a cobrir o seu inglês com sotaque das Caraíbas. O Haiti também é um país fortemente católico, reconhece, mas para Gauthie nada se compara à fé que encontrou em Fátima. "Costumo dizer à minha irmã que se sentimos a nossa fé a esmorecer só precisamos de ir a Fátima."
E só lhe faltam palavras quando lhe pedimos para descrever o que se sente. "Não é possível descrever o que sentimos, mesmo em Fevereiro, quando não está quase ninguém", responde. Aliás, esta peregrinação começou a ser planeada há quase um ano, antes de se saber da visita do Papa. "Vai ser uma confusão, mas é mais uma bênção", diz a assistente social que nunca esteve perto do Papa nos seus 47 anos de vida. "Só na TV", acrescenta, entre risos.
Ercília Pereira, de 48 anos, já viu o Papa Bento XVI ao vivo e a cores. E não precisou de viajar muito. Teve apenas de ir de Newark, onde vive, até Washington, para a missa que o Sumo Pontífice celebrou na cidade, em 2008. "Foi lindo, magical", diz a emigrante portuguesa, recorrendo à língua adoptada.
Mas vem a Portugal para ver o Papa uma segunda vez porque não duvida de que "este ano, em Fátima, vai acontecer qualquer coisa de especial, um grande milagre". "Um grande milagre", insiste, capaz de levar milhões a "redescobrir a fé católica". Foi essa redescoberta que lhe salvou a vida, conta.
Saiu de Anadia para os Estados Unidos há duas décadas e numa vida "feita de contradições" teve momentos de desespero em que foi "salva por Deus e pela Virgem". Um silêncio longo antecede a confissão que esses momentos complicados até a levaram a tentar o suicídio. "Mas agora compreendi que é Deus que faz a minha história, não sou eu, e a minha vida mudou", termina.
Em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, percorrendo o caminho que o Papa vai fazer esta semana quando visitar Lisboa, não mostra os sinais do cansaço que seriam normais depois de uma viagem de avião de sete horas e de uma noite sem dormir. "Estamos tão felizes, tão excitados, que nem conseguimos dormir", conta, com o marido a confirmar com a cabeça. Apesar de ficar mais calado, é claro que António partilha o entusiasmo da mulher com quem se casou há 33 anos e que lhe deu cinco filhos.
Da Paróquia de São Bento de Newark vieram outros 14 peregrinos. Entre eles, o padre Manoel Jackson, um brasileiro há 12 anos nos Estados Unidos. Foi ele que lançou o desafio aos seus paroquianos. "Viemos porque temos um coração agradecido", diz, falando por todos. "Pessoalmente, no caminho em que estava, nem vivo estaria", conclui.
Da terra do papa João Paulo II, a Polónia, vem Justyna Janecka. Psicóloga de profissão, também já perdeu a conta às vezes que veio a Fátima: "Oito, nove, talvez dez." Na próxima terça-feira vai acordar cedo, meter-se no carro até Varsóvia e apanhar o avião para Lisboa. Depois segue de autocarro até ao santuário.
Apesar de só depois "da abertura da Polónia ao mundo, com a queda da Cortina de Ferro", ter podido visitar os locais da sua fé, Justyna tem "a impressão de ter estado em peregrinação toda a vida". E Fátima tem um lugar especial no seu coração. "É realmente um lugar de graça para mim", diz. Tal como era para João Paulo II - "o maior e melhor polaco que já viveu". "Ele é o meu exemplo e quero, como ele, dizer a Maria 'Totus tuus', 'sou toda tua'", conclui.
Mas o Papa Bento XVI é também um exemplo de amor, ressalva. E é também o "seu Papa". Por isso, este ano, a peregrinação a Fátima terá uma importância reforçada. Foi aliás por causa da viagem a Roma, quando morreu João Paulo II, que reencontrou Jolanda Potempa, uma antiga amiga que agora organiza peregrinações a Fátima. Desta vez, Jolanda vai trazer 45 pessoas, mais do que o costume devido à presença de Bento XVI.
Mas não há só peregrinos católicos a caminho de Fátima. O padre anglicano Malcolm Gray vem de Londres com dois bispos, 15 padres e 15 leigos, todos da confissão anglicana. E nas malas traz um cheque de 2500 euros para a Comunidade Vida e Paz e para a sua obra de recuperação de toxicodependentes às portas de Fátima. Donativos recolhidos pela associação Ecumenical Friends of Fatima, que dirige.
A sua relação com o santuário nasceu em 1985 quando assistiu à celebração do 13 de Maio. Foi sobretudo a curiosidade que o levou até lá. "Era um visitante entre os milhares de peregrinos", admite. A celebração deixou-lhe uma impressão tão duradoura que desde então todos os anos volta, às vezes mais do que uma vez. E foi trazendo outros anglicanos. "Somo sempre bem recebidos pelo santuário", explica. E lembra que Fátima é um altar global porque atrai pessoas de todos os cantos do mundo.
Dormir em cima do palco: "Porque não? Até é giro!" Improvisar um quarto numa garagem alheia: "É um benemérito que nos abre a porta de casa. Fantástico, não é?" Procurar bombeiros que têm centenas de colchões, a pensar no sono dos peregrinos: "Fazemos o nosso melhor. O nosso quartel é também deles."
É uma rede de ajuda anónima, sem olhar aos ponteiros do relógio. Até aqui escutámos o testemunho de dois peregrinos, Miguel e António, e um presidente de uma corporação de bombeiros, Augusto Fresco. Iremos ouvi-los, de novo, mais à frente. Até lá, continuamos a palmilhar histórias de partilha, de sofrimento e de entreajuda.
Passa-se a palavra. Ninguém fica sem protecção. O segredo desta solidariedade é desvendado ao longo da berma da estrada, sobretudo para quem faz tantos quilómetros em nome da fé. "Sentimos um acolhimento muito grande e uma paz interior gratificante quando nos estendem ajuda. Fazer o caminho a pé a Fátima é duro, mas muito bom." Esta é a voz de António Manuel Henriques, de 59 anos, da paróquia de Carnide (Lisboa), que vai na nona peregrinação à Cova de Iria. Mais à frente, haveremos de conversar com ele à hora de almoço.
Em vários pontos do mapa continental, enquanto se avoluma o formigueiro de peregrinos de coletes fluorescentes, há gestos que atenuam o cansaço e dão uma sensação de segurança enquanto estão eles fora de casa: "Sem as pessoas que nos dão abrigo, esta caminhada seria impossível", assume Miguel Jarimba, quando se preparava para dormir no palco da Associação Recreativa e Cultural da Freguesia de Almoster (Santarém). Ali, mesmo ao lado do secular Mosteiro de Santa Maria de Almoster, chegam a estar centenas de pessoas em regime de pensão solidária: "Vão tomar banho ao campo de futebol, dormem na sede da associação", diz José Brito, polícia de profissão e actual presidente daquela associação.
Encontramos Miguel, em Almoster, ao fim de mais um dia de caminhada. Está com um grupo de 34 pessoas de Algés, da Equipa d' África, uma Organização não Governamental de Desenvolvimento. Miguel assinala a boa-vontade em cada povoação. "Sem este apoio, não fazíamos nada. Aqui, vem o padeiro logo de manhã. Em Alcanede, por exemplo, ficámos no ginásio da Escola Básica 2,3. Telefonámos ao padeiro. Voluntários mais velhos ou os nossos familiares trazem-nos as refeições." Miguel dá vários sentidos para esta caminhada, uma delas, uma espécie de pré-estágio para vários jovens para integrar uma missão em Moçambique. Com este grupo, viaja, também, a Imagem da Mãe peregrina.
Para quem faz o caminho de sul para norte, há quem faça uma paragem no Carregado (Alenquer), mais precisamente no Centro Social Paroquial. O sótão foi delineado a pensar nos peregrinos. "O sótão tem beliches e casa de banho, quando nos é solicitado também fornecemos jantar e pequeno- -almoço", revela Vítor Pedro, da direcção deste centro. Há quase sempre um contacto telefónico prévio porque a maioria das pessoas traça o programa da caminhada com antecedência, acrescenta. "Estamos na fronteira entre o Algarve e o Porto, esta confluência de caminhos, traz muita gente ao Carregado", assinala Vítor Pedro. Muitos assistem à missa, na igreja ao lado. No templo, transposta a porta principal, surge um aviso com os sinais dos tempos: "Cristo comunica pelo Evangelho, não por telemóvel. Desligue o seu."
Voltamos à estrada. À hora de almoço, alguns usam o parque de merendas, ali ao lado de antigas instalações da direcção de estradas de Santarém. Com os "votos de silêncio, sacrifício e solidariedade", eis o grupo de seis pessoas liderado por António Manuel Henriques, paróquia de Carnide (Lisboa). "Vamos a Fátima para agradecer o que a vida nos tem proporcionado", diz. E destaca, nesta experiência de fé, o acolhimento do senhor Cândido, em Vila Nova da Rainha (Azambuja). Tomámos então a Estrada Nacional 3 para conhecer este benemérito. Cândido Alves Silva, de 62 anos, dá o que tem. Da garagem, retira as viaturas para que dezenas e dezenas de pessoas possam aí pernoitar. Uma casa de banho junto ao quintal é transformada em balneário. "Não peço nada a ninguém, mas as pessoas quotizam-se para ajudar a pagar a água e o gás. Há tanta a gente a ficar aqui que, às vezes, se torna complicado."
De novo na estrada. Agiganta-se o número de coletes amarelos. Ouvem-se buzinadelas estridentes. Intensas. Os peregrinos acenam, agradecendo. "Estamos com este colete e recebemos gestos de carinho. Estas buzinas também são uma forma de acolhimento", conta António Manuel Henriques. Mais à frente, colados à berma da Estrada Nacional 3, um enorme grupo da Amadora segue as instruções do guia Carlos Feio, de 41 anos. Voltam a soar as buzinas. "Há muita gente que nos deseja boa viagem, para dormir e comer, contamos com a ajuda de centros sociais, Cruz Vermelha e bombeiros."
Alcanena: os bombeiros municipais dão dormidas e massagens. Também, ali, o Centro Paroquial 2000 abre as portas. Servem- -se jantares para quase 400 pessoas em dias de maior afluência, e a autarquia autoriza banhos nas piscinas do município. "Os que almoçam aqui vão depois dormir a Minde", diz Maria Luísa Rita, de 62 anos, responsável pelo centro. Estes dias, deixa a costura, e, com mais voluntárias, cozinha-se para milhares de pessoas.
Minde. Faltam 20 quilómetros até Fátima. Etapa dura. Cumpre-se uma subida íngreme, o caminho já pesa no corpo macerado de cansaço. Os bombeiros voluntários mudam a rotina: "Já comprámos 350 colchões ...", diz António Fresco, líder da direcção. Também o Exército fornece colchões. "Montámos um 'hospital de campanha' e temos equipas do dr. Shiatsu com 25 massagistas."
Cumpre-se, por fim, a viagem. À exaustão do corpo, respondem todos com rejuvenescimento da fé. Muitos prometem voltar.
In DN
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Sapato gigante para lembrar que "O papa veste Prada"
Sapato gigante para lembrar que "O papa veste Prada"
por Ana Leiria, agência Lusa
Hoje
Um sapato gigante e vermelho igual ao de Bento XVI irá desfilar pelas ruas de Lisboa em cima de um automóvel. Uma sátira visual de uma artista portuguesa, a lembrar que "O papa veste Prada"
Catarina Pestana, directora da empresa de comunicação DASEIN, pegou na ideia do filme "O diabo veste Prada" e substituiu o demónio pelo papa, mas manteve a marca de roupa italiana, porque Bento XVI veste-a mesmo, ou pelo menos calça-a.
Este "trocadilho" é a ideia subjacente à peça de design que criou e que desfilará nas ruas de Lisboa por altura da visita do papa: uma réplica "em grandes dimensões do sapato vermelho Prada do pé esquerdo de Bento XVI, sobre uma base preta a aludir aos andores nas procissões".
O papa estará em Lisboa na terça e quarta feira, seguindo depois para Fátima.
Nas faces laterais da estrutura que suporta o sapato poderá ler-se a inscrição "O papa veste Prada", em letras vermelhas e brancas. A mesma frase vai cobrir o automóvel branco que transportará a peça pelas ruas de Lisboa.
Colocado sobre o tejadilho, o sapato terá a largura do automóvel, 70 centímetros de altura e mais de um metro de comprimento.
"É uma iniciativa de liberdade de expressão artística", explica Catarina Pestana.
"A Igreja tem uma riqueza descomunal, há uma enorme diferença ao nível dos estratos sociais, e parece que isso é um valor adquirido. Tanta gente que diz que o papa veste Prada, mas ninguém faz nada. Temos o direito de comunicar o que pensamos", defende.
Contudo, salienta que a peça que criou não é política, nem pretende ser uma "crítica directa", apenas se aproveita da vinda do papa e de um assunto que é público - os acessórios, a roupa e os sapatos que o papa usa - e resume todo esse conteúdo numa única peça com dimensões grandes a ser apresentada ao público.
A artista reconhece que a peça pode ser controversa, mas apesar de sentir algum receio, não será a primeira vez que um trabalho seu é alvo de polémica.
Em Setembro do ano passado, Catarina Pestana viu uma peça de design da sua autoria impedida de participar numa exposição da Bienal ExperimentaDesign por incluir um vibrador.
"Evidentemente que é um apontamento que faz parte da linguagem que utilizo, uma linguagem satírica", afirma, reconhecendo ter-se sentido influenciada por Bordalo Pinheiro.
"Estou a participar na celebração dos 125 anos da Fábrica Bordalo Pinheiro e das inúmeras vezes que fui às Caldas da Rainha e à fabrica senti-me contaminada por uma linguagem bordaliana que apela muito ao sentido crítico contextual de quaisquer assuntos que tenham a ver com a nossa sociedade".
Oportuna é também a prevista inauguração de uma loja Prada em Lisboa, mas Catarina Pestana assegura que esta iniciativa nada tem que ver com a abertura da loja.
A designer tem estado a assegurar-se de que todos os seus procedimentos são legais, quer em termos de desfile pelas ruas, quer em termos de salvaguarda relativamente a eventuais problemas levantados pela marca.
"Não quero que o meu trabalho seja entendido como uma crítica à marca, porque não é", afirmou.
O gigante sapato do papa começará a desfilar por Lisboa na segunda feira e possivelmente nos percursos autorizados durante toda a terça feira.
In DN
por Ana Leiria, agência Lusa
Hoje
Um sapato gigante e vermelho igual ao de Bento XVI irá desfilar pelas ruas de Lisboa em cima de um automóvel. Uma sátira visual de uma artista portuguesa, a lembrar que "O papa veste Prada"
Catarina Pestana, directora da empresa de comunicação DASEIN, pegou na ideia do filme "O diabo veste Prada" e substituiu o demónio pelo papa, mas manteve a marca de roupa italiana, porque Bento XVI veste-a mesmo, ou pelo menos calça-a.
Este "trocadilho" é a ideia subjacente à peça de design que criou e que desfilará nas ruas de Lisboa por altura da visita do papa: uma réplica "em grandes dimensões do sapato vermelho Prada do pé esquerdo de Bento XVI, sobre uma base preta a aludir aos andores nas procissões".
O papa estará em Lisboa na terça e quarta feira, seguindo depois para Fátima.
Nas faces laterais da estrutura que suporta o sapato poderá ler-se a inscrição "O papa veste Prada", em letras vermelhas e brancas. A mesma frase vai cobrir o automóvel branco que transportará a peça pelas ruas de Lisboa.
Colocado sobre o tejadilho, o sapato terá a largura do automóvel, 70 centímetros de altura e mais de um metro de comprimento.
"É uma iniciativa de liberdade de expressão artística", explica Catarina Pestana.
"A Igreja tem uma riqueza descomunal, há uma enorme diferença ao nível dos estratos sociais, e parece que isso é um valor adquirido. Tanta gente que diz que o papa veste Prada, mas ninguém faz nada. Temos o direito de comunicar o que pensamos", defende.
Contudo, salienta que a peça que criou não é política, nem pretende ser uma "crítica directa", apenas se aproveita da vinda do papa e de um assunto que é público - os acessórios, a roupa e os sapatos que o papa usa - e resume todo esse conteúdo numa única peça com dimensões grandes a ser apresentada ao público.
A artista reconhece que a peça pode ser controversa, mas apesar de sentir algum receio, não será a primeira vez que um trabalho seu é alvo de polémica.
Em Setembro do ano passado, Catarina Pestana viu uma peça de design da sua autoria impedida de participar numa exposição da Bienal ExperimentaDesign por incluir um vibrador.
"Evidentemente que é um apontamento que faz parte da linguagem que utilizo, uma linguagem satírica", afirma, reconhecendo ter-se sentido influenciada por Bordalo Pinheiro.
"Estou a participar na celebração dos 125 anos da Fábrica Bordalo Pinheiro e das inúmeras vezes que fui às Caldas da Rainha e à fabrica senti-me contaminada por uma linguagem bordaliana que apela muito ao sentido crítico contextual de quaisquer assuntos que tenham a ver com a nossa sociedade".
Oportuna é também a prevista inauguração de uma loja Prada em Lisboa, mas Catarina Pestana assegura que esta iniciativa nada tem que ver com a abertura da loja.
A designer tem estado a assegurar-se de que todos os seus procedimentos são legais, quer em termos de desfile pelas ruas, quer em termos de salvaguarda relativamente a eventuais problemas levantados pela marca.
"Não quero que o meu trabalho seja entendido como uma crítica à marca, porque não é", afirmou.
O gigante sapato do papa começará a desfilar por Lisboa na segunda feira e possivelmente nos percursos autorizados durante toda a terça feira.
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Especial - Bento XVI em Portugal
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http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1558517
In DN
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Um especial DN sobre a visita de Bento XVI a Portugal
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Ver aqui
In DN
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Papa diz que visita a Portugal foi "inesquecível"
Papa diz que visita a Portugal foi "inesquecível"
por RITA CARVALHO
Hoje
Bento XVI considera viagem "uma experiência tocante e rica de dons espirituais"
Bento XVI classificou ontem de "inesquecível" a sua recente viagem a Portugal. Na audiência semanal de quarta-feira, o Papa disse ainda que a peregrinação de quatro dias ao nosso país foi "uma experiência tocante e rica de muitos dons espirituais".
"Agradeço a Deus, que me deu a possibilidade de prestar homenagem àquele povo, à sua longa e gloriosa história de fé e de testemunho cristão", disse Bento XVI na Praça de São Pedro, na primeira audiência pública depois de ter regressado ao Vaticano.
O Presidente da República, Cavaco Silva, e os bispos portugueses - em especial os de Lisboa, Fátima e Porto - receberam também palavras de agradecimento do Papa, pela "cortesia" e pela "preparação espiritual e organizativa" que deram à visita papal.
O Papa aproveitou ainda a oportunidade para realçar que o momento mais alto desta viagem aconteceu na missa celebrada no dia 13 de Maio, no Santuário de Fátima, onde estiveram cerca de 400 mil peregrinos em oração.
Naquele local, que é "o coração espiritual de Portugal e meta de uma multidão de pessoas provenientes dos mais diversos lugares da Terra", Bento XVI disse ser perceptível "de maneira quase palpável" a presença de Maria.
Ali, o Papa foi como "peregrino entre os peregrinos", para assinalar o aniversário da primeira aparição de Maria a Francisco, Jacinta e Lúcia, ocorrida em 1917, e o décimo aniversário da beatificação dos pastorinhos.
Salientando a relação de Fátima com o seu antecessor, João Paulo II, Bento XVI lembrou que, na sua mensagem, Nossa Senhora "transmitiu aos seus videntes e aos peregrinos um intenso amor pelo sucessor de Pedro".
O Papa é um profundo conhecedor da mensagem de Fátima. Por isso, lembrou que esta se centra "na oração, na penitência e na conversão, que se projecta para lá das ameaças, dos perigos e dos horrores da História", convidando "o homem a confiar na acção de Deus, a cultivar a grande Esperança" e a fazer "a experiência da graça do Senhor", fonte "do amor e da paz". Naqule local, sublinhou ainda, "a Virgem Maria convida todos a considerar a Terra como lugar da nossa peregrinação para a pátria definitiva, que é o Céu".
Bento XVI recordou os principais momentos da passagem por Lisboa, Fátima e Porto, onde celebrou eucaristias, mas teve também encontros particulares com agentes da Pastoral Social, sacerdotes e homens da cultura.
No fim, o Papa disse que confia a Deus os frutos que a viagem "trouxe e vai trazer à comunidade eclesial portuguesa e a toda a população". E chamou os crentes a unir-se à sua oração, pedindo ao Senhor "para abençoar os esforços de quantos, naquela amada Nação, se dedicam ao serviço do Evangelho e à procura do verdadeiro bem do homem, de todos os homens".
In DN
por RITA CARVALHO
Hoje
Bento XVI considera viagem "uma experiência tocante e rica de dons espirituais"
Bento XVI classificou ontem de "inesquecível" a sua recente viagem a Portugal. Na audiência semanal de quarta-feira, o Papa disse ainda que a peregrinação de quatro dias ao nosso país foi "uma experiência tocante e rica de muitos dons espirituais".
"Agradeço a Deus, que me deu a possibilidade de prestar homenagem àquele povo, à sua longa e gloriosa história de fé e de testemunho cristão", disse Bento XVI na Praça de São Pedro, na primeira audiência pública depois de ter regressado ao Vaticano.
O Presidente da República, Cavaco Silva, e os bispos portugueses - em especial os de Lisboa, Fátima e Porto - receberam também palavras de agradecimento do Papa, pela "cortesia" e pela "preparação espiritual e organizativa" que deram à visita papal.
O Papa aproveitou ainda a oportunidade para realçar que o momento mais alto desta viagem aconteceu na missa celebrada no dia 13 de Maio, no Santuário de Fátima, onde estiveram cerca de 400 mil peregrinos em oração.
Naquele local, que é "o coração espiritual de Portugal e meta de uma multidão de pessoas provenientes dos mais diversos lugares da Terra", Bento XVI disse ser perceptível "de maneira quase palpável" a presença de Maria.
Ali, o Papa foi como "peregrino entre os peregrinos", para assinalar o aniversário da primeira aparição de Maria a Francisco, Jacinta e Lúcia, ocorrida em 1917, e o décimo aniversário da beatificação dos pastorinhos.
Salientando a relação de Fátima com o seu antecessor, João Paulo II, Bento XVI lembrou que, na sua mensagem, Nossa Senhora "transmitiu aos seus videntes e aos peregrinos um intenso amor pelo sucessor de Pedro".
O Papa é um profundo conhecedor da mensagem de Fátima. Por isso, lembrou que esta se centra "na oração, na penitência e na conversão, que se projecta para lá das ameaças, dos perigos e dos horrores da História", convidando "o homem a confiar na acção de Deus, a cultivar a grande Esperança" e a fazer "a experiência da graça do Senhor", fonte "do amor e da paz". Naqule local, sublinhou ainda, "a Virgem Maria convida todos a considerar a Terra como lugar da nossa peregrinação para a pátria definitiva, que é o Céu".
Bento XVI recordou os principais momentos da passagem por Lisboa, Fátima e Porto, onde celebrou eucaristias, mas teve também encontros particulares com agentes da Pastoral Social, sacerdotes e homens da cultura.
No fim, o Papa disse que confia a Deus os frutos que a viagem "trouxe e vai trazer à comunidade eclesial portuguesa e a toda a população". E chamou os crentes a unir-se à sua oração, pedindo ao Senhor "para abençoar os esforços de quantos, naquela amada Nação, se dedicam ao serviço do Evangelho e à procura do verdadeiro bem do homem, de todos os homens".
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