Quatro bancos privados lucraram quatro milhões por dia
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Quatro bancos privados lucraram quatro milhões por dia
Quatro bancos privados lucraram quatro milhões por dia
por PAULA CORDEIRO
Hoje
Santander Totta, BES, BCP e Banco BPI ganharam um milhão por dia (cada um deles) no primeiro trimestre de 2010, havendo uma quebra de 1,9% em relação ao período homólogo do ano passado. A culpa está na queda dos juro
No primeiro trimestre deste ano, os lucros dos quatro maiores bancos privados portugueses totalizaram 391,9 milhões de euros, menos 1,9% que em igual período do ano passado, e não 361,9 milhões , como por lapso o DN noticiou. Assim, os lucros diários das quatro instituições foram de 4,3 milhões por dia, tendo por base os primeiros 90 dias do ano.
À excepção do BES, que conseguiu um inesperado aumento de 17,6% nos seus resultados trimestrais, as restantes três grandes instituições privadas viram os seus lucros caírem face ao primeiro trimestre do ano passado, com reduções quase idênticas.
A queda da margem financeira, resultante da descida das taxas de juro, foi a grandes responsável por este comportamento da banca. No conjunto dos quatro bancos, este importante indicador caiu 13,3%, com destaque aqui para o BES, que viu a sua margem reduzir-se quase 20%.
Ontem, na apresentação de resultado, Ricardo Salgado, presidente-executivo da instituição financeira, considerou que a evolução da margem continua a ser uma "incógnita", que "não está a facilitar a actividade dos bancos". E acrescentou: "Não conseguimos ver o que poderá acontecer, enquanto o actual temporal não acalmar."
Para compensar as fortes perdas nos ganhos auferidos pelos bancos, pela diferença entre os juros cobrados e os juros pagos, todos eles aumentaram significativamente as comissões.
No conjunto dos quatro bancos, o aumento das comissões cobradas aos clientes cresceu na mesma proporção em que caiu a margem financeira, ou seja, 13%. Nesta rubrica, coube ao Millennium bcp o mais forte crescimento, de quase 20%.
Apesar das fortes restrições, os bancos apresentam crescimentos moderados no crédito concedido a clientes. O BES foi o banco que mais aumentou a concessão, 5,6%, com o Santander Totta a apresentar uma evolução ligeiramente negativa.
Neste indicador, de referir os aumentos muito tímidos no crédito à habitação, boa parte deles graças a ligeiros incrementos da procura no primeiro mês do ano.
Outro dado interessante foi a recuperação dos ganhos em operações financeiras. Depois dos maus resultados dos mercados registados no primeiro trimestre de 2009, o presente ano trouxe alguma melhoria, com o Santander Totta a liderar os ganhos, com mais 60,1%.
Igualmente com bons indicadores estiveram a gestão de activos e operações sobre títulos. Nestas duas últimas rubricas, de destacar o Millennium BCP, com subidas respectivamente de 21,7% e 50,8%.
A actividade internacional registou igualmente um forte contributo para os resultados trimestrais destes bancos. No caso do BES, um grupo presente em vários mercados, os resultados internacionais contribuíram com 40% dos lucros totais, um factor que Ricardo Salgado considerou ontem ser determinante para a manutenção da rentabilidade. O Millennium bcp, através essencialmente da sua operação na Polónia, conseguiu que o contributo internacional para os lucros atingisse uma fatia de 25%
In DN
por PAULA CORDEIRO
Hoje
Santander Totta, BES, BCP e Banco BPI ganharam um milhão por dia (cada um deles) no primeiro trimestre de 2010, havendo uma quebra de 1,9% em relação ao período homólogo do ano passado. A culpa está na queda dos juro
No primeiro trimestre deste ano, os lucros dos quatro maiores bancos privados portugueses totalizaram 391,9 milhões de euros, menos 1,9% que em igual período do ano passado, e não 361,9 milhões , como por lapso o DN noticiou. Assim, os lucros diários das quatro instituições foram de 4,3 milhões por dia, tendo por base os primeiros 90 dias do ano.
À excepção do BES, que conseguiu um inesperado aumento de 17,6% nos seus resultados trimestrais, as restantes três grandes instituições privadas viram os seus lucros caírem face ao primeiro trimestre do ano passado, com reduções quase idênticas.
A queda da margem financeira, resultante da descida das taxas de juro, foi a grandes responsável por este comportamento da banca. No conjunto dos quatro bancos, este importante indicador caiu 13,3%, com destaque aqui para o BES, que viu a sua margem reduzir-se quase 20%.
Ontem, na apresentação de resultado, Ricardo Salgado, presidente-executivo da instituição financeira, considerou que a evolução da margem continua a ser uma "incógnita", que "não está a facilitar a actividade dos bancos". E acrescentou: "Não conseguimos ver o que poderá acontecer, enquanto o actual temporal não acalmar."
Para compensar as fortes perdas nos ganhos auferidos pelos bancos, pela diferença entre os juros cobrados e os juros pagos, todos eles aumentaram significativamente as comissões.
No conjunto dos quatro bancos, o aumento das comissões cobradas aos clientes cresceu na mesma proporção em que caiu a margem financeira, ou seja, 13%. Nesta rubrica, coube ao Millennium bcp o mais forte crescimento, de quase 20%.
Apesar das fortes restrições, os bancos apresentam crescimentos moderados no crédito concedido a clientes. O BES foi o banco que mais aumentou a concessão, 5,6%, com o Santander Totta a apresentar uma evolução ligeiramente negativa.
Neste indicador, de referir os aumentos muito tímidos no crédito à habitação, boa parte deles graças a ligeiros incrementos da procura no primeiro mês do ano.
Outro dado interessante foi a recuperação dos ganhos em operações financeiras. Depois dos maus resultados dos mercados registados no primeiro trimestre de 2009, o presente ano trouxe alguma melhoria, com o Santander Totta a liderar os ganhos, com mais 60,1%.
Igualmente com bons indicadores estiveram a gestão de activos e operações sobre títulos. Nestas duas últimas rubricas, de destacar o Millennium BCP, com subidas respectivamente de 21,7% e 50,8%.
A actividade internacional registou igualmente um forte contributo para os resultados trimestrais destes bancos. No caso do BES, um grupo presente em vários mercados, os resultados internacionais contribuíram com 40% dos lucros totais, um factor que Ricardo Salgado considerou ontem ser determinante para a manutenção da rentabilidade. O Millennium bcp, através essencialmente da sua operação na Polónia, conseguiu que o contributo internacional para os lucros atingisse uma fatia de 25%
In DN
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