Santos Populares
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Santos Populares
"Lá vai Lisboa..."
por FÁTIMA ALMEIDA
Hoje
Festejar os santos populares, em Junho, com um arco e balão é já "costume ancestral". Após a ida à fonte depois da sardinhada para lavar a cara saía o desfile por vezes a cantar só no bairro. "Olha o balão na noite de São João para poder dançar". Mas as marchas com desfiles a concurso em que entram indumentárias de grupo, coreografias, só acontecem em 1932 no Parque Mayer, na madrugada de Santo António. Dois anos depois, regressam com "tom alfacinha". Bairros começaram a levar a sua tradição à rua. Com burros. E até descalços.
"Rapaziada do meu bairro, haja paz e alegria. Não se batam." Surge o fogo- -de-artifício. E amaina a luta. Um balão em direcção ao céu. E " toca o fungagá toca o sol e o dó, vamos lá nesta marcha a um fulambó". É assim que começa um desfile onde participam vizinhos de um bairro. Uma cena do filme A Canção de Lisboa, de 1933, que deixa recordar os festejos dos santos populares, diferente das marchas que hoje conhecemos - com desfiles organizados e presença da tradição dos bairros.
Nas vésperas dos santos de Junho, desde há muito que os bairros saíam com arco e balão. Mas cada um vestindo o seu fato, sem haver encenação e coreografia, como se vê no filme protagonizado por Beatriz Costa e Vasco Santana. E sem outra "pretensão que não fosse a dar uma nova faceta à diversão", como observa, num texto escrito na revista Cumplicidade, Appio Sottomayor, jornalista que estudou esta realidade. Prevalecia a iniciativa local. "As pessoas andavam a dançar a comer a sardinha e depois iam durante a madrugada até à fonte lavar a cara e pelo caminho cantavam", recordou o membro dos Amigos de Lisboa.
As marchas populares como desfile e concurso surgem só em 1932, criadas por Leitão de Barros, homem ligado às artes e também, na altura, director do Notícias Ilustrado, que apoiou a iniciativa, tal como o Diário de Lisboa. Em resposta ao convite do proprietário do Parque Mayer, Campos Figueiredo, com o objectivo de promover uma festa "diferente que chamasse muita gente". Na noite de 12 de Junho, a sala do Capitólio encheu-se de público "como não há memória" para ver o desfile das colectividades que representavam os três bairros participantes: Campo de Ourique, Bairro Alto e Alto do Pina. E a imprensa voltou a enaltecer a festa. O Diário de Notícias escrevia: "Intelectuais, gente que em geral não vai aos festejos populares, sentiram-se atraídos pelo colorido dos grupos bairristas que percorreram a cidade."
No entanto, as marchas que ambicionariam mostrar a tradição lisboeta, num primeiro momento, recorreram a elementos folclóricos e que fugiam ao "tom alfacinha" - chamadas ainda de ranchos. Os marchantes de Campo de Ourique, que conquistaram o primeiro prémio, exibiam trajes do Minho. Satisfeito, o júri decidiu atribuir mais três galardões: o de Imponência a Campo de Ourique, o de Alegria ganho pelo Bairro Alto e o Pitorescos entregue ao Alto do Pina, pois o "povo dos bairros excedeu as expectativas".
Em 1934 vinculam-se os traços de Lisboa às marchas. A câmara entra na organização e incorpora-a no que chamaria de Festas de Lisboa. Doze bairros participam no concurso. É a partir daqui que Leitão Barros, o criador das marchas, inicia uma edição mais "cuidada", com um "homem que estudou a fundo Lisboa" - Norberto Araújo, o autor de Peregrinações em Lisboa. Os bairros começam a incluir nas coreografias, nos fatos, nos arcos e nas letras as suas características.
"Daí que, por exemplo, Benfica aparecesse com as lavadeiras, as saloias. Madragoa a marchar descalça, pela ligação com o mar, com varinas que andavam descalças", referiu Appio Sottomayor, adiantando que "cada bairro deve procurar esse cunho, que neste momento, infelizmente, não se vê tanto", uma vez que, por vezes, há mais alusão à cor e as luzes do que à história.
É a partir daquele ano que surgem também as músicas inéditas para cada marcha. E a Grande Marcha, canção que todos cantam e coreografam. Em 1935 conhece-se a primeira Lá vai Lisboa, letra de Norberto de Araújo e música de Raul Ferrão, que ainda hoje permanece em muitas memórias.
Na próxima madrugada de Santo António (dia 12 de Junho), 78 anos depois do primeiro desfile, 22 marchas descem a Avenida da Liberdade (20 a concurso). Todas cantarão (Lisboa Menina): "Esta marcha é tua e no meio da rua Lisboa sorri." E os bairros rejubilam.
In DN
por FÁTIMA ALMEIDA
Hoje
Festejar os santos populares, em Junho, com um arco e balão é já "costume ancestral". Após a ida à fonte depois da sardinhada para lavar a cara saía o desfile por vezes a cantar só no bairro. "Olha o balão na noite de São João para poder dançar". Mas as marchas com desfiles a concurso em que entram indumentárias de grupo, coreografias, só acontecem em 1932 no Parque Mayer, na madrugada de Santo António. Dois anos depois, regressam com "tom alfacinha". Bairros começaram a levar a sua tradição à rua. Com burros. E até descalços.
"Rapaziada do meu bairro, haja paz e alegria. Não se batam." Surge o fogo- -de-artifício. E amaina a luta. Um balão em direcção ao céu. E " toca o fungagá toca o sol e o dó, vamos lá nesta marcha a um fulambó". É assim que começa um desfile onde participam vizinhos de um bairro. Uma cena do filme A Canção de Lisboa, de 1933, que deixa recordar os festejos dos santos populares, diferente das marchas que hoje conhecemos - com desfiles organizados e presença da tradição dos bairros.
Nas vésperas dos santos de Junho, desde há muito que os bairros saíam com arco e balão. Mas cada um vestindo o seu fato, sem haver encenação e coreografia, como se vê no filme protagonizado por Beatriz Costa e Vasco Santana. E sem outra "pretensão que não fosse a dar uma nova faceta à diversão", como observa, num texto escrito na revista Cumplicidade, Appio Sottomayor, jornalista que estudou esta realidade. Prevalecia a iniciativa local. "As pessoas andavam a dançar a comer a sardinha e depois iam durante a madrugada até à fonte lavar a cara e pelo caminho cantavam", recordou o membro dos Amigos de Lisboa.
As marchas populares como desfile e concurso surgem só em 1932, criadas por Leitão de Barros, homem ligado às artes e também, na altura, director do Notícias Ilustrado, que apoiou a iniciativa, tal como o Diário de Lisboa. Em resposta ao convite do proprietário do Parque Mayer, Campos Figueiredo, com o objectivo de promover uma festa "diferente que chamasse muita gente". Na noite de 12 de Junho, a sala do Capitólio encheu-se de público "como não há memória" para ver o desfile das colectividades que representavam os três bairros participantes: Campo de Ourique, Bairro Alto e Alto do Pina. E a imprensa voltou a enaltecer a festa. O Diário de Notícias escrevia: "Intelectuais, gente que em geral não vai aos festejos populares, sentiram-se atraídos pelo colorido dos grupos bairristas que percorreram a cidade."
No entanto, as marchas que ambicionariam mostrar a tradição lisboeta, num primeiro momento, recorreram a elementos folclóricos e que fugiam ao "tom alfacinha" - chamadas ainda de ranchos. Os marchantes de Campo de Ourique, que conquistaram o primeiro prémio, exibiam trajes do Minho. Satisfeito, o júri decidiu atribuir mais três galardões: o de Imponência a Campo de Ourique, o de Alegria ganho pelo Bairro Alto e o Pitorescos entregue ao Alto do Pina, pois o "povo dos bairros excedeu as expectativas".
Em 1934 vinculam-se os traços de Lisboa às marchas. A câmara entra na organização e incorpora-a no que chamaria de Festas de Lisboa. Doze bairros participam no concurso. É a partir daqui que Leitão Barros, o criador das marchas, inicia uma edição mais "cuidada", com um "homem que estudou a fundo Lisboa" - Norberto Araújo, o autor de Peregrinações em Lisboa. Os bairros começam a incluir nas coreografias, nos fatos, nos arcos e nas letras as suas características.
"Daí que, por exemplo, Benfica aparecesse com as lavadeiras, as saloias. Madragoa a marchar descalça, pela ligação com o mar, com varinas que andavam descalças", referiu Appio Sottomayor, adiantando que "cada bairro deve procurar esse cunho, que neste momento, infelizmente, não se vê tanto", uma vez que, por vezes, há mais alusão à cor e as luzes do que à história.
É a partir daquele ano que surgem também as músicas inéditas para cada marcha. E a Grande Marcha, canção que todos cantam e coreografam. Em 1935 conhece-se a primeira Lá vai Lisboa, letra de Norberto de Araújo e música de Raul Ferrão, que ainda hoje permanece em muitas memórias.
Na próxima madrugada de Santo António (dia 12 de Junho), 78 anos depois do primeiro desfile, 22 marchas descem a Avenida da Liberdade (20 a concurso). Todas cantarão (Lisboa Menina): "Esta marcha é tua e no meio da rua Lisboa sorri." E os bairros rejubilam.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Palmas e muita euforia na apresentação das Marchas
Palmas e muita euforia na apresentação das Marchas
por FILIPA FRAGOSO
Hoje
"Flores dos jardins de Lisboa", representadas em cada criança da Marcha Infantil, coloriram ontem à noite o Pavilhão Atlântico na abertura da apresentação oficial das Marchas Populares de Lisboa 2010, a decorrer até domingo.
Pela noite dentro outras seis marchas desfilaram fazendo com que as 5415 pessoas presentes fizessem uma viagem até séculos passados. A noite terminou com a dança dos palacetes encenada por um dos dois primeiros lugares de 2009: Alfama.
Nas vozes dos presentes fazia-se sentir a rivalidade pacífica entre os bairros que gritavam pelos seus preferidos apelando à vitória.
"Lumiar, Lumiar!" E dava entrada o segundo desfile que bailava com precisão, fazendo saias gigantes rodopiarem ao som da música.
As coreografias e os vestidos exuberantes preencheram o pavilhão atlântico de cor durante cerca de duas horas. "Viva Portugal!" "Viva!", aclamou bem alto a marcha da Baixa, enfatizando: "contra os canhões marchar, marchar".
O Carnaval este ano também esteve presente. O Bairro Alto é "fidalgo mascarado" com cabeleiras brancas. Após uma entrada com explosão de papelinhos vermelhos, o grupo fez uma representação da valsa, em movimentos rotativos e uma coreografia com leques.
Com um figurino exemplar, o Beato transformou o espaço num lago de cisnes. Já a marcha dos Olivais optou pelas coroas nos arcos.
Enquanto se marchava, os padrinhos iam animando o público. Quimbé representando o Beato parecia ter uma energia inesgotável. Cinha Jardim, apesar de ter tropeçado na saia grande muito rodada, esteve sempre com um grande sorriso pela marcha de Alfama. "República", "Lisboa" e "Portugal" fizeram o furor da noite e quando esta termina, já cá fora, todos comentam o desempenho dos grupos e a noite termina com uma voz: "a marcha é linda".
In DN
por FILIPA FRAGOSO
Hoje
"Flores dos jardins de Lisboa", representadas em cada criança da Marcha Infantil, coloriram ontem à noite o Pavilhão Atlântico na abertura da apresentação oficial das Marchas Populares de Lisboa 2010, a decorrer até domingo.
Pela noite dentro outras seis marchas desfilaram fazendo com que as 5415 pessoas presentes fizessem uma viagem até séculos passados. A noite terminou com a dança dos palacetes encenada por um dos dois primeiros lugares de 2009: Alfama.
Nas vozes dos presentes fazia-se sentir a rivalidade pacífica entre os bairros que gritavam pelos seus preferidos apelando à vitória.
"Lumiar, Lumiar!" E dava entrada o segundo desfile que bailava com precisão, fazendo saias gigantes rodopiarem ao som da música.
As coreografias e os vestidos exuberantes preencheram o pavilhão atlântico de cor durante cerca de duas horas. "Viva Portugal!" "Viva!", aclamou bem alto a marcha da Baixa, enfatizando: "contra os canhões marchar, marchar".
O Carnaval este ano também esteve presente. O Bairro Alto é "fidalgo mascarado" com cabeleiras brancas. Após uma entrada com explosão de papelinhos vermelhos, o grupo fez uma representação da valsa, em movimentos rotativos e uma coreografia com leques.
Com um figurino exemplar, o Beato transformou o espaço num lago de cisnes. Já a marcha dos Olivais optou pelas coroas nos arcos.
Enquanto se marchava, os padrinhos iam animando o público. Quimbé representando o Beato parecia ter uma energia inesgotável. Cinha Jardim, apesar de ter tropeçado na saia grande muito rodada, esteve sempre com um grande sorriso pela marcha de Alfama. "República", "Lisboa" e "Portugal" fizeram o furor da noite e quando esta termina, já cá fora, todos comentam o desempenho dos grupos e a noite termina com uma voz: "a marcha é linda".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Homenagem ao cantor Beto fez vibrar o Pavilhão Atlântico
Homenagem ao cantor Beto fez vibrar o Pavilhão Atlântico
por FILIPA FRAGOSO
Ontem
Mais oito bairros lisboetas desfilaram ontem no Pavilhão Atlântico com enormes arcos e roupas vistosas, marchando para agradar ao júri que irá no dia 12 de Junho escolher a melhor marcha de 2010.
O ponto alto da noite foi a homenagem ao cantor Beto, padrinho da marcha do Alto do Pina, fazendo todos os presentes se levantarem batendo palmas e alguns, com emoção, choraram.
A abertura da noite foi feita pela Marcha dos Mercados, da Associação do Comerciantes nos Mercados de Lisboa. Com padrinhos muito alegres a marcha da Graça deu a sua prestação com sardinhas e manjericos.
Sem o padrinho João Ricardo presente, Carnide dançou e encantou com pipos e guarda-chuvas cor-de-rosa ao ombro, deixando o palco, “por magia”, com os pipos nos arcos. Já o Alto do Pina, apesar da tristeza pela falta do padrinho, animou o público com o entusiasmo da madrinha. Vanda Stuart trazia uma cabeleira azul.
O grupo de marchantes da Madragoa apresentou varinas e um ?vira? a alta velocidade, estando os homens em cima de cavalos-marinhos.
A união de todos os bairros lisboetas fez-se sentir quando entrou Alcântara. “A Portuguesa” cantada pelos marchantes fez todo o público levantar-se e cantar também, alguns com emoção.
Dourado, preto e laranja vieram representados pela marcha da Mouraria. E mulheres vestidas de peixeiras com grandes lenços às costas foram a marca da marcha do Castelo, que terminou a noite.
A noite no Pavilhão esteve preenchida de muita emoção e euforia. Com muita exaltação todos gritavam pela sua preferida. Contudo, no exterior, o clima já era um pouco mais tenso. Algumas provocações faziam-se ouvir entre os bairros que defendiam as suas marchas.
In DN
por FILIPA FRAGOSO
Ontem
Mais oito bairros lisboetas desfilaram ontem no Pavilhão Atlântico com enormes arcos e roupas vistosas, marchando para agradar ao júri que irá no dia 12 de Junho escolher a melhor marcha de 2010.
O ponto alto da noite foi a homenagem ao cantor Beto, padrinho da marcha do Alto do Pina, fazendo todos os presentes se levantarem batendo palmas e alguns, com emoção, choraram.
A abertura da noite foi feita pela Marcha dos Mercados, da Associação do Comerciantes nos Mercados de Lisboa. Com padrinhos muito alegres a marcha da Graça deu a sua prestação com sardinhas e manjericos.
Sem o padrinho João Ricardo presente, Carnide dançou e encantou com pipos e guarda-chuvas cor-de-rosa ao ombro, deixando o palco, “por magia”, com os pipos nos arcos. Já o Alto do Pina, apesar da tristeza pela falta do padrinho, animou o público com o entusiasmo da madrinha. Vanda Stuart trazia uma cabeleira azul.
O grupo de marchantes da Madragoa apresentou varinas e um ?vira? a alta velocidade, estando os homens em cima de cavalos-marinhos.
A união de todos os bairros lisboetas fez-se sentir quando entrou Alcântara. “A Portuguesa” cantada pelos marchantes fez todo o público levantar-se e cantar também, alguns com emoção.
Dourado, preto e laranja vieram representados pela marcha da Mouraria. E mulheres vestidas de peixeiras com grandes lenços às costas foram a marca da marcha do Castelo, que terminou a noite.
A noite no Pavilhão esteve preenchida de muita emoção e euforia. Com muita exaltação todos gritavam pela sua preferida. Contudo, no exterior, o clima já era um pouco mais tenso. Algumas provocações faziam-se ouvir entre os bairros que defendiam as suas marchas.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
26 casais celebram no Museu da Cidade
26 casais celebram no Museu da Cidade
por ISALTINA PADRÃO e DANIEL LAM com I.B.
Hoje
17.30 - Os 26 noivos de Santo António (onze unidos pela igreja, cinco em cerimónia civil) percorreram a cidade em carros antigos e já estão no Museu da Cidade, no Campo Grande. Preparam-se para fazer um brinde com o presidente da câmara, António Costa. Segue-se o copo d'água, noite dentro.
17.00 - No exterior da Sé, milhares de populares esperam os noivos. Já todos estão casados e entregaram uma flor a Nossa Senhora de Fátima. Preparam-se para a foto de grupo. E seguem, com alarido, para o copo d'água no Museu da Cidade.
15.45 - Os 11 casais de Santo António acabaram de dizer o "sim" e estão a fazer os votos para a eternidade, perante a chama da vela do baptismo e agora do casamento.
15.00 - Os pais das 11 noivas de Santo António já entregaram as suas filhas aos futuros maridos, que as aguardavam na Sé para os casamentos católicos.
Os carros antigos com as 11 noivas e respectivas madrinhas vinham com batedores à frente e começaram a chegar à Sé pelas 14.30. Como se fossem princesas, as noivas acenavam às pessoas que se encontravam nas ruas a observar o cortejo.
Segundo informações prestadas ao DN por fonte da PSP, mais de duas mil pessoas estavam nas ruas adjacentes à Sé a aguardar a chegada das noivas.
Ali encontravam-se muitos turistas estrangeiros, principalmente italianos, franceses e espanhóis. Um grupo de italianos de férias em Lisboa confessou ao DN que "este é um evento muito interessante e que se deve manter".
Quando as noivas chegaram à Sé, começou a chover, mas elas não se queixaram. Algumas sorriram e disseram que uma "boda molhada é boda abençoada".
Uma passadeira vermelha marcava o percurso que as noivas teriam de seguir até ao interior da Sé. Sandra Isidro foi a primeira noiva a entrar na Sé para se casar com José Jesus.
Tânia Magina, noiva de Rui Almeida, foi a terceira a entrar na Sé. Chorava desesperadamente de emoção e nem conseguiu pretar qualquer declaração para o DN.
Alda Medeiros e Paulo Alves disseram ao DN terem escolhido este dia para se casarem, porque são "devotos de Santo António. E também porque a situação financeira não estava muito famosa".
Mais do que este dia especial, Sofia Martins, noiva de Ricardo Simões, salientou "o significado de casar neste local tão emblemático, que é a Sé de Lisboa. É um casamento do outro mundo. É surreal".
Todas as noivas foram unânimes sobre o que sentiam naqueles momentos, antes do casamento: "Dá a sensação que somos estrelas de cinema".
As noivas estavam impacientes para chegar à Sé e casar, porque tiveram um longo período de espera, desde as 07.00 da manhã, quando chegaram aos Paços do Concelho para se vestirem e serem penteadas e maquilhadas. Ao meio-dia já estavam todas prontas, mas ainda tiveram de esperar mais de duas hora até iniciarem a viagem para a Sé.
14.30 - As 11 noivas e as respectivas madrinhas dos Casamentos de Santo António seguiram em carros antigos, desde os Paços do Concelho até à Sé de Lisboa, onde as aguardam os noivos para a realização dos casamentos católicos, que estão marcados para começar a partir das 15.00.
14.00 - Os seis casais que celebram as bodas de ouro apanharam um eléctrico da Carris, nas imediações dos Paços do Concelho, para seguirem até à Sé de Lisboa, onde se realizam os 11 casamentos religiosos.
12.00 - Os seis casais que celebram as bodas de ouro, por terem contraído matrimónio na edição de 1960 dos Casamentos de Santo António, fizeram um brinde com o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, nos Paços do Concelho.
11.00 - Já se casaram os primeiros noivos de Santo António. As famílias acompanharam os noivos que, de sorriso no rosto, disseram o "sim".
Pouco passava das 11.00, quando os cinco casais deram o nó, pelo Registo Civil, nos Paços do Concelho da cidade de Lisboa, ao som de música clássica e das palmas dos convidados.
António Costa, presidente da câmara, esteve presente na ocasião.
À cerimónia, que durou cerca de meia hora, seguiu-se um cocktail na recepção do palácio.
As noivas vestiam de branco e os noivos de fraque, como manda o protocolo.
In DN
por ISALTINA PADRÃO e DANIEL LAM com I.B.
Hoje
17.30 - Os 26 noivos de Santo António (onze unidos pela igreja, cinco em cerimónia civil) percorreram a cidade em carros antigos e já estão no Museu da Cidade, no Campo Grande. Preparam-se para fazer um brinde com o presidente da câmara, António Costa. Segue-se o copo d'água, noite dentro.
17.00 - No exterior da Sé, milhares de populares esperam os noivos. Já todos estão casados e entregaram uma flor a Nossa Senhora de Fátima. Preparam-se para a foto de grupo. E seguem, com alarido, para o copo d'água no Museu da Cidade.
15.45 - Os 11 casais de Santo António acabaram de dizer o "sim" e estão a fazer os votos para a eternidade, perante a chama da vela do baptismo e agora do casamento.
15.00 - Os pais das 11 noivas de Santo António já entregaram as suas filhas aos futuros maridos, que as aguardavam na Sé para os casamentos católicos.
Os carros antigos com as 11 noivas e respectivas madrinhas vinham com batedores à frente e começaram a chegar à Sé pelas 14.30. Como se fossem princesas, as noivas acenavam às pessoas que se encontravam nas ruas a observar o cortejo.
Segundo informações prestadas ao DN por fonte da PSP, mais de duas mil pessoas estavam nas ruas adjacentes à Sé a aguardar a chegada das noivas.
Ali encontravam-se muitos turistas estrangeiros, principalmente italianos, franceses e espanhóis. Um grupo de italianos de férias em Lisboa confessou ao DN que "este é um evento muito interessante e que se deve manter".
Quando as noivas chegaram à Sé, começou a chover, mas elas não se queixaram. Algumas sorriram e disseram que uma "boda molhada é boda abençoada".
Uma passadeira vermelha marcava o percurso que as noivas teriam de seguir até ao interior da Sé. Sandra Isidro foi a primeira noiva a entrar na Sé para se casar com José Jesus.
Tânia Magina, noiva de Rui Almeida, foi a terceira a entrar na Sé. Chorava desesperadamente de emoção e nem conseguiu pretar qualquer declaração para o DN.
Alda Medeiros e Paulo Alves disseram ao DN terem escolhido este dia para se casarem, porque são "devotos de Santo António. E também porque a situação financeira não estava muito famosa".
Mais do que este dia especial, Sofia Martins, noiva de Ricardo Simões, salientou "o significado de casar neste local tão emblemático, que é a Sé de Lisboa. É um casamento do outro mundo. É surreal".
Todas as noivas foram unânimes sobre o que sentiam naqueles momentos, antes do casamento: "Dá a sensação que somos estrelas de cinema".
As noivas estavam impacientes para chegar à Sé e casar, porque tiveram um longo período de espera, desde as 07.00 da manhã, quando chegaram aos Paços do Concelho para se vestirem e serem penteadas e maquilhadas. Ao meio-dia já estavam todas prontas, mas ainda tiveram de esperar mais de duas hora até iniciarem a viagem para a Sé.
14.30 - As 11 noivas e as respectivas madrinhas dos Casamentos de Santo António seguiram em carros antigos, desde os Paços do Concelho até à Sé de Lisboa, onde as aguardam os noivos para a realização dos casamentos católicos, que estão marcados para começar a partir das 15.00.
14.00 - Os seis casais que celebram as bodas de ouro apanharam um eléctrico da Carris, nas imediações dos Paços do Concelho, para seguirem até à Sé de Lisboa, onde se realizam os 11 casamentos religiosos.
12.00 - Os seis casais que celebram as bodas de ouro, por terem contraído matrimónio na edição de 1960 dos Casamentos de Santo António, fizeram um brinde com o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, nos Paços do Concelho.
11.00 - Já se casaram os primeiros noivos de Santo António. As famílias acompanharam os noivos que, de sorriso no rosto, disseram o "sim".
Pouco passava das 11.00, quando os cinco casais deram o nó, pelo Registo Civil, nos Paços do Concelho da cidade de Lisboa, ao som de música clássica e das palmas dos convidados.
António Costa, presidente da câmara, esteve presente na ocasião.
À cerimónia, que durou cerca de meia hora, seguiu-se um cocktail na recepção do palácio.
As noivas vestiam de branco e os noivos de fraque, como manda o protocolo.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Avenida abriu desfile com sons do Carnaval
Avenida abriu desfile com sons do Carnaval
por Fátima Almeida,Filipa Fragoso, I.B. e I.P.
Hoje
Numa operação inédita, o DN acompanhou em directo o desfile das marchas populares na Avenida, através do seu site, com jornalistas destacados para o local.
A primeira marcha a desfilar na Avenida provocou uma certa confusão na assistência, já que os “marchantes” surgiram mascarados exibindo trajes curtos e cabelos verdes. A marcha do Carnaval de Barranquilla das Festas Populares da Colômbia foi uma das duas convidadas e trouxe energia a Lisboa.
Logo em seguida, chegaram os sons portugueses com a outra marcha convidada. A marcha de S. João das Lampas trouxe à Avenida os monumentos históricos da Vila de Sintra, mostrando o seu património. O público envolveu-se no espectáculo, seguindo a música com palmas.
Em terceiro lugar, a marcha infantil trouxe cor à Avenida com os pequenos artistas desfilando com carrinhos-de-mão e muitas flores.Os padrinhos, muito sorridentes, levavam as mascotes pela mão. Nas bancadas, os pais orgulhos tiravam fotografias.
A marcha dos Mercados entrou logo em seguida e originou uma explosão de palmas na Avenida. Em unissono, o público gritava "yeah! yeah! A Anita é que é!" Em tons verde e branco, os arcos retratam os mercados antigos.
A meio da tarde começaram a ficar cheias de cor as bancadas destinadas ao público. Alguns apoiantes de bairros, outros vieram de longe. Só para ver as 22 marchas coloridas a percorrer a Avenida.
Os marchantes começaram a reunir-se, já caia a noite, na praça do Marquês de Pombal. A edição deste ano, sob o signo dos cem anos da República, promete cor e alegria.
"Assim a Avenida está mais humana!" diz uma voz entusiasmada no meio da multidão.
Marcha do Lumiar
Por Filipa Fragoso, na Avenida da Liberdade
Lumiar começou com "Ai, ai, Lumiar", com roupas às riscas brancas e pretas em conjunto com as cores da bandeira nacional.
A marcha do Lumiar entrou na Avenida da Liberdade provocando a euforia do público contudo, houve um pequeno atraso porque os arcos caíram todos logo de início mas os marchantes continuaram a marchar não desmotivando com o sucedido.
No fim da marcha vinha um Santo António com um grande coração atrás.
Marcha do Beato
Começou com um símbolo da República gigante, com cores muito brilhantes e fatos justinhos ao corpo.
De início o público estava muito silencioso mas rebentou em aplausos quando começou a coreografia e quase todos os marchantes se deitaram no chão.
Outro momento alto do desfile foi uma parte da coreografia e da música onde um dos marchantes gritava "Viva a República!" e os restantes respondiam: "Viva!"
Marcha de Carnide
Começou quando a confusão da Avenida da Liberdade se instalou. Ouvia-se o público a chamar pela madrinha "Ó Madrinha!" e Mané Ribeiro, Madrinha da marcha de Carnide, respondia cumprimentando o público.
Esta marcha veio com arcos verdes e apitos amarelos no meio que durante a coreografia iam passando pelas mãos dos marchantes.
Marcha do Bairro Alto
Por Fátima Almeida, na Avenida da Liberdade
Bairro Alto fidalgo mascarado trouxe brilho à Avenida com roupas cintilantes, como se usava nos bailes há 300 anos. A coreografia começou com uma valsa recriando o ambiente das festas dos palacetes e o público acompanhou a música com palmas.
Quando os marchantes ergueram os seus leques, tendo como cenário um palacete, a plateia vibrou e aplaudiu.
Marcha da Madragoa
Madragoa como tradição marcha descalça na Avenida numa homenagem às varinas de Ovar.
O Vira também esteve presente, em alternância com o marchar, tornando a exibição cheia de ritmo. Antes do arranque da coreografia, os marchantes puxavam pelo público com entusiasmo. Nos arcos havia peixes e relógios a marcar o tempo da mudança (para as pessoas serem positivas).
"Este ano é nosso!" gritou alguém no meio da multidão.
Marcha de Santa Ingrácia
Santa Ingrácia desceu a Avenida levando nos arcos fruta e legumes para ilustrar o tema da abundância.
O trono de Santo António estava repleto de flores coloridas. Os padrinhos da marcha, Bibá Pita e Francisco Mendes, desceram a Avenida com garra levando sorrisos ao público presente.
A convicção dos marchantes também entusiasmou a plateia.
Marcha de Benfica
no regresso às marchas Benfica chamou parte da sua tradição trazendo os seus campos ao espectáculo. Por isso, a cor predominante foi o laranja, nos fatos com saia rodada em forma de abóbora e nas boinas deles.
A alegria marcou o retorno da marcha de Benfica à competição e a madrinha, Ana Bacalhau, bailou para o público ao ritmo bem ensaiado das melodias da marcha.
Antes da Marcha de Benfica, os noivos de Santo António desceram a Avenida e foram saudados por Lisboa antes de seguirem para a lua de mel.
Marcha de São Vicente
Por Filipa Fragoso, na Avenida da Liberdade
O "eléctrico 28" desceu a Avenida da Liberdade com a marcha de São Vicente. Uma homenagem ao "amarelinho" que percorre o bairro diariamente, tornando-o visitado por muita gente.
A réplica ficava um pouco abaixo do tamanho real.
O branco e o amarelo foram as cores predominantes nos fatos, mas havia um pouco de vermelho nas flores que as raparigas levavam no cabelo ao longo de uma trança.
Palmas não faltaram à marcha que trouxe um dos símbolos da cidade de Lisboa. Os padrinhos, Melania Gomes e Ricardo Castro, foram entusiásticos animadores do público, pedindo aplausos e puxando pela plateia.
Marcha de Marvila
os encontros e as conversas que acontecem nas ruas de Lisboa vieram com a marcha de Marvila. Preto e branco foram as cores predominantes nas roupas e nos arcos e as mulheres apareceram com golas altas e redondas, dançando e rodopiando com precisão.
O banco de jardim apareceu em representação do sítio onde os lisboetas se encontram e conversam nos jardins da cidade. Durante todo o desfile houve muitas palmas dos apoiantes do bairro, que se fizeram ouvir pela Avenida.
Marcha da Baixa
Com o som do apito a marcha da Baixa arrancou para a sua representação teatral. Aclamar a República foi o seu grande objectivo. Com espingardas ao ombro vinham os marchantes masculinos e elas embelezaram a Avenida com as cores de Portugal e várias bandeiras nacionais que se podiam ver também nos arcos.
Enquanto as mãos dos marchantes se agitavam no ar, as pessoas aplaudiam com entusiasmo. O grande momento do desfile foi a apresentação de uma bandeira nacional gigante.
Marcha do Castelo
O início da marcha do Castelo foi marcado pela queda dos arcos que estavam numa réplica do castelo, no entanto, os marchantes rapidamente repuseram as coisas e continuaram a marchar sem problemas de maior.
À frente da marcha veio a porta-bandeira com uma coroa na cabeça, sempre aclamada pelo público.
os arcos verdes, amarelos e vermelhos formaram vários quadrados que iam avançando com a marcha.
Os marchantes mulheres levavam pequenos arcos em forma de coração que faziam baloiçar nas mãos.
Quando terminou a primeira marcação, a satisfação popular fez-se ouvir com muitos aplausos.
Marcha dos Olivais
"Portugal renascido" entrou no desfile pela marcha dos Olivais. Os arcos são coroas e símbolos da República e o som da "Portuguesa" fez-se ouvir numa das marcações arrancando aplausos do público.
A grande surpresa estava guardada para o fim: Um livro verde gigante que dizia "Olivais, Portugal renascido". O livro abriu-se e apresentou no meio o símbolo da República.
Tanto homens como mulheres levavam chapéus, eles de chapéu alto e elas com laçarotes ao pescoço.
Marcha da Bica
Cestos gigantes com flores desceram a Avenida com a marcha da Bica que prestou homenagem a aguadeiras e vendedores de flores.
Um eléctrico cheio de marchantes começou a deslizar enquanto os restantes marchantes o acompanhavam a pé. À medida que avançavam, o eléctrico foi-se esvaziando.
Miniaturas de tons vermelhos andavam nos ombros dos marchantes masculinos e sempre que a coreografia mudava aumentavam os aplausos do público.
Marcha da Bela-Flor
Por Fátima Almeida, na Avenida da Liberdade
Bela-Flor trouxe a bandeira de Portugal nos arcos. Os homens vieram vestidos de oficiais do exército e as mulheres trajaram a nobreza. As cores predominantes no desfile foram o azul, o branco, o dourado e as cores da bandeira nacional para comemorar o centenário da República.
Deitadas de costas sobre os homens, as raparigas rodavam os vestidos com o brasão da República. Antes da coreografia começar, o padrinho, Vitor Enes, pediu a mão da madrinha, Samanta Castilho, para uma dança
Marcha da Graça
O tema escolhido pela marcha da Graça foi a implantação da República, retratando a tradição da monarquia. Os vestidos vermelhos e verdes das raparigas representavam a chegada da República e o azul dos fatos dos homens a monarquia.
As duas cores misturaram-se para retratar os dois períodos da história.
Quando chegou a representação da república foram lançados foguetes de serpentinas.
Marcha de Alfama
Alfama exibiu vestidos e arcos dourados inspirados na filigrana, também presente nos arcos. As danças típicas do norte também marcaram presença na marcha, que no ano passado venceu empatada com a marcha do Castelo.
Assim, com as cores do ouro sobre o azul, os padrinhos, Cinha Jardim e Carlos Mendonça, brindaram o público com sorrisos.
A madrinha, muito efusiva, logo se dirigiu aos populares saltando com o seu vestido rodado.
Marcha do Alto do Pina
no Alto do Pina engalanado o tema escolhido para este ano foi a fidalguia do século XVII.
O tema de época recriou os passeios das donzelas nas ruas do Alto do Pina e as lutas dos cavalheiros para as conquistar. Os marchantes levavam uma cabeleira branca e a madrinha, Vanda Stuart, uma azul.
Marcha de Alcântara
Por Filipa Fragoso, na Avenida da Liberdade
Com menos adereços que anteriormente, a marcha de Alcântara iniciou-se com arcos erguendo caravelas em tons de dourado e vermelho.
As pessoas que assistiam gritavam pela sua marcha "Alcântara é que é!".
Alcântara mostrou varinas e homenageou a cidade de Lisboa e Portugal.
Os marchantes quiseram mostrar a "arte sina" este ano revelada através da filigrana.
Marcha da Penha de França
Por Fátima Almeida, na Avenida da Liberdade
Penha de França trouxe o vermelho e o dourado à Avenida para celebrar a época dos Descobrimentos. No regresso às marchas, apresentaram os 500 anos da conquista de Goa.
A marcha cantou bem alto e entrou na festa com muita alegria. Quando os homens elevavam as raparigas no ar ouviam-se muitas palmas do público. O entusiasmo levou a que muitos populares entrassem no ritmo, marchando também com a penha de França numa noite que já ia longa.
Marcha da Mouraria
A Mouraria desceu a Avenida de dourado e vermelho usando "magia" e parte da história do bairro saída dos castelos mouriscos. "A Mouraria é que é!" repetiam os populares nas bancadas e muitas vozes puxaram pela marcha. A fechar o desfile, os padrinhos, Filipa de Castro e Duarte Siapa, distribuiram sorrisos e simpatia
In DN
por Fátima Almeida,Filipa Fragoso, I.B. e I.P.
Hoje
Numa operação inédita, o DN acompanhou em directo o desfile das marchas populares na Avenida, através do seu site, com jornalistas destacados para o local.
A primeira marcha a desfilar na Avenida provocou uma certa confusão na assistência, já que os “marchantes” surgiram mascarados exibindo trajes curtos e cabelos verdes. A marcha do Carnaval de Barranquilla das Festas Populares da Colômbia foi uma das duas convidadas e trouxe energia a Lisboa.
Logo em seguida, chegaram os sons portugueses com a outra marcha convidada. A marcha de S. João das Lampas trouxe à Avenida os monumentos históricos da Vila de Sintra, mostrando o seu património. O público envolveu-se no espectáculo, seguindo a música com palmas.
Em terceiro lugar, a marcha infantil trouxe cor à Avenida com os pequenos artistas desfilando com carrinhos-de-mão e muitas flores.Os padrinhos, muito sorridentes, levavam as mascotes pela mão. Nas bancadas, os pais orgulhos tiravam fotografias.
A marcha dos Mercados entrou logo em seguida e originou uma explosão de palmas na Avenida. Em unissono, o público gritava "yeah! yeah! A Anita é que é!" Em tons verde e branco, os arcos retratam os mercados antigos.
A meio da tarde começaram a ficar cheias de cor as bancadas destinadas ao público. Alguns apoiantes de bairros, outros vieram de longe. Só para ver as 22 marchas coloridas a percorrer a Avenida.
Os marchantes começaram a reunir-se, já caia a noite, na praça do Marquês de Pombal. A edição deste ano, sob o signo dos cem anos da República, promete cor e alegria.
"Assim a Avenida está mais humana!" diz uma voz entusiasmada no meio da multidão.
Marcha do Lumiar
Por Filipa Fragoso, na Avenida da Liberdade
Lumiar começou com "Ai, ai, Lumiar", com roupas às riscas brancas e pretas em conjunto com as cores da bandeira nacional.
A marcha do Lumiar entrou na Avenida da Liberdade provocando a euforia do público contudo, houve um pequeno atraso porque os arcos caíram todos logo de início mas os marchantes continuaram a marchar não desmotivando com o sucedido.
No fim da marcha vinha um Santo António com um grande coração atrás.
Marcha do Beato
Começou com um símbolo da República gigante, com cores muito brilhantes e fatos justinhos ao corpo.
De início o público estava muito silencioso mas rebentou em aplausos quando começou a coreografia e quase todos os marchantes se deitaram no chão.
Outro momento alto do desfile foi uma parte da coreografia e da música onde um dos marchantes gritava "Viva a República!" e os restantes respondiam: "Viva!"
Marcha de Carnide
Começou quando a confusão da Avenida da Liberdade se instalou. Ouvia-se o público a chamar pela madrinha "Ó Madrinha!" e Mané Ribeiro, Madrinha da marcha de Carnide, respondia cumprimentando o público.
Esta marcha veio com arcos verdes e apitos amarelos no meio que durante a coreografia iam passando pelas mãos dos marchantes.
Marcha do Bairro Alto
Por Fátima Almeida, na Avenida da Liberdade
Bairro Alto fidalgo mascarado trouxe brilho à Avenida com roupas cintilantes, como se usava nos bailes há 300 anos. A coreografia começou com uma valsa recriando o ambiente das festas dos palacetes e o público acompanhou a música com palmas.
Quando os marchantes ergueram os seus leques, tendo como cenário um palacete, a plateia vibrou e aplaudiu.
Marcha da Madragoa
Madragoa como tradição marcha descalça na Avenida numa homenagem às varinas de Ovar.
O Vira também esteve presente, em alternância com o marchar, tornando a exibição cheia de ritmo. Antes do arranque da coreografia, os marchantes puxavam pelo público com entusiasmo. Nos arcos havia peixes e relógios a marcar o tempo da mudança (para as pessoas serem positivas).
"Este ano é nosso!" gritou alguém no meio da multidão.
Marcha de Santa Ingrácia
Santa Ingrácia desceu a Avenida levando nos arcos fruta e legumes para ilustrar o tema da abundância.
O trono de Santo António estava repleto de flores coloridas. Os padrinhos da marcha, Bibá Pita e Francisco Mendes, desceram a Avenida com garra levando sorrisos ao público presente.
A convicção dos marchantes também entusiasmou a plateia.
Marcha de Benfica
no regresso às marchas Benfica chamou parte da sua tradição trazendo os seus campos ao espectáculo. Por isso, a cor predominante foi o laranja, nos fatos com saia rodada em forma de abóbora e nas boinas deles.
A alegria marcou o retorno da marcha de Benfica à competição e a madrinha, Ana Bacalhau, bailou para o público ao ritmo bem ensaiado das melodias da marcha.
Antes da Marcha de Benfica, os noivos de Santo António desceram a Avenida e foram saudados por Lisboa antes de seguirem para a lua de mel.
Marcha de São Vicente
Por Filipa Fragoso, na Avenida da Liberdade
O "eléctrico 28" desceu a Avenida da Liberdade com a marcha de São Vicente. Uma homenagem ao "amarelinho" que percorre o bairro diariamente, tornando-o visitado por muita gente.
A réplica ficava um pouco abaixo do tamanho real.
O branco e o amarelo foram as cores predominantes nos fatos, mas havia um pouco de vermelho nas flores que as raparigas levavam no cabelo ao longo de uma trança.
Palmas não faltaram à marcha que trouxe um dos símbolos da cidade de Lisboa. Os padrinhos, Melania Gomes e Ricardo Castro, foram entusiásticos animadores do público, pedindo aplausos e puxando pela plateia.
Marcha de Marvila
os encontros e as conversas que acontecem nas ruas de Lisboa vieram com a marcha de Marvila. Preto e branco foram as cores predominantes nas roupas e nos arcos e as mulheres apareceram com golas altas e redondas, dançando e rodopiando com precisão.
O banco de jardim apareceu em representação do sítio onde os lisboetas se encontram e conversam nos jardins da cidade. Durante todo o desfile houve muitas palmas dos apoiantes do bairro, que se fizeram ouvir pela Avenida.
Marcha da Baixa
Com o som do apito a marcha da Baixa arrancou para a sua representação teatral. Aclamar a República foi o seu grande objectivo. Com espingardas ao ombro vinham os marchantes masculinos e elas embelezaram a Avenida com as cores de Portugal e várias bandeiras nacionais que se podiam ver também nos arcos.
Enquanto as mãos dos marchantes se agitavam no ar, as pessoas aplaudiam com entusiasmo. O grande momento do desfile foi a apresentação de uma bandeira nacional gigante.
Marcha do Castelo
O início da marcha do Castelo foi marcado pela queda dos arcos que estavam numa réplica do castelo, no entanto, os marchantes rapidamente repuseram as coisas e continuaram a marchar sem problemas de maior.
À frente da marcha veio a porta-bandeira com uma coroa na cabeça, sempre aclamada pelo público.
os arcos verdes, amarelos e vermelhos formaram vários quadrados que iam avançando com a marcha.
Os marchantes mulheres levavam pequenos arcos em forma de coração que faziam baloiçar nas mãos.
Quando terminou a primeira marcação, a satisfação popular fez-se ouvir com muitos aplausos.
Marcha dos Olivais
"Portugal renascido" entrou no desfile pela marcha dos Olivais. Os arcos são coroas e símbolos da República e o som da "Portuguesa" fez-se ouvir numa das marcações arrancando aplausos do público.
A grande surpresa estava guardada para o fim: Um livro verde gigante que dizia "Olivais, Portugal renascido". O livro abriu-se e apresentou no meio o símbolo da República.
Tanto homens como mulheres levavam chapéus, eles de chapéu alto e elas com laçarotes ao pescoço.
Marcha da Bica
Cestos gigantes com flores desceram a Avenida com a marcha da Bica que prestou homenagem a aguadeiras e vendedores de flores.
Um eléctrico cheio de marchantes começou a deslizar enquanto os restantes marchantes o acompanhavam a pé. À medida que avançavam, o eléctrico foi-se esvaziando.
Miniaturas de tons vermelhos andavam nos ombros dos marchantes masculinos e sempre que a coreografia mudava aumentavam os aplausos do público.
Marcha da Bela-Flor
Por Fátima Almeida, na Avenida da Liberdade
Bela-Flor trouxe a bandeira de Portugal nos arcos. Os homens vieram vestidos de oficiais do exército e as mulheres trajaram a nobreza. As cores predominantes no desfile foram o azul, o branco, o dourado e as cores da bandeira nacional para comemorar o centenário da República.
Deitadas de costas sobre os homens, as raparigas rodavam os vestidos com o brasão da República. Antes da coreografia começar, o padrinho, Vitor Enes, pediu a mão da madrinha, Samanta Castilho, para uma dança
Marcha da Graça
O tema escolhido pela marcha da Graça foi a implantação da República, retratando a tradição da monarquia. Os vestidos vermelhos e verdes das raparigas representavam a chegada da República e o azul dos fatos dos homens a monarquia.
As duas cores misturaram-se para retratar os dois períodos da história.
Quando chegou a representação da república foram lançados foguetes de serpentinas.
Marcha de Alfama
Alfama exibiu vestidos e arcos dourados inspirados na filigrana, também presente nos arcos. As danças típicas do norte também marcaram presença na marcha, que no ano passado venceu empatada com a marcha do Castelo.
Assim, com as cores do ouro sobre o azul, os padrinhos, Cinha Jardim e Carlos Mendonça, brindaram o público com sorrisos.
A madrinha, muito efusiva, logo se dirigiu aos populares saltando com o seu vestido rodado.
Marcha do Alto do Pina
no Alto do Pina engalanado o tema escolhido para este ano foi a fidalguia do século XVII.
O tema de época recriou os passeios das donzelas nas ruas do Alto do Pina e as lutas dos cavalheiros para as conquistar. Os marchantes levavam uma cabeleira branca e a madrinha, Vanda Stuart, uma azul.
Marcha de Alcântara
Por Filipa Fragoso, na Avenida da Liberdade
Com menos adereços que anteriormente, a marcha de Alcântara iniciou-se com arcos erguendo caravelas em tons de dourado e vermelho.
As pessoas que assistiam gritavam pela sua marcha "Alcântara é que é!".
Alcântara mostrou varinas e homenageou a cidade de Lisboa e Portugal.
Os marchantes quiseram mostrar a "arte sina" este ano revelada através da filigrana.
Marcha da Penha de França
Por Fátima Almeida, na Avenida da Liberdade
Penha de França trouxe o vermelho e o dourado à Avenida para celebrar a época dos Descobrimentos. No regresso às marchas, apresentaram os 500 anos da conquista de Goa.
A marcha cantou bem alto e entrou na festa com muita alegria. Quando os homens elevavam as raparigas no ar ouviam-se muitas palmas do público. O entusiasmo levou a que muitos populares entrassem no ritmo, marchando também com a penha de França numa noite que já ia longa.
Marcha da Mouraria
A Mouraria desceu a Avenida de dourado e vermelho usando "magia" e parte da história do bairro saída dos castelos mouriscos. "A Mouraria é que é!" repetiam os populares nas bancadas e muitas vozes puxaram pela marcha. A fechar o desfile, os padrinhos, Filipa de Castro e Duarte Siapa, distribuiram sorrisos e simpatia
In DN
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Alfama conquista primeiro lugar com homenagem à filigrana
Alfama conquista primeiro lugar com homenagem à filigrana
por Fátima Almeida
Hoje
Alfama levou uma explosão de dourado à Avenida. Numa homenagem à filigrana, a marcha desfilou com as cores do Ouro sobre Azul nos arcos, roupas e adereços inspirando-se no folclore minhoto. As danças típicas do norte marcaram presença na marcha que além do primeiro lugar conquistou ainda os títulos de melhor coreografia, desfile na avenida e musicalidade.
Este ano Alfama mudou de ensaiador, mas revalidou o título (com 247 pontos). Carlos Mendonça que tomou conta da marcha durante 20 anos este ano foi padrinho, uma homenagem que Alfama lhe prestou. A madrinha, Cinha Jardim, trouxe alegria e sorrisos à Avenida, saltando com o seu vestido rodado e dourado.
É a 12ª vez que Alfama vence o concurso das Marchas Populares desde 1990.
Com menos nove pontos Marvila ficou no segundo lugar, à semelhança do que aconteceu no ano passado. A marcha levou avenida momentos do quotidiano da cidade nas ruas, com conversas, reencontros, namoricos como acontecia antigamente. O cenário contava com bancos de jardins nos arcos e a calçada portuguesa tambm marcou uma forte presena com calceteiros a simular. Recriar as ruas valeu a Marvila também a categoria de melhor cenografia (em ex-aequo com Bica e Mouraria). Os padrinhos Vanessa Silva e Rui Santos desfilaram sorridentes.
A Bica, que levou o elevador repleto de marchantes, consegue o terceiro lugar, com 230 pontos, numa noite em que prestou uma homenagem aos aguadeiros e às vendedeiras de flores, personagens que fazem parte da história do bairro. Exibiram a cor com flores feitas de meias de senhoras que seguiam em grandes cestos, o que lhes valeu tambm conquistar a categoria de melhor cenografia. Marina Mota e Tiago Torres da Silva foram os padrinhos a sorrir pela Bica.
A Alcântara, que conquistou o quinto lugar, o júri atribuiu os galardões de melhor letra e composição original. O melhor figurino foi o das marchas de Carnide e do Castelo, consideraram os responsáveis pela votação.
As Marchas Populares são avaliadas com uma pontuação de 0 a 20 e em dois momentos: no Pavilhão Atlântico (nos passados dias 4, 5 e 6 de Junho) e na Avenida da Liberdade (12 de Junho) nas sete categorias (acima referidas).
Classificações finais das marchas populares 2010:
1º Alfama - 247
2º Marvila - 238
3º Bica - 230
4º Bairro Alto - 222
5º Alcântara - 217
6º Castelo - 210
7º Mouraria - 209
8º Madragoa - 206
9º Santa Engrácia - 204
10º Beato - 201
11º São Vicente - 196
12º Bela Flor - 189
13º Carnide e Graça (ex-aequo) - 187
14º Olivais - 186
15º Alto do Pina - 185
16º Baixa - 176
17º Penha de França - 174
18º Lumiar - 171
19 º Benfica - 148
Classificação por categoria:
Melhor Coreografia - Alfama
Melhor Cenografia - Bica, Marvila e Mouraria
Melhor Figurino - Carnide e Castelo
Melhor Letra - Alcântara
Melhor Musicalidade - Alfama
Melhor Composição Original - Alcântara
Melhor Desfile na Avenida - Alfama
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1592255&seccao=Sul
In DN
por Fátima Almeida
Hoje
Alfama levou uma explosão de dourado à Avenida. Numa homenagem à filigrana, a marcha desfilou com as cores do Ouro sobre Azul nos arcos, roupas e adereços inspirando-se no folclore minhoto. As danças típicas do norte marcaram presença na marcha que além do primeiro lugar conquistou ainda os títulos de melhor coreografia, desfile na avenida e musicalidade.
Este ano Alfama mudou de ensaiador, mas revalidou o título (com 247 pontos). Carlos Mendonça que tomou conta da marcha durante 20 anos este ano foi padrinho, uma homenagem que Alfama lhe prestou. A madrinha, Cinha Jardim, trouxe alegria e sorrisos à Avenida, saltando com o seu vestido rodado e dourado.
É a 12ª vez que Alfama vence o concurso das Marchas Populares desde 1990.
Com menos nove pontos Marvila ficou no segundo lugar, à semelhança do que aconteceu no ano passado. A marcha levou avenida momentos do quotidiano da cidade nas ruas, com conversas, reencontros, namoricos como acontecia antigamente. O cenário contava com bancos de jardins nos arcos e a calçada portuguesa tambm marcou uma forte presena com calceteiros a simular. Recriar as ruas valeu a Marvila também a categoria de melhor cenografia (em ex-aequo com Bica e Mouraria). Os padrinhos Vanessa Silva e Rui Santos desfilaram sorridentes.
A Bica, que levou o elevador repleto de marchantes, consegue o terceiro lugar, com 230 pontos, numa noite em que prestou uma homenagem aos aguadeiros e às vendedeiras de flores, personagens que fazem parte da história do bairro. Exibiram a cor com flores feitas de meias de senhoras que seguiam em grandes cestos, o que lhes valeu tambm conquistar a categoria de melhor cenografia. Marina Mota e Tiago Torres da Silva foram os padrinhos a sorrir pela Bica.
A Alcântara, que conquistou o quinto lugar, o júri atribuiu os galardões de melhor letra e composição original. O melhor figurino foi o das marchas de Carnide e do Castelo, consideraram os responsáveis pela votação.
As Marchas Populares são avaliadas com uma pontuação de 0 a 20 e em dois momentos: no Pavilhão Atlântico (nos passados dias 4, 5 e 6 de Junho) e na Avenida da Liberdade (12 de Junho) nas sete categorias (acima referidas).
Classificações finais das marchas populares 2010:
1º Alfama - 247
2º Marvila - 238
3º Bica - 230
4º Bairro Alto - 222
5º Alcântara - 217
6º Castelo - 210
7º Mouraria - 209
8º Madragoa - 206
9º Santa Engrácia - 204
10º Beato - 201
11º São Vicente - 196
12º Bela Flor - 189
13º Carnide e Graça (ex-aequo) - 187
14º Olivais - 186
15º Alto do Pina - 185
16º Baixa - 176
17º Penha de França - 174
18º Lumiar - 171
19 º Benfica - 148
Classificação por categoria:
Melhor Coreografia - Alfama
Melhor Cenografia - Bica, Marvila e Mouraria
Melhor Figurino - Carnide e Castelo
Melhor Letra - Alcântara
Melhor Musicalidade - Alfama
Melhor Composição Original - Alcântara
Melhor Desfile na Avenida - Alfama
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1592255&seccao=Sul
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Alfama ficou de ressaca após vitória na Avenida
Alfama ficou de ressaca após vitória na Avenida
por ISALTINA PADRÃO
Hoje
Ensaiador mudou, mas o testemunho parece ter sido bem passado. Alfama ficou a pé até conhecer a votação. Depois dormiu
A noite após a actuação na Avenida da Liberdade foi longa e dormir tornou-se na principal prioridade das gentes de Alfama, logo que o júri das marchas ditou a sentença pelas 08.00: Alfama é mais uma vez a vencedora das marchas populares de Lisboa (com este, o bairro arrecadou já 13 primeiros lugares desde 1990).
O ano passado, Alfama foi também vencedora a par do Castelo, mas, como não gostam "cá de ex aequos", dizem que este ano a vitória soube bem melhor. Ansiosos, poucos foram à cama antes de conhecer o resultado do concurso. Seguiram-se uns momentos de copos e folia. E, claro, a ressaca!
Consequência? Ontem, pelas três da tarde, reinava o silêncio e uma ou outra conversa que, por mais baixa que fosse, se ouvia em qualquer esquina ou artéria deste bairro alfacinha.
No Largo do Salvador, rangem finalmente as velhinhas portas de madeira, do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, onde se realizam os ensaios. Mário Rocha, que faz parte da comissão da marcha, e dois ou três ajudantes dão início aos preparativos para mais uma longa noite de festa. "Hoje vai haver arraial pela noite fora e vou propor que a sardinha seja à borla em virtude desta vitória merecida", disse ao DN, enquanto dava um jeito no bar e lavava o chão.
Garante que este prémio lhes saiu do pêlo, sobretudo à sua sobrinha Vanessa Rocha, a quem coube a tarefa de substituir Carlos Mendonça como ensaiadora de uma marcha que há 20 anos era "domesticada" por este homem, cuja disciplina e rigor, pode dizer- -se, são quase a sua imagem de marca (ver texto ao lado).
E, no geral, o prémio é por todos mesmo dedicado à sucessora de Carlos Mendonça. "A Vanessa é uma boa ensaiadora. Ela aprendeu bem a lição", frisa a nortenha Maria do Cravo Rocha do alto dos seus 78 anos, 34 deles vividos em Alfama. No largo deserto, e com a pequena bisneta na anca, arregala os olhos que passaram a noite em claro e ergue a voz: "Alfama é a melhor, sem tirar nem pôr."
O "despertador vocal" ecoou no largo e, uma a uma, as portadas das janelas começaram a abrir-se com rostos sonolentos a espreitar a luz do dia. Por esta hora, já os responsáveis da marcha caminhavam para a Praça do Rossio, para dar entrevistas e falar da vitória e da marcha que este ano, segundo Vanessa Rocha, "prestou homenagem às mulheres de Alfama e à filigrana em ouro que elas usam".
In DN
por ISALTINA PADRÃO
Hoje
Ensaiador mudou, mas o testemunho parece ter sido bem passado. Alfama ficou a pé até conhecer a votação. Depois dormiu
A noite após a actuação na Avenida da Liberdade foi longa e dormir tornou-se na principal prioridade das gentes de Alfama, logo que o júri das marchas ditou a sentença pelas 08.00: Alfama é mais uma vez a vencedora das marchas populares de Lisboa (com este, o bairro arrecadou já 13 primeiros lugares desde 1990).
O ano passado, Alfama foi também vencedora a par do Castelo, mas, como não gostam "cá de ex aequos", dizem que este ano a vitória soube bem melhor. Ansiosos, poucos foram à cama antes de conhecer o resultado do concurso. Seguiram-se uns momentos de copos e folia. E, claro, a ressaca!
Consequência? Ontem, pelas três da tarde, reinava o silêncio e uma ou outra conversa que, por mais baixa que fosse, se ouvia em qualquer esquina ou artéria deste bairro alfacinha.
No Largo do Salvador, rangem finalmente as velhinhas portas de madeira, do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, onde se realizam os ensaios. Mário Rocha, que faz parte da comissão da marcha, e dois ou três ajudantes dão início aos preparativos para mais uma longa noite de festa. "Hoje vai haver arraial pela noite fora e vou propor que a sardinha seja à borla em virtude desta vitória merecida", disse ao DN, enquanto dava um jeito no bar e lavava o chão.
Garante que este prémio lhes saiu do pêlo, sobretudo à sua sobrinha Vanessa Rocha, a quem coube a tarefa de substituir Carlos Mendonça como ensaiadora de uma marcha que há 20 anos era "domesticada" por este homem, cuja disciplina e rigor, pode dizer- -se, são quase a sua imagem de marca (ver texto ao lado).
E, no geral, o prémio é por todos mesmo dedicado à sucessora de Carlos Mendonça. "A Vanessa é uma boa ensaiadora. Ela aprendeu bem a lição", frisa a nortenha Maria do Cravo Rocha do alto dos seus 78 anos, 34 deles vividos em Alfama. No largo deserto, e com a pequena bisneta na anca, arregala os olhos que passaram a noite em claro e ergue a voz: "Alfama é a melhor, sem tirar nem pôr."
O "despertador vocal" ecoou no largo e, uma a uma, as portadas das janelas começaram a abrir-se com rostos sonolentos a espreitar a luz do dia. Por esta hora, já os responsáveis da marcha caminhavam para a Praça do Rossio, para dar entrevistas e falar da vitória e da marcha que este ano, segundo Vanessa Rocha, "prestou homenagem às mulheres de Alfama e à filigrana em ouro que elas usam".
In DN
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São João não escapa a críticas de descaracte
São João não escapa a críticas de descaracterização
por JOANA DE BELÉM
Hoje
Tradição ainda é o que era, mas o historiador Helder Pacheco lamenta certa "desertificação espiritual" nos festejos sanjoaninos.
Já há carvão em brasa nos fogareiros das vielas e há muito que as vendedoras apregoam os cheirosos manjericos. A mais amada das festas do Porto está aí à porta, e são visíveis os preparativos para a noite (quarta para quinta-feira) de todas as folias e descontracções, com sabor a caldo verde e sardinha assada. Foliões aos milhares correrão as ruas de lés a lés, entre pancadas de alho-porro e o cada vez mais hegemónico martelinho, uma inovação de final dos anos 60 que foi roubando o protagonismo do malcheiroso vegetal.
A tradição ainda é o que era, "mas está mais mudada e não tinha de ser assim", diz um dos mais conhecidos historiadores da cidade. De alguma forma vendeu-se a alma ao Diabo, considera Helder Pacheco, que defende um "equilíbrio entre as grandes características em muitas das tradições da festa e as mudanças que são inevitáveis". "Esse era o desafio", diz.
O homem que em 2006 conseguiu a reintrodução do bolo de S. João, a principal especialidade sanjoanina que estava extinta desde o final da Segunda Guerra Mundial, autor do Livro de S. João [dois tomos de 900 páginas sobre a tradição], afirma que os "arraiais de bairro praticamente desapareceram, o que significa uma forma de desertificação espiritual" .
"Ontem andei pela cidade e apanhei dois arraiais, quando antes havia centenas por toda a cidade", diz o historiador e escritor, que critica as actividades de animação da Baixa. "Importante seria manter o que as torna atractivas, internacionalizáveis. E isso faz-se com o diferente e com a diversidade cultural." "É possível reinventar mas manter algumas tradições, no sentido de tornar a cidade competitiva, apresentando a sua identidade. No fundo, não vender a alma ao Diabo", considera.
Opiniões à parte, a verdade é que a cidade está pronta para "acolher" o santo que se diz favorecer os amores. A honra de abertura dos festejos vai caber aos Blind Zero, que à meia-noite do dia 24 apresenta Luna Park num concerto no exterior da Casa da Música. Depois do concerto, a banda portuense vai entrar num autocarro que irá percorrer as principais artérias do Porto.
Durante este período, a cidade vive um conjunto de manifestações de cariz popular, entre espectáculos culturais e recreativos, rusgas e a já famosa regata dos barcos rabelos, desde a Foz do Douro até à Ponte D. Luiz I, na Ribeira. Do programa, e um dos pontos altos das festas, consta ainda a grande corrida popular em honra do São João [um percurso de 15 quilómetros, com partida e chegada na Avenida Brasil, junto à Praceta do Molhe], os concursos de cascatas, de montras e de quadras populares. A autarquia anuncia ainda uma série de visitas guiadas sob o motivo do São João, que visam não apenas os portuenses mas também os muitos turistas que por esta altura visitam a cidade. Para lá dos eventos organizados, as ruas enchem-se de novos e velhos, ricos e pobres, de ornamentações e iluminações festivas, barracas de petiscos e bailes ao ar livre.
In DN
por JOANA DE BELÉM
Hoje
Tradição ainda é o que era, mas o historiador Helder Pacheco lamenta certa "desertificação espiritual" nos festejos sanjoaninos.
Já há carvão em brasa nos fogareiros das vielas e há muito que as vendedoras apregoam os cheirosos manjericos. A mais amada das festas do Porto está aí à porta, e são visíveis os preparativos para a noite (quarta para quinta-feira) de todas as folias e descontracções, com sabor a caldo verde e sardinha assada. Foliões aos milhares correrão as ruas de lés a lés, entre pancadas de alho-porro e o cada vez mais hegemónico martelinho, uma inovação de final dos anos 60 que foi roubando o protagonismo do malcheiroso vegetal.
A tradição ainda é o que era, "mas está mais mudada e não tinha de ser assim", diz um dos mais conhecidos historiadores da cidade. De alguma forma vendeu-se a alma ao Diabo, considera Helder Pacheco, que defende um "equilíbrio entre as grandes características em muitas das tradições da festa e as mudanças que são inevitáveis". "Esse era o desafio", diz.
O homem que em 2006 conseguiu a reintrodução do bolo de S. João, a principal especialidade sanjoanina que estava extinta desde o final da Segunda Guerra Mundial, autor do Livro de S. João [dois tomos de 900 páginas sobre a tradição], afirma que os "arraiais de bairro praticamente desapareceram, o que significa uma forma de desertificação espiritual" .
"Ontem andei pela cidade e apanhei dois arraiais, quando antes havia centenas por toda a cidade", diz o historiador e escritor, que critica as actividades de animação da Baixa. "Importante seria manter o que as torna atractivas, internacionalizáveis. E isso faz-se com o diferente e com a diversidade cultural." "É possível reinventar mas manter algumas tradições, no sentido de tornar a cidade competitiva, apresentando a sua identidade. No fundo, não vender a alma ao Diabo", considera.
Opiniões à parte, a verdade é que a cidade está pronta para "acolher" o santo que se diz favorecer os amores. A honra de abertura dos festejos vai caber aos Blind Zero, que à meia-noite do dia 24 apresenta Luna Park num concerto no exterior da Casa da Música. Depois do concerto, a banda portuense vai entrar num autocarro que irá percorrer as principais artérias do Porto.
Durante este período, a cidade vive um conjunto de manifestações de cariz popular, entre espectáculos culturais e recreativos, rusgas e a já famosa regata dos barcos rabelos, desde a Foz do Douro até à Ponte D. Luiz I, na Ribeira. Do programa, e um dos pontos altos das festas, consta ainda a grande corrida popular em honra do São João [um percurso de 15 quilómetros, com partida e chegada na Avenida Brasil, junto à Praceta do Molhe], os concursos de cascatas, de montras e de quadras populares. A autarquia anuncia ainda uma série de visitas guiadas sob o motivo do São João, que visam não apenas os portuenses mas também os muitos turistas que por esta altura visitam a cidade. Para lá dos eventos organizados, as ruas enchem-se de novos e velhos, ricos e pobres, de ornamentações e iluminações festivas, barracas de petiscos e bailes ao ar livre.
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