Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
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Vagueante
RONALDO ALMEIDA
Vitor mango
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Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
04.09.2008 - 19h29 Lusa
Karl e Joseph manifestaram-se encantados com Lisboa e prometeram voltar à capital portuguesa, já não a bordo do cruzeiro gay que hoje à tarde acostou à Rocha do Conde Óbidos, mas para apreciarem a arquitectura e voltarem aos "maravilhosos" pastéis de Belém.
"A cidade é magnífica. A arquitectura é linda. Visitámos Belém e a pastelaria com uns bolos maravilhosos, os Jerónimos e também a baixa. Queremos voltar", garantiu Joseph, 50 anos, cabeleireiro em Miami, EUA, e um dos quase dois mil turistas gays a bordo do Celebrity Constellation.
Karl, um médico de 40 anos, é mais reservado e admitiu que já esperava a beleza da cidade de Lisboa porque "ouviu todas as histórias" pelos portugueses que conheceu em Boston, a sua cidade natal nos Estados Unidos: "Sim, gosto da cidade. É o que esperava. Eles contaram-me tudo".
O cruzeiro largou de Harwich, nos arredores de Londres, a 30 de Agosto e chegou hoje a Lisboa, pelo meio-dia. O navio deixa a cidade pelas 16h00 de sexta-feira rumo a Cádis e depois Ibiza e Barcelona, onde está previsto aportar a 9 de Setembro.
Na Rocha do Conde Óbidos o dia era quase idêntico a muitos outros em que chegam cruzeiros de grande porte a Lisboa, com um vaivém constante de autocarros de excursão entrando e saindo da zona, excepção feita ao facto do público a que se destinava ser especificamente "gay".
Fora isso, tudo o que rodeiou este cruzeiro era "normal", como sublinhou Joseph: "É como qualquer outro cruzeiro, com animação muito variada: teatro, festas, cinema e até espectáculos de hipnotismo e onde estão gays de todas as idades, embora a maioria seja de meia-idade".
Fora do vulgar, para o cabeleireiro de Miami, que tal como o companheiro pagou mais de 2000 dólares pela viagem (quase 1500 euros), é a "espectacular" colecção de arte contemporânea, com muitas esculturas, quadros e fotografias espalhada pelo navio.
A presença do Celebrity Constellation em Lisboa, com quase dois mil turistas gays, não passou despercebida às várias casas de diversão da capital que trabalham com clientela gay, tanto mais que o público a bordo tem um inegável poder aquisitivo.
O Labyrinto, o "primeiro clube gay direccionado para o sexo", situado junto à Assembleia da República, em São Bento, aproveitou as primeiras horas do cruzeiro em Lisboa para fazer uma acção de promoção junto de potenciais clientes, segundo revelou Hélder Tiago.
"O nosso clube é apenas para membros, com mais de 18 anos, e organizamos eventos que satisfazem os seus fetiches, como por exemplo uma festa 'leather' ou de 'underwear', onde podem dar largas às suas fantasias", explicou.
Hélder Tiago garantiu que "Lisboa não é uma cidade que cativa o turismo gay", mas reconheceu, por conversas com pessoas ligadas à organização do cruzeiro, que esta é também uma forma de tentar introduzir a cidade na rota daquele tipo de turismo.
"É a primeira vez que vem assim um cruzeiro destes cá e só fica um dia. Pode ser que isto os cative a vir mais, até porque é um público que interessa, e alguns pagaram até 13.000 dólares (quase 10.000 euros) por este cruzeiro", salientou.
As festas a bordo são uma constante, mas hoje a noite promete ser nos vários bares e discotecas da capital portuguesa, com o Bairro Alto a estar definitivamente no roteiro dos turistas do Celebrity Constellation, o primeiro grande cruzeiro gay a visitar Lisboa.
04.09.2008 - 19h29 Lusa
Karl e Joseph manifestaram-se encantados com Lisboa e prometeram voltar à capital portuguesa, já não a bordo do cruzeiro gay que hoje à tarde acostou à Rocha do Conde Óbidos, mas para apreciarem a arquitectura e voltarem aos "maravilhosos" pastéis de Belém.
"A cidade é magnífica. A arquitectura é linda. Visitámos Belém e a pastelaria com uns bolos maravilhosos, os Jerónimos e também a baixa. Queremos voltar", garantiu Joseph, 50 anos, cabeleireiro em Miami, EUA, e um dos quase dois mil turistas gays a bordo do Celebrity Constellation.
Karl, um médico de 40 anos, é mais reservado e admitiu que já esperava a beleza da cidade de Lisboa porque "ouviu todas as histórias" pelos portugueses que conheceu em Boston, a sua cidade natal nos Estados Unidos: "Sim, gosto da cidade. É o que esperava. Eles contaram-me tudo".
O cruzeiro largou de Harwich, nos arredores de Londres, a 30 de Agosto e chegou hoje a Lisboa, pelo meio-dia. O navio deixa a cidade pelas 16h00 de sexta-feira rumo a Cádis e depois Ibiza e Barcelona, onde está previsto aportar a 9 de Setembro.
Na Rocha do Conde Óbidos o dia era quase idêntico a muitos outros em que chegam cruzeiros de grande porte a Lisboa, com um vaivém constante de autocarros de excursão entrando e saindo da zona, excepção feita ao facto do público a que se destinava ser especificamente "gay".
Fora isso, tudo o que rodeiou este cruzeiro era "normal", como sublinhou Joseph: "É como qualquer outro cruzeiro, com animação muito variada: teatro, festas, cinema e até espectáculos de hipnotismo e onde estão gays de todas as idades, embora a maioria seja de meia-idade".
Fora do vulgar, para o cabeleireiro de Miami, que tal como o companheiro pagou mais de 2000 dólares pela viagem (quase 1500 euros), é a "espectacular" colecção de arte contemporânea, com muitas esculturas, quadros e fotografias espalhada pelo navio.
A presença do Celebrity Constellation em Lisboa, com quase dois mil turistas gays, não passou despercebida às várias casas de diversão da capital que trabalham com clientela gay, tanto mais que o público a bordo tem um inegável poder aquisitivo.
O Labyrinto, o "primeiro clube gay direccionado para o sexo", situado junto à Assembleia da República, em São Bento, aproveitou as primeiras horas do cruzeiro em Lisboa para fazer uma acção de promoção junto de potenciais clientes, segundo revelou Hélder Tiago.
"O nosso clube é apenas para membros, com mais de 18 anos, e organizamos eventos que satisfazem os seus fetiches, como por exemplo uma festa 'leather' ou de 'underwear', onde podem dar largas às suas fantasias", explicou.
Hélder Tiago garantiu que "Lisboa não é uma cidade que cativa o turismo gay", mas reconheceu, por conversas com pessoas ligadas à organização do cruzeiro, que esta é também uma forma de tentar introduzir a cidade na rota daquele tipo de turismo.
"É a primeira vez que vem assim um cruzeiro destes cá e só fica um dia. Pode ser que isto os cative a vir mais, até porque é um público que interessa, e alguns pagaram até 13.000 dólares (quase 10.000 euros) por este cruzeiro", salientou.
As festas a bordo são uma constante, mas hoje a noite promete ser nos vários bares e discotecas da capital portuguesa, com o Bairro Alto a estar definitivamente no roteiro dos turistas do Celebrity Constellation, o primeiro grande cruzeiro gay a visitar Lisboa.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
QUE NOJO!!!!!!!!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Não haverá cá maricas que cheguem?
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Vagueante escreveu:Não haverá cá maricas que cheguem?
O intercâmbio está na moda.
Não tenho nada contra nem a favor dos homossexuais. Têm tanto direito à vida como qualquer outro ser humano. Tenho amigos que o são. Não os rotulo, nem os trato de forma diferente por esse facto.
Neste tipo de eventos, a única coisa que me faz confusão são este tipo de "manifestações", no meu entender algo despropositadas, só para mostrar que são diferentes. Diferentes de quem, e em quê? Só nas preferências sexuais.
O que acaba por ser ridículo nestas "manifestações", é que acabam por transformar algo que os próprios intervenientes pretendem que seja visto e aceite como natural, num "circo" deprimente.
Claro que esta é só a minha opinião, à qual tenho direito. Mas podem haver outras.
Red Devil- Pontos : 0
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Red Devil escreveu:Vagueante escreveu:Não haverá cá maricas que cheguem?
O intercâmbio está na moda.
Não tenho nada contra nem a favor dos homossexuais. Têm tanto direito à vida como qualquer outro ser humano. Tenho amigos que o são. Não os rotulo, nem os trato de forma diferente por esse facto.
Neste tipo de eventos, a única coisa que me faz confusão são este tipo de "manifestações", no meu entender algo despropositadas, só para mostrar que são diferentes. Diferentes de quem, e em quê? Só nas preferências sexuais.
O que acaba por ser ridículo nestas "manifestações", é que acabam por transformar algo que os próprios intervenientes pretendem que seja visto e aceite como natural, num "circo" deprimente.
Claro que esta é só a minha opinião, à qual tenho direito. Mas podem haver outras.
Na mouche, caro RED. Completamente de acordo....
Viriato- Pontos : 16657
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Red Devil escreveu:Vagueante escreveu:Não haverá cá maricas que cheguem?
O intercâmbio está na moda.
Não tenho nada contra nem a favor dos homossexuais. Têm tanto direito à vida como qualquer outro ser humano. Tenho amigos que o são. Não os rotulo, nem os trato de forma diferente por esse facto.
Neste tipo de eventos, a única coisa que me faz confusão são este tipo de "manifestações", no meu entender algo despropositadas, só para mostrar que são diferentes. Diferentes de quem, e em quê? Só nas preferências sexuais.
O que acaba por ser ridículo nestas "manifestações", é que acabam por transformar algo que os próprios intervenientes pretendem que seja visto e aceite como natural, num "circo" deprimente.
Claro que esta é só a minha opinião, à qual tenho direito. Mas podem haver outras.
Neste tipo de eventos, a única coisa que me faz confusão são este tipo de "manifestações", no meu entender algo despropositadas, só para mostrar que são diferentes. Diferentes de quem, e em quê? Só nas preferências sexuais.
caro REd subscrevo também as suas notas
e se me permitem a graça
ha uma piada Divina
Se GOD quisesse os maricas
alem do Adão e da Eva teria criado o IVO
(*) nada de piadas á IVA
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Por falar em IVA...
Socialista Trotskista- Pontos : 41
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
e Iva vai um
========================0
— Eu acho que o IVA devia aumentar… ou então diminuir… Assim como está é que não dá jeito nenhum!
Quem assim falava era o meu amigo Oliveira, e eu explico porquê:
Sendo, como já vos contei, pessoa avessa a tudo o que seja novidade ou evolução tecnológica, ele fazia questão de gerir o seu negócio apenas com lápis e papel… Calculadoras, (mesmo quando já eram coisa comum e barata, e oferecidas de brinde em caixas de detergente) nem pensar!
E assim, quem quisesse divertir-se, só tinha que ir à loja dele vê-lo fazer contas de cabeça e usando o "e-vai-um"!
A maravilha final vinha com o antigo Imposto de Transacções e (mais recentemente) com o IVA!
Oliveira especializara-se nas tabuadas do "15", e mais tarde na do "16"…
Verdade se diga que, devido à crescente complexidade de tão estranhas contas, a sua maior ambição era que o IVA descesse para 10% ou subisse para 20%!
¾ Poupava imenso tempo!
Bem, mas lá acabou por comprar uma máquina de calcular barata e em segunda mão, que fazia as quatro operações impecavelmente…
Como nesses tempos o negócio até corria bem, era ver como ele geria quantias consideráveis com aquela coisa!
¾ Já viu quantos dígitos isto tem?! Já viu quantos milhões de contos consigo eu gerir com esta coisinha? - exultava ele, ufano por ter conseguido aderir a um progresso tecnológico.
Tal como já contei, também, um dia ele comprou um computador ao qual, porém, não dava outra utilidade que não fosse gerir, melhor ou pior, a base de dados do armazém.
Nunca consegui convencê-lo a usar, sequer, um programa de contabilidade, nem a mais simples folha de cálculo!
Um dia, em minha casa, calhou ele ver-me a trabalhar com um desses programas, e a conversa, como não podia deixar de ser, foi no sentido de lhe explicar quanto era simples:
Nada mais do que uma enorme folha quadriculada, em que as celas são referenciadas por letras (na horizontal) e números (na vertical).
¾ O que você escrever com o teclado vai entrar nestas casinhas - expliquei eu - Imagine que na cela A1 você escreve o valor 2; e que na cela A2 escreve o valor 3. Imagine agora que quer que, na cela B5, figure a soma das outras duas. Só tem que escrever, nela, "=A1+A2"! E aparece logo o valor 5. Se quiser outras contas mais difíceis, o caminho é semelhante. Aprende-se depressa, quase que basta saber ler e escrever!
Oliveira estava espantado! Como é que nunca tomara contacto com uma coisa tão simples?! Nem sequer quisera ver!
Sentou-se ao pé de mim e, de olhos arregalados, pediu para ver mais pormenores:
Como é que se encolhiam ou alargavam as celas; como é que era possível atribuir-lhes uma cor; como é que se modificava o tipo de letra, e coisas assim.
«Bem» - pensei eu - «afinal sempre estás mais evoluído do que certas pessoas que eu conheço, para quem o computador é um bicho-de-sete-cabeças e que se recusam a usá-lo ou até mesmo a encará-lo de frente!».
E foi com esse meu entusiasmo ingénuo que procurei levá-lo a interessar-se por outros programas, igualmente simples e úteis:
Um processador de texto, uma base de dados, uma agenda…
Mas nada feito.
Ele só queria ver a folha de cálculo.
¾ Seja! Uma coisa de cada vez… - anuí.- De facto, querer passar, numa noite, de uma máquina de calcular para o Office, é pedir muito… Continuamos noutra altura.
¾ Não continuamos nada noutra altura! Essas outras coisas não me interessam. Já estou farto de lhe dizer que, para mim, progresso só o estritamente necessário. O resto são modas, modernices e necessidades artificiais!
E começou a mostrar-se irritado, reacção habitual em qualquer inforfóbico que se preza quando confrontado com a sua ignorância e a necessidade de a combater numa luta para a qual não se sente com forças.
E a nossa conversa acabou assim, um pouco bruscamente.
Mas, no fundo, eu sabia que ele ia a correr instalar o programa no seu velho computador, começar a familiarizar-se com o uso do rato, etc.
Por isso, não resisti a passar pela sua loja alguns dias depois.
Oliveira estava ocupado a atender um cliente.
Isso era uma actividade que dava gosto ver:
Como eram - Ultimamente - tão raros, ele arranjava mil-e-uma maneiras de os reter e entreter, para alimentar a triste ilusão de que não tinha a loja vazia tanto tempo… E, como sempre foi um bom conversador (e conservador?) lá conseguia que a venda de um transístor de 20 escudos durasse mais de uma hora…
E foi aproveitando essa distracção (e abusando da nossa confiança de muitos anos) que eu entrei pelo balcão a dentro e comecei a mexer no computador procurando ficheiros com extensão "xls", indicativos do uso de folhas de cálculo.
E se havia!
Ora aconteceu que, no momento exacto em que abria a primeira (com a estranha referência batnav1.xls), ele se apercebeu do que eu estava a fazer e procurou impedir-me.
Mas já não foi a tempo…
E ali tinha eu, na minha frente, um écran com uma gorda "folha de cálculo", com colunas de A a J e linhas de 1 a 10, com celas vazias de números mas pintadas a preto formando estranhas figuras…
Estava descoberto o segredo:
Oliveira usava a versão mais moderna do Excel que o seu velho PC comportava… para jogar à Batalha Naval!
_____
[i]
Esta crónica foi publicada no «Expresso», suplemento «XXI», em 23 Ago 97
========================0
— Eu acho que o IVA devia aumentar… ou então diminuir… Assim como está é que não dá jeito nenhum!
Quem assim falava era o meu amigo Oliveira, e eu explico porquê:
Sendo, como já vos contei, pessoa avessa a tudo o que seja novidade ou evolução tecnológica, ele fazia questão de gerir o seu negócio apenas com lápis e papel… Calculadoras, (mesmo quando já eram coisa comum e barata, e oferecidas de brinde em caixas de detergente) nem pensar!
E assim, quem quisesse divertir-se, só tinha que ir à loja dele vê-lo fazer contas de cabeça e usando o "e-vai-um"!
A maravilha final vinha com o antigo Imposto de Transacções e (mais recentemente) com o IVA!
Oliveira especializara-se nas tabuadas do "15", e mais tarde na do "16"…
Verdade se diga que, devido à crescente complexidade de tão estranhas contas, a sua maior ambição era que o IVA descesse para 10% ou subisse para 20%!
¾ Poupava imenso tempo!
Bem, mas lá acabou por comprar uma máquina de calcular barata e em segunda mão, que fazia as quatro operações impecavelmente…
Como nesses tempos o negócio até corria bem, era ver como ele geria quantias consideráveis com aquela coisa!
¾ Já viu quantos dígitos isto tem?! Já viu quantos milhões de contos consigo eu gerir com esta coisinha? - exultava ele, ufano por ter conseguido aderir a um progresso tecnológico.
Tal como já contei, também, um dia ele comprou um computador ao qual, porém, não dava outra utilidade que não fosse gerir, melhor ou pior, a base de dados do armazém.
Nunca consegui convencê-lo a usar, sequer, um programa de contabilidade, nem a mais simples folha de cálculo!
Um dia, em minha casa, calhou ele ver-me a trabalhar com um desses programas, e a conversa, como não podia deixar de ser, foi no sentido de lhe explicar quanto era simples:
Nada mais do que uma enorme folha quadriculada, em que as celas são referenciadas por letras (na horizontal) e números (na vertical).
¾ O que você escrever com o teclado vai entrar nestas casinhas - expliquei eu - Imagine que na cela A1 você escreve o valor 2; e que na cela A2 escreve o valor 3. Imagine agora que quer que, na cela B5, figure a soma das outras duas. Só tem que escrever, nela, "=A1+A2"! E aparece logo o valor 5. Se quiser outras contas mais difíceis, o caminho é semelhante. Aprende-se depressa, quase que basta saber ler e escrever!
Oliveira estava espantado! Como é que nunca tomara contacto com uma coisa tão simples?! Nem sequer quisera ver!
Sentou-se ao pé de mim e, de olhos arregalados, pediu para ver mais pormenores:
Como é que se encolhiam ou alargavam as celas; como é que era possível atribuir-lhes uma cor; como é que se modificava o tipo de letra, e coisas assim.
«Bem» - pensei eu - «afinal sempre estás mais evoluído do que certas pessoas que eu conheço, para quem o computador é um bicho-de-sete-cabeças e que se recusam a usá-lo ou até mesmo a encará-lo de frente!».
E foi com esse meu entusiasmo ingénuo que procurei levá-lo a interessar-se por outros programas, igualmente simples e úteis:
Um processador de texto, uma base de dados, uma agenda…
Mas nada feito.
Ele só queria ver a folha de cálculo.
¾ Seja! Uma coisa de cada vez… - anuí.- De facto, querer passar, numa noite, de uma máquina de calcular para o Office, é pedir muito… Continuamos noutra altura.
¾ Não continuamos nada noutra altura! Essas outras coisas não me interessam. Já estou farto de lhe dizer que, para mim, progresso só o estritamente necessário. O resto são modas, modernices e necessidades artificiais!
E começou a mostrar-se irritado, reacção habitual em qualquer inforfóbico que se preza quando confrontado com a sua ignorância e a necessidade de a combater numa luta para a qual não se sente com forças.
E a nossa conversa acabou assim, um pouco bruscamente.
Mas, no fundo, eu sabia que ele ia a correr instalar o programa no seu velho computador, começar a familiarizar-se com o uso do rato, etc.
Por isso, não resisti a passar pela sua loja alguns dias depois.
Oliveira estava ocupado a atender um cliente.
Isso era uma actividade que dava gosto ver:
Como eram - Ultimamente - tão raros, ele arranjava mil-e-uma maneiras de os reter e entreter, para alimentar a triste ilusão de que não tinha a loja vazia tanto tempo… E, como sempre foi um bom conversador (e conservador?) lá conseguia que a venda de um transístor de 20 escudos durasse mais de uma hora…
E foi aproveitando essa distracção (e abusando da nossa confiança de muitos anos) que eu entrei pelo balcão a dentro e comecei a mexer no computador procurando ficheiros com extensão "xls", indicativos do uso de folhas de cálculo.
E se havia!
Ora aconteceu que, no momento exacto em que abria a primeira (com a estranha referência batnav1.xls), ele se apercebeu do que eu estava a fazer e procurou impedir-me.
Mas já não foi a tempo…
E ali tinha eu, na minha frente, um écran com uma gorda "folha de cálculo", com colunas de A a J e linhas de 1 a 10, com celas vazias de números mas pintadas a preto formando estranhas figuras…
Estava descoberto o segredo:
Oliveira usava a versão mais moderna do Excel que o seu velho PC comportava… para jogar à Batalha Naval!
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Esta crónica foi publicada no «Expresso», suplemento «XXI», em 23 Ago 97
Vitor mango- Pontos : 118184
1900 turistas gay enchem a capital
Lisboa já faz parte dos roteiros gay e a prova disso é o desembarque de 1900 turistas homossexuais na capital, que viajam no cruzeiro ‘Celebrity Constellation’.
"É a primeira vez que estamos em Lisboa e achamos que é uma cidade simpática. Queremos visitar Sintra, Cascais e conhecer a noite. Sabemos que há algumas festas por aí... (risos)", diz ao CM Bruce, de 48 anos, um dos efusivos tripulantes homossexuais desta viagem que custa entre 1260 e 9100 euros, por pessoa. "Também contamos ter um jantar a dois", continua o norte-americano, natural do Arizona, casado há um ano com Kevin, de 43 anos. "E, claro, vamos visitar os bares gay aqui da zona (risos)", acrescenta o companheiro.
O casal norte-americano viaja com outro par, Don e Michael, de Miami. "Somos amigos de longa data e queremos divertir-nos em Lisboa", asseguram, divertidos.
Sobre a reacção das pessoas perante a sua escolha sexual, estes turistas não se preocupam. "Ninguém nos incomoda, mas também sabemos que as mentalidades estão a mudar", explica Michael, que foi casado com uma mulher até conhecer o companheiro, Don, com quem quer ter "filhos adoptivos". Apesar de curiosos em relação à ‘movida’ gay em Lisboa, anseiam por chegar a Espanha, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido. "No ano passado estive em Barcelona e adorei. É fantástico que este cruzeiro passe por lá. Eu e o Kevin não gostamos da ideia de ficar em terra, num hotel banal, preferimos andar no mar e estes cruzeiros são excelentes, loucos mesmo", revela Bruce, antes de entrar para um dos vários autocarros que levaram os 1900 homossexuais para os hotéis da cidade. No navio, viajam apenas cerca de cem lésbicas.
De entre as actividades a bordo, destacam-se as piscinas e SPA, serviços de massagens, espectáculos de cabaret e discotecas.
Durante a tarde, os turistas do ‘Barco do Amor’ gay, como é apelidado o cruzeiro do ‘Celebrity Constellation’, dedicaram-se às compras, bem como a tripulação.
O cruzeiro partiu de Harwich (Inglaterra) em 30 de Agosto e zarpa hoje à tarde do Cais de Alcântara, para Cádiz, no sul de Espanha. Seguir-se-á Ibiza, nas ilhas Baleares, e Barcelona, onde os 1900 homossexuais atracam terça-feira.
Centenas de casais gay desembarcaram
em Lisboa e alguns não se
coibiram de se beijar para o CM
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Afinal é uma excursão de AMARICANADOS
"É a primeira vez que estamos em Lisboa e achamos que é uma cidade simpática. Queremos visitar Sintra, Cascais e conhecer a noite. Sabemos que há algumas festas por aí... (risos)", diz ao CM Bruce, de 48 anos, um dos efusivos tripulantes homossexuais desta viagem que custa entre 1260 e 9100 euros, por pessoa. "Também contamos ter um jantar a dois", continua o norte-americano, natural do Arizona, casado há um ano com Kevin, de 43 anos. "E, claro, vamos visitar os bares gay aqui da zona (risos)", acrescenta o companheiro.
O casal norte-americano viaja com outro par, Don e Michael, de Miami. "Somos amigos de longa data e queremos divertir-nos em Lisboa", asseguram, divertidos.
Sobre a reacção das pessoas perante a sua escolha sexual, estes turistas não se preocupam. "Ninguém nos incomoda, mas também sabemos que as mentalidades estão a mudar", explica Michael, que foi casado com uma mulher até conhecer o companheiro, Don, com quem quer ter "filhos adoptivos". Apesar de curiosos em relação à ‘movida’ gay em Lisboa, anseiam por chegar a Espanha, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido. "No ano passado estive em Barcelona e adorei. É fantástico que este cruzeiro passe por lá. Eu e o Kevin não gostamos da ideia de ficar em terra, num hotel banal, preferimos andar no mar e estes cruzeiros são excelentes, loucos mesmo", revela Bruce, antes de entrar para um dos vários autocarros que levaram os 1900 homossexuais para os hotéis da cidade. No navio, viajam apenas cerca de cem lésbicas.
De entre as actividades a bordo, destacam-se as piscinas e SPA, serviços de massagens, espectáculos de cabaret e discotecas.
Durante a tarde, os turistas do ‘Barco do Amor’ gay, como é apelidado o cruzeiro do ‘Celebrity Constellation’, dedicaram-se às compras, bem como a tripulação.
O cruzeiro partiu de Harwich (Inglaterra) em 30 de Agosto e zarpa hoje à tarde do Cais de Alcântara, para Cádiz, no sul de Espanha. Seguir-se-á Ibiza, nas ilhas Baleares, e Barcelona, onde os 1900 homossexuais atracam terça-feira.
Centenas de casais gay desembarcaram
em Lisboa e alguns não se
coibiram de se beijar para o CM
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Afinal é uma excursão de AMARICANADOS
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Pure Excitement Onboard.
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
Se afundasse NAO SE PERDIA NADA!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
o mar salgado tudo purifica e desinfecta!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Cruzeiro "gay" com dois mil turistas chegou hoje a Lisboa
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pois
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pois
Vitor mango- Pontos : 118184
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