Artur Agostinho
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Artur Agostinho
Artur Agostinho
Há algumas pessoas que atravessam gerações. Artur Agostinho, que acabo de ver na televisão, há minutos, a receber um "Globo de Ouro", é uma dessas figuras.
Artur Agostinho parece estar conosco desde sempre. Lembro-me dos seus filmes com António Silva, dos relatos históricos de futebol com Nuno Brás ("Passo às Antas, alô Nuno"), era a voz que nos fazia "ver" os golos de Jesus Correia e Correia dos Santos desde Montreux, trouxe-nos o som da chegada do "Santa Maria" ao Recife (lembro-me, muito bem, dessa noite de 1961), interrogava com graça no "Quem sabe. sabe", ao lado de Gina Esteves, representou, nos primórdios da RTP, o divertido barbeiro sr. Gaspar, com Camilo de Oliveira. Pelo caminho foi um ativo jornalista desportivo e profissional da publicidade, além de uma multiplicidade de outras atividades em que se envolveu.
A Revolução tratou-o muito mal, caricaturou-o como imagem do regime caído no 25 de Abril, inventou-lhe cumplicidades e obrigou-o a emigrar. Deixou então escrita, em páginas que revelavam uma pessoa ferida, essa sua natural acrimónia com um certo Portugal. Mas soube "dar a volta". Reapareceu na vida portuguesa, andou pelo teatro, fez figuras patriarcais em telenovelas, para além de outras incursões públicas que devo ter perdido, por estar ausente do país. Mas o sorriso de Artur Agostinho, que conhecemos desde os tempos das anedotas da rádio e da televisão, é hoje um valor estimável do nosso património de memória afetiva.
Não somos suficientemente ricos em personalidades públicas para que nos possamos dar ao luxo de não acarinhar figuras com a estatura de Artur Agostinho.
Postado por Francisco Seixas da Costa
Há algumas pessoas que atravessam gerações. Artur Agostinho, que acabo de ver na televisão, há minutos, a receber um "Globo de Ouro", é uma dessas figuras.
Artur Agostinho parece estar conosco desde sempre. Lembro-me dos seus filmes com António Silva, dos relatos históricos de futebol com Nuno Brás ("Passo às Antas, alô Nuno"), era a voz que nos fazia "ver" os golos de Jesus Correia e Correia dos Santos desde Montreux, trouxe-nos o som da chegada do "Santa Maria" ao Recife (lembro-me, muito bem, dessa noite de 1961), interrogava com graça no "Quem sabe. sabe", ao lado de Gina Esteves, representou, nos primórdios da RTP, o divertido barbeiro sr. Gaspar, com Camilo de Oliveira. Pelo caminho foi um ativo jornalista desportivo e profissional da publicidade, além de uma multiplicidade de outras atividades em que se envolveu.
A Revolução tratou-o muito mal, caricaturou-o como imagem do regime caído no 25 de Abril, inventou-lhe cumplicidades e obrigou-o a emigrar. Deixou então escrita, em páginas que revelavam uma pessoa ferida, essa sua natural acrimónia com um certo Portugal. Mas soube "dar a volta". Reapareceu na vida portuguesa, andou pelo teatro, fez figuras patriarcais em telenovelas, para além de outras incursões públicas que devo ter perdido, por estar ausente do país. Mas o sorriso de Artur Agostinho, que conhecemos desde os tempos das anedotas da rádio e da televisão, é hoje um valor estimável do nosso património de memória afetiva.
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