Lojas antecipam promoções
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Lojas antecipam promoções
Lojas antecipam promoções
por MARIA JOÃO ESPADINHA
Hoje
Têxtil e calçado com quebras nas receitas de entre 10% e 15%. Aumento do IVA vai agravar situação.
Quem passar pelas lojas da Baixa de Lisboa vai reparar que a maior parte das montras já assinalam várias promoções. É que, apesar de a época dos saldos só começar a 15 de Julho, o comércio tradicional precisa de combater a crise que está a arruinar o sector.
"As quebras nas vendas variam conforme o sector, mas no têxtil e calçado a descida está entre 10% a 15%, e em alguns casos por vezes mais. E as promoções são também uma maneira mais rápida para escoar stocks", explica João Vieira Lopes, vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), em declarações ao DN.
Segundo este responsável, o comércio alimentar é aquele que regista menos quebras, entre "3% a 5%", já que se trata de bens de primeira necessidade que até "os desempregados necessitam de comprar". "O que está a acontecer é que se está a assistir à compra de produtos mais baratos e a factura média de cada compra é menor", salienta João Vieira Lopes.
Já o sector automóvel registou "um boom no primeiro trimestre", devido ao facto das empresas de "rent-a-car terem actualizado as suas frotas", enquanto que para os electrodomésticos este é um bom momento, devido ao "aumento das vendas com o Mundial", nomeadamente de LCD.
Este sector é, aliás, o único com algumas perspectivas de crescimento, graças à transição do analógico para o digital, com a televisão digital terrestre, já que serão vários os portugueses que terão de comprar novas televisões que possam receber o novo sinal. "Mas naquilo que nós chamamos a linha branca, como os electrodomésticos, as perspectivas não são boas", refere o responsável.
Para Vasco de Mello, presidente da União de Associações de Comércio e Serviços (UACS), "é normal" que as lojas optem pelas promoções. "Tem sido prática habitual nos últimos anos, devido às dificuldades económicas e às condições meteorológicas", já que as chuvas dos últimos meses dificultam a venda de produtos para o Verão.
Segundo este responsável, existe também "algum pessimismo", pois "as expectativas não são as melhores para este ano". "Os números de crescimento do produto interno bruto (PIB) só reflectem o aumento das exportações. O mercado interno vai agora sofrer ainda mais, pois a anunciada alteração nas taxas de retenção do IRS vai fazer com o rendimento disponível dos portugueses seja ainda menor", salienta Vasco de Mello.
A este facto junta-se ainda o agravamento do IVA e a "diminuição das ajudas" por parte do Estado, refere o presidente da UACS. "Se as coisas já estavam mal, agora ficaram ainda piores", desabafa o responsável, que acredita que a solução para Portugal é "a aposta no mercado interno e o crescimento das vendas".
In DN
por MARIA JOÃO ESPADINHA
Hoje
Têxtil e calçado com quebras nas receitas de entre 10% e 15%. Aumento do IVA vai agravar situação.
Quem passar pelas lojas da Baixa de Lisboa vai reparar que a maior parte das montras já assinalam várias promoções. É que, apesar de a época dos saldos só começar a 15 de Julho, o comércio tradicional precisa de combater a crise que está a arruinar o sector.
"As quebras nas vendas variam conforme o sector, mas no têxtil e calçado a descida está entre 10% a 15%, e em alguns casos por vezes mais. E as promoções são também uma maneira mais rápida para escoar stocks", explica João Vieira Lopes, vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), em declarações ao DN.
Segundo este responsável, o comércio alimentar é aquele que regista menos quebras, entre "3% a 5%", já que se trata de bens de primeira necessidade que até "os desempregados necessitam de comprar". "O que está a acontecer é que se está a assistir à compra de produtos mais baratos e a factura média de cada compra é menor", salienta João Vieira Lopes.
Já o sector automóvel registou "um boom no primeiro trimestre", devido ao facto das empresas de "rent-a-car terem actualizado as suas frotas", enquanto que para os electrodomésticos este é um bom momento, devido ao "aumento das vendas com o Mundial", nomeadamente de LCD.
Este sector é, aliás, o único com algumas perspectivas de crescimento, graças à transição do analógico para o digital, com a televisão digital terrestre, já que serão vários os portugueses que terão de comprar novas televisões que possam receber o novo sinal. "Mas naquilo que nós chamamos a linha branca, como os electrodomésticos, as perspectivas não são boas", refere o responsável.
Para Vasco de Mello, presidente da União de Associações de Comércio e Serviços (UACS), "é normal" que as lojas optem pelas promoções. "Tem sido prática habitual nos últimos anos, devido às dificuldades económicas e às condições meteorológicas", já que as chuvas dos últimos meses dificultam a venda de produtos para o Verão.
Segundo este responsável, existe também "algum pessimismo", pois "as expectativas não são as melhores para este ano". "Os números de crescimento do produto interno bruto (PIB) só reflectem o aumento das exportações. O mercado interno vai agora sofrer ainda mais, pois a anunciada alteração nas taxas de retenção do IRS vai fazer com o rendimento disponível dos portugueses seja ainda menor", salienta Vasco de Mello.
A este facto junta-se ainda o agravamento do IVA e a "diminuição das ajudas" por parte do Estado, refere o presidente da UACS. "Se as coisas já estavam mal, agora ficaram ainda piores", desabafa o responsável, que acredita que a solução para Portugal é "a aposta no mercado interno e o crescimento das vendas".
In DN
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