Navalhas estão a morrer às centenas na ria de Aveiro
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Navalhas estão a morrer às centenas na ria de Aveiro
Navalhas estão a morrer às centenas na ria de Aveiro
Jesus Zing
As
navalhas (lingueirão ou longueirão) estão a morrer às centenas na ria
de Aveiro, uma situação que está a ser acompanhada pela Administração
da Região Hidrográfica do Centro, alertada pelo JN. Foram feitas
análises às águas da ria, não existindo resultados.
“Todos
os anos por esta altura é isto”, desabafa João Carvalho, da Costa Nova,
velho conhecedor da ria de Aveiro, para quem “há muita gente a viver
disto”. Como ele. São às centenas . “Tem sido uma desgraça, só apanhamos
navalhas mortas”, referiu.
Na realidade, no ultimo mês, os
apanhadores de navalhas na ria são confrontados com uma enorme
mortandade. “Normalmente elas estão enterradas e estão a vir para cima e
morrem”, lembram, frisando que em circunstâncias normais isso não
deveria acontecer. “O lingueirão funciona quase como um avisador”,
disseram ao JN.
A mortandade das navalhas tem sido mais
sentida na zona da Gafanha da Encarnação, mas há quem garanta que existe
em toda a ria de Aveiro, desde Ovar até Mira.A possibilidade de
problemas no exutor submarino que atravessa a ria e leva até ao mar, ao
largo de S. Jacinto, os efluentes domésticos, foi afastada por uma fonte
da SIMRIA - Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro.
A
Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARHC), entidade que
gere a ria de Aveiro, tomou conhecimento da situação pelo JN. “A ARHC
enviou uma equipa para verificar a situação, providenciando de imediato
a recolha de amostras de água em quatro áreas próximas ao local
identificado, para determinação de parâmetros físico químicos,
bacteriológicos e biológicos”, refere um comunicado daquele instituto
publico enviado, ontem, ao JN.
O documento salienta que
?embora ainda não haja resultados destas acções de monitorização
efectuadas, este fenómeno já aconteceu em outras ocasiões e as suas
causas podem estar ligadas à alteração do PH da água, da salinidade, da
variação da temperatura e também à proximidade de explorações de
bivalves, pelos dejectos destes, quando em acumulação excessiva.?.
Não excluir fenómeno natural
Para
a ARHC, “não é ainda de rejeitar a existência de fenómenos naturais
ainda não percepcionados e ou más praticas de agentes de actividades
económicas na ria de Aveiro”. “A ARH do Centro informa que irá manter
esta situação sobre vigilância, aguardando os resultados das análises,
para decidir outras eventuais medidas a implementar”, refere o
comunicado.
José Rebelo, biólogo na Universidade de Aveiro e
profundo conhecedor da ria de Aveiro, defende que na origem da
mortandade de navalhas na ria de Aveiro pode estar um fenómeno natural
“muitas vezes associado à própria temperatura da água e à salinidade da
mesma”.
Jesus Zing
As
navalhas (lingueirão ou longueirão) estão a morrer às centenas na ria
de Aveiro, uma situação que está a ser acompanhada pela Administração
da Região Hidrográfica do Centro, alertada pelo JN. Foram feitas
análises às águas da ria, não existindo resultados.
foto josé mota/jn |
Mortandade de navalhas na ria de Aveiro preocupa apanhadores |
“Todos
os anos por esta altura é isto”, desabafa João Carvalho, da Costa Nova,
velho conhecedor da ria de Aveiro, para quem “há muita gente a viver
disto”. Como ele. São às centenas . “Tem sido uma desgraça, só apanhamos
navalhas mortas”, referiu.
Na realidade, no ultimo mês, os
apanhadores de navalhas na ria são confrontados com uma enorme
mortandade. “Normalmente elas estão enterradas e estão a vir para cima e
morrem”, lembram, frisando que em circunstâncias normais isso não
deveria acontecer. “O lingueirão funciona quase como um avisador”,
disseram ao JN.
A mortandade das navalhas tem sido mais
sentida na zona da Gafanha da Encarnação, mas há quem garanta que existe
em toda a ria de Aveiro, desde Ovar até Mira.A possibilidade de
problemas no exutor submarino que atravessa a ria e leva até ao mar, ao
largo de S. Jacinto, os efluentes domésticos, foi afastada por uma fonte
da SIMRIA - Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro.
A
Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARHC), entidade que
gere a ria de Aveiro, tomou conhecimento da situação pelo JN. “A ARHC
enviou uma equipa para verificar a situação, providenciando de imediato
a recolha de amostras de água em quatro áreas próximas ao local
identificado, para determinação de parâmetros físico químicos,
bacteriológicos e biológicos”, refere um comunicado daquele instituto
publico enviado, ontem, ao JN.
O documento salienta que
?embora ainda não haja resultados destas acções de monitorização
efectuadas, este fenómeno já aconteceu em outras ocasiões e as suas
causas podem estar ligadas à alteração do PH da água, da salinidade, da
variação da temperatura e também à proximidade de explorações de
bivalves, pelos dejectos destes, quando em acumulação excessiva.?.
Não excluir fenómeno natural
Para
a ARHC, “não é ainda de rejeitar a existência de fenómenos naturais
ainda não percepcionados e ou más praticas de agentes de actividades
económicas na ria de Aveiro”. “A ARH do Centro informa que irá manter
esta situação sobre vigilância, aguardando os resultados das análises,
para decidir outras eventuais medidas a implementar”, refere o
comunicado.
José Rebelo, biólogo na Universidade de Aveiro e
profundo conhecedor da ria de Aveiro, defende que na origem da
mortandade de navalhas na ria de Aveiro pode estar um fenómeno natural
“muitas vezes associado à própria temperatura da água e à salinidade da
mesma”.
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