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Falsas médicas levam mulheres a actos sexuais

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Falsas médicas levam mulheres a actos sexuais Empty Falsas médicas levam mulheres a actos sexuais

Mensagem por Vitor mango Qui Ago 05, 2010 1:47 am

Falsas médicas levam mulheres a actos sexuais

Ministério Público tem queixas de vítimas de todo o país
00h31m

INÊS SCHRECK E NUNO MIGUEL MAIA


O Ministério Público do Porto tem recebido várias queixas de mulheres
enganadas por falsas médicas que as induzem a praticar actos de cariz
sexual durante conversas telefónicas. Houve quem se sujeitasse a filmar
as auto-apalpações em videochamada. As vítimas são de todo o
país e as primeiras queixas chegaram ao Departamento de Investigação e
Acção Penal (DIAP) do Porto em 2006. As alegadas médicas dizem trabalhar
em diferentes hospitais da região do Porto. O "S. João" é um deles e,
na semana passada, o nome da instituição voltou a ser envolvido num
telefonema com conotação sexual. António Ferreira, presidente do
Conselho de Administração do S. João, alerta as mulheres para não se
deixarem enganar e pede para, no caso de receberem algum telefona
semelhante, contactarem de imediato o hospital, que "encaminhará as
queixas para as autoridades", tal como já fez com os relatos anteriores.
No S. João, os primeiros dois casos remontam a 2008. Depois,
houve um período de acalmia, mas os telefonemas recomeçaram no final de
2009. Em Abril deste ano, o hospital enviou para o Ministério Público
quatro queixas formais apresentadas pelas vítimas. Agora já tem sete
reclamações escritas, mas sabe-se que há outras tantas mulheres que não
quiseram expor o problema. Regra geral, o contacto é feito para o
telemóvel pessoal da vítima por alguém que diz ser médica do Centro de
Oncologia do Hospital de S. João, a marcar uma consulta para o dia
seguinte. As testemunhas referem ter ouvido mais do que uma voz feminina
do outro lado da linha. A principal interlocutora, baseada em
pormenores clínicos verídicos e resultados de exames ou colheitas de
sangue, assusta a vítima, dizendo-lhe que suspeita de cancro na mama, no
útero ou nos ovários, dependendo dos casos relatados. Ainda
abaladas pela notícia e convencidas de que estão a falar com uma médica,
as mulheres aceitam fazer durante o telefonema um exame ao corpo,
nomeadamente apalpação da mama ou dos órgãos genitais. A suposta médica
"vai perguntando se gosta ou se dói" e indagando sobre a vida sexual das
mulheres, contou Carla Oliveira, responsável adjunta do gabinete do
utente do Hospital de S. João. Antes do "exame", pergunta se as vítimas
têm telemóveis modernos com possibilidade de videochamada. Uma das
visadas aceitou filmar-se. Por fim, as falsas médicas dizem às
vítimas para se apresentarem numa consulta no dia seguinte no S. João,
com uma amostra de urina, umas cuecas usadas e acompanhadas do marido.
Algumas só percebem que foram enganadas quando chegam ao hospital e lhes
é dito que não existe qualquer médica com aquele nome, nem consulta
marcada. Segue-se a indignação, a revolta, a vergonha e o medo de que as
conversas tenham sido gravadas. Conhecem historial clínico Segundo
Carla Oliveira, as sete mulheres que apresentaram queixa formal não são
utentes do S. João, têm cerca de 30 anos, e não sofrem de patologia
oncológica. No seu historial clínico há, contudo, algum problema prévio
que torna credível o desenvolvimento de um cancro, tal como um nódulo
numa mama, quistos nos ovários ou a utilização de um dispositivo
intra-uterino (DIU). A maioria vive na Área Metropolitana do Porto, uma é
de Braga e outra de Ponte de Lima. Três delas mencionaram terem doado
sangue recentemente, uma das quais num centro comercial. As
chamadas são feitas a partir de um telemóvel, cujo número vem
identificado. Em todos os casos, foi impossível retomar o contacto
porque dá sinal de desligado.




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